Darkness escrita por The Fallen Angel


Capítulo 3
Capitulo II - Olhos negros.


Notas iniciais do capítulo

O capitulo II, espero que gostem, por que eu achei que ficou meio tenso. D:
Mas leiam, e comentem, ok?



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A aula de Biologia ficou realmente chata, tirando as discussões que Vee tinha de vez em quando com o técnico, falando sobre seu assunto preferido, sexo. Depois da entrada do garoto na sala, todos ficaram quietos fofocando com seus parceiros de aula. Ele acabou se sentando com Lúcia, uma garota espinhenta e com óculos ao estilo fundo de garrafa, mas que era gente boa. As aulas foram se passando, Matemática, Português, Química, até que o sino bateu e a sala toda se levantou num pulo já com o material na mão. Eduarda e Nayara seguiram para o outro lado da escola, as duas faziam vôlei então ficavam até 15:00 da tarde. Andei atrás delas puxando Vee ao meu lado, ela arrumava seus cabelos loiros em um rabo de cavalo enquanto se olhava em um espelho minúsculo. Me lembrei de deixar as mangas do cardigã sem dobrar, Vee era observadora demais e provavelmente veria, e mandaria me internar. Consultei meu relógio e já eram 14:00 horas, almoçaria na rua com as garotas provavelmente, e já que não tinha ninguém em casa parar me esperar, dei os ombros e entrei no ginásio, estava todo decorado com bandeiras e com as cores amarelo e verde, que eram as cores da escola e da bandeira nacional. Segui para as arquibancadas e fui até em cima, me sentando num canto mais escuro e cruzando as pernas, minhas amigas já estavam com o uniforme (minúsculo) de vôlei, e Vee se concentrava mais em agarrar meu rosto e me obrigar a passar seu gloss.

– Você viu aquele garoto? Como é mesmo o nome dele? Petch, Potch... Alguma coisa assim.

– Patch. – Eu corrigi, não que eu estivesse prestando atenção nele.

– Finalmente alguém bonito, e você viu o tipo dele?! Aquelas roupas pretas da cabeça aos pés, aposto que é do tipo malvadão...- E Vee começou com sua conversa de garotos e de como eu precisava arranjar um namorado.

Desviei o olhar para o outro lado da quadra, e vi Patch sentado com os braços apoiados no joelhos, e me encarando, segurei seu olhar e ficamos assim, senti um frio percorrer meu corpo. Como diabos aquele garoto conseguia ser tão misterioso? Passei só algumas horas com ele, e toda vez que um aluno corajoso ia perguntar alguma coisa de sua vida, ele simplesmente não dizia nada e dava um belo sorriso sarcástico, depois se virava para me encarar logo voltando a atenção ao chão.

Agora, com as mãos no bolso de sua jaqueta de couro, ele me encarava com a cara mais sexy que alguém conseguia fazer.

Vee notou isso por que de repente me deu uma cotovelada no estomago, Patch deu outro de seus mínimos sorrisos e depois se levantou arrastando sua mochila (preta, também) pela arquibancada até começar a descer e sair pelo portão sul.

Olhei ainda meio boba, pelo olhar de Patch e Vee começou a dar risadinhas, quando arregalou os olhos e me segurou pelos ombros.

– Meu Deus, meus Deus! Ele está afim de você, com certeza.

– Vee, não fale besteira. Vamos, o treino já acabou. – Disse me levantando e indo atrás das garotas.

Eduarda ao me ver tirou o fone de ouvido, o que ela só faz raramente, e começou seu discurso diário sobre o treinador, Nayara tapou os ouvidos e foi a nossa frente, paramos no estacionamento e Vee foi em direção à seu carro.

– Vee, você não vai almoçar com a gente?

– Não obrigada, já disse que estou de dieta. – Ela disse dando as costas, passando as mãos em suas curvas. Revirei os olhos e segui em frente com as garotas, Eduarda deu a desculpa que tinha muito dever de casa e acabou indo para sua casa também. No final, eu e Nayara decidimos ir de carro à um restaurante de comida mexicana no centro da cidade, Borderline (nome estranho, eu sei, os donos do restaurante não são daqui, e como as pessoas desse fim de mundo parecem gostar de comida mexicana, decidiram abrir esse restaurante). Pedimos alguns tacos e coca-colas, comentando sobre o dia até chegar no intrigante aluno novo.

– Aposto que ele saiu de um reformatório, você viu o jeito dele? – Nayara comentou agora gostando do assunto.

– Não acho isso... ele só gosta de um pouco de preto.

– Sei, sei. Eu vi o jeito que ele te encarava, pegadora. Já esta mesmo na hora de esquecer aquele seu ex namorado escroto. – Ela disse fazendo uma careta, nós nos levantamos e fomos pagar a conta do balcão.

– Por favor, não vamos tocar nesse assunto... – Quase implorei para ela enquanto saímos pela porta do restaurante.

– Só porque você pagou a conta! – Indagou e logo me deu um beijo na bochecha já se virando e indo para sua casa, que ficava perto. – Até amanhã.

– Até... – Fui para o meu carro, entrando e tirando meu cardigã. Liguei o som e fui passando até achar uma música boa, The pretty Reckless – My medicine. Cantarolei enquanto dirigia, começando sair mais e mais da cidade e me afastando da população, a casa da fazenda ficava um tanto afastada da cidade, e era cercada de neblina e árvores por todo o canto. Já eram 17:00 horas e o por do sol fazia sombras esquisitas nas árvores ao meu redor, eu engoliu em seco e voltei a me concentrar a minha frente. Ouvi barulhos de uma moto e apertei os olhos para ver quem vinha em minha direção, uma moto preta e reluzente, incrivelmente grande passou por mim, indo em direção oposta, o motorista me olhou por um instante e voltou a olhar para frente. Mas só aqueles instantes já eram suficientes para saber que aqueles olhos eram os de Patch.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? :)