Mudanças No Internato (Em Hiatus) escrita por DezzaRc


Capítulo 8
A fofoca diz sim




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Por dentro eu estava feliz por aquela pessoa estar falando comigo, mas por fora, demonstrei indiferença.

— É o que eu queria, mas não.

— Olha, Bella, eu sei que as meninas e eu te devemos explicações, mas, por favor, não vamos perder nossa amizade por causa dessa besteira.

Olhei para ela, e a mesma parecia estar falando a verdade... Se não fosse isso, ela era uma boa atriz.

— Tudo bem, Rose, vou dar uma chance a vocês, mas quero saber o que está acontecendo.

— Nos dê um tempo. Você vai saber de tudo, por enquanto vamos fingir que não aconteceu nada. Por favor? — Soltei um suspiro cansado e concordei. Com certeza, o que tinha por ali, não era coisa boa, e simplesmente não iria sumir do nada. Um dia eu ia acabar descobrindo o que era.

— Vamos entrar, antes que alguém roube nossa mesa — disse sorrindo e me puxando.

— Tá bem — retribuí com um sorriso tímido e entramos na escola.

Voltamos para o refeitório, e o que me chamou atenção foi que na minha mesa, as meninas já estavam lá, na mesa dos Cullen, estavam os Cullen, e Tânia e seu grupinho estava no lugar de sempre.

Esse vai ser um longo ano!

Sentei-me à mesa e as meninas, animadamente, começaram a conversar comigo sobre assuntos banais. Não demorou muito para o intervalo acabar. Realmente, parecia que nada tinha acontecido, mas aconteceu.

Quando as aulas terminaram, fomos para meu quarto. Como sempre, fizemos as lições e nos divertimos o resto do dia. O assunto da noite passada não tinha sido comentado, porém, eu tinha tomado uma decisão. Se elas estavam esperando eu esquecer aquilo, espero que aguentem a decepção, pois ninguém esconde nada de Isabella Swan por muito tempo. Não mesmo.

— Esse jornal está ganhando cada vez mais liberdade — comentou Jess, enquanto lia as matérias do ICnews.

Era o tal jornal online de fofocas daqui, o qual eu já estava estampada em uma matéria. E devia mesmo estar cheio de coisas hoje, o que ocorreu ontem foi uma bomba para a capa.

— O que diz aí? — perguntei.

Talvez explicasse algo que elas não queriam me falar.

— Sobre os Cullen na festa de ontem — respondeu.

— Leia aí a matéria — pediu Nessie, rabiscando coisas desconexas em seu caderno.

— “Bomba! Lenna Jusseffet, namorada de um dos gatos mais cobiçados do campus, Edward Cullen, drogou-o na noite de ontem durante a festa da faculdade. O casal foi filmado dançando sensualmente, chamando a atenção de todos os presentes da festa. Nunca um Cullen foi visto nestas condições, exceto na época Cristalle... Será que o IC voltará a ter seus reis e rainhas?” — leu Jess.

— O que é a época Cristalle?

— Bella, nossa escola tem uma história muito longa — resmungou Rose. — A época Cristalle era quando nossa escola era dominada pelos Cullen, na época em que eles eram nossos “amigos”.

— Ah, tá — falei pensativa.

— Bem, estou cansada — disse Jess por fim, desligando o computador. — Vamos, meninas?

— Tá bem, Jess — concordou Nessie.

Despedimo-nos das meninas e nos arrumamos para dormir. Como já tínhamos jantado, não precisamos mais sair do quarto. Várias perguntas martelaram em minha cabeça assim que a deitei no travesseiro. As pessoas do IC eram misteriosas; as paredes dessa escola contavam coisas que todos pareciam saber, menos eu.

Amanhã eu teria educação física com Tânia e Edward. Olhá-lo depois do que aconteceu ontem não seria mais o mesmo. Eu sempre me lembraria daquela noite, e me perguntaria por que um Cullen estaria com alguém como Lenna. Em meio a pensamentos, mais uma vez dormi no que iria ser meu lar por um ano. Ou talvez mais.

— Passa a bola! Passa a bola! — gritava uma das meninas do meu time de handebol. 

Rapidamente passei a bola para ela, que estava livre, e corri para perto do gol. Não demorou muito para que a bola estivesse novamente em minhas mãos, e em um lance quase gracioso, atirei-a para a rede e ponto!

Jéssica se jogou contra mim em uma tentativa de abraço, mas acabamos as duas no chão. As garotas do nosso time vieram também e se jogaram sobre a gente. Estávamos ganhando do time de Tânia, e isso era uma vitória dupla para mim. Não que Tânia jogasse mal, mas, bem, eu era melhor.

Quando as meninas saíram de cima de mim, Edward e Emmett vieram em minha direção, sorrindo. Levantei do chão e arrumei meu rabo-de-cavalo, que estava frouxo.

— Boa jogada, Bellinha.

— Obrigada, Emm. E aí, fico no time?

— Bem... — começou Edward, coçando a cabeça. — Sua forma física é boa, e se você conseguir se equilibrar nos seus gravetinhos que chama de perna, está dentro.

Dei um murro de brincadeira em seu braço e nós três rimos. Eu já estava me acostumando com as brincadeiras desses dois, porém, senti algo praticamente furar minhas costas. Tânia me olhando, irritada.

Eles se afastaram de mim e voltaram a falar com a turma.

— Ok, galera, por hoje é só! Nos vemos quinta novamente! — avisou Emmett, anotando algumas coisas em sua prancheta.

Fui para o vestiário tomar banho e trocar de roupa. Jess veio ao meu lado, falando sobre o quanto eu era boa no handebol.

— Na outra escola eu praticava muitos esportes. Minhas pernas são magras de ruim mesmo, porque o tanto que eu corro!

— Suas pernas não são magras, já viu as de Irina? Aquilo é magra, querida! Parece mais um cabo de vassoura.

Nós duas caímos na gargalhada quando Tânia e suas amigas entraram no vestiário, olhando-nos com desprezo.

— E aí, Swan, se deu bem com o Emmett no domingo? — zombou Tânia e em seguida riu, com suas amigas.

— Não sei sobre o que está falando — desconversei, tirando meu tênis.

— Não se faça de sonsa. ICnews nunca mente.

— ICnews? O que tem?

Eu não estava entendendo nada. Será que publicaram no jornal sobre minha saída com o Emmett da festa? Mas Jess teria me contado... Olhei-a, esperando uma explicação silenciosa em seus olhos, entretanto ela os desviou, sem ao menos me fitar. Algo estava errado ali.

— Não sabia que você dividia homem, Rosalie — caçoou Tânia no exato momento em que minha amiga entrava no vestiário. Meus olhos deslizavam de um lado a outro, a testa franzida, sem entender bulhufas.

Rosalie fechou a cara, entendendo a situação.

— De puta aqui, só há você, Denali — murmurou Jess, recompondo-se.  — Garanto que Bella não precisa disso. Aliás, você devia continuar gastando seu tempinho lixoso na sua obsessão pelo Edward. Sabia que ele está em outra? — insinuou, maliciosa. Agora foi a vez de Tânia ficar furiosa.

— Stanley, Stanley, você não deve ter esquecido tão rápido quem eu sou. Tome cuidado com o que fala...

— Não precisa te conhecer pra saber que tipinho de gente você é — cuspiu enojada. Só eu estava percebendo um sentido oculto naquela conversa?

— Ora, sua...

— Epa, garota, preste bem atenção no que você vai falar de minha amiga, ouviu bem? — inquiriu Rosalie, segurando o dedo que até então, Tânia apontava para Jess. — Diferente de você, não nos humilhamos pelos Cullen, e como você vê — ela parou por alguns segundos, encarando-me sorridente —, algumas de nós nem precisa procurá-los.

Tânia rapidamente puxou seu dedo da mão de Rosalie.

— Por favor! Vai dizer que essa lagartixa da Swan não corre atrás dos Cullen? Com certeza deve haver alguma grana no meio, ou outras coisas mais...

— Escute aqui, PuTânia, eu não sou você! — empurrei-a, enxergando tudo vermelho. — Lave sua boca antes de falar sobre mim!

— Bella! — repreendeu-me Rosalie, puxando-me pela cintura. — Não faça isso de novo, vai ser pior para você.

— Isso, Swan, corre como um carneirinho assustado. É isso que você é! Uma sem graça que se humilha pela atenção dos Cullen! — Tânia sorria, maldosa. Irina a ajudou a se levantar.

Saí de lá arrastada por minhas amigas. Rosalie não devia ter me segurado, eu ia acabar com a raça daquelas piranhas. Ah, se ia!

— Que droga, Rosalie! — gritei, assim que chegamos à ala de nosso dormitório. — Sabe o que me dá mais raiva? — continuei gritando. Rose e Jess me olhavam atônitas. — Todos pensam como essas peruas loiras! Eu não ia ter que bater só naquela siliconada, teria que esmurrar todo o internato!

— Calma, amiga — pediu Jess, aproximando-se lentamente de mim. Por um momento pensei em desviar de seu carinho, mas logo relaxei e deixei que ela me abraçasse. — Você não liga para o que eles dizem, esqueceu? Além do mais, quem realmente importa, sabe a verdade.

— Parece que estou em casa, no meio dos tablóides da França, só que triplicado, já que antes não davam ênfase em mim.

— Eu também nunca fui muito falada lá fora — Rose pausou por um momento e depois deu de ombros —, nem aqui dentro, mas tudo bem. Não importa o que aconteça, estaremos aqui com você!

Ela veio até nós e demos um abraço em grupo. Lembrei-me do que Tânia havia me falado mais cedo.

— O que postaram sobre o Emmett e eu no ICnews?

Jess suspirou e saiu andando, com Rosalie e eu em seu encalço.

— Desculpa não ter te falado antes. Estão comentando no ICnews que vocês estão tendo um caso, e que... você e o Emmett... é... bem... dormiram juntos depois da festa.

Meu queixo despencou alguns centímetros e meus olhos quase pularam da órbita. Como assim Emmett e eu dormimos juntos? Um caso? Pelo amor de Deus! Isso já é invasão de privacidade! Estávamos sozinhos ontem à noite. Será que nos espionaram?

— Bella, você está bem? — perguntou Rosalie, preocupada. — Você está tremendo e ficando pálida...

Rosalie.

Será que foi por isso que ela se afastou de mim ontem?

— Rosalie, você sabe que é mentira, que eu nunca olharia para ele e...

— Hei, Bella, nunca pensei isso de você — interrompeu-me, segurando-me pelos ombros. — Em momento algum!

— Mas vocês se afastaram de mim ontem. Por quê?

Elas se entreolharam.

— É complicado — murmurou Jess.

Segredos e mais segredos. Já sabia que delas, eu não ia conseguir mais nada por hoje.

— Tudo bem. Quero tomar um banho, estou nojenta.

— Tá mesmo! — concordou Rosalie, franzindo o nariz.

Trombei meu ombro no dela de brincadeira.

— Você não está muito atrás, loira! — rimos e fomos para os nossos quartos.

Enquanto Rosalie estava no banheiro, decidi dar uma olhada rápida no ICnews. Não custava nada ler com meus próprios olhos as mentiras que postavam ali. Quem sabe eu não encontrasse respostas para as minhas perguntas.

Ninguém tinha o direito de inventar aquelas mentiradas sobre alguém; eu não merecia isso. Ninguém merecia.

Entrei naquele site de fofocas barato e não demorou muito para achar a matéria sobre o Emmett e eu. Dormimos juntos, humpf! Com certeza.

Bella Swan e Emmett Cullen se abraçaram minutos antes de entrar, juntos, no quarto da garota. Relatos indicam que Edward voltou sozinho para seu quarto no dormitório”, li em voz alta aquele absurdo. Quando o Emmett entrou no meu quarto que não vi? E em que raios Edward conseguiria dirigir para casa sem ao menos meter o carro na primeira árvore que aparecesse em sua frente?

O que me dava mais raiva era o fato de haver pessoas que acreditavam naquelas lorotas. E pior, viviam por base daquilo!

Acessei uma outra reportagem qualquer sobre Edward e fiquei surpresa ao abrir exatamente a que as meninas mencionaram em nossa briga com Tânia mais cedo. Nela, eles diziam que Lenna traira sua confiança na noite da festa dos universitários, e pelo brilho e seus sorrisos dados ultimamente, só indicavam que ele estava apaixonado. E por uma garota misteriosa...

A matéria não dizia quem era, mas nos comentários o que não faltavam eram palpites. Fiquei mais ainda estupefata pelo fato de que a maioria indicava meu nome! “Bella Swan, a mascote dos Cullen”; “A novata pré-histórica”; “A branquela sem sal”. Engoli em seco ao ler tantos “elogios” ao meu respeito. Eu estava mesmo encrencada.

Fechei o notebook rapidamente no momento em que Rosalie voltou ao quarto. Levantei em silêncio da cadeira e peguei minhas coisas, indo em direção ao banheiro em seguida. Eu precisava espairecer as ideias sozinha, e já conhecia um lugar perfeito para isso: o jardim central da escola, que ficava a alguns metros da ala do meu dormitório.

Terminei o banho e vesti um moletom quentinho. Avisei a Rosalie que iria dar uma volta, ela até se ofereceu para me acompanhar, mas eu disse que queria ir sozinha, e ela entendeu. Saí em seguida, respirando aquele ar frio de início de noite.

Poucas pessoas andavam àquela hora pelo internato, a maioria deveria estar no refeitório jantando. Avistei alguns casais se beijando escondidos nas penumbras atrás dos dormitórios. Se o inspetor os pegasse, estariam fritos.

Logo meus pés tocavam a grama macia que me levava ao jardim. Lembrei daquele local ao ler o email informativo que a escola havia me mandado assim que entrei. Jolie amaria aquilo ali, apesar de ser flú, flú, ela tinha um enorme esmero pelas flores, até pensava em ser botânica.

Chutei as pedrinhas brancas no canteiro do jardim, as mãos escondidas em meu moletom, a cabeça pendida para o chão. Pus-me a pensar sobre meus últimos dias no internato. Eu não merecia nada daquilo, não queria nada daquilo. Meus pais teriam armado toda aquela façanha para eu, enfim, tornar-me frívola como eles? Não, acho que não. No final das contas, ainda estamos falando dos meus pais.

Levantei meu rosto a fim de apreciar aquela imensidão colorida de flores, mas levei um susto ao me deparar com um par de olhos verdes fitando-me, a alguns passos de mim, curiosos. Alguém nada mais, nada menos, que Edward Gostosura Cullen em pessoa. Ok, finjam que eu não o referi como “gostosura”.

— Bella — murmurou, nem um pouco surpreso ao me ver. Estaria ele me seguindo? Não viaje, garota!

— Edward — pronunciei seu nome como se fosse uma carícia em meus lábios. Muito estranho.

— Um beijo pelos seus pensamentos — disse de repente, caminhando ao meu encontro. Assustei-me com sua frase, mesmo sabendo que era um modo de falar, ao notar seu riso de sarcasmo brincando na linha fina que eram seus lábios.

— E se eu não estiver pensando em nada? — desafiei-o, tirando as mãos do bolso.

Ele parou em minha frente, enfiando os dedos naquele emaranhado de fios acobreados.

— Então você me deverá um beijo.

Congelei.

Edward Cullen estava flertando comigo? Como assim?!

— Ei, estou brincando, ok? — tratou logo de dizer, ao notar minha expressão de pânico. — Bella? — chamou-me um tempo depois, sacudindo a mão no meu rosto.

— O-O-O-i — gaguejei pateticamente, depois me praguejei por isso. Tinha como eu ser mais estúpida?

— Certo, acho que vou te deixar sozinha e...

— Não!!! — gritei, e logo me arrependi. Agora ele me fitava assustado. Deus! Por que estava agindo assim perto dele? — Er... Quero dizer, vamos dar uma volta.

Ele sorriu, olhando para os lados em seguida.

— Não tem medo de estar sendo vigiada? As pessoas podem pensar que você está dando corno no Emmett — declarou divertido.

Encarei-o, incrédula. Edward Cullen lia o que o ICnews postava? Como se lesse minha mente, ele completou:

— Ah, qual é, Bella? Sou humano antes de tudo. Acha que não sei da existência desse jornalzinho de desocupados? Eles falam da vida de minha família.

— E por que vocês não fazem algo a respeito? Eles inventam barbaridades sobre vocês!

Você está fazendo algo a respeito? — rebateu minha pergunta.

— Na-Não — respondi, duvidosa.

— E por quê? — continuou, cruzando os braços.

Pensei sobre sua pergunta por um momento. A única coisa que me impedia de ir lá e armar um ringue de boxe onde quer que fosse a “redação” deles, era o fato de eu não saber de quem estávamos tratando. Eu não fazia ideia das pessoas que faziam parte do ICnews. Tampouco ele.

— Vocês são filhos dos diretores! — contra argumentei. — Vocês têm a autoridade para acabar com isso.

— Bella — ele começou, extremamente calmo —, você acha que alguém, além de nós, tem o interesse de acabar com esse jornal? Pense bem. Querendo ou não, você estuda em um lugar onde mais da metade dos alunos gostam de se aparecer, consequentemente, de ler sobre mentiras alheias, e modéstia parte, ainda mais vindo dos Cullen.

— Você está querendo dizer que já houve uma votação prévia, mútua?

— Exatamente, e eles ganharam.

Bufei.

Sem paparazzo ou qualquer outra forma de se promover, não é, Sr. Charlie e Sra. Renée? Eu mereço!

— Isso não é justo — murmurei um tempo depois, quando paramos em a um lago, onde havia marrecos nadando. Os sons emitidos por eles me lembravam os gritos de Tânia e Lenna brigando na festa da faculdade.

Notei Edward me avaliando.

— Por que parou nesse internato, Bella, justamente nesse?

Suspirei pesadamente.

— Se dependesse de mim, eu estaria em minha antiga escola até hoje. Detesto isso aqui, sendo sincera.

— E o que te fez parar aqui? — repetiu, com um sorriso maroto.

— Ah... Meus pais são o reflexo do espelho quando os colocamos de frente a esse internato. Por algum erro maluco da genética, nasci o reflexo da chatice.

Ele riu.

— É por isso que eu gosto de você.

Ignorei o seu provável elogio — ou ele concordando com o fato de eu ser mesmo chata. Olhei de relance para os corredores da escola, e de longe, vi Nessie sorrir e cochichar algo para Lauren. Franzi o cenho. O que elas estavam fazendo aqui?

— Edward, tenho que ir, minhas amigas estão me esperando — menti. Ele assentiu e olhou para onde eu estava olhando ainda há pouco.

— Tudo bem, a gente se vê depois.

Ele saiu pelo lado contrário que eu ia seguir, assisti-o até se afastar o suficiente de onde estávamos. Lauren e Nessie aguardaram o mesmo, até virem correndo para o meu encalço.

— Hmmm, né, sua safada? Não disse a Rosalie que viria sozinha?

— Aff, Nessie, nada a ver! Estão fazendo o quê aqui?

— Temos uma coisa importante a dizer, sobre os Cullen mais novos.

Prendi a respiração, sabendo que não escutaria algo bom. Segui-as em silêncio, voltando ao meu dormitório.

No dia seguinte, minha mãe resolvera vir cedo ao internato, tão cedo que as aulas ainda não haviam começado. Encontrei-a no meio do caminho, enquanto ia com as meninas ao refeitório, tomar o café-da-manhã. Ao ver aquele grupo ao meu redor, sua expressão logo se tornou curiosa.

— Quem são essas garotas adoráveis, meu bem?

— Minhas... amigas.

Eu tive medo do seu sorriso. O surto começaria em 3,2...1.

— Ai. Meu. Deus! Minha filhinha arranjou amigos! Como assim??? Qual o nome de vocês, garotas? Vocês não estão atrás da fama de minha família, não, né?

— Mãe!

As meninas ficaram sem graça, assim como eu.

— Ora, filha, isso é um marco histórico em sua vida. Apresente-nas. Ainda bem que eu trouxe a câmera!

Mais vermelha que um tomate, apresentei cada uma a minha mãe, que não poupou abraços, beijos e agradecimentos. Mais vergonhoso, impossível.

— Oh, meu bem, essa era a surpresa para a mamãe vir aqui? — Nem respondi, e ela continuou: — A-D-O-R-E-I! Seu pai vai amar saber disso, tenho que ligar para ele imediatamente para contar as novidades.

Rose, Lauren, Jess e Nessie apenas olhavam espantadas para minha mãe. Ela não girava muito bem da cabeça, além do fato de parecer uma vitrola falante. Porém, ainda assim, era minha mãe maluquinha que eu tanto amava.

Renée se afastou alguns passos para ligar para o meu pai, enquanto eu e as meninas nos entreolhamos, e desatamos a rir.

— Cara, sua mãe é demais! Queria uma dessas para mim — salientou Jess, em meio a risadas.

— Com certeza! Você por acaso é adotada, Bella? — indagou Rose.

— Até onde eu sei, não — respondi, parando de rir.

Observei-a narrar animadamente as últimas notícias a Charlie, pulando em meio a uma informação e outra. Alguns alunos olhavam para a cena interrogativos, outros, davam de ombro e continuavam seus caminhos. Mas um grupo em especial me chamou a atenção em meio aos outros: os Cullen mais novos, vindo em minha direção, liderados por Alice Cullen, que não tirava os olhos de minha mãe.

Voltei a olhar para Renée, que já havia acabado a ligação — sem tirar o sorriso um minuto do rosto —, agora puxando a máquina fotográfica de dentro da bolsa. Os Cullen chegavam cada vez mais perto, só foi o tempo de minha mãe levantar as vistas e seu olhar cruzar com o de Alice.

— Alice, querida! — gritou ela, saudosa, correndo ao encontro da baixinha.

Meus olhos — e os das meninas — quase pularam da órbita nesse momento. Fitávamos aquela cena estupefatas, sem entender bulhufas. Minha mãe conhecia um dos Cullen?

— Tia Renée! Que surpresa boa encontrar à senhora aqui! — dizia Alice, em meio a abraços e beijos trocados com minha mãe.

Meu queixo despencou alguns centímetros após essa afirmação.


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Notas finais do capítulo

Como é bom estar de volta! Obrigada a todos que não desistiram de minha história, e espero que as que não deram as caras, que comentem nesse capítulo. Queria receber uma recomendação também, ficaria muito feliz, sabe... q
Brincadeiras à parte, qual suas apostas para o segredo do internato? O que as meninas contaram sobre os Cullen mais novos? E o que é essa amizade repentina entre Alice e Renée? Pobre Bella, vai queimar os neurônios tentando desvendar esses mistérios!
A partir de agora Edward e Emmett ficaram mais próximos de nossa protagonista, quando a amizade realmente vai começar entre eles. Amantes de Beward, vocês terão que esperar um tantinho até ver os dois juntos. Detesto histórias apressadas, onde os casais se amam loucamente do nada, tem que haver uma história antes, sentimentos rolando, e tudo mais.
Não faço ideia quando sairá o próximo capítulo, vai ser difícil, mas peço paciência mais uma vez. Descobri um jeito de escrever mais rápido, e vou ver se dará certo de agora em diante. Abandonar jamais!
Sigam o tumblr do meu livro: http://oenigmadosschneider.tumblr.com/
Beijinhos, e até o próximo cap :)



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