Catastrophe escrita por sakurako


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Música: http://www.youtube.com/watch?v=INgXzChwipY
Roupa (caso o hiperlink não funcione): http://www.polyvore.com/cgi/set?id=52096757



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– Você quer jantar comigo? - Dougie perguntou, assim que nos separamos. Ainda estávamos muito próximos, o suficiente para que eu pudesse sentir seu hálito contra meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse. - Não acho que seja uma boa idéia sairmos pela cidade, assim. - Me recompus, voltando a olhar para a frente. - Pode ser em casa. - Encontrei seus olhos azuis. Dougie agora sorria e mantinha um ar divertido no olhar. - Posso cozinhar algo para você. - Entendi olhar divertido quando ele disse isso, e gargalhei. Ele fingiu estar ofendido e protestou: - Ei! Eu faço um miojo muito bom! - Ri novamente, antes de acentir, com um sorriso, e dizer: - Então, eu te vejo amanhã as sete.

- As sete? Ótimo. - Ia me levantar, quando me lembrei que a única coisa que sabia sobre o "encontro" era o horário. - Código de vestuário?

– Eu gosto das suas pernas... - Revirei os olhos. Ele riu. - Eu realmente gosto, mas não sou desse tipo. Vista o que quiser.

– Nós vamos comer o que?

– Vista o que quiser. - Repetiu. - Você é boa nisso.

– É claro, minha mãe deixou de escolher minhas roupas quando eu tinha o que? Sete anos? Tive uns onze anos para me acostumar! - Rimos. - Eu vou aparecer lá de pijamas!

– Se for do Bob Esponja, melhor ainda. - Piscou. Como ele conhecia meu pijama do Bob Esponja?


–-


Me olhei no espelho pela última vez. Ajeitei o vestido e coloquei um casaco, pronta para sair. Me despedi de Kevin e Viv e saí. Peguei um táxi para a casa de Dougie.

Ele disse que me buscaria em casa, mas eu recusei, lembrando-o que tinha uma namorada.

Paguei o taxista e saí do carro, parando em frente a porta e respirando fundo, antes de tocar a campainha.

Dougie abriu segundos depois. Estava (para variar) lindo, em um blazer preto, camisa branca e calça jeans escura.

– Está linda, eu disse que você era boa nisso. - Me cumprimentou com um selinho, me guiando para dentro da casa. - E também fica bem em qualquer coisa.

– Obrigado.

– … E isso não quis dizer nada que possa te ofender, - Coçou a nuca meio confuso. Também fiquei confusa pensando em como aquilo podia me ofender.

Dougie estava meio desajeitado, meio nervoso e eu estava obviamente achando fofo. - Você está nervoso? - Desviou o olhar e eu sabia que estava corando, mesmo com a luz baixa. - Eu não quero que você vá embora. Que lembre que é "errado", - fez aspas no ar - e vá embora.

– Se eu fosse você, não me lembrava que é errado. - Sorri, tentando esconder que o único erro dele tinha sido esse. - Desculpe.

– Não precisa se desculpar, eu não vou embora. Nem que você queira! - Ele riu, sentindo-se claramente mais leve. Essa noite tinha decidido ignorar toda aquela culpa e me concentrar no que estava acontecendo. Era um prêmio por… era um presente de aniversário antecipado de mim mesma para mim mesma. Quer dizer, eu tinha sonhado com aquilo por um tempo, em sair com o baixista do McFly. Eu era galaxy defender, pô, eu não podia jogar um jantar assim, no lixo.

Mesmo que fosse um jantar á luz de velas com um cara comprometido.

I'm a free bitch.


Só que sem a parte do free, né Lady Gaga?

Dougie tinha passado algumas horas naquilo. A iluminação, as velas, a mesa bem posicionada e repleta de pétalas de flores.

– Você… - Eu estava boba com o trabalho dele. Com ele. Com tudo. - fez um ótimo trabalho. - Dougie sorriu de lado, de um jeito charmoso.

– Sente-se e eu já vou servir o jantar! - Puxou uma cadeira e eu me sentei. Dougie foi para a cozinha e eu fiquei ali, absorta nos detalhes e em pensamentos.

Eu tinha feito o máximo para não pensar no futuro, no que seria depois disso. Sabia que era impossível ignorar o que meus hormônios idiotas fazem quando ele está por perto, queria que ele fosse meu e não dá minha irmã, por pior que isso soe. Eu não pretendia rouba-lo dela, eu só já sentia como se ele fosse meu, antes de encontra-lo no aeroporto, antes de tudo isso. Ele era meu mcguy… E ai eu me apaixonei, de vez, for real. Podendo toca-lo!

Podendo e não podendo.

E talvez ele também gostasse de mim for real, senão não teria feito tudo isso.

– Espero que goste de macarrão com queijo!

– … Queijo. - Falei, como se fosse um zumbi á procura de cerebros. - E macarrão.

– E bacon.

– Bacon?

– Mentira, não tem bacon. Eu sei que você é um et que não gosta de bacon.

– Ei! - Ele serviu e também se sentou.

Nós comemos, conversando - e eu quase me queimei com uma vela. Na hora, Dougie se preocupou, depois riu da minha cara e do quão desastrada eu sou -, tendo um jantar agradável. Um ótimo jantar na verdade.

Dougie fez baba ao rum de sobremesa e depois do rum e das taças de vinho, eu estava meio altinha, falando mais besteiras que o normal.

– ... Lhamas são tão engraçadas! - Terminei, e nós dois rimos. Dougie também estava meio altinho, mas acho que eu era mais fraca para bebida e estava mais tonta que tudo. Eu sabia o que estava fazendo, eu estava bem, estava muito bem. Era como se aquele vinho fosse felicidade engarrafada, porque me deixava toda risonha e alegre.

– Sabe, - Ele começou, brincando com o garfo. -, eu acho seus olhos lindos. - Encarei meu prato, sem jeito. - Seu sorriso faz eu me sentir toda boba, tipo o vinho. - Corei. Porque diabos estava falando aquelas coisas?

– O que nós estamos fazendo? - Rimos - Estamos sendo sinceros. - Dougie respondeu.

– De uma forma estranha. - Dei de ombros.

– Sempre é estranho.

– É bom ser estranho?

– Com você? É. É ótimo. - Sorri. - Quer dançar? - Ele convidou. - Quero! - Respondi, animada. Ele se lavantou e eu repeti sua ação, o acompanhando. Antes nós tinhamos uma música ambiente, não muito alta, tocava Soft Cell. Então, Dougie mudou de música e aumentou o som do rádio, e fazendo sorrir e balançar, o puxando para dançar, quando reconheci There Is A Light That Never Goes Out, dos Smiths.

Coloquei minhas mãos ao redor de seu pescoço e ele colocou as dele ao redor da minha cintura. Nós estavamos cantando, e dançando devagar, até a gente começar a se beijar. E ai as coisas desandaram. Começou com Dougie me prensando na parede e beijando meu pescoço.

E então eu acordei em seu quarto, semi-nua.


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Notas finais do capítulo

OLA



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