Here We Go Again escrita por TableBreakers


Capítulo 1
Capítulo 1 - So Much Better Without You


Notas iniciais do capítulo

É o primeiro capitulo de muitos pessoal! Espero que gostem da história... muito obrigada! Ficou um pouquinho grande, mas é a introdução para vocês entenderem melhor haha :D beijoss



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Amber Lynn :(http://weheartit.com/entry/25174408)

Tracy: (http://weheartit.com/entry/17027290)

Michael: (http://weheartit.com/entry/19926995)

Nunca fui aquele tipo de garota que alguém se apaixonaria e muito menos que alguém iria querer namorar. Só que de uns tempos pra cá parece que todo mundo resolveu mudar de ideia sobre mim. Eu passei de garota estranha para “a garota”. Eu não tinha feito absolutamente nada para isso.

– O que você vai fazer no final de semana, Lynn? – era o que todos perguntavam quando a sexta feira chegava. Geralmente eu ficava em casa assistindo alguns filmes bregas e lendo romances antigos, mas quando comecei a ser chamada para as festas da faculdade tive que adiar minhas noites de descanso. A cada festa que eu era convidada, vários caras me chamavam para sair. Até que em alguns casos eu aceitei, mas sempre acabava me arrependendo, pois eles não sabem falar sobre nenhum assunto tirando o último lance que tinham feito no treino do futebol. Então eu desisti dos meninos populares. Tracy, uma garota com quem eu nunca tinha conversado até há três meses atrás, não desgrudava de mim. Todo lugar que eu ia ela estava atrás. Eu até que gosto dela, mas odeio pessoas me seguindo e querendo saber tudo o que eu faço. Nunca tive que dar satisfações a ninguém. Mentira. Eu já tive sim, mas isso foi há muito tempo atrás, ou melhor, há 5 anos. Foi meu primeiro e único namorado. Ele era tudo que eu mais prezava nessa vida, por isso ele foi o responsável por minha desgraça. Há cinco anos eu tinha amigos, vários amigos. Eu e Celine éramos as garotas mais legais de toda a oitava série. Ela era a minha melhor amiga, aquela que sempre estava do meu lado. Foi ela quem me apresentou ele. Tudo começou em uma festa da fogueira em meados de novembro. Celine me apareceu com um copo de bebida na mão e com ele entrelaçado no braço livre.

– Amb, esse aqui é o Harry. – ela disse se enrolando na língua. Nem liguei muito pra ele, apenas fiquei pensando em como livraria Celine de uma encrenca. – Lembra que eu te falei dele mais cedo? – ela o soltou e o empurrou em minha direção fazendo com que ele se esbarrasse em meu copo cheio até a boca de refrigerante.

– Desculpe por isso. – falei tentando limpar sua blusa superficialmente. Ele apenas sorriu e murmurou um “tudo bem”. – Então... Você estuda aonde?

– Eu sou do Holmes Chapel Comprehensive School – ele explicou ignorando a mancha que se tinha formado em seu casaco. Eu devia ter transparecido surpresa,pois ele riu. - Ensino médio? – ele assentiu e baixou a cabeça envergonhado. Naquela noite nós conversamos sobre tudo, até sobre o sonho que ele tinha de um dia ser famoso com sua banda White Eskimo. Eu apenas o apoiei, pois meu sonho também não é assim tão fácil de alcançar. Quero ser autora, desde sempre. Passo horas do meu dia escrevendo poemas em tudo que acho, até em papel higiênico do banheiro da faculdade. Voltando ao Harry, nós acabamos nos envolvendo e namoramos por um bom tempo, até que ele terminou comigo porque precisava ir correr atrás dos sonhos deles, sem mim. Foi o fim pra mim, o primeiro menino que eu tinha me apaixonado tinha terminado comigo. Foram meses de tortura, me afastei de tudo e de todos. Até de minha melhor amiga Celine. Ninguém me chamava para sair porque sabiam que eu ia recusar ou se fosse não iria me diverti e chatearia todo mundo. Virei a indesejável número 1. Me lembro de um dia quando Celine passou em minha casa exatamente 5 meses depois que eu e Harry terminamos.

–Chega, Amber! Eu não aguento mais, ninguém aguenta mais! Você tem que superar, levantar essa cabeça! Eu sei que você realmente gostava dele, mas ele já seguiu em frente e é sua vez de fazer isso. – eu estava sentada em minha escrivaninha produzindo um texto sobre como eu sentia sua falta. Parei o que eu estava fazendo a fiquei encarando minha melhor amiga. Nada mais. Ela balançou a cabeça e continuou. – Eu quero minha amiga de volta, essa ai não é a Amber que eu conhecia, não é ela que eu amo, não é ela que é minha amiga. Faz um favor? Quando ela voltar avisa pra ela que talvez mais ninguém esteja aqui por ela.

E tudo virou realidade. Quando eu voltei a mim mesma eu não tinha mais amigos, ninguém mais queria saber de mim. Tive que mudar de escolar para tentar ter alguma vida social, mas não fui bem recebida. Então fiquei todo o ensino médio sem amigos. Não fui eleita à rainha do baile eu nem convidada para o baile de formatura fui, nem virei presidente de sala. Não fiz nada que um dia imaginei que faria. A Amber do ensino fundamental tinha morrido completamente. No lugar dela tinha surgido a Lynn que era meu nome do meio que nunca tinha sido usado. Me tornei outra pessoa. Até que no segundo ano da faculdade tudo mudou e as pessoas começaram a falar comigo. Você pensa que todos esses anos eu nunca mais tinha ouvido falar do Harry? Errado. Ele conseguiu o que queria.Logo depois de terminar comigo ele se inscreveu para o XFactor e saiu de lá com uma banda famosa chamada One Direction. Hoje em dia ele é conhecido mundialmente e eu apenas uma idiota na faculdade. Além de arruinar minha vida ele tinha conseguido tudo o que queria. Eu não sinto ódio, sinto inveja. Ele roubou tudo de colorido que minha vida tinha e ganhou tudo que se podia ganhar. Lembro que quando terminamos ele continuou conversando comigo mesmo distante, mas eu estava tão decepcionada que apenas o afastei e recusei que ele entrasse em minha vida. Ás vezes me arrependo, ele poderia ter voltado atrás, se arrependido, mas eu não penso muito nessa minha vida antiga. Agora eu sou a Lynn. Estudando letras na universidade de Londres, pois é tinha me mudado da minha vilazinha Holmes Chapel. Acho que por isso que as pessoas gostam de mim, elas não sabem de meu passado negro. Por aqui ninguém parece saber de meu namoro com o Harry o que eu acho ótimo. Não queria papparazzis perto de mim, muito menos perguntando sobre a pessoa que arruinou a minha vida. Não é muito frequentemente que eu penso nisso, mas devido aos fatos tenho que reconsiderar. Mais cedo Tracy estava em meu pequeno apartamento estudando comigo quando ouço a voz de Harry .Imediatamente eu levanto do chão onde eu estava sentada e corro para a bancada onde o radio se encontra.

– Você sente saudades de casa? - o entrevistador pergunta.

– Sinto, muita saudade! Só que sempre que tenho tempo vou visitar minha família e amigos. – ele responde com muita maturidade. Eu apenas reviro os olhos me lembrando das brincadeiras idiotas que fazíamos juntos. Um dia tínhamos combinado que viríamos para Londres . Assim tentaríamos realizar nossos sonhos juntos, pena que não foi assim. Ele mudou de ideia, quebrou a promessa. Provavelmente ele nem deve lembrar da promessa, na verdade ele nem deve se lembrar de mim. Meus pensamentos foram interrompidos pelo entrevistador:

– Então você mantém contato com seus amigos do colegial? – Tracy se junta a mim perguntando o que estava acontecendo. A repreendi e voltei a atenção para o radio.

–Mantenho sim! Claro, que não consigo com todos, mas sempre troco mensagens com os que eram mais próximos. Por exemplo a Celine, que era minha melhor amiga. – ele disse me fazendo engasgar.

– E suas namoradas? Teve muitas no colegial? – ele pareceu hesitar, mas respondeu com segurança.

– Para falar a verdade eu só tive uma. – um silencio tomou conta do quarto e provavelmente do estúdio da radio.

– Apenas uma? – o entrevistador parecia surpreso.

– Lynn – Tracy sussurrou me fazendo ficar com raiva.

– Só um instante. – eu grunhi para ela.

– É, ela era bem especial, só que não quis me esperar. – ele suspirou. Como é que é? Ela não quis esperar? Opa, eu não quis esperar? Eu passei quase um ano inteiro deprimida por causa desse garoto e eu não quis esperar?

– Azar o dela, o que ela deve estar pensando agora que você é famoso? - Fiquei com vontade de gritar, de invadir o estúdio e gritar com ele, mas sabia que eu não podia o máximo que aconteceria era ver a Tracy me olhando como se eu fosse algum tipo de maluca. Então por um ato de impulso, que me arrependo até agora, eu desliguei o radio e voltei normalmente para meus livros.

– Lynn? O que foi? – ela perguntou se sentando ao meu lado.

– Ah, nada. É que ele é da minha vila, ai todo mundo por lá venera ele. – não estava mentindo, só omitindo os fatos.

– Você conhecia ele? – ela arregalou os olhos e agarrou meu braço.

– Só de vista. – menti, voltando para meu livro. Tracy pareceu desapontada, mas eu não iria conta-la, não iria contar a ninguém, nunca. Por isso agora exatamente 58 minutos depois que minha perseguidora foi embora eu estava deitada em minha cama pensando sobre o passado. Fiquei com saudade de minha infância quando eu brincava pela rua de pega-pega com a Celine e de como eu me senti quando Harry me beijou pela primeira vez. Por impulso peguei meu laptop e joguei em cima de minha cama. Entrei em meu facebook e digitei “Celine Fellows” achei alguns resultados,mas logo a vi. Era a terceira na lista de procura. Meu coração começou a bater mais forte e tomei coragem de clicar. Quando vi seu perfil quase comecei a chorar.Na foto ela estava linda, seu cabelo ruivo caia em delicados cachos e seus olhos verdes se destacavam. Ela finalmente tinha começado a cuidar da pele que é muito branca. Celine nunca usava protetor e por isso tinha muitas sardas,mas parece que isso tinha mudado. Sua pele estava impecavelmente branca e lisa sem nenhuma pinta ou marca. Desci por seu perfil para ver suas postagens. Vi algumas marcações com amigos nossos de infância, mas também de muitas pessoas que eu não conhecia. Ela continuava morando na nossa pequena vila. O botão de adicionar amigos estava praticamente piscando. Arrastei a seta até ele e fiquei um pouquinho ali. Depois de alguns minutos decidi adicionar. Quando cliquei comecei a suar frio e um grito cresceu em minha garganta, por isso fechei o laptop rapidamente e joguei para o extremo da cama, por alguns centímetros ele não caiu no chão. Meu celular começou a tocar me fazendo dar um pulo. Demorei de atender não por estar com medo, mas porque eu não sabia se minha voz tinha voltado.

– Alo – eu disse quase me engasgando.

– Amber! – ouvi a voz de minha mãe, a única que ainda me chama assim.

– Oi, mãe – digo recuperada. - Tudo certo não é? Estou te esperando aqui amanhã. – merda, tinha esquecido que tinha combinado com minha mãe de passar uma semana em casa por causa do feriado.

– Claro – falei mentindo e tentando calcular a hora que eu teria que sair de casa para chegar em minha cidade a tempo do jantar.- Que horas quer que eu chegue ai?

– Depois do almoço, minha filha. – então eu teria que sair daqui umas 11 horas se quisesse chegar por voltas das 1 e meia. – Não se esqueça de trazer os doces de sua irmã. – ela diz me fazendo lembrar de outra coisa. Como eu sou idiota de esquecer .

– Ok, mãe não se preocupe! Mais alguma coisa? – eu digo me levantando da cama e colocando uma bota.

– Não traga os livros da universidade, é sua semana de descanso. – HÁ, penso. Como que Holmes Chapel seria um descanso para mim? Eu não ia fazer nada por uma semana sem ser passear com minha irmã, ver televisão com meu pai e ajudar minha mãe no almoço. Eu não tinha amigos por lá. – E se quiser traga uma amiga. – pronto, isso ajudou muito. Como eu diria a minha mãe que eu não tenho amigos? Só um que eu considerava e não sei se seria uma boa ideia.

– Ta bom, mãe. Até amanhã. – desligo finalmente entrando no elevador. Demoro 30 segundos para chegar no play onde dou boa noite a Freddie o porteiro que tem por volta 50 anos.

– Sair nesse horário? Você nunca sai depois das oito! – ele exclama quando passo por ele.

– Mercado, Freddie, mercado. – explico saindo pela porta de vidro e atravessando a rua. Não estava indo realmente no mercado, mas em um lugar parecido com isso. Era uma loja de doces que minha irmã era apaixonada. Ela tinha doze anos, mas às vezes parecia ser mais velha que eu.

– Oi, Michael, eu quero vinte pacotes daquele chocolate e dez desse chiclete aqui. – fiz meu pedido usual me jogando na bancada.

– Vai para Holmes Chapel? –meu amigo e vendedor da loja perguntou quando contava os pacotinhos.

– É, minha irmã pediu mais. – explico e dou uma voltinha na lojinha. Doces de todos os tipos e sabores. Me dou de cara com revistas e logo vejo o Harry com sua banda na capa. Meu primeiro instinto é me virar, só que logo volto para ver mais de perto. Estava escrito que eles tinham acabado sua turnê mundial e tinham voltado para a Inglaterra.

– Aqui está. – Michael, disse segurando um saco cheio de chocolates e balas. Quase corro até ele com a revista em mãos.

–Quero isso aqui também. – digo estendendo a revista de adolescentes. Michael levanta as sobrancelhas.

– Sério? – ele me olha incrédulo, percebo com parecia infantilidade eu estar comprando essa revista, então minto.

– Minha irmã... gosta... do... do... One Direction! – digo apontando para os meninos na capa. Michael parece engolir e então me cobra o dinheiro. Quando estou pagando ele diz:

– Vai passar todo o feriado lá? – ele pergunta estendendo o troco.

– É- digo secamente e me lembro o que minha mãe disse, eu poderia levar um amigo. Pensei em Michael. Ele tinha uns 22 anos e trabalhava aqui para pagar a faculdade. Sempre saiamos juntos por ai, mas nada romântico. Ele era meu amigo e apenas. Confesso que quando o conheci eu dei um pouquinho em cima dele, mas apenas porque ele é mais velho e muito bonito. Seu cabelo loiro cai sobre os olhos levemente e uma cicatriz em seu queixo o torna muito sexy. Balanço a cabeça como se isso fosse afastar esses pensamentos.

– Você não quer ir comigo? Lá vai ser um saco, não tenho amigos. Minha mãe pediu para chamar alguém e como você e a perseguidora são os únicos... Você tem que ir comigo. – choramingo, fazendo biquinho.

– Eu juro que gostaria de ir, mas vai ser impossível! Tenho que trabalhar, o feriado é quando isso aqui fica mais cheio. – eu faço cara de chateação e ele completa- E eu tenho certeza que sua mãe quando disse para você levar alguém ela se referia a uma amiga. – concordo com a cabeça, pois sei que é verdade. Minha mãe surtaria se Michael aparecesse lá comigo.

– Tudo bem, acho que vou sozinha mesmo. Bom feriado, Michael. – digo saindo pela porta. Decido ligar para a Tracy.

– Oi, amiga!- ela diz assim que atende. – ta fazendo o que?

– Vim comprar alguns doces para minha irmã em uma loja perto de casa... – expliquei andando pela calçada vagarosamente.

– Você vai para sua cidade? – ela pergunta confusa. – você não falou nada!

– É que eu tinha esquecido! – digo exaltada. – Sei que tínhamos marcado coisas, mas eu tinha prometido a minha mãe.

– Não tem problema... só vou ter que arranjar novos programas. – por um segundo senti pena da Tracy ela era realmente uma boa amiga e tinha combinado todo nosso feriado juntas.

– Venha comigo para Holmes Chapel – digo atravessando a rua.

–Sério? – ela disse sem acreditar.

– Seriíssimo, minha mãe me mandou levar uma amiga, ninguém melhor do que você certo? – falo imaginando quantos pulos ela devia estar dando do outro lado da linha.

– Certo! Então amanhã as 10 eu to ai ok? – ela diz super entusiasmada.

–Fechado! – digo desligando o telefone. Pronto, agora iria carregar a Tracy por toda a cidade, pelo menos não ia parecer uma idiota andando sozinha pela praça de noite.


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Notas finais do capítulo

Comentem please, isso é muito importante! Beijos



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