Boulevard Of Broken Songs (Glee x GG) escrita por CrisPossamai


Capítulo 21
Antes que o mundo acabe


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo. Agradeço a quem acompanhou e comentou nessa história, que eu me diverti muito escrevendo. É isso, fiquem a vontade para criticas ou sugestões!



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Dan Humphrey: Às vezes parece que foi ontem. Formando-se no colégio, dizendo adeus. Aquela sensação que você tem aos 17 ou 18 anos, que ninguém no mundo esteve tão próximo Amou tão ferozmente Riu com tanta vontade Ou importou-se tanto assim. Às vezes parece que foi ontem. E às vezes Parecem as lembranças de outra pessoa.

Nate Archibald, Chuck Bass, Blair Waldorf e outras 485 pessoas curtiram isso.

Nate Archibald piscou três ou quatro vezes para conseguir visualizar os metros a sua frente e não se deixar dominar pelo sono. Bocejou preguiçosamente antes de levantar do confortável sofá que ocupava parte da sala do simpático apartamento no Brooklyn. Os olhos se voltam para o notebook a sua frente e a mensagem nostálgica do amigo e escritor em ascenção lhe arranca um breve sorriso. Deveria ser mais alguma parte do segundo livro que Dan Humphrey estava prestes a lançar oficialmente Vinte e poucos. Ele se identifica, curte a postagem, decide encerrar o expediente on-line e deposita o eletrônico em seu devido lugar sobre a cômoda a sua direita. A televisão ligada reprisava pela décima quarta vez um desenho animado puramente por teimosia do serzinho que rossonava profundamente ao seu lado. O nova-iorquino cumprimenta o colega de apartamento que preparava qualquer coisa na cozinha e cuidadosamente pega o garotinho de quase três anos no colo a fim de carregá-lo para a cama.

_ Definitivamente, a Serena vai ter que conversar com aquele diretor ou vocês vão explicar para o meu filho porque a mãe dele tem chegado tão tarde nesta semana! esbraveja Nate ao pisasr na cozinha e apanha algo para comer.

_ É, para você agüentar outra vez Bob Esponja, eu achei que a situação estivesse critica. Ele cismou em esperar acordado pela Quinn, não é? brinca o escritor do momento, Dan Humphrey.

_ É, e o único desenho que consegue distra-lo nestas horas. Você sabe se a gravação ainda vai demorar?

_ Acho que pela cena que gravariam hoje, as coisas podem ser mais longas. o amigo lhe olha desnorteado Você não sabe? Isso é quase embaraçoso. Bom, lembra quando você traiu a Blair com a Serena? o rapaz arregada os olhos Pois é esse flashback, mas, como você não ta no livro, adaptamos para ser um caso entre o Chuck e a Serena.

_ PUTA MERDA! E ninguem pensou em me contar? o escritor ri pela explosão e pede silêncio para preservar o sono do pequeno Mark Fabray Archibald. Por que ninguém me contou? o tom é bem mais brando.

_ Eu só sou o roteirista, esqueceu? Não decido nada a respeito da estrutura do filme... E isso faria diferença? Quero dizer, você não interferiria mesmo se soubesse, não é?

_ Não, nunca... Esse é o trabalho da Quinn, eu só... Uau... Sempre achei que pagaria por essa besteira, mas, não imaginava que essa história se repetisse, sabe? A minha namorada se envolvendo com o meu melhor. Eu já vi isso antes e não é legal.

_ Falando em história, você realmente não se importou com a última publicação da Gossip Girl ironizando a escolha da Quinn para o papel da Serena no filme? Eu entenderia, cara. Eu praticamente te exclui do livro e ironicamente, a sua namorada acabou aparecendo em destaque na trama do Upper East Side.

_ Não, nenhum pouco. Honestamente, eu deveria lhe agradecer por ter me tirado desta. Falando nisso, a postagem de agora a pouco era um trecho do novo livro?

_ Não um trecho, uma previa. A minha editora achou que seria bom soltar previews da história para chamar a atenção do público-alvo. Isso não fez nenhum sentido para mim, e o que você me diria como alguem da área de publicidade? o nova-iorquino aprova a propaganda virtual Mas, queria que você olhasse isso... É o meu rascunho de Antes que o mundo acabe, lembra? Então, minha editora quase me enloqueceu por ter demorado tanto para finalizar e indicar para publicação, mas, antes eu queria saber a opinião das pessoas que realmente fizeram essa história. ele apanha o masso de folhas E só para esclarecer, eu não lhe retirei de Inside porque você não era importante para a história, só esperava que a sua história não se limitasse ao Upper East Side.

O estudante de marketing agradece a explicação, apanha as paginas do conto Antes que o mundo acabe e ruma para o quarto para iniciar a leitura, enquanto aguardava pelo retorno de Quinn dos estúdios de gravação da adaptação para os cinemas de Inside, o primeiro livro de Dan Humphrey. A namorada do aspirante a escritor, Serena fora a responsável por costurar o acordo entre a editora e o cinesta para o que próprio garoto solitário efetuasse o roteiro. O sol já estava alto quando Nate tornou a abrir os olhos. Um minúsculo serzinho pulava na cama perto de si e gritava tentando chamar a sua atenção

_ Ei, bom dia! Nem vi você chegar essa noite! o nova-iorquino é só sorrisos ao acordar com a namorada ao seu lado.

_ É, eu cheguei bem tarde... Precisamos adiantar algumas filmagens e vocês, mocinhos, o que fizeram de bom? questiona Quinn após beijar o seu carinha de Nova Iorque.

_ Nós vimos Bob Esponja, duas vezes, não é papai? o menininho sossega e cai no abraço da loira.

_ Yeah! Vimos pela décima terceira e quarta vez aquele filme... a namorada ri Não me diz que você já está saindo para gravar... comenta desanimado.

_ Não, nós antecipamos as cenas para poder tirar o fim de semana de folga...

_ Você pode me agradecer depois, Archibald. Serena aparece na porta do quarto e o garotinho corre para abraça-la Não foi nada fácil convencer aquele diretor!

_ Folga, é? Graças a Deus! Então, quais os planos do casal mais cult de Nova Iorque? Nate debocha do amigo e da respectiva namorada.

_ Hum... Eu passei os últimos dias enfurnada no estúdio e o meu namorado revisando o novo livro... Acho que vamos sair para qualquer lugar longe daqui, e vocês?

_ Vamos ver Bob Esponja! grita o pequenino voltado para o colo dos pais.

_ OK! Parece que não temos muita escolha, não é? Quinn encerra de bom grado a discussão sobre a programação do sábado de folga.

Dan e Serena logo se despedem e o apartamento cai no mais absoluto silêncio por exatos dez segundos. Com a temperatura baixa, o pequeno Mark se enroscou nos cobertores da cama dos pais e suplicou por pipoca no café da manhã. Quinn bufa, finge indignação, porém, acaba cedendo ao capricho do filho e repassa a obrigação ao namorado, que se esforçava para acordar totalmente. Reclamando do intenso frio, o jovem volta para debaixo das cobertas com uma tigela de pipoca e uma garrafa cheia de chocolate quente para a alegria do garotinho. Mark aponta algo na tela e ri da ação cômica que se desenrolava no desenho protagonizado por Bob Esponja antes de se aninhar ainda mais nos braços da mãe. O celular do rapaz apita e a mensagem é lida com uma gargalhada interminável.

_ Era o Sam. Estão pressionando para que ele assine o contrato antes da pré-temporada. É, acho que vou ter que ir para Lima na próxima semana.

_ Então, deu tudo certo? Sam vai mesmo jogar na NBA? a loira questiona erradamente fazendo com que o filho e o namorado caíssem em sonoras risadas.

_ Não, mamãe! O padrinho vai jogar no campeonato antes da NBA, né? Daí, se ele for bom mesmo... Ele vai jogar a NBA, e ele vai conseguir, né papai? explica o espertíssimo garotinho.

_ Esse é meu garoto! Nate abraça o filho que ri pela brincadeira O que acha de visitar o tio Cooter e a tia Shannon, Mark? o menininho comemora e a jovem arqueja a sobrancelha pelos planos inesperados Meus tios perguntaram se eu poderia levar o Mark, faz tempo que eles não vem para Nova Iorque por causa da correria na agência.

Cooter Mankins tinha se desligado oficialmente da Ohio States para realizar o sonho de sua vida: montar uma agência voltada a descobrir e orientar novos talentos esportivos. Sam Evans era a principal revelação e estava prestes a assinar por duas temporadas com Rochester Razorsharks, uma equipe de Nova Iorque visando a disputa da Premier Basketball League, uma espécie de divisão de acesso à elite do esporte, a NBA. O loiro havia se destacado na liga universitária pelo Strikers Dayton Air, de Ohio. Com diversas vantagens para o atleta e o próprio clube, a transferência ainda resultou na contratação de Blake para suprir a ausência da estrela do time de Kettering. A Agência Esportiva Avante, firmada em parceria com o megaempresario Al Motta, ainda representava o jogador Noah Puckerman, atualmente defendendo o time universitário do Bufallo Bills na terceira divisão da NFL. A proposta inicial do empreendimeto era apostar e dar suporte para jovens de Ohio e avançar para o restante do país aos poucos. Nate era visto como peça fundamental para essa expansão e não havia nenhum plano profissional que lhe deixasse mais satisfeito.

_ Ah, Nate... Você não pode esperar alguns dias? Estamos na reta final das gravações!

_ Desculpa, querida, mas, isso é urgente. Sam ainda disse que queria me oficializar como seu agente, acredita nisso? ele comenta orgulhoso Também tenho que revisar o contrato e acertar os detalhes da mudança do Blake para a Universidade de Kettering.

_ Quando foi que você se tornou tão importante? a loira debocha do namorado, que lhe acompanha nas risadas Então, você costuma só cuidar da carreira de atletas ou pode lidar com uma futura estrela de Hollywood?

_ Uau...Não sei, seria muita pressão...- ela lhe estapeia de leve O que aconteceu com aquele discurso de se formar, se dedicar ao cinema independente e sempre priorizar o roteiro a chance de estrelato? o rapaz brinca com a namorada.

_ Quieto, está bem? ela nota o semblante zangado do filho Ei, Mark, o que aconteceu? Você ficou com essa carinha de repente, ficou chateado? a loira mima o garotinho.

_ YEAH! Vocês ficam conversando e eu não consigo ouvir o que o Patrik e o Bob Esponja tão dizendo...Também não vi a hora do Seu Siri Queijo! reclama o menininho de forma particularmente adorável.

Adorável, não havia outra palavra para definir o pequenino Mark, perto de completar três anos. Quinn paparica o filho e lhe traz para o seu colo, sendo automaticamente abraçada por Nate. Era uma agradável manhã de sábado e Quinn se acomodava nos braços do seu eterno carinha de Nova Iorque. A sensação de bem estar era inacreditável, por mais que a situação jamais passasse pelo seu imaginário. Entretanto, poderia ser um recorde mesmo para Quinn Fabray. Estar ali em uma simples sábado se divertindo com um desenho animado, fascinada pela risada de um menininho de quase três aninhos e irremediavelmente apaixonada pelo nova-iorquino que lhe recebia sempre de braços bem abertos não parecia apenas certo, parecia absolutamente real.

As pessoas jamais compreenderiam a balburdia de nossas vidas reais, de nossa noite real, a loucura disso tudo e a estrada sem sentido. Tudo isso num vazio sem começo nem fim. Tchau, tchau, ela afastou-se sob o longo entardecer rubro. Trens fumegando, lançando turbilhos de fumaça sobre ela. Sua sombra a seguiu, distorcendo seu andar habitual, seu jeito de ser e seus pensamentos também. Virou-se e abanou tímida e recatadamente. Então, fez algum sinal indicando que a linha estava livre, saltitou, gritou algo que não ouvi. Fez um último aceno. Abanei também. De repente, curvou-se em direção a sua própria vida e desapareceu de vista rapidamente.

Encarei friamente o vazio de meus próprios dias. Também tinha um caminho longo a percorrer. Assim, em Ohio, quando o sol se põe e eu me sento no velho e arruinado cais do rio olhando os longos, longos céus acima de Lima, e posso sentir aquela terra rude se derramando numa única, inacreditável e elevada vastidão até a Costa, e toda aquela estrada seguindo em frente, todas as pessoas sonhando nessa imensidão, e essa noite, as estrelas vão aparecer? Então, eu penso nela, penso até no que poderíamos ter dito no encontro que jamais repetimos, eu penso nela e em seus olhos que me queimavam, queimavam, queimavam como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações através do infinito. (Página 351, Antes que o Mundo Acabe, Dan Humphrey)

Na noite daquele mesmo sábado, Nate Archibald praticamente devorou as 351 páginas do livro Antes que o mundo acabe, escrito por seu amigo Dan Humphrey a respeito de sua viagem de carro entre Lima e Nova Iorque há 4 anos. O rapaz fechou o livro e lhe deixou sobre a cômoda ao lado esquerdo da cama de casal, já ocupada pelo filho Mark e a namorada Quinn Fabray. A história era nada menos do que sensacional e na manhã seguinte, decidamente ele elogiaria o amigo e tiraria a dúvida se o personagem principal fora mesmo baseado em sua jornada particular. Era uma versão mais melancólica e poética do que a experiência vivida nos 870 quilometros na estrada, entretanto, Nate nem cogitava reclamar pela própria realidade. Muito pelo contrário. Nate Archibald se considerava afortunado por estar perto o suficiente para encontrar esperança no mundo mágico do filho, numa música cantada na companhia dos amigos e nos olhos da pessoa que mais amava. É, Nate Archibald tinha sorte, não, Nate Archibald era o cara mais sortudo do mundo, porque num dos corredores da Escola Willian Mckinley cruzou e se apaixonou por Quinn Fabray e um ponto ainda desconhecido do caminho, ela decidiu corresponder àquele sentimento.

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