Boulevard Of Broken Songs (Glee x GG) escrita por CrisPossamai


Capítulo 18
On the road




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Cruzaram por outro estado durante a noite e chegaram a divisa com o Arizona ao alvorecer. Nate despertou de um sono profundo para encontrar todos os outros dormindo no carro estacionado sabe Deus onde, porque não se podia ver nada pelas janelas embaçadas. Saiu do carro e percebeu que estavam nas montanhas e era um nascer de sol celestial, fresca brisa púrpura, encostas avermelhadas, pastos de esmeralda nos vales, orvalho, nuvens dourados transmutantes no solo. Era sua vez de dirigir, mas, estavam esperando chegar em dois dias, isso senão parassem para mais alguma loucura no caminho, como acordar os amigos para observar mais do raiar do quinto dia na estrada. Sam se acomodou no banco do caroneiro e Rory serviu de escoro para que Sugar se deitasse no banco de trás. Nate ligou o som, sintonizou numa rádio maneira e desceu a encosta montanhosa em ponto morto, com o motor desligado para economizar gasolina e curtir a sensação.

Dessa maneira, rodou até Tucson, que está situada numa bela região rural entre arbusto e a margem do rio, dominada pela serra de Catalina. A cidade era uma grande loja de materiais de construção, as pessoas na rua, apressadas, loucas, varais espalhados pelos quintais, trailers, as ruas fervilhando e embandeiradas no centro. Acharam uma pousada qualquer e decidiram parar por algum tempo. Na verdade, o que menos faziam nas pausas eram dormir. A adrenalina de estar em movimento lhes catapultava para fora dos aposentos e o aroma de novidades a desvendar sempre se sobrepunha a exaustão fisica. Foram até a esquina, numa loja pequena, comer o segundo melhor café da manhã de suas vidas, andaram no comercio local, compraram dúzias de besteiras, bateram dezenas de fotos, visitam um ponto turístico sem muita empolgação e correram para o cinema mais próximo só pela vontade de devorarem doces. Na saida, Rory se impressionou com um grande letreiro de néon vermelho que piscara, era um saloon onde os moradores se reuniram para beber e perder horas em mesas de bilhar ou pistas de boliche. Mais uma noite gasta fora da programação e ninguém estava preocupado com isso, afinal, o irlandês já compreendera que o destino e maior barato era a estrada e nada mais.

Sugar Motta adicionou mais doze fotos para o Álbum “Na Estrada”, com Nate Archibald, Sam Evans e Rory Flanagan.

Matt Rutherford, Chuck Bass, Serena e outras 86 pessoas curtiram isso.

Noah Puckerman: Sério, onde vocês acham esses lugares? Que demais! Eu quero fazer essa viagem louca no próximo verão. O que acha Jenny Humphrey?

Jenny Humphrey, Quinn Fabray, Eric Van Der Woodsen e outras 7 pessoas curtiram isso.

Dan Humphrey: “Foi triste ver sua figura alta mergulhando na escuridão, enquanto nos afastávamos, exatamente como as silhuetas de outras figuras em Nova Iorque, permaneciam incertas sob céus imensos e tudo o que lhes dizia respeito ia aos poucos se desmoronando. Para onde ir? O que fazer? Para quê dormir? Esses loucos apenas seguiam em frente”. (Pág 48, capítulo 3, Antes que acabe o mundo, DH)

Nate Archibald, Sam Evans, Sugar Motta e outras 152 pessoas curtiram isso.

A próxima parada era Tulare. Roncaram vale acima. Nate ia deitado dividindo o banco de trás com Sugar, exausto, desistindo, completamente de tudo, em determinado momento daquele tarde, enquanto cochilava o carro zuniu pelas barracas nos arredores de Sabinal. Sam estava curvado rigidamente sobre o volante, esmurrando sua barra. Parecia uma questão de minutos quando começaram a rodar pelo sopé das colinas de Oakland e, repentinamente, atingiram o cumo de um morro e viram, esparramada à frente, a fabulosa cidade de Nova Iorque.

_ Uau! Conseguimos! Lá é que o mundo todo explode, leprechaun! – brincou Sam deitado sobre o próprio carro.

_ Eu sei! Isso é incrivel, caras! Mas, onde é que vamos ficar? – se preocupou pela primeira vez o irlandês – Ainda temos três dias para o meu vôo!

_ Eu estava pensando em nos hospedarmos no Empires, o que acham? Meu pai concordou em pagar os nossos quartos por alguns dias! – sugeriu a única garota.

_ Duvido que o Chuck nos cobraria algo, mas, é uma ótima opção. Direto para o Upper East Side ou vocês preferem encontrar o pessoal do coral? – relata Nate ao apanhar as chaves do veiculo. Ninguém conhecia as ruas daquela cidade como ele.

_ Eu vou ser uma garota agora e exigir por banho e uma cama decente! A estrada é incrivel, mas, eu estou completamente desarrumada! Direto para o hotel, Archibald!

Sugar ordenou e ninguem ousou questionar. A garota que costumava implicar por qualquer bobagem havia se mostrado uma companhia extramente divertida durante o trajeto de 870 quilômetros. Ela estava a ponto de explodir de tanta vontade de poder se portar como quem era. Nate olhou para o leste e assumiu a direção. Perambularam pelas imediações da área mais rica da cidade na espera que Chuck tivesse a decência de atender ao telefone. Rory comentou divertidamente que todos pareciam alquebrados figurantes de cinema, estrelinhas apagadas, dublês desiludidos, pilotos de autorama, comoventes personagens como suas tristezas de fim de linha. Casanovas de uma elegância decadente, loiras de motel com olhos de inchados, punguintas, desesperados, artistas em rulas românticas e empresários que aparentavam ser os donos do mundo, uma corja completa, como pode um jovem se libertar depois de criado no meio de um bando como esse? A dúvida fez Nate rir e a resposta morreu no silêncio após ouvir o Alô do melhor amigo. O herdeiro da família Bass exigia que o quarteto se hospedasse nas melhoras acomodações do Empires e nem cogitou ouvir nada sobre pagamento. Ao entrarem nas dependências do luxuoso hotel, Sam e Rory perderam a fala e a espontaneidade. Tiraram todas as tralhas que precisavam de dentro do carro e correram para os quartos gigantescos sem precisar se encomodar com registros. Chuck já tinha ajeitado tudo. Os garotos dividiriam uma suíte e Sugar se estabeleceria no quarto ao lado. Aquilo não poderia ser melhor.

No início da noite, o quarteto desperta para ser conduzido em um tour bastante peculiar elaborada por Chuck. Em um clube alternativo, Blair se une aos visitantes e anuncia que logo Dan e Serena estariam ali. Os detalhes da viagem são contados e esmiuçados entre drinques, rodadas de sinuca, música eletrônica e muita agitação. O segundo casal aparece e o aspirante a escritor não larga os integrantes da louca excursão e exige ouvir novamente os pormenores do percurso. De acordo com o garoto do Brooklyn, as postagens de Sugar e os cenários percorridos lhe inspiraram a iniciar um conto baseado na tentativa de conhecer a si mesmo, conhecendo o país... O livro possuia o título provisório de “Antes que o mundo acabe” e estimulou ainda mais os viajantes a resgatar as memórias da estrada. A madrugada avança em um caminho desconhecido para o jovem Archibald em boates distintas da sua fase de nova-iorquino.

Na manhã seguinte, o filho do dono do Empires estava ausente por causa das aulas na Faculdade, mas deixou o motorista a disposição dos amigos. O primeiro compromisso era riscar o último item da lista do irlandês e visitar a Estatua da Liberdade. Jenny, Puck, Rachel e Kurt haviam se comprometido em encontrá-los no monumento e o combinado era apanharem Finn no caminho e se jogarem para a praia mais próxima. O bad boy se apresentava incrivelmente bem adaptado ao ritmo alucinante da metrópole, ao passo que os alunos de teatro buscavam se adequar ao status de simples calouros em suas respectivas universidades. No litoral, Puck, Sam e Nate se arriscam nas ondas e tentam surfar alguma coisa, enquanto que o restante se limita a aliviar o calor intenso nas águas mais calmas. No entardecer, Chuck aparece com a namorada e inclui a turma em uma exuberante festa em alto-mar. O veleiro da família Bass era nada menos do que impressionante e a farra rola noite adentro. Nate se escora na polpa da embarcação, vira mais um gole da sua cerveja antes de ser quase cegado pelo flash da câmera da judia. 

_ Então, esse era o seu mundo? – o jovem ri da questão e se limita a beber – Sabia que eu não via Kurt há mais de uma semana? Minha rotina está tão devotada a NYADA, que encontrei o Finn apenas uma vez desde que chegou. Nunca imaginei que sentiria tanta falta de Ohio.

_ Isso é bem divertido, não é? Aos poucos, a diversão se perde e fica a obrigação. Isso é tudo fake, Rachel. – a garota lhe encara surpresa – Não se perca e nem perca o resto do pessoal nessa correria de Nova Iorque. Não vale a pena!

_ Então, a Quinn está certa. O carinha de Nova Iorque se tornou um carinha de Ohio.

_ Me sinto muito bem em Lima. Começo a faculdade de Administração em algumas semanas, ganhei bolsa para estar no time de basquete e tenho um ótimo trabalho. Não é tão ruim ser um carinha de Ohio, não é? – os dois riem e miram o horizonte apagado.

_ Temporariamente, não. Mas, não se acomode na monotonia daquela cidade. No Clube Glee não aceitavamos menos que extraordinário, então, não deixe o nível decair, certo?

_ Ok. Eu prometo ficar de olho nos novatos... E me policiar, às vezes.

_ Quinn já me visitou, sabia? – ela muda drasticamente o assunto, ele arqueja a sobrancelha – Acho que vocês deveriam aproveitar essa visita e conversar, sabe?

_ Nada mudou desde a nossa última conversa, então, talvez não seja a hora certa.

_ E quando seria isso, Archibald?

Nate sorri desarmado para a garota ao seu lado e suspira longamente. Sugar fotografa os dois, chama a dupla para outro registro e contubar a conversa que deveria ser séria. O último dia do irlandês é um misto de fascinação com a grandiosidade do Upper East Side e a atmosfera serena dos recantos do Brookly. No horário determinado, Rory acena aos amigos grato pelos dias mais malucos de seus 15 anos e embarca rumo a sua cidade natal. Sugar leva duas horas para se recuperar da separação e retirar seu relacionamento sério do Facebook. Nate implica pela rápida melhora e Sam brinca pela liberdade recém-adquirida de todo o trio. É0 querendo ou não, os três não deviam satisfação a mais ninguém. Por isso, a viagem de volta começava a ser planejada e o único pensamento era de ter paciência para aproveitar as melhores coisas da estrada, inclusive, a tal liberdade.

Blair Waldorf: Yale vai parar nesta noite para a primeira festa promovida pelos calouros de Moda. O evento começa pontualmente às 21 horas, entendido Chuck Bass, Serena Van Der Woodsen e Dan Humphrey? Então, Nate Archibald e Sugar Motta, espero por vocês e seus amigos de Ohio!

Chuck Bass, Serena Van Der Woodsen, Sugar Motta e outras 186 pessoas curtiram isso.

Sugar Motta: Vocês não vão faltar a essa oportunidade não é Rachel Berry, Kurt Hummel, Finn Hudson, Sam Evans e Noah Puckerman?

Noah Puckerman: Sinto muito, Sugar, mas, tenho treino de manhã cedo e minha garota Jenny tem aula, então, bebam todas por mim, caras!

Kurt Hummel: Oh céus! Uma festa digna de Upper East Side??!! Eu estou nessa!!!! Em Yale?? Quinn Fabray, você estará lá, não é???

Rachel Berry: Vamos juntos, não é Kurt??? Finn também tem treino, mas, me incentivou a comparecer... Ele é tão fofo!!!!

Blair Waldorf: É lógico que a Quinn estará na minha festa. Todo o do curso de teatro foi convidado. Os estudantes de Yale estão suplicando para ir a noite Upper East Side.

Sam Evans: Festa ao estilo UES? Isso é imperdível! Vamos todos perder a cabeça!

Nate Archibald, Chuck Bass, Kurt Hummel e outras 17 pessoas curtiram isso.

Antes de partirem para a festa em New Haven, Sugar chamou os companheiros estrada para uma fotografia e selar o compromisso de que retornariam no dia seguinte sem nenhum amarra a prazos ou programações.

Sugar Motta adicionou uma foto no álbum Na Estrada, com Sam Evans e Nate Archibald em Nova Iorque.

Quinn Fabray, Mike Chang, Noah Puckerman e outras 35 pessoas curtiram isso.

Havia um sentimento diferente em uma crescente naquele trio tão peculiar. A primeira parada ocorreu para pegar Kurt e Rachel e esperar por Serena e Dan na saida da metrópole. A primeira vista, Yale era formidável e gigantesca, quase poderia ser comparada com a cidadela de Lima. A fraternidade que sediava a Festa de boas-vindas aos calouros estava impecável e todo o movimento fluía para o local, já completamente lotado. Quinn se esquivou para o interior da mansão impressionada pela imponência do recinto. Ela se sentiu sufocada pela maré de gente e teria dado meia volta senao fosse interceptada pelo mais extragavante formado do Willian Mckinley. A loira foi encaminhada para o lado ocupado pelos amigos de Ohio e cumprimentou com entusiasmo e um tanto de curiosidade o ex-namorado. Nate tagalerava alguma besteira com o melhor amigo e virava uma dose de uísque.

Rachel deveria beber com mais freqüência. Levemente embriagada, a judia era bem mais divertida e facilmente se transformou no centro das atençãos ao tentar cantar no ritmo eletrônico as canções que estava praticando na faculdade. Sam, Quinn, Kurt e Serena gargalhavam pela performance fora de tom e se desdobravam para quadro se agravasse. O loiro quase foi estapeado pela jovem ao retirar uma taça de champanhe das mãos dela. Logo que Blair convocou o namorado para lhe acompnhar em uma “volta pelo recinto”, ate se apressou em unir aos amigos de Ohio, companhias muito mais divertidas que os riquinhos do antigo bairro. Dan conseguiu se safar do interrogatório de Sugar a respeito do conto que estava escrevendo baseado na viagem de Lima à Nova Iorque. Pelas constantes publicações, Sugar despertava a curiosidade coletiva e furtou os momentos de gloria da judia, que se contentou em virar mais uma dose de uma bebida alcoólica qualquer. Apesar da filha do maior milionário do interior de Ohio narrar as peripécias da estrada, Quinn preferiu ouvir a versão do nova-iorquino, que se refugiava na varanda para ter um instante de sossego.

_ Você não sabia o que fazer da vida e acabou caindo na estrada, Archibald? – o tom amistoso da loira coloca um sorriso no rosto dele.

_ Yeah, eu tentei aquilo de conhecer a si mesmo conhecendo o país, sabe? – ele rebate de excelente humor.

_ E você chegou a que conclusão?

_ Honestamente, acho que vou precisar de mais alguns quilômetros antes disso. – ele desarruma os cabelos levemente constrangido e a loira ri alto.

_ Vocês fizeram um trajeto sensacional... Aquilo tudo foi planejado pelo Rory?

_ Mais ou menos... Nós seguimos as vontades dele, mas, sem ter pressa ou compromisso algum... Por isso, demoramos tanto.

_ Deve ter válido a pena, não é? – ele confirma com um gesto de cabeça – Acompanhei todas as postagens da Sugar. Vocês fizeram quase uma versão moderna de On The Road. – ela faz referencia ao famoso livro “Pé na estrada”.

_ Ok... E na sua opinião, eu seria Sal Paradise ou Dean Moriarty? – o rapaz acha graça na expressão dela de surpresa.

_ Uau...Essa citação me impressionou... Agora, você soube disso por Jack Kerouac ou Walter Salles? – ela se escora na grade da varanda e se distrai observando-lhe.

_ Qual desses caras fez o filme? Walter Salles, não é?

_ Eu deveria imaginar isso. Prefiro o livro e só sinto por nunca ter encontrado o manuscrito original. Dizem que capta perfeitamente o espírito da estrada.

_ Você deveria conversar mais com Dan Humphrey, sua nerd. – Nate brinca, virando mais uma dose de uísque e sendo estapeada por ela – Mas, foi bom saber que de alguma forma, eu ainda posso impressionar Quinn Fabray.

_ Você sempre fez isso e não seria no último mês que isso mudaria...Ah, eu acho que já vou indo... Tenho um ensaio bem importante pela manhã.

Ela se aproxima, beija demoradamente o rosto dele e se despede rapidamente dos amigos. É, ainda não era a hora certa de terem aquela conversa, afinal, nada havia mudado recentemente. Quinn tinha plena noção de seu lugar no mundo e Nate, mesmo sabendo o que estaria fazendo no próximo semestre, não tinha noção nenhuma de que mundo gostaria de pertencer em seu futuro. Talvez, fosse melhor desta forma. Talvez, criar expectativas servisse apenas para criar frustração. E disto, Nate Archibald estava cheio. 


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