Mentiras dos garotos escrita por JuliaTenorio


Capítulo 9
Capítulo nove - Juliet Campbell


Notas iniciais do capítulo

Capitulo não tão engraçado, vocês vão ter que aguentar :(



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Capitulo nove

Juliet Campbell

Ah, por favor, foi engraçado. Vocês não acharam?

Bem, Blake com certeza não achou. Por que a cara que ele me olha a cada dois segundos é pior do que a de um buldogue francês, se bem que comparar Blake com um cachorro seria eufemismo, né? Estávamos caminhando em direção ao meu carro que estava estacionado do lado de fora – olha como eu sou boazinha! Até vou dar uma carona para eles, mesmo que Blake possa sujar o banco do meu carro com as suas patas, sentiu a indireta? - e tipo, estava super frio, por sorte Math havia me emprestado seu casaco. Ele não é um amo, gente?

Para falar a verdade não.

-Eu ainda vou quebrar a sua cara garota.

Sorri para Blake e implantei no meu rosto uma expressão inocente.

-Você bateria em uma garota Blake?

-Você bem que está merecendo.

Ri dele pelos próximos segundos até chegarmos ao meu carro, Penny pegou a chave de dentro da minha bolsa e sorriu para mim dizendo algo como “você não está em condições de dirigir” quando foi para o banco do motorista, por milagre divino se separando de Blake por pelo menos alguns minutos. ALELUIA DEUS PAI TODO PODEROZO, GLORIA A DEUS!

A péssima noticia? Eu tive que aguentar ficar sentada entre dois garotos irritantes a viagem inteira até Orlando – já que o banco do passageiro estava entulhado de compras dessa tarde que eu me esqueci de deixar em casa - ou seja, aproximadamente duas horas de carro. Afinal, o que deu nesses garotos para virem de Tampa até Orlando de taxi? Sem seus carros? Há mais de 90 km de distancia? Tudo bem, eu acho que eles já sabiam que ia beber até a morte vir pegar eles nessa festa.

-Juliet?

-Hum?

Respondi vinte minutos depois, morrendo de sono, àquela hora eu nem ao menos sabia quem estava falando.

-Dorme comigo?

-Mathews!

Se você quer saber se eu bati em alguém, agora você pode ter certeza, Mathews acabou de levar um soco no estomago. Blake riu de nós, eu nem tinha percebido, mas eu estava prestes a deixar minha cabeça cair em seu ombro. Levantei os olhos para fitá-lo e sorri de lado.

-Ainda está com raiva de mim?

Sussurrei e Blake soltou um som de irritação.

-Por você ter me feito perder uma das melhores festas que a cidade de Orlando já viu?

-É, e por te chamado de gay em público também.

Ele balançou a cabeça, fitando Penny que dirigia concentrava, como Mathews estava bêbado ele falava besteiras de vez em quando e voltava a dormir. Sabe, eu realmente esperava que ele se esquecesse do beijo que eu dei nele, não quero que Mathews tenha mais motivos para de assediar, por favor. E não importa se eu senti alguma coisinha bem lá no fundo, era só a adrenalina do momento.

-Até que não. No final, vendo assim, foi bem engraçado.

Belisquei a bochecha dele, fazendo Blake me olhar com cara feia.

-Amigos fazem isso não é?

-É, É, acho que sim.

Sorri e fechei os olhos, minutos depois eu já estava dormindo. Um bom tempo depois Penny estacionou o carro dela bem em frente ao apartamento dela, me acordando para pegar a direção, ela me deu um beijo na bochecha e subiu as escadas, o meu condomínio não era muito longe. Dirigi o mais lentamente possível, eu estava vendo tudo turvo e provavelmente mataria um esquilo a qualquer momento. Deixei Blake e Mathews na casa de Blake e estacionei o meu carro em frente a minha casa, entrei em casa e subi as escadas, Kathy estava espalmada na minha cama, lendo CosmoGirl!. Garotinha abusada essa, ein?

-Como foi a festa?

-Terrível é uma opção? – ri – Foi engraçada, te conto tudo amanhã.

Ela assentiu e virou uma folha da revista que estava lendo, tinha aquela banca, qual é o nome mesmo? Ah é, One Direction na capa. Tirei a blusa e me sentei ao lado dela.

-Então, o que você fez enquanto eu estava fora?

Ela deu de ombros.

-Lendo, olhando suas coisas, sabe o de sempre – ela disse divertida e logo depois sorriu, se sentando com tudo – Ah, Levi me mandou uma mensagem! Eu te disse que a gente anda se falando no colégio?

Levantei uma sobrancelha e estendi uma mão para ela.

-Deixe eu ver a mensagem.

-Poxa Jules, não fique irritada, é só falando sobre a festa que ele estava. Que coincidência, era em Orlando também.

Ela riu, me fazendo levantar ainda mais minha sobrancelha.

-Espera... – Não, não podia ser, tipo, eu conhecia o garoto que minha irmã estava completamente apaixonada e nem ao menos sabia? – Esse Levi é o mesmo Levi que está na minha turma de matemática? Que virou meu amigo? E que estava tocando como DJ na festa de hoje?

-Eu... Acho... que... é... – ela disse incerta, me fazendo surtar de vez.

-Eu não acredito que ele me contou que conhecia minha irmãzinha!

-Vai ver ele não sabia, Jules.

Revirei os olhos, ou senão ele estava com medo de contar a mim que estava dando em cima de Kathy e ter sua cabeça arrancada do seu pescoço.

-Me dê o celular, eu vou falar com ele.

Disse estendendo minha mão e vendo Kathy arregalar os olhos.

-Não! – ela gritou – Você vai estragar toda minha relação com ele!

-Que relação?

Kathy já havia se levantado da minha cama e corrido até a porta, e agora, para completar, estava me dando língua.

-Você é má, Juliet.

-Depois não diga que eu não avisei.

Kathy foi para o seu quarto e eu me acomodei na minha cama, estava tão cansada que logo cai em um sonho. E bem, eu não podia te dizer que naquele momento eu queria mesmo estar dormindo.

Eu estava vestida em um longo vestido vermelho e usava uma mascara que atrapalhava minha visão, logo notei que eu não estava na minha cama, muito menos no meu quarto. Na verdade eu estava em um belo salão, era tudo mesclado de vermelho e brando, igual ao meu vestido. Eu estava descendo as escadas, ao mesmo tempo em que algumas garotas passavam e acenavam para mim, todos acenavam, pessoas conhecidas, desconhecidas, deuses egípcios com cabeça de animais, lêmures falantes, xícaras de porcelana.

Eu estava em um conto de fadas?

Não, aquilo era um sonho, só podia ser. Vou me jogar dessa escada e acordar em minha cama, ótimo. Cadê a coragem de me jogar então? E se for como em um daqueles livros? Em que você pensa que está em um sonho, mas tudo na verdade é real? Hum, não quero quebrar a minha cara no chão, de jeito nenhum.

Espera, estão tocando uma musica que eu conheço, ah, como eu gosto dessa música! Somebody that I used to know. Bem divertida ela e a letra expressa bem minha vida. Terminei de descer as escadas, havia um rapaz que estendeu a mão para mim, sorri para ele gentilmente.

-Me concede essa dança?

Assenti e logo estávamos dançando pelo salão, as outras pessoas haviam parado se mexer, estavam completamente imobilizadas, só havia eu, a musica e esse rapaz de lindos pares de olhos azuis. Eu conheço ele de algum lugar? Acho que reconheço esses olhos azuis, esse cabelo castanho bagunçado e esse sorrisinho safado.

Meu sorriso aumenta e dançamos juntos até o final da música.

-Seu rosto é lindo, por que não tira essa mascara?

Ele pergunta e eu assinto, tirando a mascara com alivio, aquilo já estava me incomodando.

-Tire a sua também.

Ele parece ficar indeciso, mas logo assente e tira a mascara.

Não.

NÃO.

NÃO!

Acordo assustada e olho em volta, meu quarto está o mesmo, a mesma cor de parede lilás, as mesma persianas, os mesmos porta-retratos. Mas alguma coisa não está a mesma. Pego o telefone em cima da mesa, são duas horas da madrugada, Penny vai ficar maluca comigo, mas não tenho opção, eu estou ficando louca! Minha melhor amiga precisa saber disso.

Cinco toques antes de ela atender com uma voz sonolenta.

-Por que porra você está me ligando as duas da manhã, Juliet?

Eu disse que ela não iria gostar.

-Eu tive um pesadelo.

-Oh, sonhou com cabras novamente?

Ela pergunta irônica e eu reviro os olhos. Ela precisava mesmo me lembrar desse sonho?

-Obrigada por me lembrar, mas não.

-O que é então?

Suspirei, será que ela ficaria com raiva? Bem, acho que sim. Na verdade, tenho certeza.

-Sonhei com o seu namorado.

Por que ninguém ficaria calma sabendo que sua melhor amiga sonhou com o seu namorado.

-Já entendi por que foi um pesadelo – ela ri. Reação errada – O que aconteceu?

-Eu estava em um baile de mascaras, um cara me chamava para dançar, eu achava que era o Math, mas quando ele tirava a mascara era o Blake. Foi horrível.

Penny ri ainda mais. Principalmente pelo fato de eu estar parecendo mesmo estar com medo.

-Meu Deus, você está se apaixonando pelo meu namorado!

Ela diz, as palavras parecem ser acidas, mas na verdade ela está rindo.

-Não me diga isso, eu não quero ouvir.

-Ou você está negando o que sente pelo Math – ela diz – pensa que não vi aquele beijo de tirar o fôlego?

Coro instantaneamente, se ela estava querendo me fazer sentir pior, realmente estava conseguindo.

-Eu não fiz por querer, só queria... Bem, que o cara parasse de dar em cima dele.

-Hum, ciúmes, Jules?

-Não.

Ela riu mais uma vez antes de bocejar cansada.

-Conversamos amanhã, tá legal? Preciso dormir.

-Tudo bem, nos vemos amanhã.

Desligo o telefone, mas na verdade não estou mais com sono. Geralmente quando tenho pesadelos não conseguido mais dormir pelo resto da noite. Dês de criança sou assim, minha mãe costumava rir e me deixar deitar ao lado dela da cama, enquanto meu pai resmungava. Mas não é como se eu ainda tivesse mãe.

Saio da cama silenciosamente e vou até o quarto de Kathy, ela ainda esta no computador, mesmo sendo de madrugada. Ela parede uma criançinha com aquele conjunto de dormir que vai até seus pés, o cabelo castanho está solto e bagunçado e ela tem uma xícara na mão, provavelmente chocolate quente. Os olhos estão vidrados na tela enquanto ela bebe silenciosamente o conteúdo da xícara.

Entendo por que um garoto se apaixonaria por ela. Kathy é simplesmente... Encantadora. Esse jeitinho doce, levemente brincalhão e tão tímido. Ela é a Julieta da história. Meus olhos se enchem de lágrimas ao pensar nisso e novamente me sinto fraca.

-Jules, o que está fazendo aqui?

Ela pergunta quando me nota parada no batente da porta, ronrono como um gato e me aproximo dela.

-Você está chorando?

Ela pergunta mais uma vez e me sento ao lado dela na cama, abraçando-a com força.

-Desculpa Kathy. Você tem todo direito de se apaixonar.

Kathy me olha confusa, mas passa a mão pela minha cabeça.

-Que bobeira Jules, não precisa chorar por isso.

-Não é por isso que eu estou chorando.

Digo e ela aumenta seu olhar de confusão, assim, até parece que eu sou a irmã mais nova.

-Por que então?

-Mamãe. Estou com saudades dela.

Ela sorri levemente e me abraça mais forte.

-Também sinto, Jules – ela diz – muito.


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Notas finais do capítulo

Desculpa os erros de ortografia gente! A bateria do meu computador está acabando e eu tenho que postar antes de acabar, ou seja, nem revisei. Mas tudo bem, você superam >_
Bemmmm, espero que estejam legais e felizes, vou responder os reviws juro, só não hoje, kkkkkk.
E por que demorei tanto para postar? Dessa vez não foram problemas no coração e sim no corpo inteiro mesmo. Eu estava virando um zumbi, mas acharam a cura antes da transformação ficar completa. Vitoria dos vivos!!!!
Bem, sem mais Julia por hoje.
Beijinhos meus Pokemons!



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