Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 17
Smiling eyes.


Notas iniciais do capítulo

I'M BAAAAAACK ~desvia de piano~ bom saber que vocês sentiram minha falta hahaha !!
People amada, eu sei que demorei, as coisa se enrolaram na minha vidinha, mas estou de volta com as postagens regulares (assim espero pelos menos hahaha)!
Não pude responder a todos os reviews do capitulo anterior, mas agradeço a todos que comentaram, vocês são tudo pra mim! Peço para continuarem a deixar reviews e recomendações, o amor que vocês me mandam me inspiram demais *--*
Esse capitulo ficou curtinho, mas e bem focado em Percabeth, então espero que me perdoem pelo tempo que não postei e pelo tamanho do cap. Prometo recompensar nos proximos!
NOTAS FINAIS, IMPORTANTE, LEIAM!
Enjoy it, xx.



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POV Annabeth

    Os meninos tocavam uma canção animada atrás da outra. O violão passava de Percy para Nico, enquanto Luke dava a sua colaboração com as palmas. Thalia chegou a comentar, irônica como sempre, o quão importante era o seu papel nas musicas. Todos cantavam divertidos, errando as letras e os tons. Não acho que já me diverti tanto com um grupo tão pequeno de pessoas. Era como se ali, com aqueles poucos amigos, eu não precisasse de mais nada. Piadas sem graça pareciam ser as melhores.

      Luke agora tentava algumas notas desajeitadas no violão para o divertimento de todos. Thalia ria como uma criança deitado no colo de Nico. Não era preciso encará-los nem por meio segundo para notar como eram felizes na simples presença um do outro. Talvez eles tivessem que se separar, mas eu sabia que ambos se amam tanto que nem a distância acabaria com o que tinham ali. Thalia e Nico eram como os exemplos de coragem da turma, porque mesmo sempre tendo amado um ao outro em segredo, quando tiveram a oportunidade, não pensaram duas vezes para aprofundar o relacionamento. Até seria motivo de preocupação o fato de a sua namorada estar se mudando para tão longe para um casal normal, mas “Thalico” não era normal.

      Com uma lufada de ar e inspirada pela momentânea coragem de Thalia e Nico, me virei para o moreno ao meu lado.

     -Percy? – chamei ainda pensando se deveria desistir ou só ouvir o que meu coração berrava estridente. – Posso falar com você, a sós?

      Percy pareceu meio confuso, mas assentiu mexendo os lábios em “claro” mudamente. Ele se levantou e como mais cedo estendeu uma mão para mim. Tive a lembrança de seu tronco nu e agradeci mentalmente por ele estar vestindo uma camiseta agora, senão nada lógico sairia da minha boca. Aceitei a ajuda e começamos a caminhar em silêncio. Tentei formular a conversa que teríamos, o que eu falaria a seguir, mas tudo me bombardeava tão rapidamente que quase tive uma dor de cabeça. Decidi que não programaria nada, só deixaria que o momento criasse as palavras.

     As ondas quase tocavam nossos pés que pareciam ser o mais interessante para ser observado por Percy. O que ele estaria pensando agora? A fogueira já era apenas um ponto alaranjado nas nossas costas, e apesar de não haver mais a sua iluminação, eu ainda podia ver todos os mínimos traços do rosto masculino, pois a Lua parecia nunca ter brilhado mais que naquela noite. Murmurei para pararmos ali. Sentamos-nos, os ombros roçando um no outro, casualmente. Era normal sentir aquele arrepio constante por um mero toque? Sem dúvida não era. A atenção de Percy passou dos próprios pés para o horizonte.

       Notei como ele parecia inquieto. Os dedos das mãos formavam nós entre si. Ele abriu a boca e a voz saiu tão baixa e rouca que era mais como um sussurro que só eu poderia ouvir.

      - Quando saí da sua casa, naquele dia... Eu pensei que não havia como as coisas serem mais perfeitas. – ele esboçou um sorriso rápido, mas sua expressão endureceu como gelo. – Eu estava tão... Feliz e avoado que só mais tarde fui perceber que você não havia dito aquilo de volta.

      “Aquilo” se referia a “eu te amo”, e ele nem precisou explicar para eu saber disso. Os seus olhos ganharam um tom triste e opaco de verde.

     - Eu... Eu não sabia o que dizer na hora, estava tão chocada. Nunca pensei que diria aquelas coisas. – os diálogos sempre vinham com mais facilidade quando ele se declarava na minha imaginação.

     - Eu tive medo de você não sentir o mesmo por mim. – senti meu coração virar chumbo com isso. Tive vontade de gritar para que ele parasse de ser um completo estúpido, e que era óbvio que eu sentia o mesmo, senão ainda mais. Ele finalmente se virou para mim. – Ainda tenho.

      - Eu tive medo de sentir o mesmo. – rebati. Seu cenho formou uma ruga, a confusão estampada em seu rosto. – Porque quando você ama, você se machuca, Percy.

      As palavras saíram simples, pois aquilo era apenas um fato. Basta se importar para quebrar a cara.

       - Não, Annie. Não é assim. – a sua cabeça negava fervorosamente, como se ele quisesse me convencer daquilo mais do que o fato da Terra ser redonda.- Nada precisa ser assim.

       - Percy... – eu retrucaria, mas fui interrompida antes que qualquer coisa pudesse ser dita.

      - Eu nunca te machucaria, Annabeth. Não de novo, porque eu não suportaria de perder mais uma vez. Para amar, as pessoas não precisam se magoar. Isso só acontece quando as pessoas deixam acontecer, mas eu nunca... Annabeth, por favor. Confia em mim. – os olhos pidões que antes me encaravam fixamente se fecharam mostrando toda a sua exaustão. Ele estava esgotado.

       - Eu sei de tudo isso, Percy, e eu confio em você. E é por isso que eu estou disposta a passar por qualquer coisa, desde que esteja com você ao meu lado. Eu tinha medo de sentir o mesmo, mas agora sei que se eu não me permitir sentir o mesmo e não me deixar exposta à dor, eu também nunca serei capaz de alcançar a felicidade. Aquela felicidade que a gente só encontra com quem ama. Eu não tenho mais medo, Percy.

       Eu não sei quando ele se aproximou de mim, mas agora o brilho esverdeado dos orbes quase superava o brilho da Lua, e o sorriso tinha um toque novo. Algo que eu gostava ainda mais do que antes. A sua proximidade fazia do meu raciocínio algo quase impossível. Fechei os olhos sentindo a respiração colidir com a minha, e o hálito de menta bater contra o meu rosto. Os lábios dele roçaram levemente nos meus e eu implorava mentalmente por mais, mas sabia que ele não se moveria até ouvir “aquilo” sair da minha própria boca. Abri os olhos e pude ver as pupilas negras dilatas de desejo, corei ao pensar que as minhas estariam da mesma forma.

     Pensei em apertar as pálpebras novamente, mas eu queria ver o efeito de minhas palavras em seu rosto. Eu queria olhar nos olhos do homem que eu amo ao dizer-lhe isto.

      - Eu te amo. – disse com a voz surpreendentemente firme e segura. Era como se tudo fosse diferente agora. Seu sorriso alargou-se, completamente atônito. Eu nunca acreditara naquela expressão popular “sorrir com os olhos”, mas era o que ele fazia naquele momento. Meu olhar passou rapidamente por toda a sua face e por mais que eu quisesse levar todo o tempo do mundo em cada centímetro, a fogueira nas nossas costas parecia estar criando vida dentro de mim, e antes que eu perdesse a coragem, disse: - O que está esperando para me beijar, Cabeça de Alga?

      Percy não levou um décimo de segundo para atender meu pedido. Ele acabou com a distância entre nós e senti seus lábios finalmente em contato com os meus. Ele se mexia lentamente como se tempo não faltasse para me torturar. Sua mão quente e macia descansou em meu rosto, logo dirigindo-se para a minha nuca. Ele aprofundou o beijo quando meus dedos resolveram brincar com os cabelos negros. Não me importava se eu estava bagunçando-os ainda mais, e nem ele parecia ligar para isso. A dança que nossas línguas criavam logo se tornou uma batalha que ambos queriam vencer.

     Perguntei-me se haveria um lugar melhor para estar naquela noite, se não ao seu lado ou até mesmo ao lado de outra pessoa, mas logo aniquilei a ideia quando ele sussurrou “Eu te amo” contra minha boca. Uma de suas mãos foi para as minhas costas e quando seu peso lentamente tombou-se contra corpo, eu já estava entregue. Apoiando minha cabeça em seu braço nós permanecemos naquela posição, apenas trocando carícias e os beijos que sempre desejamos, por... Minutos, horas? Por hora eu não fazia noção, mas se dependesse de mim, ficaríamos ali, só nos dois, para sempre.


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Notas finais do capítulo

Entãoo, oque acharam?! Deixem reviews e recomendações para mim, sweethearts!
Estou com ideias multiplas para outras fics depois do termino de Chasing Cars (que não está tão proximo, RELAXEM!), então queria pedir para vocês responderem qual o seu shipper favorito entre "Peetniss" e "Roscorpius". Eu vou continuar perguntando até o fim da fic, e o shipper com mais "votos" será o da minha próxima fic! Por enquanto, espero que estejam gostando de Ch.Cars!
Love Always,
JuhChagas.