Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 14
The A Team


Notas iniciais do capítulo

LEIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAM!
Heey there *-* Primeiramente, queria agradecer à Eduardas2 pela recomendação linda, obrigada meu amor! Bem, o nome/musica desse capitulo não tem absolutamente nada a ver com o capitulo... É só que eu estou viciada à esta musica do Ed Sheeran, e estava sem criatividade para o nome do cap.!
E queria agradecer tbm por todos os reviews, porém quero avisar que o proximo capitulo ja esta pronto, mas só sera postado quando eu obter no minimo 25 reviews neste capitulo (que seria a METADE do leitores que eu tenho, ou seja, estou sendo boazinha). Peço desculpas à quem comenta sempre, mas o fato é que eu tenho 50 leitores e nem metade deles deixa um "gostei, continua". Desculpem mesmo os leitores fieis, xx.



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                                           POV 3ª Pessoa

         A semana continuou se arrastando de forma vagarosa, e tediosa para todos. As aulas eram longas e cansativas, as noites de sono estavam passando mais rápido do que o normal, notaram mentalmente.  A quinta-feira foi em branco, a sexta e o fim de semana seguiram a rotina. E por incrível que pareça, diferentemente de todas as sextas e finais de semana, esse o trio inseparável, se separou.

          Luke viajou com os pais para a Califórnia, pois fazia um belo tempo que ele não surfava. Surf, aliás, sendo seu esporte favorito, coincidentemente ou não, o loiro mostrava grande talento quando em pé em uma prancha no mar agitado. Mar calmo é para os fracos, pensou o Castellan remando os braços musculosos fortemente contra a maré.

           Nico tinha grandes planos para o final de semana. Na quinta ele comprou dois ingressos para uma banda de rock nova, a fim de testar a musica recente. Na sexta, quando o ultimo sinal do colégio tocou, indicando que os alunos estavam livres, ele procurou Thalia e a convidou, meio tímido, mas torcendo que ela aceitasse. Não era um costume de Thalia ir a shows de bandas novas, geralmente ela preferiria apostar seus ingressos em Nirvana ou algo do gênero, mas cedeu ao moreno. Afinal, a música pode ser boa, e Nico é uma boa companhia. Talvez seja divertido, pensou Thalia tentando esconder de si mesma que estava ansiosa para a noite de sábado.

           Percy e Annabeth mal se viram na quinta ou sexta, na escola. Thalia acabou por perder o horário em ambos os dias, atrasando-as. Annabeth passava rápido pelos corredores com os vários livros nos braços, o All-Star a passos largos. Coisa rara de acontecer, Annabeth não conseguia se concentrar nas explicações dos professores, neste resto de semana escolar, estava acontecendo. A verdade é que ela estava nervosa, pois a mãe havia aceitado um caso complicado, em que ela defendia um homem que jurava inocência no assassinato de sua própria filha e mulher. Atena tinha comentado vagamente que acreditava no homem, que ele amava mais as duas que sua própria vida e que agora estava definhando, não só por perdê-las, mas por ser acusado o culpado de suas mortes, e que ela daria o seu melhor para vê-lo sendo inocentado. Ela estava passando tempo demais em seu escritório, saia antes do Sol nascer, e chegava a casa quando a filha já dormia. Annabeth mau vira sua mãe na ultima semana, apenas de relance saindo de casa, mas notara que seu rosto havia emagrecido, e isso a preocupava.

     Essa era a real razão pela qual Annabeth estava avoada, em outro mundo, mas Percy não entendia isso, afinal, nada fora comentado com ele. Ele já começava a ficar preocupado com a loira. Eles tiveram poucas aulas juntos, nas quais Annabeth sentara na frente, porém ainda sim parecia não se concentrar, sempre alheia.  O moreno começava a imaginar se a loira não falava com ele, havia se afastado pela aproximação repentina e rápida demais de ambos. Será que ela se arrependeu de me dar uma segunda chance? Será que...?, Ele remoia sem tirar seus olhos da Chase, mesmo com os braços enlaçados em seu pescoço, e a cabeleira ruiva agitado sempre ao seu lado.

      Nos últimos dois dias Percy estava enxergando mais defeitos e coisas que estavam o irritando na namorada do que em todo o ano que passaram juntos. E, na verdade, estava se assustando como tudo parecia o enjoar na ruiva. A sua voz falsamente doce ao extremo, como ela jogava o cabelo vermelho para trás do ombro excessivamente. Ou como suas mãos pareciam sempre traçavam um caminho cheio de segundas intenções no corpo do moreno, não importava a hora do dia ou o lugar que se encontravam, e como aquilo parecia vulgar á ele. Como ela mordia o lábio com força demais, sem ser involuntário. Como seu perfume era exageradamente doce e enjoativo. E mal conseguia pronunciar seu nome, e se antes ele tinha alguma duvida se deveria ou não terminar com a pessoa que chamava de namorada há um ano, agora a resposta seria “O mais rápido possível.”

      Ele, antes de dormir, ficava passando em sua cabeça, várias e inúmeras formas de acabar sua relação com Rachel, mas nenhuma parecida... Digna o suficiente? Digna seria palavra correta? Nem sabia mais, só queria dar um ponto final nisto. Mas obviamente não tinha intenção de ser maldoso, de magoá-la, ele odiava ver qualquer pessoa chorando, principalmente crianças e mulheres, ainda mais se ele fosse o motivo do choro. Mas algo dizia que aquilo acabaria em lágrimas para a ruiva, de qualquer forma, ele continuava vasculhando a mente por algo melhor que “Não é você, sou eu.”.

         Na sexta à noite Percy já se esgotara de pensar na ruiva, então começou a pensar na loira, mas aquilo parecia desgastá-lo ainda mais. Porém o assunto “Annabeth Chase” poderia ser resolvi naquele momento, então aproveitando que a mãe não estava em casa (aquilo evitara comentários constrangedores), ele saiu e atravessou o jardim, o céu já quase que totalmente escuro, pulou a cerca de madeira com facilidade e, determinado, bateu na porta vizinha.

                                                                    xxx

           A cara de espanto de Annabeth ao vê-lo parado na sua porta fora hilária, e ainda mais quando ele propôs sua ideia, Percy relembrava enquanto revezava com a loira para mexer o brigadeiro na panela. Annabeth finalmente cedera a assistir a um filme com direito a brigadeiro, na casa do moreno naquela sexta à noite.

       Ela contava, meio receosa, sobre o caso que sua mãe havia aceitado, e que essa era a razão de sua distração.

       - Eu pensei que fosse algo mais sério. – ele soltou mexendo o brigadeiro, depois de suspirar aliviado.

        - Isso é sério. Muito sério. – Annabeth rebateu, e Percy se sentiu um otário por dito aquilo. Obviamente era importante, era só uma pena ele ser tão tapado a ponto de não saber organizar corretamente as palavras...

        - Desculpe, eu sei que é. – ela sorriu de canto aceitando as desculpas, enquanto brincava com as pontas do cabelo. – Eu acho que o nosso brigadeiro está pronto!

        Os dois repetiram a cena de anos atrás, desta vez, com menos intimidade, mas não deixava de ser um passo importante para a relação de ambos. Eles assistiram a um filme chamado “500 of Summer”, e riram na cena do filme na qual a mulher diz amar os Smiths e cantarola um trecho de “There’s a Light That Never Goes Out” (uma musica da banda), pelo fato de que os dois sempre cantavam essa musica quando haviam esgotado tudo que havia para fazer, e eles simplesmente sentavam ao meio fio da calçada, cheios de tédio. *To die by your side, such a heavenly way to die... Percy cantou baixinho, no final da frase, Annabeth o acompanhou, rindo depois.

* [Tradução: Morrer ao seu lado, que jeito celestial de morrer.]

                                                                xxx

           No sábado à noite, Thalia e Nico se encontravam no pub escuro e lotado de pessoas curtindo a musica da nova banda de rock.  A música era melhor do que ambos haviam imaginado, e na verdade, eles se divertiam além das expectativas.

            A letra cantada apesar de ser muito boa era ofuscada pelos solos de guitarra, a bateria tocada com vigor, a batida compassada levava todos ao torpor. Thalia vestia uma calça jeans escura e bem colada ao corpo, sendo cintura alta, a regata branca com desenhos de caveiras negras, o decote realçando o corpo que geralmente ficava escondido na escola. Diferentemente do normal, ela resolvera usar um salto naquela noite, deixando suas pernas ainda mais torneadas. Nico não podia deixar de notar como Thalia estava linda, como era linda, e se segurava para não envolver sua cintura e tomar seus lábios ali mesmo, naquele minuto.

       A morena, na fila mais próxima à banda não deixava de notar a beleza do vocalista, e já trocavam olhares significativos, enquanto cantava um sorriso malicioso brincava no rosto de traços fortes dele. E apesar de Thalia querer que Nico tomasse alguma atitude á esse ponto da noite, já estava impaciente, e pensava que talvez ainda ter essa esperança fosse desperdiçar a noite, sendo que um vocalista lindo como aquele dando bandeira para ela. O vocalista anunciou que a banda faria uma pequena pausa, e já prosseguiriam com o show normalmente, sem antes agradecer a todos que vieram.

        Nico virou-se para Thalia começando uma conversa animada. Nico tinha medo de tomar alguma atitude e acabar sendo precipitado, talvez fosse melhor esperar mais um pouco...

        - Thalia, quantos dedos tem aqui? – Nico estendeu a mão na frente do rosto da morena.

        - Três, Nico. Eu não estou bêbada! – De fato ela não estava, apesar de já ter ingerido diversas doses de algumas bebidas que eles nem conheciam. – Eu sou mais forte pra beber do que pareço.

        - É verdade. Eu pensei que você já estaria bêbada uma hora dessas. – Nico deu de ombros, se inclinando para que ela pudesse ouvi-lo.

        - Você queria que eu estivesse bêbado, Nico Di Ângelo? – Thalia perguntou maliciosa, logo arrancando gargalhadas dos dois.

       A Grace se virou sentindo uma mão quente e máscula escorregando por suas costas e repousando em sua cintura fina. Encarou a pessoa, logo o reconhecendo como o vocalista. Ele tinha os cabelos chocolates lisos e modelados em um pequeno topete. Sua pele bronzeada, como um surfista de LA, os olhos cor de mel, os traços do nariz e mandíbula fortes. Ela o achou ainda mais bonito de perto, e o mesmo ele pensou.

       - Boa noite, meu nome é Marcus. – Marcus se apresentou galanteador.

      - Sou Thalia, prazer. – O vocalista depositou dois beijos, um cada bochecha da morena, e sorriu maroto. – Esse é o Nico. – Thalia apontando para o Di Ângelo, que não apertou a mão estendida de Marcus. Por fim, Marcus apenas acenou educadamente com a cabeça.

      Marcus sentiu o olhar de Nico queimando sobre a sua mão na cintura da garota, mas resolveu alfinetar um pouco mais.

       - Aqui, me acompanhe, por favor. – ele estendeu uma garrafa de Smirnoff para a de olhos azuis que sorriu aceitando.- Vocês estão gostando do show?

       - Eu estou adorando! Vocês são muito bons, muito mesmo... – ela sorriu abertamente, enquanto Nico não se deu ao luxo de responder.

       - Fico feliz que tenha gostado tanto. Se você quiser, eu posso te apresentar os caras da banda. Tenho certeza que você vai adorá-los.

       - Eu não sei... Vocês ainda têm que terminar o show. – Thalia fez um beicinho, ela realmente queria conhecer os integrantes da banda.

      - Você poderia vir comigo agora, eu te apresento eles rapidinho, e voltamos a tocar. Se você gostar dos caras, nós podemos sair pra uma tomar alguma coisa depois do show... – Ele deu de ombros ingenuamente, mas Nico conhecia aquele papo. Ele mesmo já havia o usado, e tudo isso é algo mais sofisticado pra uma simples oferta: cama.

      - Bem, se não for atrapalhar o show...

      - Claro que não vai atrapalhar Tha. – Marcus balançou a mão que tinha a garrafa, como se mostrasse que realmente não tinha problemas. “Tha”?Quanta intimidade, pensou Nico sentindo o rosto queimar de irritação.

      - Sendo assim, é claro que... – Thalia começou sendo brutamente interrompida.

      - Sendo assim, é claro que não. – Nico a cortou se pronunciando pela primeira vez na conversa.

      - O que? Como assim? É claro que... – Thalia retomou a palavra, desta vez tentando terminar a sentença, em vão.

      - É claro que não, Thalia. Não e não. Ponto final. – Nico se pôs na frente dela encarando os olhos azuis eletrizantes. Será que ela na via a intenção dele? Ou pior, será que ela via e não se importava?

     - Qual é cara? Se ela quiser ir, ela vai. – Marcus explicou pausadamente, como se falasse com um retardado.

       - Nós estamos juntos. – Nico puxou Thalia pelo pulso e, desta vez, foi o seu braço que envolveu a cintura da morena. Thalia o lançou um olhar confuso, sua boca se abrindo para perguntar algo, e pela proximidade Nico sentiu seu hálito frio, mas foi impedida pela milésima vez na noite.

       - Na boa, Nico, vocês não pareciam juntos quando eu estava lá em cima. – Marcus disse o nome com desprezo. Droga, e agora? Pensou Nico, procurando alguma desculpa. – Nem quando eu vim me apresentar.

       - Eu não te devo explicações, nós estamos juntos. – Nico já sentia todo o corpo queimar, o sangue pulsar fortemente. Aquele cara já estava passando dos limites.

       - Mané, você só esta querendo me empacar porque está afim dela! Vocês não têm nada. – Marcus deu um passo na direção de Nico, e o Di Ângelo, soltando Thalia, fez o mesmo. Eles já tinham atraído a atenção de algumas pessoas ao redor, que haviam se afastado um pouco. Aquilo não iria acabar bem, pensou a Grace tentando acalmar os ânimos ali.

       Ela pôs uma mão no ombro de Nico, chamando-o mudamente, mas Marcus tinha espalmado suas mãos no peito do outro, o empurrando. Nico já estava pronto para revidar, quando Thalia entre os dois, o semblante furioso.

       - Pelos Deuses! Será que vocês conseguem parar com essa idiotice? – Thalia suspirou alternando o olhar entre ambos os meninos. Seu semblante aos poucos se acalmou. Marcus abriu a boca para se manifestar, mas agora Thalia que havia o cortado. – Não, Marcus. Nós estamos juntos. – Ela segurou a mão de Nico, entrelaçando seus dedos de forma convincente.

       Marcus elevou as sobrancelhas, e logo depois rolou os olhos murmurando algo incompreensível. Negou com a cabeça e se virou criando seu caminho entre as pessoas de forma bruta, às vezes diferindo um “Saí da frente!”. Os olhares da Grace de Di Ângelo se encontraram após assistirem a saída do vocalista. Ela o puxou para fora do pub, saindo para a rua completamente deserta. Olhou para o relógio conferindo que já era muito tarde, por isso não havia movimentação. Apesar de não querer uma briga que envolvesse Nico, ela ainda estava brava com ele.

      - O que foi aquilo, Di Ângelo? – sua voz emanava toda a sua raiva, ela gesticulava nervosamente com as mãos, e os olhos tinham trovões dançantes.

      - Aquele cara queria te levar pra cama. Todo aquele papo inicial, só tinha um intuito: cama!

      - Isso é problema meu, não seu. Quem você pensa que é pra fazer todo aquele alvoroço? – Thalia apontou o dedo indicador para o garoto a sua frente, dando alguns passos para ficar bem próxima a ele. Mas ela não sabia, que todos podiam temer essa cara de durona que ela fazia, mas Nico Di Ângelo não era como todos.

      - Isso também é problema meu sim, porque eu sou o cara que está apaixonado por você, que sempre foi apaixonado por você, e que nunca deixara alguém te usar daquele jeito, por que... Eu te amo, Thalia. Eu amo você. – ele não deu tempo para que ela respondesse, logo acabou com a pouca distância entre eles, selando seus lábios.

                                                               xxx

        Segunda-feira tinha chegado e Percy tinha dado graças aos deuses que na noite anterior havia encontrado inspiração para terminar a redação poética sobre Annabeth. O Sr.Smiths dava um aviso qualquer sobre um assunto qualquer que não interessava nem à Percy, nem à Annabeth, que mantinham uma conversa baixinha, sentados lado a lado.

        De vez em quando Rachel lançava olhares raivosos aos dois, que só Percy notava, mas também não dava à mínima. Era muito mais agradável conversar com a Chase do que se preocupar com Rachel. Falando em Rachel, ele chegara à conclusão que acabaria com ela hoje à noite. Ele dirigiria até a sua casa por volta de 19hrs30, para evitar barracos na escola, e desmancharia o namoro. Nunca sentiu a liberdade tão próxima dele, como naquele momento.

        Naquele final de semana eles haviam se aproximado muito. Annabeth retornou à casa de Percy no sábado à noite para jantar a maravilhosa lasanha de dona Sally, e nem é preciso comentar a felicidade da Sra. Jackson quando viu que as coisas estavam, finalmente, retomando os trilhos para o filho. Ela sempre dizia que Annabeth seria a nora perfeita, que seria um prazer tê-la dessa forma, mas isso nunca chegou a acontecer... A cor voltou ao rosto de Sally quase que instantaneamente, o sorriso largo e olhos acolhedores naquela noite. Eles se divertiram muito, e mesmo sem dizer nada, todos relembraram os velhos tempos e desejaram que esses novos tempos fossem tão bons quanto os passados.

       Annabeth cantarolou, baixinho, “To die by your side, such a heavenly way to die...” e Percy riu mais alto na sala de aula, logo se arrependendo disso tapou a boca, mas já era tarde, a atenção de toda a classe e do professor estava voltada para os dois.

      - Sr. Jackson! Que prazer é ter sua maravilhosa presença na minha aula! – Sr.Smiths ironizou, fazendo uma pequena, porém acida, reverencia ao garoto. – Mas será um prazer ainda maior se o senhor compartilhasse conosco, o que você conversava com a senhorita Annabeth Chase.

      Ambos se endireitaram nas cadeiras, Annabeth não sabendo onde enfiar o rosto fortemente corado. Percy passava as mãos nervosamente pelos cabelos já bagunçados.

     - Hum... Eu não acho uma boa ideia, Sr. Smiths.

     - Pois eu acho uma esplêndida ideia! Aplicado como és, tenho certeza que estava falando sobre a redação poética, não? – Será que ele não se cansava de ser sarcástico? Pensou Percy se segurando para não rolar os olhos. – É óbvio que sim. Sendo assim então, porque não vem cá Perseu, e leia sua redação sobre a nossa querida Chase?!

    Os músculos de Percy congelaram no mesmo minuto que o professor disse aquilo. Ele mal conseguia aceitar que Sr. Smiths leria aquilo, porque era embaraçador, imagine a classe toda?! Percy esqueceu como falar e, várias vezes, apenas abriu a boca tentando emitir algum som.

     - Veja Perseu Jackson, eu pensei que não teria que explicar, mas... Isso foi uma ordem criança. Venha cá e leia. Agora, vamos.

     Percy sentiu Annabeth cutucar suas costelas, e finalmente, pôde se mover. Trocou um olhar rápido com Annabeth, como se pedisse ajuda, mas ela não podia fazer nada, ele sabia disso. Então, lentamente se levantou, descendo os vários degraus de madeira até o professor, já que a sala era como as de faculdade. O senhor deu espaço, sentando-se em uma carteira vaga na primeira fileira, como se também fosse um aluno, e Percy puxou a redação dobrada no bolso. Olhou apreensivo mais uma vez para o Sr.Smiths, esperando que ele se levantasse e dissesse “Brincadeira! A verdade é que isso é uma pegadinha, você ganhou na loteria meu jovem”, e confetes caíssem... Rolou rapidamente os olhos por toda a página com a escrita masculina e respirou fundo. Passou os olhos por todos os alunos, Rachel que parecia curiosa, e por ultimo, Annabeth. Os olhos verdes de Percy fixaram-se nos cinzentos, e ele dobrou novamente o papel, guardando-o no bolso traseiro da calça jeans, sem desviar o olhar.

     Ele não precisa ler aquilo, ele já sabia de cor, devido a todas as vezes que ele relera a redação na noite anterior, buscando a perfeição que descrevesse a garota. Tudo já estava em sua mente, e com mais uma lufada de ar, ele apenas focalizou Annabeth, ela era a única para quem aquelas palavras realmente pertenciam, importavam algo. Era só para ela que Percy queria dizer tudo aquilo que escrevera, e então ignorando todas as outras pessoas, ele começou a citar sua redação.  


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Notas finais do capítulo

PS: desculpem os erros ortográficos, não tive tempo para revisar :/
Espero que tenham gostado, 25 review pro próximo meus amores *--*
Love Always,
JuhChagas.