My Dear Devil escrita por ana_christie


Capítulo 42
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

MENINAS!!!!!!!!!!! INCRÍVEL!!!!!!! O CAPÍTULO DE HOJE, VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR, MAS ESTÁ AINDA MELHOR QUE O ANTERIOR! DEMAIIIISSSSS
MAMO-CHAN ESTÁ PERFECT!!
ESTOU APAIXONADA! AISHTERU MAMO-CHAN! KKKKKKKKKKKKK
Realmente vocês vão se apaixonar pelo Mamoru. O capítulo de hoje está ótimo, bem mais ecchi!
Bem, merece muitos reviews, OK?



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- Medo de trovões?

A voz que falava era carinhosa…

Eu enxuguei as lágrimas que ainda caíam repetidamente… e apenas assenti ao que ele havia perguntado.

- Usa... Usa... - parecia que agora ele sorria. Vi quando ele ficou de joelhos à minha frente. - Eles não vão fazer mal a você! - continuou falando com todo o carinho que existia, e logo senti sua mão sobre minha cabeça.

Afastei minhas mãos de meus olhos e vi os seus olhos azuis à minha frente e seu enorme sorriso brilhante.

Como se iluminasse tudo ao meu redor.

- Não fique com medo… e apenas me deixe proteger você...

Eu solucei mais algumas vezes enquanto olhava para aquele homem à minha frente. Os cabelos loiros dele voavam, enquanto seus olhos sorriam, semicerrados.

E, pouco a pouco...

Comecei a despertar.

Abri um olho de cada vez…

Vi as cortinas de meu quarto e pisquei algumas vezes.

Os raios de sol não estavam lá...

Talvez estivesse nublado, o dia de hoje...

Puxei o ar para os meus pulmões e fechei bem forte os olhos tentando me acomodar um pouco melhor na cama.

E me lembrei do sonho…

Por algum motivo, eu havia sonhado com meu pai…

Sorri ao me lembrar de suas palavras…

Esse sonho era retrato de algo que havia acontecido havia muitos anos atrás, e era incrível eu ter me lembrado disso.

Papa sempre fora uma pessoa sorridente... e seu sorriso, no sonho, me deixou feliz...

Suspirei mais uma vez, enterrando meu rosto um pouco no travesseiro.

A cama estava tão gostosa...

Tão quentinha...

Sorri mais uma vez e virei para o outro lado da cama.

Deus, como estava quentinha!

Afundei mais uma vez meu rosto no travesseiro e sorri, feliz.

Ah...

Eu adoro minha cama...

É tão bom e confortável deitar nela...

He He...

Sorri feliz apertando com os meus dedos o meu travesseiro.

Suspirei mais uma vez...

E, dessa vez, senti um perfume delicioso vindo de todos os lados.

Hum…

Que cheiro bom...

Puxei mais uma vez o perfume para mim.

Ah...

Que cheiro bom!

Fazia até mesmo meu corpo se arrepiar…

Não abri meus olhos.

Nah...

Estava com muita preguiça para isso.

Me acomodei mais uma vez na minha cama e no travesseiro, tentando me aproximar do perfume delicioso. E, a cada vez que eu me aproximava, parecia que eu estava perto de algo quente.

Hum?

O que é isso que está na minha cama?

Abri só um olho… bem devagar...

E vi uma camisa branca e um pescoço à minha frente.

Fechei os olhos.

Então o perfume vinha dali...

Huuummmm…

HUM?

Abri meus olhos rápido dessa vez.

Um pescoço?

Nani?

- Ohayou… - uma voz rouca sussurrou um pouco acima de minha cabeça.

Pisquei novamente e segui meus olhos pelo pescoço... queixo... lábios… nariz… e, finalmente…

Olhos azuis num tom entre claro e escuro.

UAH?

- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH! - gritei o mais alto que podia e, como que por instinto, me joguei para trás, caindo da cama.

Agarrei meu coelhinho que estava no chão e o elevei acima da minha cabeça, pronta para tacar nele.

AH?

- Ah... ah… ah... - minha respiração estava acelerada. Consegui enxergar por entre meus cabelos que estavam todos espalhados no rosto.

Ele estava deitado ali…

Na minha cama...

… apoiando sua cabeça em cima de seu braço.

Seus olhos me fitavam curiosos, fazendo com que meu coração batesse que nem louco no peito.

AH?

O que-o que-?

Ma-mas...

Ah?

- O-O Q-QUE VO-VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - gritei apontando o coelhinho para ele.

Louca de vontade de matá-lo!

Ele piscou uma vez e me olhou com um sorriso de lado.

- Está dormindo, Usako? - sua voz arrepiou mais uma vez minha pele.

Kami-sama, meu coração vai explodir!

- AH? - soprei o cabelo que estava na minha frente.

Uah...

Uah…

O que ele está fazendo aqui?

Kami-sama...

Kami-sama…

- Já esqueceu? - ele continuou a falar com sua voz tão suave e tão masculina.

- O QUÊ? - gritei já me sentindo um pouco tonta.

Meu coração estava tão acelerado que uahhhh!!!

Mamoru se levantou um pouco e colocou seus braços na cama, se apoiando enquanto deitava de bruços na minha direção. Seu cabelo estava todo desarrumado e estava na frente de seus olhos.

E, Kami-sama... ele continuava tão bonito...

UAH!

NÃO PENSE NISSO AGORA, USAGI!

PRIMEIRO VEJA O QUE ESTÁ ACONTECENDO!

Por Kami-sama!

ESSE CARA ESTÁ DEITADO NA MINHA CAMA!

- Nós tivemos uma noite quente… - sussurrou ele, e o tom de sua voz fez minha pele se arrepiar.

- O-o… o... o- o... O QUÊ? - arregalei meus olhos.

O-O QUE ELE ESTÁ DIZENDO?

E, após um minuto, as imagens de ontem me voltaram.

Ah!

Meu rosto começou a esquentar subitamente.

O ouvi começar a rir, como se aquilo fosse engraçado.

Mordi meu lábio inferior e o olhei com raiva.

- SE-SEU IDIOTA... NÃO ME ASSUSTE! - falei alto sem desviar de seus olhos azuis brincalhões, e, pouco a pouco, abaixei o coelhinho.

UAh...

Uah...

Havia esquecido que ele viera aqui ontem... e...

Brrr…

Todas aquelas coisas aconteceram...

Ele parou de rir e continuou a me observar, ainda sorrindo.

Um sorriso tão bonito... jamais vi aquele sorriso em seus lábios.

Kami-sama... ele quer me matar?

A forma como ele sorri me deixa completamente tonta.

Desviei meus olhos para chão, me sentindo envergonhada.

Uahh...

Uah...

Meu estômago parece que está cheio de borboletas...

Minha pele está começando a formigar… uah...

Lembrei também que ele estivera queimando de febre ontem.

Será que ele está melhor?

Voltei-me para ele, e seus olhos ainda estavam em mim.

- Já abaixou a sua febre?

Mamoru entreabriu os lábios enquanto me fitava, mas não me respondeu.

Era como se ele estivesse num outro mundo.

Levantei do chão com meu coelho nas mãos e me aproximei um pouco da cama, o olhando com um pouco de dúvida.

Seus olhos ainda seguiam cada movimento meu e seus lábios continuavam entreabertos.

O que aconteceu com ele?

- Mamoru? - falei tentando ver se conseguia chamar a atenção dele.

Hum…

Será que a febre fritou o cérebro dele?

Parei ao lado da cama ainda abraçando meu coelhinho.

- Mamoru?

- Ah… - ele finalmente falou alguma coisa olhando para baixo, um pequeno sorriso se formou em seus lábios, como se ele ainda estivesse pensando, e se voltou com seus olhos em mim, se ajeitando na cama. - Eu não sei. Por que você não vê... ? - e fechou os olhos.

Pisquei sem entender.

Ele não sabia medir sua própria temperatura?

Levantei minha mão e toquei sua testa.

Não estava quente.

O ouvi suspirar novamente, e isso fez com que meu coração disparasse.

Afastei minha mão, e seus olhos já estavam abertos, me fitando.

Uah...

Não me olhe assim, Mamoru...

Meu coração fica descontrolado.

E isso me obriga a olhar para o lado...

- Sabe… - sua voz provocou choques por todo o meu corpo.

- Hum? – me voltei para ele com as bochechas começando a queimar.

- Você... fala quando dorme.

Pisquei algumas vezes.

- Ah? E-EU NÃO FALO, NÃO! - franzi meu cenho chateada com o que ele falara.

Mamoru sorriu bonito para mim e assentiu levemente.

- Fala sim… e disse várias vezes o meu nome...

Dessa vez meu rosto inteiro queimou.

UAh?

EU FALEI O NOME DELE QUANDO ESTAVA DORMINDO?

NÃO, POR FAVOR, NÃO!

NÃO, ISSO É IMPOSSÍVEL!

- E-eu? NÃO, EU NUNCA… Ah? - meu rosto continuou a esquentar muito, tanto que - uah! - achei que fosse explodir.

Eu não acredito que fiz isso...

KAMI-SAMA, QUE VERGONHA!

IMPOSSÍVEL... SIMPLESMENTE IMPOSSÍVEL!

Mamoru voltou a rir, e eu o olhei sem graça.

- Se-SEU IDIOTA! - peguei meu coelhinho e taquei na cabeça dele. Ele continuou a rir, protegendo-se dos meus golpes. - E-EU JA-JAMAIS DIRIA O SE-SEU NOME! VOCÊ PO-POR ACASO ESTÁ QUEREND...

Sua mão segurou o coelhinho e o puxou, me levando junto, fazendo com que eu me sentasse na cama.

Ele se levantou só um pouco, aproximando sua cabeça de meu rosto, e parou a alguns centímetros de meus lábios.

Seu movimento me assustou um pouco.

E me deixou um pouco ansiosa, também...

Seus olhos azuis, agora mais claros, fitaram todo meu rosto, parando diretamente em meus olhos.

Meu corpo se arrepiou.

Minha respiração parou na minha garganta...

E, Kami-sama...

Eu achei que iria estourar por tantos sentimentos que se acumulavam dentro de meu peito.

Ele entreabriu os lábios novamente e os molhou com a sua língua.

- Você me beijou essa noite, sabia? - sussurrou tão baixinho, que respirei até meio agoniada por querer prestar atenção no que ele falava.

Levantei meus olhos para ele, e corei, surpresa.

Nani?

O que ele está…

- Foi o melhor beijo que tive em toda a minha vida...

Meus braços tremeram por um minuto enquanto estavam apoiados na cama. Senti a respiração dele batendo contra o meu pescoço.

Do que ele está faland...

Pisquei surpresa.

Não me diga...

NÃO ME DIGA!

Aquilo não foi um sonho?

NÃO FOI UM SONHO?

UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!

Era como se houvesse explosões de todos os lados acontecendo dentro de mim.

Como se estivesse acontecendo uma guerra dentro de meu corpo...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

EU NÃO ACREDITO QUE AQUILO NÃO FOI UM SONHO!

Mas, pensando bem...

Estava muito real para ser um sonho…

Eu deveria imaginar…

EU DEVERIA IMAGINAR QUE ESTAVA MUITO BOM PARA SER DE MENTIRA!

UAUAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Chorei por dentro.

KAMI-SAMA

KAMI-SAMA!

EU SOU TÃO IDIOTA...

TÃO IDIOTAAAAAAAAAAAAAAA!

AGORA ESSE INFELIZ VAI PENSAR QUE EU ESTOU APAIXONADA POR ELE!

A questão é que realmente gosto dele...

Mas não era para ele descobrir… AINDA!

Ahhhh o que eu fiz... o que eu fiz!?

- A-ah? - foi a única coisa que saiu de minha boca.

Mamoru olhou para os meus lábios por um momento e se voltou para os meus olhos com um pequeno sorriso.

- Não sei exatamente como explicar, Usako, mas… - ele lambeu os lábios novamente sem conseguir se desviar de meus olhos. E, por um minuto... eu engoli em seco; o que ele estava tentado dizer? - Isso é novo para mim... - terminou de sussurrar com seus olhos mais claros que o normal; pode parecer ingenuidade... mas eles pareciam inocentes.

- Hu-hum? - pisquei algumas vezes tentando entender o que ele queria falar… Parecia sério o negócio.

Ele sorriu mais uma vez e olhou para baixo.

- É a primeira vez que durmo com uma garota e… ainda estou vestido.

Quando ele terminou de falar, meu rosto esquentou.

Esquentou muito…

- He-HENTAI! - explodi quando ele falou isso.

Arranquei meu coelhinho de sua mão e comecei a tacar na sua cabeça com toda a ira que se formava dentro de mim.

- Itai! – o ouvi falar enquanto eu batia com toda a minha força.

Maldito seja esse hentai!

Levantei da cama e bati com mais força ainda. Mamoru se protegia com as suas mãos sobre a cabeça.

Ahhhh que vergonha...

Que vergonha!

O que ele pensa que está falando... ?

E-eu achei que ele iria falar algo diferente para mim...

Co-como uma declaração…

OU PELO MENOS UM OBRIGADO POR TER CUIDADO DELE!

MA-MAS ELE VEM ME FALAR QUE É A PRIMEIRA VEZ QUE ELE DORME COM UMA GAROTA USANDO ROUPA?

AARGGGGHHHH!

MALDITO HENTAI!

COM QUANTAS GAROTAS ELE JÁ FOI PARA CAMA, ENTÃO?

AAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!

Continuei batendo nele.

Eu odeio ele...

Senti lágrimas surgindo nos olhos.

- BAKA! - gritei com mais raiva, e, dessa vez… eu o ouvi rindo baixinho.

Segurei meu coelhinho acima de minha cabeça e o olhei tremendo de raiva. Ele tinha um sorriso enquanto se protegia com seus braços.

- DO QUE VOCÊ ESTÁ RINDO?! - falei por entre os dentes.

Mamoru se sentou na cama ainda com um lindo sorriso, quebrando toda a minha raiva e acelerando meu coração.

Ele continuou a rir e, pouco a pouco, ficou quieto, apenas mantendo seu sorriso de lado.

Droga de coração.

- Eu estava me lembrando, Usa… - murmurou olhando para baixo e se voltando para mim com seus olhos brilhando, num tom de azul claro - do que você me chamou ontem à noite... - ele passou a mão pelo cabelo desarrumado.

- A-ah? - meu sangue congelou nas veias.

Do que eu o chamei?

Não me diga...

Nã-não me diga…

Pelo menos isso ele não tenha escutado...

Onegai…

ONEGAIIIIIIII

- Hum… qual era o nome mesmo... - ele olhou para cima como se pensasse e se voltou para mim. - Ah... sim... 

Por favor...

- Ma...

Por favor, não...

- Mo...

Não, não, não...

- Chan...

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Deixei meus lábios entreabertos, por não conseguir respirar.

Uuaahhhhhhhh…

Uuaahhhhhhh…

UAAAHHHHHHHHH!

Se eu fosse uma ladra… eu seria a pior de todas...

Eu conto tudo!

Tudo que não é para ser dito, eu digo!

Eu não preciso de um inimigo que espalhe os meus segredos...

Por que eu mesmo os espalho!

Inacreditável.

Simplesmente...

INACREDITÁVEL!

COMO VOCÊ PODE SER TÃO ESTÚPIDA, HEIN, USAGI?!

Não era para ele sabeeeeer…

Eu nem vi quanto Mamoru havia se aproximado.

Ele estava de joelhos sobre minha cama, e bem à minha frente.

- Eu gostei... - ele sussurrou enquanto tocava com os dedos o meu cabelo e colocava atrás da minha orelha.

- Nã-não sei do-do que você está falando… - falei envergonhada e olhando para baixo.

Uah...

Uah...

Meu peito vai estourar...

As mãos dele tocaram meu rosto.

- É uma gracinha… bem melhor do que Seiya-kun ou Mando-chan... - ele continuou a falar e acariciou mais o meu rosto.

Uah... Kami-sama...

Meu rosto está fervendo...

- Vo-você o-ouviu errado, Ma-Mamoru...

Não me toque, Mamoru, onegai...

- Eu acredito que não…

- Nã-não… vo-você definitivamente de-deve ter ouvido errado...

Ele ergueu o meu rosto para ele, mas eu não conseguia olhá-lo.

- Hum… não, não... foi bem claro mesmo... - pelo jeito que a sua voz saíra, eu podia adivinhar que ele estava sorrindo. - Foi Mamo-chan...

Fechei os olhos, envergonhada.

Uah Kami-sama...

- Vo-você estava dor-dormindo, Mamoru, não tem co-como você e-estar certo disso...

- Eu estava bem acordado...

Com certeza ele estava sorrindo.

- Co-como pode ter certeza? - olhei para ele e voltei a olhar para o lado.

Deus… ele estava sorrindo mesmo.

Uah...

- Eu tinha acabado de tirar você da cadeira e colocado ao meu lado...

Meu rosto esquentou mais uma vez.

- E-e quem te deu autorização para me tirar da cadeira, hein? - olhei para ele querendo parecer brava.

- Não mude de assunto...

Voltei a olhar para baixo.

- Nã-não estou mu-mudando de assunto...

Deus...

Era o meu rosto que estava queimando desse jeito... ou eram as mãos dele?

Uah...

- Não core desse jeito, senão vou ser obrigado a te beijar...

Pisquei algumas vezes.

- A-ah? - olhei para ele.

Seus olhos estavam tão carinhosos... e tão escuros...

- Consegui a sua atenção?

Pisquei mais algumas vezes e corei mais uma vez.

Uah… Deus…

Ele sorriu de lado.

Era o meu rosto...

Com certeza era o meu rosto que estava pegando fogo...

- Apenas diga, Usako...

Corei agora não conseguindo desviar meus olhos dos dele.

A sua mão foi até minha nuca e a outra deslizou pelo meu ombro, braço... e parou na minha cintura.

- Vo-você sabe q-que eu não vou dizer...

Uahhh, meu coração vai explodir!

Ele sorriu mais bonito quando falei isso.

- Diga... - sussurrou enquanto puxava meu corpo para perto do dele.

E o contato com o seu corpo me fez arrepiar.

Inconscientemente coloquei minha mão sobre seu braço, e pude sentir que ele também se arrepiou.

Nossas bocas estavam a milímetros de se encontrarem. E eu mordi meus lábios com ansiedade.

- Usak...

Não o deixei terminar de falar.

Eu queria beijá-lo...

E, droga...

Eu não ia falar aquele apelido...

É vergonhoso demais…

Os lábios dele estavam quentes.

Eu não fechei meus olhos... eu queria olhar para ele...

Eu não sei por que... mas queria ver a reação dele quando eu o beijava.

Ele pareceu surpreso quando avancei daquela maneira.

E, quando pouco a pouco me afastei dele, seus olhos ficaram bem escuros.

Eu me senti envergonhada novamente.

Por que… poxa...?

O que acontece comigo quando este indivíduo está perto?

Ah…

Eu só quero ficar com ele...

Quero beijá-lo...

Quero abraçá-lo...

Argh...

Essa sensação de querer é mais forte que minha razão, e eu acabo fazendo essas maluquices...

Quando me afastei um pouco mais dele, não pude me conter e mordi meus lábios, com meu rosto já se incendiando.

- Ah… um dia desses você me mata... - ele sussurrou puxando agora minha cintura com as suas mãos e me segurando firmemente.

Encostou sua testa contra a minha e fechou os olhos.

É estranha essa relação entre nós...

Mesmo não falando para ele sobre meus sentimentos... eu sinto... que ele sente a mesma a coisa por mim...

Como nesse exato momento…

Parece que ele realmente sente algo por mim...

Mas...

Eu não sei por que ele não diz...

Só que, no mesmo instante que penso que ele sente algo por mim... eu fico receosa, me perguntando se tudo isso é realmente verdade...

Eu sei que ele falou que não faria uma canalhice comigo... mas... droga, por que ainda não consigo acreditar nessas palavras?

Cada vez que eu tento acreditar eu vejo esse idiota sempre com alguma garota falando as mesmas coisas só para levá-la para a cama...

Droga...

Droga…

Se ele não fosse tão galinha... eu poderia acreditar completamente nele...

Mas, enquanto ele continuar saindo com outras garotas...

Tudo vai continuar a mesma coisa...

Droga, Mamoru, por que você não...

- No próximo sábado vai ter uma festa para mim… - ouvi a sua voz ao longe e abri meus olhos, me encontrando com os seus olhos azuis logo à frente. - Meus amigos vão fazer uma festa surpresa para mim... eles acham que eu não sei que vai ter festa... e bem… hum... eu gostaria que você fosse... - pisquei surpresa com o seu convite.

Era impressão minha ou...

Ou ele realmente estava ansioso pela minha resposta?

Ele me olhava com carinho, mas, ao mesmo tempo, parecia nervoso.

- Sábado? - murmurei com o coração a mil, afastando minha testa da dele.

- Isso... - disse ele com um sorriso lindo, fazendo com que minhas pernas começassem a perder as forças.

E, na mesma hora, ele me segurou bem firme.

Kami-sama...

Corei um pouco enquanto pensava.

UAh?

Ele quer realmente que eu vá?

Acho... hum... acho melhor negar...

Não sei se é uma boa ideia...

Lentamente assenti.

AH?

EU NÃO IA NEGAR???

POR QUE EU ESTOU ASSENTINDO?

Ele sorriu bonito novamente mostrando a sua covinha.

Uah...

Este sorriso me mata...

Segurei-me em seus braços enquanto ele me puxava ainda mais para cima da cama.

- Boa resposta... - sussurrou perto de minha orelha, apenas me fazendo corar ainda mais.

Senti seu beijo em meu pescoço provocando arrepios por todo o corpo, e coloquei minha mão rapidamente onde ele beijou.

- Não faça isso... - sussurrei com minhas bochechas quentes. Ele continuou sorrindo.

- Arrepia você?

Franzi meu cenho um tanto desconcentrada.

Mamoru aproximou-se novamente e beijou minha bochecha. Fechei meus olhos na hora com o contato.

- Quente... - ele sussurrou ao se afastar bem pouquinho.

- Ma-Mamoru... pare! - sussurrei ainda envergonhada.

- Nome errado... - sua voz estava perto de meu ouvido, e ele beijou minha orelha, arrepiando uma vez mais minha pele.

Mordi meus lábios quando ele voltou à minha frente com seus olhos semiabertos.

- Vo-você sabe q-que não vou falar... - falei bem baixinho abaixando meus olhos e fitando minhas mãos, que estavam em meu colo.

- Hum... ah, é? - sua voz parecia a de um bêbado, e... ah... eu nem ao menos conseguia enxergá-lo. Kami, o perfume dele... senti algo quente e molhado em minha testa dessa vez, e fechei meus olhos novamente.

Droga de Mamoru...

Ele se afastou mais uma vez e colocou meu cabelo atrás de minhas orelhas.

Meu coração não para...

Levantei minha cabeça e o olhei.

Ele não parava de me fitar. Senti suas mãos sobre as minhas, abaixei meus olhos e vi seus dedos brincarem com os meus.

Droga de coração...

Nós erguemos nossas mãos palma a palma à nossa frente.

Os dedos dele são tão longos...

Uah...

Eles deslizaram sobre os meus e cruzaram, apertando gentilmente minha mão.

Corei quando ele fez isso.

Uah...

O que ele tá fazendo?

Meus dedos permaneciam estendidos, mas, pouco a pouco...

Eu fiz a mesma coisa que ele, deixando nossas mãos entrelaçadas.

Kami-sama...

Parece que correntes elétricas, muitas delas caminhavam do corpo dele para o meu e vice e versa.

Olhei para ele, e seus olhos me fitavam, sérios, mas, logo, foram suavizando me fitando com muito carinho.

Ele puxou nossas mãos para o lado e começou a aproximar sua cabeça em minha direção.

Minha respiração travou em meus pulmões.

Kami-sama...

Ele vai me beijar...

Kami-sama...

Seus olhos estavam semicerrados enquanto ele se aproximava de mim, e fitavam somente os meus lábios.

Quando ele estava a ponto de me beijar...

Eu fechei meus olhos, sentindo uma grande alegria em meu peito.

Eu gosto tanto dele...

Sua boca me beijou quente.

Um beijo diferente...

Um beijo parecido como aqueles contos de fadas que eu tanto assistia na televisão.

Não era um beijo da forma como ele sempre me beijava, com fervor… querer… desejo... era um beijo…

Um beijo com amor...

Diferente de todos os outros que ele já me dera...

E fez com que meu coração pulasse ainda mais, por causa desse mesmo sentimento que, até havia pouco tempo, eu desconhecia.

Não… eu não acho que o amo...

Mas sei que gosto muito dele...

Mas com esse seu beijo...

Eu me senti tão diferente...

Como se despertasse algo novo em meu peito...

Ele se afastou só um pouquinho, e eu abri meus olhos ainda segurando minha respiração.

A primeira coisa que notei assim que eu o olhei… foi que...

Algo havia mudado nele.

Não poderia explicar o que era...

Mas sei que... ele estava… mudado.

Seus olhos me fitavam ainda com o mesmo carinho... e algo mais… que eu não poderia explicar...

Coloquei minhas mãos sobre o seu rosto dessa vez, e ele fechou os olhos com a respiração falhando.

Ah... eu gosto tanto dele...

Só desta vez… só desta vez eu vou dizer...

- Mamo-chan... - sussurrei perto da boca dele.

E pude jurar que o vi sorrir assim que eu toquei meus lábios contra o dele.

Eu o beijei com vontade, pedindo que ele também me beijasse daquela forma.

Suas mãos foram para minha cintura e me seguraram firmes enquanto ele se jogava para trás, me puxando junto com ele.

Ele caiu de costas na cama deixando que eu ficasse em cima dele.

Suas mãos me apertaram contra o seu corpo, e eu abri um pouco mais minha boca enquanto nos beijávamos.

A língua dele fazia o beijo se tornar tão profundo que, Kami-sama... eu não queria que aquilo acabasse.

Acariciei seu cabelo, e suas mãos foram para debaixo de minha blusa.

Ele queria me tocar… sentir a minha pele... e eu também queria isso...

Ah…

O perfume dele está me matando...

Seus dedos apertaram minha cintura num toque forte... e logo traçaram um  caminho pelas minhas costas, acariciando…

Provocando mais arrepios pela minha pele...

Eu me ajeitei em cima dele, colocando meus joelhos nas laterais de seus quadris. Mamoru virou a cabeça para o lado, melhorando ainda mais o beijo.

Beijei seu lábio inferior e passei minha língua por entre seus lábios. Sua mão se afastou de minhas costas e tocou minha nuca, afundando seus dedos em meus cabelos.

Sua boca largou meus lábios e começou a descer para o meu queixo. Apenas fechei meus olhos enquanto lambia meus lábios. Sua boca deslizou quente por meu pescoço.

Essa sensação...

Parece que vou enlouquecer...

Eu me afastei, e sentei em cima dele mesmo.

Minha respiração estava muito acelerada. Eu precisava respirar... mesmo que fosse só um pouco.

Olhei para baixo e vi Mamoru ainda com seus olhos fechados e também procurando por ar.

Kami-sama...

Como está quente…

Ele abriu os olhos e ficou me fitando demoradamente.

- Nessa semana eu vou ter que viajar... - ele começou a falar. Suas mãos foram para a minha cintura novamente, me segurando bem firme. Meu coração bateu forte com o que ele falou. - Provavelmente eu só volte no dia da festa... - sua mão subiu e tocou meu rosto.

Só vai voltar…

Sábado?

E-eu vou ficar uma semana inteira sem vê-lo?

Qu-que ironia... eu mesma era quem estava querendo me afastar dele.

Mas o que ele me falou me deixou triste.

Seu polegar acariciou meu lábio inferior e o vi engolir em seco.

- Vai ser difícil... para mim… - disse ele bem baixinho como se não quisesse que eu ouvisse.

Ficamos em silêncio por um tempo.

Apoiei minhas mãos em seu estômago, e parece que ele sentiu um pouco de cócegas, pois se mexeu.

- Hum... vai viajar por quê? - murmurei olhando onde minhas mãos tocavam.

- Tenho negócios para resolver, assuntos da empresa... - eu mexi meus dedos de leve em cima de sua blusa. - Ah... - levantei meus olhos quando ele gemeu baixinho.

E…

Pode parecer estranho, ainda mais vindo de um cara como ele... mas…

Eu juro que o vi corando.

Pisquei algumas vezes, não acreditando.

- Não... faça isso... - suas mãos ficaram sobre as minhas, como se as segurasse. - Faz cócegas... - disse baixinho... e estava um pouco, mas bem pouco mesmo, corado.

E isso me deu vontade de rir.

Então o grande Chiba Mamoru tinha um ponto fraco…

Mordi meus lábios tentando segurar o riso.

- Por que você está sorrindo? - ele murmurou franzindo seu cenho.

Comecei a mexer meus dedos novamente sobre seu estômago.

- Ei... eu diss... - sua mão tentou me segurar, mas não consegui aguentar... começando a fazer cócegas nele. - Usa-ko…

Comecei a rir com o jeito que o rosto dele começou a ficar, mais vermelho que o meu, enquanto ele tentava segurar meus dedos.

- Não sabia que tinha cócegas! - voltei a rir, fazendo ainda mais cócegas.

Ele riu também, não mais aguentando as cócegas.

Senti suas mãos segurarem firmes os meus pulsos e ele me virou na cama. E dessa vez ele estava por cima.

Não consegui parar de rir.

Ele não era tão “fortão” como aparentava.

- Não tem graça... - ele falou em cima de mim enquanto eu me matava de rir. Seus braços estavam às laterais de minha cabeça, sobre a cama.

Kami-sama, ainda não acredito que descobri o ponto fraco de Mamoru, e Deus... ele ficava tão kawaii quando corava...

- Achei o seu ponto fraco, Mamoru-baka! - falei olhando para ele, logo acima de mim. Seu rosto estava ainda um pouquinho vermelho, o deixando ainda adorável.

Continuei sorrindo enquanto olhava todo seu rosto.

Seus cabelos estavam sobre seus olhos azuis escuros...

E seu perfume...

Ah...

Era impossível tentar me controlar com o seu cheiro…

- Eu pensei que você já soubesse... - suas palavras fizeram com que eu parasse de rir. Pisquei algumas vezes.

E só agora eu havia notado o peso de seu corpo sobre o meu.

O calor da sua pele tocando a minha.

Os olhos dele me fitavam sérios.

Minha respiração falhou por um segundo.

Mamoru diminuiu nossa distância e beijou minha bochecha. Trilhou um caminho de beijos até minha orelha.

Meu corpo se arrepiou…

Fechei meus olhos, sentindo a doce sensação e a sua fragrância.

- Usako... - falou em meu ouvido com sua voz rouca, arrepiando ainda mais minha pele. - Quando você for sábado à festa... – beijou minha orelha mais uma vez.

Ele me deixa tão tonta...

- Eu vou te pedir uma coisa...

Meus olhos se abriram com sua última frase.

O senti cheirar meu pescoço e voltar a me olhar.

- O-o quê? - murmurei olhando para os seus olhos, que me fitavam divertidos.

- Se você quiser saber, vai ter que esperar até sábado...

As batidas de meu coração até falharam.

O que ele quer me dizer?

- Não pode ser agora?

Ele sorriu de lado e negou com a cabeça.

Franzi minhas sobrancelhas e fiz um bico.

- Mau… você é mau, Mamoru... - ele apenas sorriu mais uma vez e depositou um beijo em meus lábios.

- Eu quero deixar você curiosa…

Continuei com minhas sobrancelhas franzidas.

- Que cara feia...

- Ah? Feia?!

Ele riu novamente, e desceu sua boca até meus lábios.

Me beijando lentamente...

Droga, não adianta...

Ele consegue me vencer…

Contornei seu pescoço com meus braços e abri um pouco mais minha boca.

Seus lábios são tão quentes...

Virei minha cabeça para o lado, deixando que a língua dele penetrasse em minha boca.

Hum… gostoso...

Afundei minha mão em seu cabelo.

- Ah… - ele gemeu quando virou a cabeça para o lado.

Os gemidos dele causam arrepios em minha pele...

Hum…

Quente…

Continuo pegando fogo...

A boca dele me faz perder a razão...

Deslizei minhas mãos até sua nuca e parei em sua camisa. Apertei-a entre meus dedos.

A boca dele novamente se mexeu e, dessa vez, eu gemi.

Apertei sua camisa com mais força.

- Ah… - ele quebrou o beijo dessa vez. - Quer tirar? – sussurrou.

Abri só um pouco meus olhos para enxergá-lo.

Assenti lentamente.

A boca dele voltou para mim, e me beijou duas vezes mais.

- Pode tirar... - sussurrou me beijando com mais força.

Deslizei minha mão pelo seu tórax e parei em sua cintura.

Segurei sua camisa e, pouco a pouco, comecei a puxá-la na direção de sua cabeça.

Ele ergueu os braços e quebrou o beijo novamente.

Tirei sua camisa e vi sua corrente com o anel cair sobre seu peito. Corei ao ver seu corpo.

Deixei a camisa deslizar pelos dedos, caindo logo atrás de minha cabeça, e Mamoru voltou a deitar sobre mim.

Ah…

Ele estava quente…

Nossas bocas se encontraram mais uma vez, provocando choques por todo o meu corpo. Senti a corrente bater em meu pescoço, provocando cócegas.

Sua mão desceu, acariciando cada lugar que tocava, e parou perto de minha calça.

Toquei seu peito quente e senti seu coração batendo aceleradamente.

Abri mais minha boca e, dessa vez, coloquei minha língua dentro de sua boca. Ouvi-o gemer com mais vontade. Chupou minha língua e me beijou com mais força agora.

Ah...

Kami-sama...

Sua outra mão desceu e ficou por debaixo de minha blusa.

Ele apertou minha cintura.

- Ah... Mamo... - gemi assim que ele afastou sua boca de mim e começou a beijar meu rosto.

Mordendo meu queixo…

Contornei novamente seu pescoço com minhas mãos, puxando para que o peito dele tocasse o meu.

Ele gemeu perto de meu ouvido com esse contato.

Perdida, fiz a mesma coisa que ele estava fazendo comigo, comecei a beijar a sua orelha.

Ouvi um barulho vindo de longe, mas ignorei...

Estava tão bom assim...

A mão que estava sobre minha calça começou a fazer força para que ela descesse.

Corei ao sentir o que ele estava fazendo.

E-eu não sei se devo pará-lo...

Uah... será que paro?

A boca dele voltou para mim e continuamos a nos beijar mais ardentemente.

Logo ele soltou minha calça e se afastou de minha boca relutantemente.

Nossas respirações estavam muito aceleradas.

Ah...

Ah...

Droga...

Por que ele parou?

- Tem… ah… ah... um telefone tocando... - ouvi sua voz drogada, abri meus olhos e vi dois Mamoru em cima de mim. Pisquei uma vez, ajeitando minha visão, e finalmente vi um Mamoru.

Kami-sama...

Um Mamoru é suficiente para mim...

- A-ah? - falei ainda tentando recuperar meu ar.

Ele sorriu fechando os olhos, como se também estivesse enxergando tudo em dobro.

- Um telefone está tocando... - sussurrou.

Pisquei algumas vezes.

- Ah! - então realmente tinha um barulho nos incomodando.

Mamoru se levantou de cima de mim e se sentou no outro lado.

Levantei-me rapidamente da cama e enrosquei meu pé no cobertor, acabando por cair de cara no chão.

- Itai…

- Você... está bem? - ouvi a voz de Mamoru vir de cima, e vi seus olhos me olhando preocupados.

- Ha-hai... - murmurei com um pequeno sorriso. Levantei-me do chão rapidamente e corri para a porta.

A abri e corri pelo corredor.

Desci dois a dois os degraus da escada e peguei o telefone que não parava de tocar.

- Moshi... ah... Moshi?

- VOCÊ SABE QUANTAS VEZES ESSE TELEFONE CHAMOU? - a voz zangada de mama do outro lado da linha estava furiosa.

- Ah... ah... O-ohayou, mama! - corei ao ouvir a voz, senti meu corpo inteiro congelar.

Sabe aquela sensação de quando você faz uma coisa errada, e alguém descobre...?

Foi quando me toquei do que estava acontecendo...

- Ohayou? OHAYOU? Você SABE QUE HORAS SÃO? - afastei um pouco o telefone do meu ouvido e depois o trouxe de volta.

- Ah... er... iie...

- Doze e meia, Usagi... Doze e meia! Não acredito que estava dormindo até agora!

Corei novamente quando ela falou isso.

- A-ah... go-gomen, mama…

Ela bufou do outro lado da linha.

- Não posso deixá-la nem um minuto sozinha... – fiquei sem saber o que falar. - Está tudo bem aí?

Corei novamente, olhando para baixo.

- Ha-hai!

- Passou bem a noite?

Fechei bem forte os olhos.

- Ah... hai!

Kami-sama... o que estou fazendo...?

- Que bom... choveu muito aí? Porque aqui não para de chover, sua avó está mandando um beijo para você.

Sorri.

O que eu estava fazendo com Mamoru agora pouco...?

- Manda outro para ela…

O que eu estava fazendo com Chiba na casa de meus pais?

Minha mãe me deixou sozinha, confiando que eu ficaria bem aqui sozinha!

- Está tudo bem com ela? - perguntei me sentindo um pouco triste e colocando minha mão na cabeça.

- Sim, sim... está tudo bem, e talvez eu já volte amanhã com ela para casa...

- Oba-san está vindo para cá? - sorri me sentindo feliz, mas ainda assim triste pelo o que eu estivera fazendo.

- Hai.

- Isso é ótimo!

- Viu, eu falei que ela ficaria feliz em ter você lá, oka-san... - mama disse um pouco distante do telefone. Sorri mais uma vez. - Mas só liguei para isso, vê se você se cuida até amanhã, pelo menos…

- Ah... hai, hai!

- Ah, e Usagi…

- Hum?

- Dá uma limpada na casa para mim, tá? Ja ne.

- Ja, Mama! - e desliguei.

Na hora em que desliguei me doeu no peito.

Eu me senti chateada comigo mesmo…

Eu havia mentindo para a minha mãe...

Era como se...

Eu não tivesse respeito pelos meus pais ao deixar Mamoru ficar aqui e... fazer aquelas coisas com ele agora pouco.

Usagi, sua idiota...

E-eu me sinto tão…

Suja…

De tantas coisas que mama me ensinou, uma delas é que só devo deitar com um rapaz depois do casamento.

Eu estou fazendo tudo errado...

Quase… mas quase... se mama não tivesse ligado, eu provavelmente ainda estaria lá em cima com Mamoru... fazendo sabe lá o quê...

Isso não é certo…

Isso não é certo...

- Era sua mãe? - levantei minha cabeça e vi Mamoru no topo da escada sentado em um degrau. Estava segurando a camisa em sua mão.

Seus olhos me fitavam sérios.

Olhei para o lado e assenti, tentando bloquear os sentimentos que estavam vindo à tona em mim.

Que droga...

Ele ficou em silêncio.

O ouvi começar a descer os degraus, e o fitei.

Mamoru vestia sua camisa, e começou a vir em minha direção.

- Olha, Mamoru... É melhor você ir embora... isso que estamos fazendo não... não é...

- Desculpe… - ele falou de repente, e eu o fitei surpresa. – Eu... acabei te desrespeitando na casa de sua mãe - seus olhos foram para o outro lado, e ele tocou a nuca. – Realmente... me desculpe - seus olhos se voltaram para mim. Meu coração acelerou. - Não vou dizer que me arrependo... ao contrário... eu gostei muito, muito mesmo, e quis ir até o fim com você... - corei quando ele falou isso. - Mas eu te prometo... - olhei para ele com minha face já fervendo - que não vou te tocar quando estiver em sua casa... - engoli em seco quando ele falou isso. - Mas só quando você estiver em sua casa...

Uah...?

Mamoru segurou minha mão, me fazendo corar na mesma hora.

- E... também prometo que, a partir de agora, vou me comportar um pouco melhor… - seus olhos estavam sérios enquanto me fitavam, mas em seus lábios estava o mesmo sorriso de lado. - Mas só um pouco...

Lentamente ele levou minha mão até os seus lábios e a beijou, quente e demoradamente.

Minha respiração falhou.

Seus olhos escuros me fitavam como se somente eu existisse em seu Universo.

Uah…

- Difícil... mas vou tentar me controlar...

Meu coração foi a mil novamente.

Uah...

Ele olhou para baixo e soltou minha mão lentamente, como se não quisesse me soltar.

Coloquei meu braço em meu peito, tentando respirar direito.

Uah...

Calma, coração...

Calma...

Ficamos em silêncio ali no hall, enquanto eu acalmava meu coração.

Pude ver um sorriso se formar em seus lábios e seus olhos se voltaram para mim.

- Quando não é você para estragar a melhor parte... é o telefone... - corei com o que ele falou. - Deveria imaginar... já que é a sua casa mesmo...

Mostrei a língua para ele, e apenas o ouvi rir.

#########

Ele foi embora.

Mamoru fora embora agora pouco e eu me encontrava ainda no hall.

Encostada com as costas na porta de entrada...

Com o coração pu-pulando...

Kami-sama...

O que havia acontecido?

O que havia acontecido naquele momento?

Deus... eu e Mamoru estávamos tão íntimos que realmente não sei até agora como isso pode ter acontecido...

Tudo estava tão quente...

Tão, tão quente…

Fechei os olhos.

Uah…

O que estávamos fazendo em minha cama?

Os beijos...

Os toques...

Uahh...

Eu sei que é errado… mas...

Meu coração vai explodir...

Toquei meu rosto, e ele estava fervendo.

Eu devo estar completamente fora de mim!

- UAAAHHH! - gritei bem alto e corri em direção às escadas, as subindo de dois em dois degraus.

Entrei em meu quarto rapidamente e me joguei na cama, afundando meu rosto no travesseiro.

Uahhh…

Parece que vou explodir...

PARECE QUE VOU EXPLODIR!

Kami-sama...

Mamoru estava tão gentil…

Levantei meus olhos acima do travesseiro.

Uah…

Tão gentil que fez meu corpo inteiro desejá-lo.

Urgh... que absurdo o que estou pensando...

Afundei a cabeça novamente no travesseiro.

Hummm…

O cheiro dele está na fronha...

Hummmm…

Como alguém pode cheirar tão bem?

Hummmm…

Ah, Kami-sama...

Deitei de lado na cama e me virei, fitando agora o teto.

Eu gosto tanto dele...

Fechei meus olhos, lembrando quando ele cruzou nossos dedos.

Deus...

As suas ações de hoje… me fizeram gostar mais e mais dele...

Ele… ele me pareceu tão diferente hoje…

Seus olhos...

Sim...

Seus olhos estavam diferentes...

Sempre estão cheios de raiva… rancor… er… desejo...

Mas hoje não...

Eles estavam calmos... sérios...

Gentis...

Sorri.

- “Vou me controlar um pouco melhor...” - falei imitando ele.

He He...

Acho que foi alguma coisa assim que ele disse, né?

Ele é um baka...

Levantei minha mão, a olhando.

Ele beijou bem aqui…

Humm…

Gentilmente levei minha mão até meus lábios e a beijei da mesma forma que ele a beijara.

He he he…

Eu sou uma baka...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, e mandem muitos reviews! My Dear Devil, Mamo-chan, Naonix e eu merecemos, não?

Bjs da Ana-chan!



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