Highway To Glory escrita por ThequeenL


Capítulo 9
Nove - Clove


Notas iniciais do capítulo

Gente, sei que demorei um pouco mais com esse, mas amanhã tem dois capítulos porque só terei aula de manhã (carga horária de 3º ano é pesada, mas de vez em quando tem umas brechas). Espero que gostem do capítulo, mesmo ele sendo meio triste e pá.



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Estou cansada. Cansada dessas coisas, cansada das lutas, cansada até do Cato. Aliás, não dele, mas dessa complicação toda. Nunca fugi de nada, mas esse assunto é tão complicado que estou pensando seriamente em evitá-lo antes que seja tarde demais. Se bem que talvez já seja tarde demais. Acho que estou amolecendo, e isso é inadmissível. Amolecer é enfraquecer, e pessoas fracas não ganham honra e glória. E nos Jogos Vorazes principalmente, só o que elas ganham é o fim de uma vida curta.

Pensei bastante sobre o que fazer agora. Se quem provocou a explosão tiver morrido nela restam apenas sete para o encerramento dessa edição. Isso significa basicamente que faltam apenas cinco pessoas para serem mortas antes que eu e Cato tenhamos que matar um ao outro. E eu não temo porque não teria coragem te matá-lo. Temo porque eu teria. Iria doer mais do que tudo, mas quando chegasse a hora eu não poderia recuar. Uma conduta de 17 anos mudaria assim, em apenas alguns dias. Pela primeira vez na minha existência senti algo além de cordialidade pela Capital. Quer dizer, o que eles estavam fazendo comigo? Só queria que tivesse um jeito mais fácil de conseguir prestígio para meu Distrito, um jeito que não incluísse Cato inanimado no chão da arena. Talvez a Capital estivesse apenas rindo dos outros distritos, ao invés de estar condecorando-os. Não, não poderia ser. Isso significaria que tudo pelo qual venho treinado e acreditado é apenas um circo para manter o povo sob rédeas curtas, e esse tipo de coisa não acontece comigo. Eu não sou peão em nenhum xadrez.

Deixei as indagações e lado e resolvi prestar atenção apenas em minha respiração. Eu e cato tínhamos acabado de ouvir um grito vindo da floresta, mas nenhum de nós se moveu ainda. O que quer que fosse Marvel encontraria e daria um jeito nisso. Ele é muito bom para dar um jeito nas coisas. Mesmo assim, ainda preferia que tivesse sido ele o atacado por Cato ao invés de Filos. Lembrar dele me fez sentir meio anestesiada por dentro. Eu devia ter sido mais rápida, seria meu acerto de contas com ele caso tivesse salvado-o. E a companhia dele não era de todo irritante, ele tinha sido realmente necessário nos últimos dias.

Cato continuava me observando, atônito com o que eu tinha acabado de lhe dizer. Eu mesma mal consegui acreditar que tinha dito aquilo em voz alta. Era para ser um segredo. Agora que ele sabe que eu me importo será ainda mais difícil de dizer adeus. Não o olhei nos olhos, porque tinha certeza que se tentasse acabaria em seus braços mais uma vez. Ele tinha esse efeito em mim, esse magnetismo estúpido, me fazendo querer-lo cada vez mais. Isso tinha que parar, para minha segurança mental e física. Imaginei uma caixa enorme e coloquei mentalmente tudo o que sentia por Cato lá dentro. Não era muito efetivo, mas pelo menos me permitia desviar os pensamentos dele por um tempo.

“Acha que devemos ir até lá?” Ele cortou meu raciocínio

“Acho que sim. Marvel está demorando demais para voltar”. Ele se levantou e estendeu a mão em ajuda, mas me pus de pé sem precisar dela, e corri em direção ao rastro de Marvel. Chegamos em uma clareira depois de uma curta caminhada e nos deparamos com uma imagem confusa: Marvel morto no chão, com uma flecha no peito, próximo á uma rede cortada com rastro de sangue. Algo me disse que isso era coisa da Distrito 12, só ela sabia atirar tão bem com o arco. O grito que escutamos, no entanto, era fino demais para ser dela. Talvez fosse a menina do 11, ou a ruiva. Pelo rastro ela com certeza estava fatalmente ferida, mas o corpo havia sido retirado de lá, bem como a mochila que Marvel tinha nas costas. Então nós não éramos os únicos esse ano a formar alianças.

Voltamos para o local onde era o acampamento em silêncio, sem saber em o que fazer. Pouco tempo depois soaram dois tiros de canhão. Cato pegou tudo o que julgou útil dos destroços e colocou em sua mochila. Por sorte ainda tínhamos as nossas e também a de Filos intactas. Resolvemos rumar para mais perto do lago já que a comida estava escassa e distrair a fome com água. Escureceu rápido e o informe de baixas no céu mostrou apenas Rue e Marvel, o que nos deixou ainda mais furiosos. Quem tinha nos privado de alimento estava agora por aí, quase que em segurança. Não poderia ter sido o Lover Boy, pois pelo que me disse Filos o corte que Cato fez em sua perna era muito profundo e ele logo também morreria, se é que já não tinha. Tinha que ter sido sua companheira de distrito ou o menino do 11. A ruiva não seria tão audaciosa assim a ponto de explodir nossos mantimentos, roubá-los talvez. Depois do informe dormimos rápido e num silêncio inquebrável.

O dia amanheceu e acordei com gotas em meu rosto do que pensei ser chuva. Levantei assustada e me vi sozinha na beira do lago. Olhei desesperada pelos lados em busca de Cato, e chamei por seu nome, aturdida. Uma enorme massa líquida me atingiu como um tsunami e ensopada vi Cato dentro do lago, com o corpo submerso, deixando para fora da água apenas aqueles olhos de um azul tão perfeito que daria inveja ao céu. Abri a boca incrédula e ele foi levantando em meio a gargalhadas.

“O que... você... seu...!?” Tentei formular uma frase mas estava extasiada com o insulto dele.

“Bom dia, preguiçosa. Não me olhe assim, tentei te acordar antes, mas você parecia desmaiada. Pensei que um pouco de água poderia ser bom.” Ele disse, segurando o riso.

“Ah, claro. E agora vou ter que passar o resto do dia com as roupas encharcadas porque você achou que seria divertido tentar me matar afogada”

“Você pode tirá-las” Ele argumentou. Fiquei muda e corei de imediato. Como ele poderia estar de tão bom humor depois de ontem? Será que eu disse algo enquanto dormia? Droga de sonambulismo que não ajuda em nada.

Mostrei a língua para Cato e ele saiu do lago, balançando a cabeça como um cachorro para secar o cabelo. Ele estava só de bermuda e era tal qual uma estátua de mármore. Ele arqueou uma sobrancelha para mim

“Você está tipo, me medindo?”

Tapei os olhos com as mãos instintivamente e continuei conversando com ele num tom instigador

“Como se tivesse alguma coisa aí para ser medida” Retruquei ainda de olhos tapados

“Cuidado com as palavras Ruthless, se eu me sentir ofendido posso tentar provar que você está errada” Ele desafiou. Eu teria ficado mais vermelha se pudesse, mas meu sangue todo provavelmente já estava nas minhas bochechas.

“Tem como de você parar de bobagem e ir se vestir Cato? Se alguém chegar vai ser muito difícil de lutar com você desse jeito”

“Por quê? Você se desconcentraria?” Ele perguntou enquanto tirava minhas mãos do meu rosto com certa facilidade. Mantive os olhos fechados em resistência, e ele me deu um beijo rápido. Levei um susto e rosnei de raiva. Levantei-me correndo e saí a passos pesados enquanto ele rolava de rir às minhas costas. Se ele continuar fazendo esse tipo de coisa vou acabar tendo que amordaçá-lo para evitar a fadiga. Ainda de costas, olhei para os lados para me certificar de que não havia ninguém mais por perto e sorri furtivamente sem que ele pudesse ver. Revirei os olhos. Talvez a situação fosse mesmo engraçada. Pelo jeito ele insiste em atrapalhar meus planos de distanciamento. Os reflexos disso virão depois, e virão caros. Resolvi dar uma trégua a mim mesma, afinal de contas fazia muito tempo que eu não brincava com água. Corri de volta e dei um pulo no lago de roupa e sapato. Era bom ficar em meio à água gelada num dia tão quente. Cato sentou numa pedra e ficou me vendo nadar por um tempo. Saí da água e ele me estendeu uma camisa seca para que eu pudesse enxaguar os cabelos. O sorriso malicioso ainda perdurava em seu rosto

“Você teria nadado melhor sem esse tanto de pano. Poderia pelo menos ter tirado o sapato.”

“Muito engraçado” Disse jogando a camisa de volta na cabeça dele “Tive um ótimo momento, as roupas ajudaram até, já estavam precisando ser lavadas mesmo”. Comecei a desembaraçar os cabelos com os dedos e Cato pareceu estar hipnotizado. Corei um pouco, ainda não tinha me acostumado com suas reações. Quando ele me olhava assim, me sentia mais bonita até que Glimmer, então tive autoconfiança o suficiente para brincar

“Você está tipo, me medindo?” Imitei-o enquanto colocava as mãos na cintura e levantava uma sobrancelha.

Ele balançou a cabeça como se tivesse acabado de sair do transe e revirou os olhos para mim. Fomos interrompidos quando a voz de um dos gamemakers ecoou, vinda de todos os lados:

“Olá tributos, olá. Parabéns aos seis que continuam lutando por seu Distrito. Tenho agora uma notícia relevante: houve uma mudança nas regras! Este ano, os Jogos vorazes poderão ter dois vencedores, desde que estes sejam do mesmo tributo. Em outras palavras, as últimas duas pessoas vivas poderão ser consideradas vitoriosas desde que tenham vindo do mesmo distrito. Bons jogos, e que a sorte esteja sempre ao seu favor”

Levei as mãos até a boca, surpresa. Não poderia ser melhor! Então no final das contas eu não precisaria matar Cato. Era bem simples, só tínhamos que nos manter vivos e matar o resto, coisa que já vínhamos fazendo. Para ser sincera a única coisa difícil em potencial seria matá-lo ou alguma intervenção dos gamemakers, porque a parte de aniquilar os demais tributos para mim era quase corriqueira. É isso o que acontece quando você é treinada a vida toda para alguma coisa, você acaba passando por ela como um hobbie. A verdade é que tirando pelas teleguiadas e pela explosão da comida, os jogos vorazes eram vistos por mim quase que como uma colônia de férias onde só um voltava para casa. É quase sempre assim quando se trata dos carreiristas: nós sempre temos quase certeza de que um de nós restará no final, quando acontece o contrário é mera sorte dos outros tributos ou manipulação da Capital. As duplas dos demais distritos sempre precisam passar pelas situações mais apertadas, devido à falta de patrocinadores bons como os nossos, ou treinamento massivo como o que recebemos desde a infância.

Cato agora me erguia do chão e girava, como se já tivessem anunciado nossos nomes para todos com o título de vencedores da 74ª edição dos Jogos. Permiti-me abraçá-lo apertado e definitivamente teria expressado mais alegria se minha barriga não tivesse roncado alto. Estava morrendo de fome, não comia nada a mais de dia e a natação me deixou ainda mais faminta. Cato gargalhou e admitiu estar com fome também. Resolvemos caçar, no entanto não havia um único animal na parte que vasculhamos do bosque. Esperamos por alguma ajuda dos patrocinadores por horas, mas esta não veio. Foi quando comecei a ficar irritada. Meu humor tende a piorar ainda mais quando fico de barriga vazia por muito tempo, não estou acostumada com pobreza. Dormir no chão era incômodo, mas suportável devido aos exercícios do centro de carreiristas do nosso distrito, mas ficar passar fome nunca tinha sido uma de nossas tarefas.

Fomos dormir rápido para enganar a urgência de alimentos e acordamos no outro dia com o apetite ainda maior. Fizemos o possível para regular a comida que tinha nas mochilas, pois era pouca e não sabíamos por quanto tempo ficaríamos nessa situação. E assim se passaram mais duas noites, e fui ficando cada vez mais detestável. A abstinência de nutrientes deixava todos os meus sentidos ainda mais aguçados. Eu virava uma espécie de monstro, para o qual práticas letais eram indispensáveis. À noite vasculhávamos a mata em busca de vítimas e nada. Eu passava o dia dissecando troncos de árvores impetuosamente, imaginando que fossem braços ou pernas humanas. Cato também estava afoito para usar de novo a espada.

A fome nos tornou secos um com o outro, e tínhamos perdido a vontade de conversar. A única coisa que queríamos era um pouco de comida e mais ação. Nesse caso, seria melhor que a comida viesse primeiro. Nossos reflexos estavam começando a se tornar mais dispersos, e calculei que se perdurassem os dias como esses, ficaríamos vulneráveis. Minha sede de vingança pela D-12 tomou proporções tão exaltadas que poderia finalizá-la com as mãos caso ela aparecesse na minha frente. Depois de discutirmos o assunto, chegamos à conclusão de que apenas ela poderia ter explodido nossos mantimentos. Além disso, ela e o Lover boy eram além de nós o único casal ainda vivo, a única concorrência. Cato disse que a mataria, mas jurei a ele que se me deixasse acabar com ela eu faria em grande estilo.

Era a terceira noite sem praticamente nenhum alimento quando aquela mesma voz que nos alertou sobre a mudança nas regras ecoou novamente na arena.

“Olá caros participantes do septuagésimo quarto Jogos Vorazes! É com enorme prazer que os convido para um banquete, a ser servido na cornucópia amanhã por volta das 14h. Cada um de vocês precisa desesperadamente de algo, e poderão consegui-lo amanhã à tarde. Desejo a todos um ótimo jogo, e que a sorte esteja sempre ao seu favor”

“Comida” Foi a primeira coisa que pensei. Então há essa hora amanhã estaríamos bem alimentados, com certeza. E de quebra poderíamos ainda eliminar mais algum concorrente. Era como um segundo banho de sangue, perfeito. Fomos dormir um pouco mais bem humorados naquela noite, e na manhã seguinte fizemos nossa estratégia. Eu, por ser menor e mais rápida, iria até o centro do banquete, enquanto Cato vasculharia por tributos ao longo da área.

Na hora marcada, fomos para a orla da cornucópia e, escondidos, esperamos. Bem na frente havia uma mesa enorme com quatro mochilas, cada uma com o número dos distritos de origem dos tributos sobreviventes. Localizei rápido a de número 2 enquanto Cato se afastava para me dar cobertura. A ruiva foi a primeira a aparecer. De uma maneira ridiculamente engenhosa, ela correu no campo aberto, completamente desprotegida, pegou a mochila de número 5 e rumou mata a dentro. Foi tão rápido e escancarado que ninguém teve tempo de fazer nada, e tive que admitir que fosse uma boa estratégia. Mas eu não tinha pressa. Pouco depois surgiu quem eu esperava: a garota do D-12.

Corri em sua direção, e uma adaga assim que ela tocou uma das mochilas. A primeira passou de raspão, então mandei outra que a acertou em cheio no rosto. Finalmente um pouco de entretenimento. Ela tenta me lançar uma flecha, mas o corte que lhe fiz deixou um de seus olhos debilitado e ela erra por longe. Consigo imobilizá-la no chão e vejo seu olho bom com a pupila dilatada. Ela fecha os olhos esperando pelo fim rápido, mas eu jamais permitiria que isso acontecesse sem antes me entreter com a situação. Eu já tinha a deixado escapar duas vezes, isso não poderia acontecer de novo.

“Onde está seu namorado, distrito doze, ainda persistindo?” Pergunto audaciosa

"Ele está lá fora agora. Caçando o Cato,” Ela rebate e chama pelo nome dele umas duas vezes. Silencio Katniss com a mão pressionada em sua garganta e olho em volta, apenas para constatar o óbvio.

“Mentirosa” Digo sorrindo maquiavelicamente "Ele está quase morto. Cato sabe onde o cortou. Você provavelmente está com ele amarrado em alguma árvore enquanto você tenta manter seu coração batendo. O que está na mochilinha bonita? O remédio para o Lover Boy? Que pena que ele nunca vai recebê-lo." Termino. Escolho com calma uma das facas dentro da jaqueta.

"Prometi ao Cato que se ele me deixasse ter você, eu daria ao público um bom espetáculo." Esclareço enquanto ela tenta inutilmente se safar. Resolvo tripudiar, porque sei que não há pressa.

"Esqueça, Distrito Doze. Nós vamos te matar. Bem como nós matamos sua aliadinha patética... qual era o nome dela? Aquela que pulava nas árvores? Rue? Bem, Rue primeiro, depois você, e então eu acho que nós vamos simplesmente deixar a natureza cuidar do Lover Boy. Como isso soa?"

Avalio seu rosto enquanto deslizo a lâmina do punhal por sua bochecha. “Por onde vamos começar?” pergunto ironicamente. Decido começar pela boca. "Sim, eu não acho que você vai ter muito mais uso para os seus lábios. Quer soprar para o Lover Boy um último beijo?" digo na esperança de vê-la gritando, implorando por misericórdia. Ao invés disso ela cospe sangue em mim e me encara firme, o que me deixa louca de raiva. Avanço e começo abrir um corte em seu lábio quando sou brutalmente puxada para cima. Levo segundos para perceber que estou balançando a trinta centímetros do chão, presa nos braços de Thresh, o garoto enorme do distrito onze. Ele me vira e me arremessa no chão, gritando insano “O que você fez para aquela menininha? Você a matou?". Ele está falando da Rue, tenho certeza. Ele é o triplo do meu tamanho e avança cada vez mais rápido. Tenho tempo de negar minha culpa, afinal os créditos pela morte da garota eram exclusivamente de Marvel, mas ele não me dá ouvidos.

"Você disse o nome dela. Eu ouvi você. Você a matou?" Ele berra descontrolado. Senti o pânico se instaurando e a adrenalina correndo em minhas veias. "Você a cortou como você ia cortar esta menina aqui?" Ele pergunta ao mesmo tempo em que levanta uma pedra do tamanho de um tijolo. Percebo o que ele planeja fazer e grito angustiada por Cato.

O ouço chamar pelo meu nome em resposta a uma distância de cinco metros ou mais. Consigo engatinhar um pouco antes de ser alcançada por Thresh, e logo atrás dele está Cato. Ele segura o braço do tributo do D-11, mas não consegue evitar o golpe. Sinto o impacto e tombo no solo. Minha vista escurece e perco as esperanças Ao menos pude ver os olhos de Cato, mais azuis que o céu, uma última vez.



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Notas finais do capítulo

Não é o fim da fanfic gente, calma!Ainda tem a narração do Cato. Não tentem me matar, por favor.
AAH, eu queria esconder, mas não sei guardar segredo então foda-se. Enfim, eu vou contar o final. É assim: o Cato...
Não, acho que farei um esforço para não contar o final da história. Mas ele não é tão clichê quanto os cogitados até agora, só mais isso que irei dizer...
(não me batam por favor)