"De todas as coisas que eu ainda lembro

O verão nunca pareceu o mesmo

Os anos passam e o tempo parece voar

Mas as memórias permanecem

No meio de Setembro, nós ainda brincávamos na chuva

Nada a perder além de tudo que ganhamos

Refletindo agora como as coisas poderiam ter sido

Valeu a pena no final"

September - Chris Daughtry

Capitulo 1: A aluna nova

Eu estava saindo da minha velha camionete querida, com os meus jeans lavado predileto com quem eu passei tanta coisa; uma camiseta de manga comprida azul-marinho e um casaco pesado bege. E para finalizar minhas botas pretas sem salto (claro! Eu sou tão desastrada sem eles, com, eu vou ter visitas no cemitério...).

Olhei ao meu redor e respirei fundo "Eu consigo! É só uma nova escola! Vai ser fácil! Você não precisa aproximar de ninguém... Isso! Um pé na frente do outro! Sem tropeçar é claro! Não chame atenção! ' eu pensava comigo mesma. ' Claro! Como se fosse possível não chamar atenção em Forks! Uma cidadezinha de nada do tamanho de um ovo, onde todo mundo se conhece! Ainda mais você (não que eu tivesse algo de especial): Isabella Marie Swam, filha do chefe Swam que todos esperavam! Praticamente 'Missão Impossível 5!'" Bufei com o pensamento. Fui impossibilitada de progredir com a minha série de desgosto de Forks quando um garoto asiático me comprimento:

_Oi eu sou Bem, você deve ser Isabella...

_Bella. -eu disse apertando sua mão (como eu disse todos me conheciam).

_Hey, você precisa de ajuda para achar sua sala?- ele me perguntou educadamente.

_Não, mas obrigada por perguntar. Então tchau. -eu disse indo para a minha aula. Sim eu queria companhia, mas isso foi uma coisa que eu prometi para a mim mesma: não me aproximar de ninguém.

Na aula de inglês eu já sabia toda a matéria, mas sempre é bom relembrar. Nela eu conheci uma garota chamada Ângela. Ela era bem tímida, mas muito legal. Contornei a minha promessa com ela. Ela era uma pessoa muito boa.

Aula de matemática parecia que ia se arrestando! Conheci Jessica uma guria bem falsinha, que tem uma queda por Mike um loiro de olhos azuis que me deu muitas cantadas - e ruins- que eu quase que pedi para ele calar a boca.

Resumo: passei uma hora inteira com um olhar que poderia me matar!

Mas na matéria eu estava atualizada, mesmo ela sendo a que eu menos gostava. As aulas se passaram sem nenhum problema.

Na hora do almoço Ângela me pediu para eu ir me sentar com ela e seu grupo-que incluia Ben, Jessica, Mike um tal de Tayler que também dá em cima de mim e uma loura chamada Laurent bem patricinha-, mas eu disse que não iria comer e que queria ficar um pouco sozinha. Uma parte do motivo era que naquele grupo eu só gostava dele e de Ben.

Enquanto os alunos iam para o refeitório, eu ia para pátio (onde fica as mesas) que misteriosamente estavam secas, me sentei num banco e comecei a observar as pessoas passando. Em um lugar estava um casal feliz se abraçando e dizendo o quanto se amavam. Eles me lembravam eu e Mark, nós éramos exatamente assim... Sempre unidos... Nada iria desfazer nossos laços... Mas as coisas mudam. Balancei a cabeça como se isso fosse livrar as lembranças.

Depois passou duas meninas se abraçando dizendo como sentia falta de uma da outra e começaram a contar como passaram o verão.

Bateu-me um aperto no peito... Como deixei isso acontecer? Por que tinha que ser eu no volante? Por que tinha que estar chovendo? O que estávamos discutindo? Por que...? Senti uma lágrima quente descendo pela minha bochecha. Limpei rapidamente antes que alguém visse. Eu não iria desmoronar! Pelo menos não aqui...

Respirei fundo para tentar limpar minha mente, fracassando. Ao abrir os olhos um pouco inchados, minha visão foi tomada por uma linda cor dourada. Em uma fração de segundo me senti calma como não tinha ficado por muito tempo. Fiquei paralisada só olhando para aqueles lindos olhos que me encaravam de forma estranha.

Seria intriga? Ou raiva? Ele parecia estar tentando fazer um exercício muito difícil de matemática. Senti minhas bochechas queimarem e desci o olhar para ver o resto do dono daqueles fascinante olhar.

Ele tinha a pele muito palia-mais do que a minha-; lindos cabelos cor de bronze bagunçados que eu nunca tinha visto. O nariz perfeitamente reto. Os traços eram masculinos, mas delicados ao mesmo tempo. Ele era alto, forte, mas nem tanto. Vestia uma camiseta cinza uma com um casaco azul marinho que cai perfeitamente bem há ele. Uma calça jeans escuro e um tênis de marca.

Resumindo: ele era perfeito!

Ele me observava de forma admirada, o que fez minhas bochechas corarem. Para tirar o contrato visual peguei meu i-phod e o liguei. Fiquei zapiando por ele até achar uma música que por muito tempo eu não ouvi.

_Mark... -sussurrei. Era uma música que ele havia gravado para mim no meu aniversario. Ouvi sua linda voz que eu sentia tanta falta cantando a introdução de "I'm yours".

Senti um nó formar na minha garganta e soltei um soluço. Troquei rapidamente de música até chegar a "Clair de Lune" sendo perfeitamente tocada em piano. Era a minha preferida. Juntei minhas pernas ao peito e enrolei os braços nas pernas colocando a minha face sobre o joelho. Essa melodia sempre me acalmava. Fexei os olhos e deixei a melodia me levar até eu sentir pingos caírem em mim. Abri os olhos e percebi que a chuva tinha se intensificado.

Guardei calmamente o aparelho colocando novamente na bolsa e sai rumo ha escola.

Chegando ao prédio onde eu teria minha próxima aula, fui me arrastando para a sala 11.

Não que eu não goste de biologia- pelo ao contrario, essa era a minha aula preferida- é que eu não queria ver nenhuma aula hoje.

Cheguei e o professor Banner assinou minha autorização e me disse que tinha reservado um lugar especial para mim. Dei a ele um sorriso tímido. Ele se dirigiu até uma mesa onde estava ninguém, ninguém menos: O GAROTO DE CABELOS BRONZES!*_*

Senti minhas bochechas queimarem todo o trajeto até a mesa. "Por que eu tinha que ser tão branca? Eu devo estar vermelha agora!..." pensei comigo mesma.

Arrastando a bancada ao seu lado pegando uma caneta e um caderno para rascunhos.

_Olá eu Edward Cullen, você seria... -ele me perguntou com a voz aveludada me causando um arrepio na espinha.

_Er, Isabella Swam, mas me chame de Bella. -eu disse fazendo um esforço do outro mundo para não gaguejar.

Então você veio de onde Bella?-ele me perguntou e eu senti outro arrepio ao ele pronunciar o meu nome, era como música. Isso ta ficando estranho...

_Phoenix.

_Você não é muito pálida para vir de uma cidade de sol?-ele me perguntou com graça na voz. Fechei a cara de brincadeira. Ele ia começar a se desculpar, porém não contive a risada e disse:

_Calma, calma! Eu estava brincando!-eu disse erguendo as mãos na defensiva ainda sorrindo. Um sorriso torto brotou no canto de seus lábios (que lábios...). Senti meu coração aceleram. "Mas que diabos está acontecendo comigo? Primeiro os arrepios; segundo eu ri sem falsidade(algo muito raro há alguns meses atrás); e agora esse coração!..."-pensei

O professor me tirou dos meus pensamentos falando o que nós iríamos fazer ao longo do ano, coisas que os professores falam no primeiro dia de aula, sabe? Soltei um suspiro apoiando meus cotovelos na mesa e meu queixo na mão.

_Aula chata?-senti seu hálito frio com cheiro de menta roçar no meu pescoço. Os 3 sintomas aconteceram juntos. Esse vai ser um longo ano...

_Os professores com essas baboseiras do primeiro dia...

_Concordo. Eles falam muito e nós fazemos menos...

_Exatamente! Isso chega a irritar!

_Novamente concordo com vossa senhoria. -ele sussurrou com um sorriso. Retribui ele de jeito tímido.

A aula se passou sem falarmos mais nenhuma palavra. Ao bater o sinal dei uma olhada no meu horário e estremeci.

_Algo errado?-ele me perguntou preocupado.

_Educação Física.

_O que tem?

_Eu, movimento, esporte, bola, pessoas em volta... Como dizer...

Não nos damos muito bem...

_Qual é! Não pode ser tão ruim assim... -ele me disse quando estávamos passando pela soleira da porta.

_Você nunca me viu depois da aula para dizer. E é sim! Amanhã vou acordar com muitos roxos... discordei, fazendo bico. Eu parecia uma criança de 5 anos discutindo com os pais, mas eu não ligava eu me senti completamente a vontade com ele, como se eu pudesse contar com ele para tudo, ou contar dele sobre o meu passado, como se nos conhecíamos há anos ou até mesmo a nossa vida toda. Assustador...

_Você é muito branca, se alguém encostar em você deve ficar roxa.-ele argumentou. Fiz cara feia e olhei para ele.

_De novo com implicância com a minha pele?

_Desculpe, mas é inevitável... -disse ele rindo (lindo*_*). Acabei rindo também. -Bom é melhor eu ir indo, tchau Bella.

_Tchau Edward.- eu disse dando um aceno e indo para a temida aula.

Nessa maldita aula eu ganhei no mínimo 5 roxos jogando basquete. Pô, não é a minha culpa que o pessoal que joga tem quase 2 metros e tem coordenação motora!

Sai pelas portas duplas do ginásio e senti um vento frio bater em mim, instantaneamente me abracei. Como sentia falta do calor...

_Então caiu muito?-perguntou uma voz muito próxima do meu ouvido. Dei um pulo e escorreguei; mas antes de eu alcançar o chão, mãos fortes seguram na minha cintura.

Abri lentamente os olhos-que eu não tinha lembrado de fechar-e vi lindos olhos dourados me fitando de maneira preocupada. Eu podia sentir sua respiração em meu rosto. Se eu avançasse só um pouco eu colaria nossos lábios. Depois de muitos meses eu finalmente me senti viva de verdade.

_Você está bem?-ele me perguntou

_Si... Sim. -eu disse tentando me levantar mas ele me segurou mais firmemente.

_Tem certeza?

_Estou acostumada a levar tombos... -eu comentei. Ele foi me levantando lentamente me olhando nos olhos. Quando estava ereta, pensei que ele fosse me soltar, mas ele ficou me encarando e eu corei ao perceber que os nossos corpos estavam colados.

_Eu tenho que ir... -comente.

_Eu também... -disse ele sem soltar minha cintura.

_Tchau...

_Tchau... -disse ele sem se mover. Passaram-se alguns segundos e eu não queria que ele me soltasse nunca mais. Então ele exclamou:

_Ha... Desculpe-me... -disse soltando minha cintura e dando dois passos para traz. Pareceu que faltava um pedaço meu quando ele me solto

_Tudo bem... Então é melhor eu ir indo e obrigada por me segurar... Até amanhã?-perguntei tentando mudar de assunto, pois podia ver que ele estava desconfortável.

_Até. - disse ele andando para trás antes de dar um aceno-que eu retribuí-e fui para o estacionamento.

_Merda, merda, merda, merda... - eu fiquei resmungando baixinho até chegar ao carro. O QUE DIABOS ESTAVAM ACONTECENDO COMIGO HOJE? Entrei na camionete e liguei o som e joguei minha mochila no outro banco e me sentei no lugar do motorista, liguei o carro e em seguida o aquecedor deixando o ar quente entrar. Fui passando as estações de radio, mas nenhuma me agradava.

Abri o portas luvas e peguei o primeiro CD que eu vi. Coloquei na faixa desejada e comecei a cantar junto com Steven Tyler a linda letra de "Fallen Angels" do Aerosmith. Fui acelerando para fora do estacionamento, mas por algum motivo-desconhecido- eu procuro Edward.

Ele, lindo como sempre, estava conversando com um garoto GIGANTESCO, cabelos curtos e escuros, os olhos não consegui ver porque ele estava de costas.

O brutamonte estava com uma loira deslumbrante ao seu lado. Bem próximo havia um garoto loiro, igualmente lindo. Mas ninguém chega aos pés do meu Cullen...

PÊRAÍ! EU ACABEI DE CHAMAR EDWARD CULLEN DE MEU? Ou eu estou enlouquecendo ou essa cidade não está me fazendo bem... ou pior... OS DOIS! Ai meu Deus me salve!

Tudo bem, voltando... Esse estava abraçando uma garota muito baixinha de cabelos curtos e espetados com uma cara de fadinha por traz.

Eles são tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidos... EU TENHO CERTEZA QUE EU ESTOU COMPLETAMENTE LOUCA!

Pra não me distrair mais, rumei para casa com o som de guitarra ao fundo.