Simul Contre Tempore escrita por estherly


Capítulo 13
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!
Podem recomendar também!
Jacih, minha linda miguxa... Obrigada!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/213439/chapter/13

            Quando Hermione perdeu a consciência no lago, a última parte do corpo que parou de funcionar foi o canal auditivo e agora, no calor de uma manta, o canal auditivo era a primeira parte do corpo a voltar funcionar. Hermione não tinha forças para abrir os olhos, nem para mexer nos seus dedos pretos. Apenas respirava e ouvia. O que fez com que sua curiosidade grifinória aumentasse.

            - Por que está aqui? – era uma voz masculina... Draco.

            - Não lhe interessa. – resmungou uma mulher. A consciência, ainda gelada, de Hermione não conseguiu pensar em quem seria. – Não se esqueça da sua missão.

            - Eu sei das minhas! – exclamou Draco nervoso. Missões... Eram tantas que cada um tinha. – Agora vá, antes que ela acorde.

            - Ela sofreu hiportemia seu idiota. – exclamou a mulher. O canal auditivo pode ouvir a mulher se aproximar de Hermione e sussurrar no seu ouvido. – Simul contre tempore, minha Hermione. – e então, um estalar de dedos.

Ela ouviu passos se aproximarem dela e um calor depois. Em seguida, seu canal auditivo não funcionava mais.

~*~

Um pio.

Aquilo foi o suficiente para fazer Hermione recobrar seus cinco sentidos no mínimo. Olhou para cima. Uma lâmpada, apagada. Olhou para a sua frente. Uma cortina. A cortina branca isolava-a do corredor. Devia estar na enfermaria. Olhou para o lado direito, camas vazias. Olhou para o lado esquerdo. Draco.

- Draco... – murmurou Hermione, podia ter recobrado a fala, mas não tinha 100% de voz para falar como antes.

Novamente um pio.

Hermione olho para a coruja que estava na mesinha, ao lado da cama. A mesma coruja que vira antes. Na verdade... Essa coruja era branca. A outra era prata. Mas era idêntica... A coruja piou e aproximou a cabeça do braço de Hermione que estava na cama.

Ela virou o rosto e viu Draco com os dois braços dobrados apoiados na cama e o queixo em cima dele. A imagem de Draco lembrou rapidamente Hermione da cena do filme Titanic, onde Jack já está morto no mar. Engoliu em seco, Draco estava vivo, ao contrário de Jack.

- Draco... – murmurou Hermione sacudindo o braço de Draco. Viu o loiro esboçar uma feição de dor e olhou para o braço. A manga branca suja de sangue. O coração de Hermione disparou. – Draco! – exclamou Hermione. Draco abriu os braços e olhou para Hermione.

- Agápi! – exclamou ele abraçando-a. Hermione o apertou. – Merlin, você está bem? – perguntou Draco nervoso apertando as mãos enfaixadas de Hermione. – Merlin, isso é sangue? – perguntou Draco preocupado.

- Vindo de você. – disse ela nervosa. Draco olhou para o braço realçando o sangue na blusa branca e engoliu em seco. – O que foi que houve com você?

- Nada Hermione. – disse Draco conjurando uma atadura e enrolando no sangramento. – Como você está? – perguntou ele. – Fiquei tão preocupado.

- Eu... Foi horrível. – disse ela chorando. O corpo ainda doía.

- Shí... – acalmou Draco abraçando-a. – Já vai passar. Precisa ficar quente. Tome. – disse ele enrolando ela na capa dele. – Eu te devo meu presente de natal.

- Draco... – murmurou Hermione.

- Aqui. – disse ele esticando uma caixinha. Hermione desajeitadamente pegou a caixa, mas não conseguia enrolar, suas mãos estavam enfaixadas. – Tudo bem. – disse Draco rindo quando Hermione o olhou. – Eu abro. – disse ele tirando a tampa da caixa.

Os olhos de Hermione se arregalaram surpresos. Draco havia dado um colar com uma pedra vermelha em forma de coração para ela.

- É sangue de dragão. – disse ele colocando nela.

- Dragão? – perguntou Hermione analisando o colar.

- Sim. Simboliza a força, coragem, respeito, tudo o que eu quero ser com você.

- Eu te amo Draco. – disse Hermione olhando nos olhos dele. Draco sorriu.

- Eu também te amo. – disse ele se aproximando dela.

Mas a coruja piou novamente, dessa vez como um aviso.

- Não empurre Harry! - a voz Lilith soou na ala hospitalar. Hermione e Draco ficaram procurando-a.

Do nada, Harry e Lilith saíram do nada, estavam embaixo da capa de invisibilidade.

- Mione! – exclamou Harry indo abraçar a amiga. – Como você está? Fiquei tão preocupado. Está quente?

- Estou bem Harry. – disse Hermione se encostando nas almofadas.

- Oi Hermione. – disse Lilith sorrindo para a amiga.

- Oi Lily. – disse Hermione sorrindo e olhando para as mãos enfaixadas.

Um clima tenso havia aparecido. Hermione queria gritar com Lilith e perguntar se a menina queria mata-la. Se a tornozeleira a seguiria para a morte.

- Lilith. – chamou Hermione firme. Lilith apenas ergueu o olhar. Sabia o que Hermione queria conversar.

A coruja piou. A cabeça ainda encostada no braço de Hermione.

- A sua tornozeleira... – começou Hermione nervosa. – Ela... Eu estava no meio da batalha e Draco me empurrou. – disse Hermione olhando para Draco que desviou o olhar. Lilith e Harry escutavam tudo a tentos. – E eu corri, a tornozeleira me guiou.

- Mione... – murmurou Harry nervoso. Lilith fez um movimento com a mão, pedindo silêncio da parte de Harry. Draco ficava atento a tudo.

- Continue Hermione. – pediu Lilith. Hermione suspirou e ouviu um pio da coruja branca, como um encorajamento.

- E a tornozeleira me guiou até um lago. – disse Hermione se aconchegando nas cobertas e na capa de Draco. – O lago estava congelado. E eu estranhei por que ela me guiou até ali. E eu ouvi um barulho.

- Como assim? – perguntou Draco confuso.

- Tipo quando alguém pisa nas folhas. Mas foi muito rápido e baixinho. Eu posso até mesmo ter confundido com o vento. – disse Hermione dando os ombros. – E o gelo quebrou debaixo de mim. Eu cai num círculo, como se tivessem projetado um circulo perfeitamente arredondado para que eu caísse. E... Eu estava me afogando e eu não sentia meu corpo...

- Hipotermia. – disse Lilith.

- Hipo o que? – perguntou Harry.

- Hipotermia é quando uma pessoa tem a temperatura mais baixa que 35°C. No caso da Hermione foi uma hipotermia aguda, a mais perigosa. Aguda por que a queda de temperatura é brusca, em questão de minutos ou segundos. O que foi o caso da Hermione. Por isso os dedos estão enfaixados. – explicou Lilith. – Você não viu seus dedos escuros? – perguntou ela.

- Vi sim. – disse Hermione. Lilith deu ombros como dizendo “então” e deixou Hermione voltar a contar a história. – E quando eu estava perdendo a consciência eu vi uma luz.

- Não me diga que você pensou em ir para a luz? – disse Lilith cruzando os braços.

- Não esse tipo de luz. – respondeu Hermione. – Um patrono. – disse Hermione. Draco e Lilith se entreolharam nervosos, mas nem Harry nem Hermione perceberam isso. – Era uma coruja. E a coruja nadava maravilhosamente... – disse Hermione lembrando da visão da coruja “voando na água”.

Um pio da coruja branca.

- E ela me envolveu nas asas... – contou Hermione se lembrando. Draco olhou para a coruja branca que mantinha o rosto na cintura de Hermione. – E eu me senti bem, quentinha, confortável... Ouvi um barulho de bolhas...

- Fui eu. – resmungou Draco. Hermione sorriu para ele.

- E depois uma frase... Simul contre tempore, Hermione. – contou Hermione. Lilith e Draco se entreolharam. – Eu queria saber... O que seria essa coruja prata que me envolveu? – perguntou Hermione olhando para todos e parando um tempo em Lilith.

- Era uma pessoa. – disse Lilith confiante. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!!
Próximo capítulo...
"- Está comigo por que me ama, ou por causa da Weasley? perguntou Lilith direta.
Harry engoliu em seco. Não havia parado para pensar naquilo. Eles... Simplesmente estavam juntos. Olhou para Lilith, paciente, esperando uma resposta. Engoliu em seco. Qual seria a resposta certa a responder? "