City Of Evil escrita por a fool, GlauMsq


Capítulo 1
Um Estranho


Notas iniciais do capítulo

Gente, aí vai o primeiro capítulo! Por favor, GOSTEM e se puderem COMENTEM. Muito obrigada!



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Havia sido um dia comum, como qualquer outro. Fiz todas as coisas do meu cotidiano perfeitamente, então o que pode ter acontecido? Não me lembro onde foi que eu errei. Aquela noite, aquela última noite, coloquei meus filhos para dormir, contei a história preferida deles e comecei minha pesquisa sobre um experimento de uma empresa, que queria descobrir uma fórmula para curar uma doença.

Eles disseram que certa substância faria bem se misturada com outra, mas eles não achavam nenhuma das duas. E eu tinha um estoque daquilo guardado! Já pensou quanta grana você pode ganhar, ajudando alguém dessa forma? Então, mandei um e-mail para eles, e queria ver se já haviam respondido. Já fazia três dias, e nada. Mas era assim mesmo, eles deviam estar ocupados.

Passei parte da madrugada fazendo pesquisas, quando ouvi um barulho estranho vindo da cozinha. Era de vidro se quebrando, e o baque me assustou.

- Mary, querida, é você? O que houve? – naturalmente, pensei que fosse minha filha mais nova, que era meio desastrada.

Ouvi algo como uma respiração, meio que um sussurro. Pensei que minha filha estivesse querendo fazer alguma brincadeira comigo. Sorri.

- Filha, está ficando tarde. Vamos, eu vou te ajudar a limpar isso. – falei.

Entrei na cozinha, meio sonolento, e vi que minha filha não estava lá. Me deparei com uma criatura totalmente diferente do que eu já havia visto em toda a minha vida. Não era como um animal, mas também não parecia uma pessoa. Ele (ou ela, não sei definir) estava de quatro na minha cozinha. Havia um copo quebrado, o vinho quase vermelho sangue espalhado por todo o chão. Não fazia ideia de quem era aquela “pessoa”, nem de como ela tinha entrado em minha casa.

Bom, como fiquei acordado, devo ter esquecido a porta aberta, pensei.

- Olá, desculpe-me a indiscrição, mas o que está fazendo aqui? – perguntei, tentando ser educado, mas estava receoso e apreensivo.

- Hmmmm. – Aquela “coisa” só gemia, fazia um barulho estranho, como se estivesse babando.

- Olha, acho que você deve estar meio “bêbado”, se me permite dizer. – eu disse, começando a me assustar. – Me diga seu nome, eu vou lhe levar pra casa, se quiser.

- Hmmm. – Mas ele só gemia. Então, de repente, ele fez o que eu menos esperava. Começou a vir em minha direção, com as mãos estendidas, e foi só aí que percebi que seu rosto estava coberto de algo que parecia ser sangue. Ele caminhava lentamente (tive o cuidado de não me aproximar muito), e então, lançou-se contra mim, como se quisesse me agarrar.

Eu não sabia o que fazer, não sabia o que pensar, e dei um chute e vários socos para tentar me livrar daquela criatura. Ele continuou lutando.

- EI, CALMA! O que está fazendo? – eu dizia, assustado.

Não sei como, mas ninguém na casa me ouviu. Comecei a ficar preocupado. Me afastei do maníaco, que estava no chão, e me virei para tentar pensar melhor. Quando tudo pareceu calmo demais, me virei para tentar conversar com ele.

- Vamos conversar com calma? Qual o seu nome, e o que você quer? – eu disse, nervoso.

Quando me virei, ele estava bem atrás de mim, e mesmo parecendo ser uma coisa improvável, ele tentou me morder! O maldito tentou mesmo me morder! Peguei a primeira arma que vi pela frente, uma faca de serra, enfrentei o medo, e somente o cortei. Ele recuou, mas depois de um minuto, começou a correr em minha direção, novamente. Eu já estava com mais prática, e o feri mais gravemente.

Qual é a desse cara afinal?

Sendo assim, continuamos com aquele vai-e-vem, até que ele caiu. Achei que tinha desmaiado, ele era fraco demais. O problema tinha sido o medo, muito medo. E o fato de não ter entendido o que tinha acontecido, aliás, ainda não entendi. Sendo assim, comecei a perceber o terror daquela situação. Havia um homem “morto” na minha cozinha, eu estava com a arma do crime na mão, havia vinho espalhado, tudo estava uma bagunça.

Que diabos aconteceu aqui?

Saí daquele lugar, deixei a “arma” lá, e saí de casa. Tudo estava escuro e frio demais. Olhei o relógio de parede, e vi que eram quase 6h da manhã... Mas tudo estava escuro como breu. Decidi esperar alguém acordar, assim decidiríamos o que fazer. Não, pense melhor, seu idiota, pensei. Se alguém acordar e ver o cadáver, vão te chamar de assassino. Tenho que esconder o corpo. Credo, isso é ocultação de cadáver!

Peguei aquele corpo horrível, coloquei no carro, junto com a faca, os cacos e o tapete sujo de vinho. Situações assim pedem medidas assim! Foi ele que me agrediu, ele tentou me matar! Levei o corpo para o rio mais próximo, perto de uma floresta que acampamos uma vez. Joguei o corpo no rio, tive cautela, nem sabia quem era aquele pobre cidadão.

Meu Deus, me perdoe. Sei que isso é frio demais. Não estou entendendo o que está acontecendo. Perdoe-me.

Então, um barulho me distraiu, interrompendo minhas preces. Algo se movia na floresta, era algo lento, cauteloso, talvez. Fiquei alerta. Era uma mulher; não vi seu rosto, ela estava distante.

- Olá? – chamei.

Não responderam nada. Não tenho certeza se foi minha imaginação, mas poderia jurar que nesse exato momento, eu ouvi o mesmo gemido de antes. Sendo assim, esperei. Ela veio em minha direção, e usava um jaleco de médico por baixo de roupas comuns. Era loira, e devia ter sido muito bonita, mas agora seu rosto estava coberto de sangue. Isso eu tinha certeza, seu cheiro era de sangue, muito forte.

- Ah, mas que droga é essa? – gritei para ela.

Ela veio quase correndo em minha direção, gemendo. Percebi que tinha algo de muito errado ali. A mulher também havia tentado me morder, e dessa vez eu fugi. Peguei o carro, a estrada não estava tão longe da floresta que escondia aquele maldito rio, e eu corri.

Quando cheguei em casa, ninguém havia acordado. Estava cedo. Entrei no quarto e percebi que minha esposa não estava lá.

- Christie? – chamei por seu nome, mas somente o silêncio respondeu.

Corri para o quarto de meus filhos. Nem um dos dois estava lá.

Tem algo de muito errado aqui. Primeiro duas pessoas maníacas tentam me matar no mesmo dia, e agora minha família sumiu.


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Notas finais do capítulo

Acho que vou postar o outro amanhã. Obrigada!!



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