O Coração de um Caçador escrita por Joanna


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Heey, obrigada ao Naruto Potter por sugerir caps com mais conteúdos, e uma pergunta: é impressão só minha ou a história está perdendo a qualidade conforme vai passando? Porque né, esse cap eu revisei e ficou uma merda. Deixem reviews sugerindo melhoras :3



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O hino da Capital então toca e eu repasso o que aprendi hoje com os tributos:

Canward é muito leal e acaba de descobrir um segredo de Cato. Cato e Clove têm alguma relação antiga, talvez de amizade mas que Cato levou mais a sério. Finch têm um lindo corpo que não reparei antes e me arrependo por isso. Wade não irá sobreviver e agora deve xingar cada partícula da Capital. Thresh é bem parado e não gosta de se mover, mas ganha peso á cada dia. Rue mexe com ervas, Katniss vai ganhar e Peeta irá sofrer.

Na escola, o assunto teleguiadas é remoído e dissecado. O rosto de Glimmer não é mais o foco, e sim a perícia da Capital ao construir algo que derrube até mesmo Cato, o mais forte. Admito que o corpo de Finch é, também, um assunto bem comentado. Isso irá render algum patrocínio e, caso Katniss não vença, grandes dores de cabeça durante o Tour da Vitória.

Penso no momento em que Katniss acordar, também passará por comentários desse tipo, já que uma hora ela irá que tirar as roupas e tomar um banho. Até onde eu vi, ela deitou na fonte que encontrou, fora isso nada.

Passo pelo cerca com um pequeno Rory ao meu lado e vamos á caça. Talvez eu tenho dito algo como ‘Muito bom, Catnip’ quando ele acertou seu primeiro esquilo, mas ele resolveu ignorar meu comentário.

Arrasto-o até embaixo de uma árvore com umas frutinhas alaranjadas do tamanho de minha unha. Ele enche os bolsos e a cesta que carrego e desce da árvore, com a mesma velocidade do pobre esquilo na minha bolsa. É por isso que sentia falta de Katniss. Um parceiro é sempre útil.

Estendo uma rede no lago com a ajuda de Rory, e ele dá a ideia de procurar por ervas. Prim poderia estar interessada. E saímos nós dois procurando pelas ervas mais pedidas. Os ferimentos na Costura são sempre os mesmos: Causados por explosões nas minas. Então, algumas ervas para ajudar na respiração, para fraturas e queimaduras. E é com os bolsos cheios de ervas, volto para o lago recolher minha rede e checar minhas armadilhas.

Em um dia, volto a ter o que conseguia com parceria. Dois coelhos, um esquilo, um castor desajeitado que se prendeu na rede, cinco peixes e ervas.

O Prego é um lugar perigoso. Tenho de admitir, de não fosse respeitado por lá já teria levado uma surra por ser tão debochado. Alguns pacificadores não querem comprar nada, querem ver o que você vende, se caça na floresta e como caça, para depois te revistarem e te prenderem, se não forem com a sua cara. Ficam todos no canto do Prego, observando: 

- Para eles, - sussurro á Rory – nunca tem carne. Só ervas, plantas e frutas. Você não sabe mexer no arco, certo?

- Certo.

- Para ela, todos os cachorros selvagens e suas melhores verduras - aponto Greasy Sae no canto. – Ela garante os cães e você deve tratá-la bem.

- E aquele ali? – Diz Rory inocentemente apontando para Darius.

- Todas as piadas sobre loiras e amoras que você encontrar.

Nós dois rimos e vendo todos os peixes a Darius, escondido de Rory, já que estou privilegiando-o por patrocinar Catnip. Greasy compra metade das frutinhas laranja e vendo um coelho á Rooba, na porta do açougue. Penso em vender o esquilo na padaria, mas como levarei o castor para casa, elas ficaram na desvantagem.

Deixei Rory levar a caça, as ervas e todo o seu amor para Primrose Everdeen. Ao chegar em casa, minha mãe está preocupada e pergunta por Rory, estendo as frutas em resposta. Ela pega algumas e entrega á Posy enquanto prepara o castor.

Deito no sofá e coloco os pés em Vick. Ele retira minhas botas e joga por cima de mim, portanto começamos uma perseguição de pouca mentalidade pela casa. Posy tenta acompanhar com as mãos cheias de comida e saímos até o jardim, mesmo quando o Sol já se põe, para brincarmos como se eu fosse uma criança, que eu achei que havia perdido em mim.

Quando a pequena começa a bocejar, sabemos que Rory irá “oferecer solidariedade” a Prim e voltamos para casa. Posy vai se deitar, mas eu suspeito que ela assiste tudo no telão, já que a claridade sempre ilumina o quarto que ela dorme. Mas espero que isso não aconteça, já que hoje algum tributo pode ter acordado. 

Cato se levanta e passa as mãos pelo rosto, onde uma abelha deixou um ferrão abaixo dos olhos. A infecção está bem melhor e o tributo do 3 foi buscar água.

- Clove.

- Cato. – A baixinha sussurra. Parece que ela já deveria ter acordado, já que recebeu mais remédio do que todos os outros. Marvel não recebeu tanto, já que o remédio é patrocínio do 2. – Cadê o Conquistador?

- Deve ter morrido, Clove. Eu mesmo enfiei a lança nele e se não estiver morto, está quase.

- E a garota em chamas? Fugiu?

- Fugiu. Mas depois a gente a encontra e volta para casa. Aquele idiota do 3 finalmente achou uma utilidade quando veio nos procurar.

- Tem uma coisa nas minhas picadas, eu acho que é remédio. Ele deve ter se mantido ocupado.

- Em agradecimento, vamos fingir que sabemos o seu nome. – Clove ri e se aninha nos braços do outro carreirista, enquanto Canward volta.

O remédio de Rue, apesar de eficaz, não é bom o bastante para competir com a Capital. Katniss sua frio e o pus de suas picadas não para de escorrer. A pequena mastiga mais folhas e coloca nos ferimentos, massageando. Assim como Prim, ela daria uma ótima enfermeira. O incêndio não trouxe nada para Katniss; Parte de sua trança foi queimada e queimaduras estão por toda parte, assim como Rue, com algumas queimaduras. Assim que Catnip acordar sei que Rue terá o melhor tratamento médico possível, tão bom quanto o que ela proporciona.

Três horas da tarde. Todos os carreiristas estão de pé e Clove, por ser menor e não precisar de muito veneno para fazer estrago, com crises de vômito constantes. Cato aguenta com estômago forte e segura o cabelo da “amiga”. Marvel está diferente. Antes participativo e com um sorriso no rosto, agora olha para o Sol forte incansavelmente. Os seus olhos parecem não se incomodar e a falta da sua companheira de distrito deve afetá-lo. Depois que Cato mostrava o quanto gostava de Glim e corria em direção a Clove, os dois conversavam como conhecidos. E uma tarde eu o vi colocando uma flor no seu cabelo, que no Sol era ainda mais bonito, queimava todos ao redor, com os cachos pendendo no rosto e balançando, mesmo presos. Deve ser disso que ele sente falta. O cabelo loiro da carreirista, ofuscando sua visão assim como o sol forte faz agora.

Ainda durante a tarde, Katniss ameaça abrir os olhos e Rue sai em disparada para se esconder. Katniss levanta os olhos e fica deitada, em posição fetal, por longos cinco minutos. Por fim levanta e limita-se a beber alguns goles de água observando um besouro, que na verdade é a câmera que está focando-a. Algumas cenas dela se debatendo voltam, e uma chama a atenção, com foco em uma única palavra dita:

- Peeta.

A cena volta a Katniss e ela se sobressalta em um instante para observar o seu arco, passando os dedos por ele como se valesse ouro – o que, nesse momento, é verdade – e contando suas flechas. Doze com a da árvore, cheias de sangue seco. Glimmer não tinha o menor cuidado com as armas que um verdadeiro carreirista tem. Clove dorme com as facas na mão. Marvel dá mais banhos na lança do que em si próprio e Cato gira a espada em mãos sempre que pode – ou que Clove está olhando – Katniss levanta e mira em uma árvore a dez metros de distância. Bem no meio. Atira novamente. Acerta no meio. Agora Katniss não precisa mais fugir. A sua única real oponente agora é Clove. Com suas facas ágeis e fáceis de esconder, ela seria um problema. Mas Cato e Marvel são fáceis de acertar e, pelos meus cálculos, uma espada demora bem mais do que uma flecha para atingir seu alvo.

Ela caminha durante uma hora, até encontrar o mesmo riacho que Rue usou para tratá-la. Retira as roupas e entra na água, a vermelhidão toma conta do meu rosto ao saber que meus pensamentos se tornarão realidade. Ao invés de Finch, ela entra na água até o pescoço e fica parada, esperando a fuligem, o sangue e a terra se esvaírem de seu corpo. Depois, ela se senta á margem do rio e desembaraça os seus cabelos e pendura as roupas em arbustos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Está decadente, mas eu estou me esforçando bastante para manter a qualidade dos capítulos. Deixem reviews com sugestões. Kisses from District 7.