O Coração de um Caçador escrita por Joanna
Notas iniciais do capítulo
Essa é minha primeira fic, tenham pena na hora de comentar. Eu não sei se existe qualquer história igual, se tiver avisem por favor.
Eu acordo e vejo minha mãe dormindo com minha irmãzinha, e meus outros dois irmãos. Saio silenciosamente após me vestir e vou até a floresta checar as minhas armadilhas. Quero fazer uma surpresa para Katniss.
Encontro um esquilo gordo e vou até a padaria, onde encontro um homem loiro de olhos azuis, de meia idade e meio gordinho, o padeiro. Aprendi com Katniss que ele tem interesse particular pelos esquilos. Mesmo de manhã a essa hora, vejo o seu filho mais novo enfeitando bolos. Como se alguém tivesse dinheiro para comprar. Não sei o nome dele, mas já o vi olhando para Katniss e isso me incomoda. Troco o esquilo por um pão com algumas nozes e bem quente. Ele me deseja boa sorte e eu saio.
Vou até o buraco na cerca perto da padaria e caminho até nosso ponto de encontro. Ao vê-la caminhando, espeto uma flecha no pão.
– Oi, Catnip. Olha só o que abati. - Mostro o pão e ela ri ao pegá-lo. Ela retira a flecha e cheira o pão.
– Mmm, ainda está quentinho. Quanto custou?
– Um esquilo apenas. Acho que o velho estava sentimental hoje de manhã. Até me desejou boa sorte.
– Bem, todos nós nos sentimos mais próximos uns dos outros hoje, não é? Prim deixou um queijo para nós. - Ela diz enquanto tira um pedaço de queijo de cabra da mochila.
– Obrigado, Prim. Vamos ter um verdadeiro banquete! Quase me esqueci, Feliz Jogos Vorazes! - Eu digo, imitando uma mulher da Capital chamada Effie Trinket, que como todos de lá, possuem uma voz cantada e sibilam o S feito cobras. Ela vem no Dia da Colheita para sortear as crianças a serem mortas. Pego uma amora e jogo para Catnip - E que a sorte...
– Esteja sempre com você! - Ela responde e paga a amora com a boca.
Pego a faca e corto o pão e o quijo em fatias iguais, dividindo uma folha de manjericão para cada fatia.
– A gente teria como fazer isso, sabe - Digo.
– O quê?
– Sair do Distrito. Fugir daqui. Viver na floresta. Você e eu, a gente conseguiria.
Me arrependo de ter dito isso assim que terminei. O rosto dela dizia que eu havia dito um absurdo.
– Se a gente não tivesse tantas crianças. - Completo.
– Eu jamais vou querer ter flhos.
– Talvez eu tivesse, se não morasse aqui. - E se você fosse a mãe deles, penso.
– Mas você mora - Ela diz.
– Esquece isso.
Ter filhos é uma opção se você não é do Distrito 12. Ver aquelas crianças morrendo de fome e ter que caçar todos os dias para alimentar meus irmãos torna viver na floresta uma opção desesperada. Eu não me imagino arrastanto minha mãe, meus irmãos e minha irmã para a floresta.
– O que você quer fazer? - Ela quebra o silêncio - Podemos caçar, pescar ou colher.
Eu penso por um instante e respondo:
– Vamos pescar no lago. Nós podemos deixar as varas e fazer uma coleta na floresta. Pegar alguma coisa para hoje a noite.
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