– EU NÃO AGUENTO MAIS LILIAN – gritava minha mãe fora de meu quarto.

– VAI EMBORA – gritei.

– VOCÊ VAI ME OUVIR SUA GAROTA INGRATA, O MUNDO NÃO GIRA EM TORNO DE VOCÊ SUA DROGADA, ESTÁ AGINDO GROSSEIRAMENTE, HOJE E SEU ANIVERSARIO, DEVIA ESTAR FELIZ..

E ela continuava a gritar insultos. Eu prendi meus cabelos e me tranquei em meu banheiro chorando. Hoje era o meu aniversario, mas eu estou feliz? Não. Faz tempo que não estou feliz.

E assim desde que meus melhores amigos me abandonaram me abandonaram mesmo, eu estou no meu 2º ano do ensino médio, e desde o 1º, eles me deixaram de lado, nem todos, apenas Remus fala comigo hoje, eu sinto saudades de nossas brincadeiras, mas não e mais assim.

Quando entramos no ensino médio, Marlene McKinnon virou a ‘a gata da escola’ se acha boa o bastante para os outros, mas mesmo assim e gente boa, e namora Sirius Black, o cara que eu sempre contava tudo, agora e jogador de futebol, ele e meu vizinho ainda, a janela dele e praticamente do lado da minha, as vezes ele me vê chorar, mas eu saio de lá. Dorcas a ‘A Jornalista gostosa’ ela tem um estilo lindo e como Lene se acha superior aos outros, mas também eu sei que tem um ótimo coração, e James Potter, o cara que eu sempre amei, e antes do ensino médio, nos namoravamos, ele sempre era atencioso, sempre dizendo que me amava, cuidava de mim, e no ensino médio, ele virou o pegador de Hogwarts High School e jogador de futebol. Já Remus, ele ainda e meu amigo, e jogador de também jogador de futubol, e muito inteligente, o único que fala comigo.

Continuo chorando, soluçando forte, e me agarrando a mim mesma, olhos para gaveta e paro de chorar, abro a gaveta e pego a lamina que tinha lá, puxo minha manga, e corto meu pulso esquerdo, quando eu estava acabando de cortar o direito minha mãe estava entrando no banheiro chorando.

– Me desculpa filha, eu não... LILIAN – gritou ela tirando a lamina de minha mão, ela me olhou indignada, eu comecei a chorar e a abracei.

– Desculpa mamãe – peço em agarrando a ela.

– Tudo bem filha, tudo vai ficar bem – dizia minha mãe fazendo carinho em meus cabelos.

– Ta doendo mãe – digo, e ela me olha.

– Aonde meu amor? – perguntou ela.

– Aqui – digo apontando para meu coração.

– Eu sei, eu sei que dói, mas você vai superar – disse ela e eu funguei.

– Eu preciso sair – digo e saio correndo.

– LILY – ouvi minha mãe gritar, mas já estava abrindo meu carro, entrei nele, e dei partida, parei na avenida no sinal, puxei as mangas de minha blusa pra esconder o sangue e o pulso cortado. O sinal abriu, e eu dirigi sem paradas até a praia, tinha um pessoal fazendo fogueira ali, mas não em importei, corri por lá, e entrei, em meio das pedras, onde tem uma gruta azul, e a nossa gruta, nos seis sempre víamos aqui, era quase todo dia. Me sentei na pedra abracei meus joelho e comecei a chorar. Meu celular começou a tocar, estava no bolso de trás de minha calça, pra mim pegar levantei, eu olhei a tela, era Remus, não conseguia atender, a dor era imensa, então eu apertei o botão de desligar e o coloquei no bolso de minha camisa, e voltei a chorar, mas ai eu me senti ficar tonta, tudo rodar, minha perna perdeu as forças e eu cai na pedra, e tudo escureceu.