Para os dois aquela madrugada podia não ter fim, os lábios macios do Jaejoong passeavam por toda a pela da menina que a essa altura já estava nua debaixo do cobertor fino, não sentia frio, pelo contrario, o corpo do Jaejoong a aquecia, Jéssica se sentia cansada e relaxada ao mesmo tempo ao sentir os braços fortes do rapaz a abraçando e protegendo, enquanto seus lábios depositavam beijos doces e molhados em todo seu corpo.

Jéssica respirava ofegante enquanto Jaejoong descia os beijos pelos seios e barriga da menina.

_Jaejoong – ela gemeu, fazendo o menino sorrir excitado.

Jaejoong foi até o ouvido da menina e disse:

_Jéssica, eu não quero te machucar, indo rápido demais.

_Faça – a menina disse, abraçando ele – eu quero ter somente a lembrança desse momento essa noite.

Jaejoong sorriu ternamente mirando o rosto de Jéssica, como era linda e indefesa; ele então depositou um beijo em sua testa e bem devagar introduziu sem membro na garota, Jéssica soltava gemidos que eram abafados pela boca do menino que insistia em continuar beijando a sua.

Ambos sentiam muito prazer, seus corpos estavam em perfeita sintonia, a excitação e o desejo se misturavam com os sentimentos que acabavam de nascer e se tornavam cada vez mais fortes. Logo estava amanhecendo, Jéssica havia dormido, mas Jaejoong continuava acordado, olhando pro teto enquanto a abraçava, mantendo a menina abraçada a si, uma vez ou outra ele a olhava e passava a mão em seu rosto bem de leve, a menina tinha um sorriso nos lábios, com certeza estava feliz, afinal aquela tinha sido sua primeira noite de amor de verdade.

Era 9:00hrs quando ela acordou, dessa vez quem estava dormindo era Jaejoong. Jéssica levanto bem devagar para não acorda-lo, se vestiu e se sentou na beira da cama para observar Jaejoong, aquele menino que tinha tomado o coração dela completamente, ficou admirando ele durante uns cinco minutos, depois disso ela riu de si mesma ao lembrar do que tinha acontecido, decidiu levantar para preparar um café, e enquanto ela mexia na cozinha Jaejoong acordou.

Ele levantou um pouco tonto, e sentou na cama enquanto bocejava e bagunçava o cabelo, quando abriu finalmente os olhos se deparou com a Jéssica olhando pra ele do fogão, seu sorriso era tão radiante, com certeza não parecia o sorriso de uma menina sofredora.

_Bom dia. – ela disse, um pouco sem graça.

_Bom dia – ele retribuiu, com um sorriso apaixonante.

_Eu ... – ela disse – eu estou preparando o café, já já e – ele fica pronto.

Jéssica estava realmente muito nervosa, nem o encarava direito.

_Tudo bem – ele disse – mas sabe Jéssica, no momento eu estou mais interessando em saber o que aconteceu naquele bar ontem?

_Sobre aquele homem? – ela perguntou e ele fez que sim com a cabeça, Jéssica então foi até a cama e se sentou do lado dele – Tudo bem, eu vou te contar.

Jaejoong se endireitou na cama para ouvir o que a menina tinha a dizer, e ela começou a falar:

_Sabe, esse homem, ele já tinha oferecido dinheiro por mim a muito tempo atrás, mas Takuya-Kun sabia que eu não queria fazer esse tipo de trabalho, e como ele não é uma pessoa ruim ele recusou. Mas dessa vez esse homem ofereceu uma grande quantia em dinheiro e ... – ela abaixou a cabeça – você já sabe.

Ficou um silencio no ar, um silencio de aproximadamente 10 segundos, Jaejoong percebeu o quão duro e delicado aquele assunto era, ele então a abraçou, abraçou bem forte a Jéssica que logo arregalou os olhos surpreendida.

_Não quero que você trabalhe mais lá, não importa se o seu patrão é uma boa pessoa ou não, eu não quero mais você nessa situação e ... – olhou pra ela – eu vou te levar de volta pra Coréia, o mais rápido possível.

_Para a Coréia, de uma hora pra outra? – ela pergunta.

Jae faz que sim com a cabeça, e segura o rosto dele com suas mãos enquanto sorria, ele parecia estar encantado com ela, tanto que a beijou, beijo esse que foi logo correspondido, o coração inseguro de Jéssica estava se tornando cada vez mais forte, junto ao Jaejoong ela se sentia mais segura do que nunca.

A tarde os dois foram até a casa do Senhor Takuya, Sakura bateu na porta e Jaejoong se mantinha ao lado dela, o menino usava um óculos escuro e uma boina azul marinho, estava muito sério, Takuya-kun abriu a porta e disse:

_Jéssica-chan? O que quer? – olhou pro Jaejoong – Quem é esse menino?

_Takuya-Kun eu vim receber por ontem, e também, pedir a minha demissão.

Takuya convidou os dois pra entrar, não era realmente uma pessoa muito ruim, compreendia perfeitamente os motivos dela, convidou os dois para entrar, Jaejoong aproveitou para pedir desculpas sobre o acontecido, o homem aceitou após ouvir toda a história que Jéssica fez questão de contar, omitindo a parte do Jaejoong fazer parte da máfia e enquanto os dois esperavam sentados no sofá ele foi pegar o dinheiro da menina.

Desceu e entregou a quantia combinada a Jéssica:

_Tem certeza disso? – ele perguntou.

_Sim – Jéssica respondeu confiante – os dois se despediram e a menina realçou mais uma vez sua gratidão pela ajuda de Takuya.

Jéssica e Jaejoong voltaram para a casa da menina, e muito feliz Jéssica se joga na cama, sem acreditar no que estava acontecendo, enquanto isso Jaejoong encosta na parede sorridente, a observando.

_Está muito feliz? – ele pergunta.

_É lógico que sim – ela diz, se sentando e sorrindo – não da nem pra acreditar.

_Hm .. pois é, eu também fico feliz de estar voltando pra casa, ainda mais por estar ajudando você.

_Hm sabe Jaejoong ... – Jéssica diminui o sorriso ao se lembrar do porque o menino tinha ido pro Japão, mas falar sobre a Tifanny agora poderia destruir completamente os seus sonhos, mas será que ele tinha realmente esquecido a menina? Jéssica sabia que estava sendo egoísta mas não queria perde-lo.

_Fala – ele disse.

_Eu – sorriu sem graça – eu acho que estou realmente apaixonada por você.

Um sorriso involuntário surgiu nos lábios do Jae.

_É? – ele disse – Não se apaixone Jéssica, eu não sou um cara muito legal.

Mantinha o sorriso no rosto, na verdade estava muito feliz com a declaração da garota, mas não queria admitir que também sentia algo a mais por ela.

_Vou comprar as nossas passagens, vamos amanhã. – ele disse.

Jéssica concordou e disse que ficaria arrumando suas coisas pra viajem enquanto o Jaejoong foi comprar as passagens, estava disfarçado e usava documentos falsos, tudo isso para prevenir ser pego.

Jaejoong sai de casa mas ao invés de ir para a rodoviária desvia o caminho entrando em um beco escuro, conhecia bem o lugar pois andava calmamente por lá, parou em frente a uma porta de ferro e bateu nela umas três vezes. Um homem todo forte, careca e meio mal humorado atendeu e deixou o menino entrar, Jae entrou tranquilamente e foi caminhando em um corredor escuro, chegou em uma sala onde teve passe livre também, nessa sala tinha algumas poltronas, uma TV LCD de alta qualidade, uns móveis muito bonitos, um mini bar, várias mesas com diversos jogos e no centro uma mesa simples de escritório onde um homem muito bem vestido e sério assinava alguns papéis.

Jaejoong senta em frente a ele e ri.

_Ta rindo do que caçula – o homem pergunta encarando Jaejoong.

_Não, me perdoa Hyung, mas é que essa cara de mal não combina com você, sério.

_Ha ha ha, que engraçadinho.

O Tal homem era um dos irmãos mais velho de Jaejoong, se chamava Leeteuk e era responsável pelos negócios da família no Japão, desde o dia que chegou no pais Jaejoong contava com a ajuda dele, sem que seu pai soubesse, mas Leeteuk não deixou o menino ficar com ele pois seria muito arriscado os dois andando juntos.

_O que você quer? – Leeteuk perguntou.

_Preciso de dinheiro, vou voltar para a Coréia.

_Para Coréia? Não acha muito arriscado? Com policiais atrás do papai e você também sendo procurado, qualquer policial te conhece. Porque você acha que eu fico escondido aqui?

_Eu sei, mas tenho documentos falsos, e nossa Hyung por favor, eu preciso voltar pra Coréia, hm ... eu nunca te pedi nada, por favor ... – Jaejoong fazia cara de bebê pidão, era quase irresistível, mas Leeteuk preferia não olhar muito para não cair nas graças do irmãozinho.

_Eu ajudo, se você fizer uma coisa pra mim.

_Ha sim, tinha que ter alguma coisa em troca – Jae enche a bochecha rodando na cadeira – o que é?

_Tem um cara aí que anda incomodando a minha garota ...

_ ... o que? Espera espera ... você tem uma garota? – Jaejoong ri.

_Haaa esquece Jaejoong, eu não vou mais te ajudar ...

_Não, era brincadeira, olha eu faço o que você quiser, você quer que eu dê uma surra nele?

_Não, que quero que você acabe com a vida dele – Teuk diz sério – vou te emprestar uma arma muito boa, eu sei que você é o atirador de elite do papai, vai ser fácil com um tiro só você acaba com isso, aí depois que você me fizer esse favor eu te dou quanto dinheiro você quiser.

Jaejoong pensa um pouco, passa a mão no rosto e fala:

_Aceito.

Eles apertam a mão um do outro e Jajeoong parte para cumprir o que tinha prometido ao seu irmão, chega ao endereço que Leeteuk tinha lhe falado e o cara estava lá, era o mesmo homen com quem ele havia brigado na noite passada, aquele que tinha se aproveitado da Jéssica, o menino não pensou duas vezes como bom profissional que era, esperou o cara se sentar no sofá dentro de sua casa e de trás de uma árvore atirou, acertou bem no peito do velho, saiu correndo, para que ninguém o visse ali, e voltou para o esconderijo de Leeteuk, chegou lá e trocou a arma pelo dinheiro.

_Encontrou a menina? – Leeteuk perguntou enquanto entregava o dinheiro.

_Não - Jaejoong respondeu.

_Eu soube que ela está muito bem, com a vida boa, vi ela esses dias, parece a mesma de sempre, estava rindo com umas meninas lá no centro.

_Ela estava feliz? – Jaejoong perguntou.

_Sim, ela estava, eu não achei uma boa ideia desde o inicio você ter vindo procurar por ela, a menina nunca tentou entrar em contato com você e isso já tem um ano.

_Eu sei, Hangeng me disse a mesma coisa, a Seohyun também, mas eu tinha que vir, acho que era pra eu vir, e não só pela Tiffany.

_O que? Aconteceu outra coisa?

_Sim, eu conheci uma menina muito especial.

_O que? Outra menina? Mas Jaejoong o que você é, o príncipe da máfia?

Jaejoong ri e continua:

_Não, eu quero levar ela comigo pra Coréia, eu acho que acabei me apaixonando.

_Ta né ... boa sorte então ... seu galã.

Jaejoong riu, e se despediu do irmão.

Saiu daquele beco e foi rumo a rodoviária, passou perto da casa onde ele e a Jéssica tinham ido procurar pela Tiffany, olhou pro local e disse pra si mesmo:

_Eu espero que você fique bem.

O menino sorriu olhando pro local, sentia seu coração mais leve, pensou que tudo estava resolvido dentro de si, mas quando virou deu de cara com a pessoa que ele menos esperava encontrar.

_Oppa? – a voz de menina ecoava dentro dos ouvidos do Jae.