Verdade Ou Desafio? - 9a Temporada escrita por Eica


Capítulo 2
Não é fácil esquecer




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Eduardo

Quando minha sessão acabou, continuei em minha sala fazendo algumas anotações sobre o paciente. Depois arrumei minhas coisas e saí da clínica. Durante o caminho até o ponto de ônibus, meu celular tocou. Atendi-o.

- Tem planos pra hoje à noite, Du? – indagou B.B.

- Não, não tenho, por quê?

- Quer jantar comigo e com o Marco? Vamos a uma pizzaria.

- Que ótimo! Eu gostaria de ir sim. Não vou atrapalhar?

- Claro que não! Você ainda está na clínica? Podemos te buscar.

- Não...

- Se disser que não precisa, quando nos encontrarmos, te dou um puxão de orelha. – ele riu, e continuou: – Fique em frente da clínica que nós chegaremos aí rapidinho.

- Tudo bem, obrigado, B.B.

No fim, tive que fazer o caminho de volta. Parei em frente da clínica. Encostei-me à mureta e aguardei.

Quando eu trabalhava, esquecia completamente meus problemas. No entanto, agora, todos eles voltaram a importunar minha cabeça. Na segunda vez em que Donatelo terminou comigo, ele parecia bem menos tristonho e muito mais resolvido. Queria ajudá-lo. Queria que ele mudasse de idéia, mas eu não queria forçá-lo a nada e fazer isto poderia ser muito mais prejudicial a ele...

No momento em que Marco e Bruno apareceram, entrei no carro – sentei no banco detrás - e cumprimentei aos dois tocando-lhes no ombro.

- Você viu o Donatelo essa semana? – indagou B.B, virando o rosto para mim.

- Só conversei pelo celular.

- E?

- O de sempre. Agora ele fala comigo numa boa, parece estar de bom humor, mas não quer voltar comigo.

- Isso é tão chato.

- O clima está ruim. – comentou Marco.

Ele dirigia.

- Realmente toda esta situação não foi fácil.

- Se houvesse uma maneira de mudar as coisas, não? – disse B.B.- Ai... Eu não sei como era a amizade entre vocês, mas será que por ela o Leonardo não poderia voltar a falar com vocês? Sempre ouvi os comentários de que ele te amou muito. E que era um tanto ciumento também.

- É...

Lembrei-me um pouco do passado. De como era meu relacionamento com Leonardo. Do quanto eu era um pouco tímido no início e do quanto ele era pegajoso comigo. Hu. Engraçado como as coisas eram. E como as coisas mudam...

- Você está bem, Du? Ficou calado de repente.

Encarei Bruno.

- É que eu comecei a me lembrar de algumas coisas. É um tanto triste, sim, mas fazer o que?

- Eu não acho que você deva reviver esses momentos do passado. Sei que eles foram especiais pra você, e pros seus amigos também, mas devia pensar no futuro agora. Vocês ainda podem passar por muitas outras coisas boas juntos.

- Você acha?

- Eu acho. – sorriu-me. – Só vai depender de vocês. E acho que você devia conversar com o Leonardo.

Soltei um riso:

- Conversar com ele?

- Claro! Pra resolverem logo esta situação. Pra resolverem de uma vez se cortam relação definitivamente ou se voltam a se falar. Agora, mudando de assunto, tudo bem com o seu trabalho?

- Sim, está tudo certo. – sorri.

Pelo resto do caminho, B.B me contou como era o ambiente no seu trabalho. Ao chegarmos à pizzaria, escolhemos uma mesa próxima da mesa de self-service e esperamos sermos atendidos por um garçom. Hoje era dia de rodízio e foi ótimo comer pizzas de sabores diferentes para variar. No instante em que Marco levantou para ir ao banheiro, B.B. começou a falar sobre sua vida sexual. Ri das coisas que ele me disse e me surpreendi pelo Marco ser tão tímido com B.B.

- Eu vivo me insinuando pra ele. – contou, com um sorriso no rosto. – Ele é tão fofo nessas horas que dá vontade de deixá-lo bem doidinho da cabeça.

- Ai, B.B...

Bebi meu copo de refrigerante.

- Então... Você vai falar com o Leonardo?

- Ah, não sei. Sei lá. Talvez. Não, acho que vou ter que falar. Tenho medo dessa situação não se resolver e o Donatelo acabar tendo algum problema. Fico apreensivo só de pensar que as coisas podem não acabar bem. Se perdermos totalmente a amizade do Leonardo... Como o Donatelo vai ficar?

- Já se questionou seriamente se não quer voltar com o Leonardo? Se há 90% de chances dele ainda gostar de você, você teria interesse em voltar com ele? Afinal, foi ele quem terminou com você. Naquela época você ainda o amava, não?

Donatelo

Isto é lavagem cerebral. Minha mãe comprou um DVD para a Sofia com musiquinhas infantis extremamente infantis e bobinhas. As músicas entram no seu cérebro e não querem mais sair. Juro. A coisa mais chata deste mundo, mas se quero alegrar minha lindinha e ainda fazê-la aprender, tenho que aturar essas bobagens. Sou obrigado a cantar com ela, e o pior é que ela gosta e ainda fica me pedindo pra cantar. Coisa de louco!

Hoje é sabadão. Graças aos céus!

Como está calor, deixei a Soffy só de fralda. Dei suco pra ela. Depois do café da manhã, brincamos um pouco. Coloquei o DVD para ela ouvir as músicas já que ela havia me pedido.  Com Sofia no colo, dancei no ritmo de uma das músicas do DVD e cantei:

- La La La La La La lava a mão. Lava a mão. La La La La La La lava a mão. Lava a mão.

Ela olhava para a TV e olhava para mim com aquele seu sorrisinho lindo.

- Pra pegar no pão. Lava a mão. Lava a mão. Antes de qualquer refeição. Lava a mão. Lava a mão. Usou o banheiro? Então... Lava a mão. Lava a mão.

Quando cantei a parte: “mexeu na caca no chão?!”, fiz careta pra Sofia. A lindinha continuava a sorrir e a prestar atenção na música. Continuei, sempre me sacudindo:

- Lava a mão. Lava a mão. Laaava a mão. Chiqui chiqui chiqui. Laaava a mão. Laaava a mão. Chiqui chiqui chiqui. La La La La La La La La laaava a mão.

Tive que cantar mais um monte de outras músicas pra ela. Depois a deixei vendo desenhos na sala. Enquanto eu lavava a louça na cozinha, ouvi meu celular tocar lá longe. Tive que correr para alcançá-lo e por pouco não perco a ligação.

- Alô?

- Donatelo, é o Eduardo.

- É, eu vi.

- Como está?

- Bem. Bem.

- Você vai sair hoje?

- Não pretendo.

- A Sofia está com você?

- Quer vir vê-la?

- Quero sim. Posso passar aí?

- Ah, claro. Pode sim.

- Certo. Já estou indo então.

- Tudo bem.

- Até já.

- Até.

“Hm”, pensei. Sofia ia gostar de vê-lo, porque desde que pedi para ele sair de casa, ela notou a sua ausência e me indagava sobre ele. Sem dúvida, quando nos acostumamos à presença de alguém, quando este mesmo alguém se vai, é como se algo estivesse faltando ao nosso redor. Mandá-lo ir não foi muito fácil, mas creio estar fazendo a coisa certa. Quem sabe tudo volte ao normal de agora em diante...

Quase uma hora e meia depois, ouvi Eduardo chamar no portão. Apareci na porta da sala e o avisei que o portão social estava aberto. Ele entrou. Como eu imaginei, Sofia ficou muito feliz ao vê-lo. Minha menina recebeu muitos beijos e abraços e chamou Eduardo para brincar com ela. Ele ajoelhou-se no centro da sala, onde estava espalhada a maioria dos brinquedos da Soffy, e interagiu com ela. Sentei-me no sofá em frente a eles.

Eduardo ergueu os olhos pra mim:

- Alguma novidade?

- Tio Duda, oia. Oia. – disse Sofia.

- Nenhuma. Ah. Eu vi a Carine no centro da cidade semana passada. – disse.

- Sério?? E falou com ela?

- Falei. Fiquei curioso sobre o que ela falaria quando eu contasse sobre a Sofia.

- E o que ela disse?

- Nada do que eu já não tivesse imaginado. Ela não se importa mesmo. Não sei se estou certo tendo este pensamento, mas é melhor que não se importe mesmo. Não pretendo brigar pela guarda da Sofia.

- Não quer dar a Soffy pra Carine.

- De jeito nenhum! Só por cima do meu cadáver.

Ele me sorriu.

- Não pensei que a paternidade fosse tão louca deste jeito a ponto de mudar nossa visão sobre o mundo.

- É, você é pai agora. Pai dessa princesinha linda. – disse ele, beijando o rosto de Soffy.

- Quando eu estava entrando na vida adulta, tinha certeza de não querer filhos. Eu não me via criando uma criança. Olhe pra mim. Tenho cara de quem tem filhos? Se você me visse andando pela rua, apontaria pra mim e diria: “Esse cara tem filhos”?

- Não. – riu.

- Pois é.

- Eu não diria isso porque você ainda usa roupa preta, pinta as unhas e tem esse cabelo comprido.

- Ah! O que me lembra que tenho que rezar pra Deus pra fazer a Sofia gostar de heavy metal. Se ela me vier ouvindo Justin Bieber eu me mato.

Duda gargalhou:

- Pelo jeito vai permitir que ela se tatue e ponha piercings também.

- Com certeza.

Uns minutos depois, ouvi um carro parar em frente de casa e logo mais o berro de Rafael lá do portão:

- SOFIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Minha menininha levantou do chão e pulou no meu colo pra se esconder. Ela adorava quando o Rafael vinha e sempre se escondia toda tremendinho de ansiedade. Ela sabia que ele ia correr atrás dela.

- Pode entrar. O portão está aberto. – falei em voz alta.

A porta da sala estava aberta também.

- Hmmm, onde está a Sofia? – indagou Rafael, atravessando a porta.

Sofia estava com o rosto sobre minhas pernas, de modo que não viu Rafael mover-se pela sala. Aparentemente ela achou que ficar agarrada a mim era um ótimo esconderijo. Rafael veio se aproximando e se aproximando até pegar Sofia e fazê-la berrar. Deu mordidinhas em suas mãos e a jogou no outro sofá. Continuou brincando com ela, fazendo- a rir e berrar. Numa brecha, cumprimentou a Duda e a mim.

Levantei-me do sofá e perguntei se os dois não queriam algo para comer ou beber. Disseram que não. Mesmo assim fui à cozinha para descascar algumas mexericas.

Eduardo

Levantei do chão. Rafael aproximou-se de mim – com Sofia no colo – e murmurou:

- Adivinha o que esse cara fez?

- O que?

- Contou ao Leonardo que vocês terminaram. Foi quase como se ele tivesse te oferecido ao Leonardo.

- QUE?

Chocado, fui até a cozinha. Vi Donatelo em frente da pia descascando mexericas.

- Você disse ao Leonardo que terminamos?

Ele virou-se para mim e, muito naturalmente, respondeu que sim.

- Quer escrever a palavra “solteiro” na minha testa também?

Ele riu e respondeu:

- Não é má idéia.

Aproximei-me um pouco dele e disse seriamente:

- Põe uma coisa na sua cabeça: não vou voltar com o Leonardo.

- Quando vocês conversarem...

- Ai! Teimoso!

Rafael

Cheguei à cozinha com Sofia. Ela soltou-se de mim e puxou Eduardo para o quintal, onde sua piscininha estava montada e cheia de água. Quando fiquei sozinho na cozinha com Donatelo, comentei:

- Você é tonto, cara. Devia aproveitar que o Duda tá na sua.

- “Tá na sua”? – riu ele. – Que porcaria de expressão é essa?

- Ora, é uma expressão. Sabe-se lá onde aprendi. Mas não devia desistir dele. O Leonardo é o ex agora.

- Ele é meu amigo.

- De quem está falando?

- Do Leonardo.

Eduardo

Entrei na cozinha com Sofia e agora ela quis que Rafael a acompanhasse ao quarto. Não fui com eles. Aproximei-me da pia e, de braços cruzados, olhei para Donatelo, ao meu lado. Ele olhou rapidamente para mim. Continuava a descascar as mexericas e a tirar suas sementes.

- Que foi? – indagou.

- Por que acha que pode escolher com quem vou namorar?

- Não estou fazendo essa escolha por você. Estou facilitando as coisas pra você. É diferente. Além do mais, nos damos melhor como amigos. Sabe disso.

- Somos amigos antes de qualquer coisa, por isso sempre nos demos bem.

Desviei o olhar dele.

- Bruno me perguntou se eu ainda gosto do Leonardo. E eu respondi que sim.

Senti seu olhar sobre mim. Não o encarei e prossegui:

- O que eu sinto é carinho. E respeito. Ele fez muita coisa por mim. Ajudou-me muito e sempre esteve disposto a dar tudo o que eu precisava e até mesmo o que eu não precisava. Quando ele terminou comigo, tentei me colocar em seu lugar e compreender sua decisão. Às vezes as nossas palavras, por mais sinceras que sejam não são capazes de recuperar a confiança que os outros tinham em nós. Minhas palavras não bastaram.

- Mas ele ainda gosta de você.

Olhei pra ele. Donatelo continuou:

- Da primeira vez que vocês se separaram ele voltou pra você. Pode voltar agora. De novo.

- Eu duvido.

De repente Rafael apareceu na cozinha:

- Hei, algum de vocês pode trocar a fralda da Sofia? Tá carregada de número um.

Ri.

- Pode deixar que eu troco.

Na semana seguinte, liguei para Rafael pedindo o número de celular de Leonardo. Em minha hora de almoço, liguei para ele.

- Sim?

- Leonardo, aqui é o Eduardo.

- Eduardo?

- É, como vai?

- Bem, vou bem... E você?

- Legal... Eu estava pensando se você não teria um tempinho pra conversar comigo.

- Haaam, sim, tenho.

Soltei um risinho:

- Parece que não tem muito.

- Não, na verdade eu tenho. Quando quer conversar?

- Neste final de semana acho que é melhor para nós dois, não?

- Sábado ou domingo?

- Que tal sábado?

- Onde quer que nos encontremos? Pode ser em minha casa?

- Tudo bem. Você ainda está morando no sobrado?

- Estou.

- Então eu apareço em sua casa no sábado. Na parte da tarde?

- Pode ser. Não tenho compromisso.

- Está certo. Até logo então.

- Até.

Desliguei o celular e suspirei. Bem, agora eu poderia ter uma conversa adulta com Leonardo e resolver de uma vez esta situação.

No dia marcado para o encontro, fui a pé mesmo até o bairro de Leonardo, já que ele morava próximo a casa de minha mãe. Fazer aquele caminho novamente lembrou-me o passado e ver aquele sobrado de muro alto de pedra também. Apertei a campainha e aguardei na calçada a sua chegada. Eu não estava muito nervoso. Tinha mais medo da direção que as coisas poderiam tomar.

Ao levantar o rosto, vi Leonardo saindo pela porta da sala e alcançar a garagem. Sorri para ele.

- Tudo bem?

- Tudo.

Veio até o portão e abriu-o para eu entrar. Não nos abraçamos nem nada. Também não nos demos a mão. Caminhei com ele até a sala. Ele estava igual à última vez em que o vi. Nenhuma mudança física.

- O que tem a falar... É muito importante? – disse ele, virando-se para mim assim que chegamos à sala.

- Eu queria falar sobre a gente. Sobre você, eu e Donatelo. Quero conversar como seu amigo supondo que ainda sejamos amigos.

- É... Ainda somos.

- E você ainda é amigo de Donatelo também?

- É disto que se trata?

- Sentimos sua falta. Ele sente.

- Eu devia ficar feliz. Sério. Por você estar com um amigo meu. Alguém que eu conheço e que sei que vai cuidar bem de você. É que... – após uma pausa: - Desculpe dizer isto, mas eu sinto inveja. E ciúme. É como se você ainda me pertencesse. Não que você tenha me pertencido neste sentido da palavra... O caso é que não gosto de saber que outra pessoa pode fazer coisas que eu achei que só eu faria. É aquele pensamento de que te perdi e eu não queria que fosse assim.

Fiquei surpreso pela sua declaração e por um momento não soube o que responder.

- Está se esquecendo de uma coisa. – falei, sorrindo levemente. – Você terminou comigo.

- Na época eu estava um pouco machucado. Não vou negar. Acumulando mágoa... Acho que fui maldoso. Eu sei que não é justo com o Donatelo. Poxa vida! Eu o conheço desde a faculdade. Era ótimo ter a amizade dele.

- Você ainda tem. Não a perdeu. Eu não gosto deste clima tenso entre nós. É muito desconfortável.

Ele abaixou o olhar e depois tornou a olhar pra mim.

- Por favor, vamos resolver isso logo.

- Vou tentar. – disse ele.

- Sério?

- É... Já faz um tempo, então...

Fiquei muito feliz em ouvir isso. Por isso me aproximei dele e o abracei enlaçando sua cintura. Ele me abraçou depois disso, de levinho. Depois senti seus lábios beijarem minha cabeça e seu abraço ficou mais forte. Ao término do abraço, senti meu espírito mais tranqüilo. Olhei para ele, sorrindo, e disse:

- Então... Percebi que você fez algumas mudanças na casa.

- É, eu, eu fiz. Quer dar uma olhada?

Leonardo me mostrou toda a casa. Ele mudou a cor de algumas paredes, comprou muitas plantas e as usou como decoração na maioria dos cômodos. Também comprou móveis novos. Tudo tinha a cara dele. O último local que ele me mostrou foi o quintal. A água da piscina estava limpinha.

- Você limpa essa casa enorme sozinho? – admirei-me.

- Eu tento.

Rimos.

Depois de alguns minutos ali, resolvi voltar para casa. Ele quis levar-me em seu carro. Eu disse que não havia necessidade, já que a caminhada não era muito longa. Mesmo assim ele quis me levar. Deixei que me levasse.

- Você está morando com a sua mãe?

- Estou. – falei, virando o rosto para ele.

- Ela gosta muito da Vila, não?

- É... Ela nunca saíra da Vila. É um bairro calmo também. Tem mercado perto, feira... O Mangal também não é nada mal.

Chegamos em frente de casa. Antes de sair do carro, agradeci pela carona.

- Nos vemos depois? – falei.

- Claro. Acho que, podemos marcar alguma coisa semana que vem. Depois eu ligo pra você.

- Tudo bem. Tchau.

- Tchau.


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