To Love Is To Destroy escrita por Polly Lovegood


Capítulo 15
14


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Não é miragem, realmente tem mais um capítulo aqui. Obrigada a todo mundo que ainda está por aqui, prometo do fundo do meu coração atualizar mais rápido (ainda mais que tenho alguns capítulos já escritos aqui em casa hehe). Tomei vergonha na cara e resolvi acabar essa história hahaha

Espero que gostem!



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Assim que a aula acabou Scorpius levantou de sua cadeira e saiu da sala. Rose levou um tempo ainda arrumando suas coisas, mas foi atrás do garoto. Ele andava muito rápido e ela não fazia questão de ir tão rápido assim, sabia o caminho para a Torre. 

Quando Rose virou no corredor que dava acesso à Torre de Astronomia ouviu a voz de seu primo Alvo a chamando às suas costas. Ela se virou e o moreno vinha andando meio afobado atrás dela.

— Que bom que te achei! Você sumiu depois da aula, não sabia onde te procurar - o menino começou a dizer e Rose riu. 

— Ah, eu só tava indo… ahn… - Rose hesitou. Ela não podia dizer a Alvo que estava indo encontrar Scorpius, o primo ia morrer de ciúmes. - O que você ia falar mesmo?

— Ah, é, então… - Alvo começou a ficar vermelho e Rose ficou nervosa. - Você viu que a Kate Hunning vai dar uma festa, né? - Rose fez que sim com a cabeça. Alvo se aproximou dela, completamente sem jeito. - Eu tava pensando se você não queria, sei lá, ir comigo.

Rose não conseguiu se mover. Como ela diria para Alvo que ela não queria ir com ele sem machucar o primo? De repente todas as vezes que Scorpius deu a entender que Alvo gostava de Rose fizeram sentido e não soavam mais como ciúme adolescente e isso a incomodava. Muito. 

— Al… - antes que Rose conseguisse formular uma resposta ela ouviu passos descendo a escada. - Posso responder depois?

Rose saiu em direção à Torre de Astronomia sem nem esperar uma resposta e parou Scorpius antes que Alvo o visse. Ela gesticulou para cima e ele a seguiu. 

— Você não precisa me dar nenhuma desculpa. Eu te vi com o Alvo, não precisa se fazer de desentendida - ele disse e ela sentiu um peso afundar no seu estômago. - Pelo menos foi delicada o suficiente pra vir até aqui.

— Scorpius, o que você acha que estava acontecendo ali embaixo? Porque claramente não pode ser a mesma coisa que eu acho.

— É bem obvio, seu primo estava te convidando pra festa e você ia dizer sim mas foi interrompida e lembrou que eu estava aqui - ele disse irritado, então começou a imitar uma voz feminina. - Ah não, o trouxa que eu to enrolando há dois meses vai descobrir que é tudo fachada.

— Cala a sua boca - Rose disse parando muito próxima dele. - É, o Alvo estava me convidando pra festa…

— Eu não preciso que você venha se explicar pra mim, Weasley. Eu não ligo - Scorpius disse  se afastando com raiva e aquilo doeu mais que se ele tivesse dado um soco. - Você pode fazer o que quiser com quem quiser e isso não é da minha conta, eu sei disso. 

— Podia ser da sua conta se não fosse tão teimoso.

Scorpius revirou os olhos frustrado. Era óbvio que ela diria uma coisa dessas para ele, ela nunca ia parar de deixar ele confuso com os próprios sentimentos, mas ele nunca passaria de um jogo para ela. Alvo era muito melhor que ele de qualquer jeito, filho de Harry Potter, o queridinho de Hogwarts. Que motivo ela teria para gostar de Scorpius além de um rostinho bonito?

— Quer saber? Vou embora daqui. A gente tá discutindo que nem um casal e, sendo bem sincero, a gente não é e provavelmente nunca vai ser. Não precisa falar mais comigo.

Rose abriu a boca mas não conseguiu dizer uma palavra. Era impossível que ele não sentisse a mesma coisa que ela, na verdade era bem possível. Mais provável que ele só fosse ciumento demais, mas ela não conseguia lidar com isso agora. Todo mundo tem mais o que fazer do que lidar com garotos que não sabem entender seus sentimentos, que fazem pose de gostosão e na verdade são inseguros. Rose tinha muito mais o que fazer.

— Nem consegue dizer que eu to errado - Scorpius murmurou uma última vez e foi embora. Nenhum dos dois tinha entendido o que tinha acontecido, mas nenhum tinha disposição pra ir atrás de uma explicação. Rose estava confusa demais com seus próprios sentimentos e Scorpius tinha entendido tudo errado demais pra conseguir raciocinar.

 

********

 

 

Scorpius andou por quase todos os corredores do castelo tentando entender o que tinha acontecido. Foi jantar e continuou a andar sem rumo, voltou para seu dormitório irritado, porém se parou quando chegou no corredor, colocando a máscara de insensibilidade. Não queria olhos demais sobre si, não quando tudo o que conseguia pensar era na ruiva e em como ela não olhava pra ele do jeito que ele olhava para ela. 

Já era bem tarde e o salão estava praticamente vazio, exceto por um casal que se agarrava em um poltrona, um grupo de alunos que estudavam em frente à lareira  com algum jogo de tabuleiro e Andrômeda que estava jogada num sofá olhando para o teto.

— Achei que você já ia estar dormindo a uma hora dessas - Scorpius disse se aproximando da irmã, que apenas o olhou irritada. - Ok, você não está pra conversas, boa noite maninha.

— Se eu conseguir dormir né - ela disse irritada e voltou a olhar para o teto. Scorpius se aproximou dela e sentou na beirada do sofá. - Tá tudo bem com você? - ela perguntou ao perceber que ele provavelmente queria conversar. Além de ver a expressão extremamente neutra do irmão e, conhecendo ele, isso só podia significar que ele estava péssimo.

— Tá - ele respondeu seco e ela revirou os olhos. - Quero dizer, não tá, mas amanhã já vai estar. Faz sentido?

— Nenhum - ela riu e ele respirou fundo. - Tem a ver com a Weasley?

— Não - Scorpius negou rápido demais e Andrômeda riu de novo. Os dois caíram em silêncio outra vez e ele se encostou para olhar para o teto. - Por que eu gosto dela? Ela não fez nada pra que eu gostasse dela, mas…

— Bom, isso eu não tenho nenhum jeito de te responder - ela sentou e ficou igual ao irmão, olhando para o teto. - Mas você tem certeza que gosta mesmo dela?

— Andrômeda, eu acordo pensando na aula que a gente vai ter junto e vou dormir pensando em como o cabelo dela estava refletindo a pouca luz do sol que esse castelo recebe.

A loira sentou direito e arregalou os olhos e Scorpius também sentou direito para rir da expressão dela. Aquilo era muito além do que ela esperava.

— Você quer falar sobre alguma coisa? - Scorpius tentou desviar do assunto, mas Andrômeda olhou feio para o irmão e ele riu. - Ok, to indo dormir, se cuida aí.

O loiro levantou do sofá, beijou os cabelos da irmã e subiu para o seu dormitório ainda pensando na briga com Rose.

Andrômeda, por outro lado, voltou a se jogar no sofá e sua cabeça estava a mil por hora. Por algum motivo estranho ela não conseguia tirar Dan Longbottom de seu cabeça. Alguns minutos antes ela estava fazendo lição de feitiços e era como se ele estivesse ali falando com ela com a maior paciência do mundo, depois olhando para ela com um olhar que ela nunca conseguia dizer o que estava por trás, mas que ela gostava muito de receber.

Ela não sabia o que estava acontecendo. Ficou ali se revirando no sofá até não ter mais ninguém na sala comunal e, sem perceber, dormiu.

Quando acordou, foi com o som de um grupo de primeiranistas que estava correndo para a primeira aula, interrompendo o sono dela. Andy olhou no relógio que tinha numa das paredes e viu que ela também estava atrasada. Subiu correndo para seu quarto, fez um feitiço que arrumou suas roupas, escovou os dentes e foi correndo para a aula de História da Magia com a Lufa-lufa, portanto com Dan. Ela não sabia se isso a deixava alegre ou irritada.

Chegando na sala, quase todos estavam lá e Binns atravessou a lousa no exato momento que ela fechou a porta do fundo da sala. Passando os olhos rápido pela sala, ela viu uma cadeira vazia e, quando sentou, era do lado de Dan.

— Bom dia, raio de sol - ele disse quando ela se jogou na cadeira ao lado dele.

— O que? - ela perguntou já se acomodando pra dormir na aula.

— Bom dia - ele repetiu risonho. - Não te vi no café hoje, então assumo que você estava dormindo - ele disse pegando sua mochila. - Trouxe um pouco de comida pra você não passar fome até o almoço.

Andrômeda sorriu meio sem jeito e pegou um bolinho que Dan estendia para ela junto com uma maçã. Ninguém nunca tinha feito uma coisa dessas por ela, era simplesmente legal demais, ela não sabia reagir.

— Ahn… obrigada - mesmo receosa e com sono, ela abriu um sorriso um pouco constrangido.

— Não tem de que - ele disse antes de se virar para a frente e começar a anotar a aula. Ele era o único que ficava acordado e anotava aquela aula, desde o primeiro ano.

Andrômeda comeu o bolinho e a maçã e se ajeitou para cochilar, mas a aquela altura o sono já tinha ido embora. Em vez disso, ela deitou a cabeça sobre os braços e ficou olhando para Dan concentrado na aula.

— Você quer ser historiador? - ela perguntou com um sorrisinho.

— Talvez. Não sei. Na verdade eu só quero ser o melhor aluno da sala - ele respondeu com outro sorrisinho. - Anotar a aula já me coloca vários passos na frente do resto - Andrômeda riu, chamando a atenção do professor, mas Dan deu de ombros e Binns continuou seu discurso sem fim sobre alguma guerra de anões, ou elfos ou qualquer criatura mágica. De repente algo estalou na cabeça dele e um surto de coragem veio. - Na verdade eu também quero outra coisa.

— Uau, o menino mistério vai se abrir comigo? - ela levantou uma sobrancelha questionadora e ele revirou os olhos.

— Ainda não - ele riu e ela murchou. - Mas pode ser que isso aconteça se você for comigo pra festa da Kate.

Andrômeda sentou direito na cadeira e olhou para ele com a expressão indecifrável. Isso era muito além do que ela tinha imaginado que sairia daquela conversa. Ela pensou na tarde que eles passaram na Sala Precisa, que também foi muito além do que ela esperava, em como ele era atencioso com ela, como ele estava olhando para ela agora e como de repente ela teve uma vontade quase incontrolável de beijar a boca dele.

— Então se prepara pra revelar seus segredos - ela disse num tom provocativo. Dan quase não acreditou no que ouviu. Ou melhor, ele de fato não acreditou, soltando um “que?” sem tirar os olhos dela. - Eu vou com você ué. Você é legal. 

Dan abriu um sorriso feliz e ela revirou os olhos, mas sorriu também, sem ter um pensamento sequer em sua cabeça que remetesse ao melhor amigo do irmão mais velho.

 

 

********

 

 

Dois dias depois, Andrômeda permanecia animada para sair com Dan, o que assustou a própria garota. Ela não ficava animada por simplesmente combinar de sair com um cara (o que outras pessoas chamariam de “ter um encontro”), muito menos um cara do ano dela da Lufa-Lufa sobre quem ela não sabia quase nada, mas só de pensar que na festa ela teria toda a atenção de Dan sobre si ela já ficava animada.

Ela andava pelos corredores com as garotas de seu dormitório mas não prestava muita atenção ao que nenhuma delas falava. Ela nunca foi exatamente o tipo mais prestativo, ela preferia ser ouvida do que ouvir, por isso nem percebeu quando a voz familiar de Matthew Zabine a chamou do outro lado do corredor.

As meninas ao seu redor ficaram todas animadas por ter um garoto do sexto ano ali, o que Andrômeda via como uma idiotice, mas talvez fosse assim porque seu irmão era Scorpius Malfoy, o cara que derretia o coração de todas aquelas meninas. Ah, quem ela estava querendo enganar, ela também ficou toda animada.

— O-oi! - Andrômeda se virou para Matt abrindo um sorriso. - Faz tempo que não te vejo, Matt! Como que você tá?

— Ah, sabe como é né - ele abriu um meio sorriso conforme ela se aproximava -, tô melhor agora.

Andy não conseguiu impedir que suas bochechas corassem com o que ele tinha dito. E dessa vez ela nem teve que ir correndo atrás dele.

— Sabe a festa da Kate? - ele continuou.

— Sei! Sei sim - Andrômeda sorriu, mas agora nervosa. - Já tem um par?

— Esperava sair daqui com um, na verdade - ele olhou bem no fundo dos olhos dela e isso a desarmou. 

Ela não podia falar sim por causa de Dan, o menino estranho, mas fofo, que levava comida para ela quando ela não estava no café da manhã e que estava disposto a perder o tempo que fosse para ajudar ela. Mas ela também não podia falar não para Matthew Zabine, sua paixonite desde quando ela sabia o que era uma paixonite, o cara mais legal de Hogwarts.

— Então suas expectativas foram alcançadas - ela se ouviu dizendo antes que percebesse de fato o que estava falando. Ele sorriu e ela sentiu seu corpo enrijecendo, mas manteve a calma. Por fora. - A gente se encontra por aí, Zabine - ela piscou um olho e foi para sua aula pensando em como diria não para Dan agora.

Andrômeda queria cavar um buraco no chão e sumir dentro dele, inclusive começou a pensar em fazer um feitiço desilusório. Não era possível que na primeira vez que alguém de verdade faz alguma coisa por ela, Andrômeda amassa que nem bolinha de papel e joga no lixo. Ou melhor, não era possível que Andrômeda estivesse se sentindo mal por ter trocado um cara que ela nem conhecia por Matthew Zabine. Onde o mundo ia parar? 

A loira respirou fundo e continuou a pensar numa desculpa para Dan. Talvez ela pudesse fingir que estava sob o efeito de uma maldição Imperio… não, muito exagerado. E se Matthew tivesse pedido ela antes e ela aceitou Dan num impulso… não, mentira demais. Ok, meia mentira, mas ela não queria rebaixar o sim para Dan dessa forma. Por mais que ela quisesse muito ir com Matt a essa festa, a sensação estranha de dever uma justificativa boa o suficiente para não quebrar o coração de Dan não saía da sua cabeça.

A loira andou por mais dois corredores e, quando viu, estava no pé da escada que levava à sala de Adivinhação, aula que Dan também fazia. Ok Andy, hora de falar, ser sincera, falar pro cara maneiro que você não vai com ele porque o cara maneiro mais velho te chamou. 

Andrômeda balançou a cabeça e grunhiu. Isso ia dar muito errado, mas ela não conseguiria nunca abrir mão de Matt dando toda a sua atenção apenas a ela.

A sonserina sentou perto das meninas do seu dormitório, mas na ponta. Dan, assim que chegou na aula, sentou ao lado dela. Como Andrômeda queria ter sentado no meio.

— E aí? - ele começou a puxar papo mexendo no cabelo castanho e acabou  bagunçando um pouco e a loira ficou sem conseguir responder. Por que ele tinha que ter bagunçado o cabelo? - Andy?

— Não me chama assim, por favor - ela pediu num tom quieto, quase como se ela não gostasse de ouvir ele falando o apelido, o que era uma grande mentira, ela tinha adorado o apelido na voz dele. - Ahn, eu tive um…a… mudança, é, mudança de planos.

— O que aconteceu? - agora Dan franzia a testa, confuso com a hesitação da menina ao seu lado.

— Bem, digamos que outra pessoa me chamou pra festa da Kate - ela começou e ele arqueou as sobrancelhas entendendo tudo.

— E você disse sim, achando que seria mais fácil se retratar comigo do que ter outra chance de sair com essa pessoa? - ele perguntou sabendo que era exatamente isso que tinha acontecido. 

Ele sempre soube que Andrômeda não dava tanta importância a ele quanto ele dava a ela, mas não tinha conseguido se impedir de sonhar que ela realmente quisesse ir com ele à festa e se importasse minimamente com ele e com os sentimentos dele. Pelo jeito eram só delírios de um garoto apaixonado.

— Não é bem isso…

— Não precisa pedir desculpas, Andrômeda - ele interrompeu se levantando. - Eu vou com outra amiga minha, sem problema. Te chamei porque achei que você fosse gostar de sair com alguém que ainda pudesse te surpreender, mas tudo bem. Se você prefere o cômodo, não há nada que eu possa fazer.

Ele terminou de falar, pegou suas coisas e sentou do outro lado da sala, deixando Andrômeda muito incomodada. Ele pode não ter brigado com ela, mas seria melhor se tivesse, com certeza ela não sentiria que jogou no lixo o que quer que essa relação entre eles fosse, nem se sentiria culpada por isso.

 

 

********

 

 

James tinha marcado um treino com o time da Grifinória na quinta feira antes do Halloween. O jogo contra a Lufa-Lufa estava se aproximando e ele precisava ter certeza que o time estava bem, não que ele tivesse dúvidas, mas era melhor sempre garantir.

Enquanto o time estava em campo, Dominique estava nas arquibancadas revezando entre assistir o treino e fazer sua redação sobre Felix Felicis para a aula de poções. Ela não tinha muito o que fazer no castelo e preferia fazer suas tarefas ao ar livre do que fechada na Torre. E James estava no campo.

Tudo estava indo conforme James esperava. O time tinha ritmo, não deixavam a goles cair, nenhum balaço chegava perto e o pomo nunca fugia muito. 

Depois de duas horas no campo, o treino acabou. Todos foram para os chuveiros e James, como sempre, foi o último a tomar banho, planejando jogadas novas enquanto os outros estavam no chuveiro, era quase um hábito já a essa altura. Dominique foi junto com o time para os vestiários, agora lendo um livro para Feitiços.

Quando ela cansou de ler, olhou para cima e viu James saindo do chuveiro, só com uma toalha enrolada em sua cintura. Ela respirou fundo e se forçou a voltar para o livro para não fazer nenhuma besteira.

— Depois vocês dois ficam falando de mim - Mackenzie chegou perto dela, já completamente vestida, e murmurou em seu ouvido, fazendo Dominique ficar completamente vermelha. De um jeito estranho a loira não se irritou com o comentário, só riu meio constrangida. - Até mais, Domi.

A morena foi embora e, olhando ao redor, Dominique viu que só sobravam ela e James no vestiário e ela sentiu seu sangue congelando. Ela não tinha capacidade de lidar com James metade sem roupa na sua frente e não voar em cima dele.

— Domi, cê viu aquela jogada que o Fred fez? - James perguntou de trás dos armários e Dominique fez um som afirmativo. - Eu to sentindo que a gente vai ganhar esse jogo.

— Você sempre sente isso e vocês sempre ganham - Domi abriu um sorriso e foi atrás dele. Quando o encontrou, ele estava já com a calça e a camisa do uniforme. Ela sentou no banco ao lado dele e ficou observando enquanto o moreno se vestia.

— Por isso que eu sou o capitão né - ele rebateu e ela revirou os olhos. - Me ajuda aqui? - ele estendeu a gravata para ela. Domi levantou e começou a dar o nó no pescoço de James. - Seu nó sempre fica muito mais bonito que o meu, isso não é justo.

— Você nunca faz na frente de um espelho pra ver como ele tá ficando!

James mexeu a cabeça concordando e Domi deu um tapinha em seu peito para ele ficar parado. Eles permaneceram em silêncio até ela terminar, mas não se afastaram nem por um milímetro.

— Domi, eu posso te beijar? - ele perguntou num tom de voz quase que bobo. Bem, ele se sentiu bobo de ter que fazer aquela pergunta, era bem óbvio que podia.

— Não é possível que você achou que tivesse que me perguntar isso - ela riu e ele revirou os olhos, passando um braço pela cintura dela e beijou a garota à sua frente.

 

 

********

 

 

Rose revirou Hogwarts de cabeça para baixo antes de achar Alvo Potter voltando do treino de quadribol. Já era dia 29 de outubro, a festa era dia 30. Se ele ainda estivesse sem par ela ia ser a pessoa mais sortuda do castelo.

— Al! - a ruiva chamou o primo e ele olhou na direção dela meio confuso, mas sorriu ao ver a prima. - Deixa eu te falar uma coisa - ela foi abaixando o tom de voz conforme ele chegava mais perto. - Você me chamou pra festa da Kate outro dia, você já tem par?

— Ah, Rose, bem, várias meninas me chamaram - ele fez uma expressão de sofrimento e ela revirou os olhos -, várias mesmo, mas eu disse não pra todas elas porque sabia que uma hora você ia vir até mim e me responder.

— Convencido - ela retrucou e eles voltaram para o castelo.

— Só gostaria de saber porque demorou tanto.

— Eu não tinha certeza se queira ir na festa, sabe - ela tentou fingir que não estava desconfortável. Ir com Alvo não era a melhor opção, mas era a única opção que ela tinha àquela altura. - Tava com medo de ver o que eu não queria. Mas aí agora à tarde pensei que nada acontece por acaso, então não tem porque eu ficar lendo na torre da Grifinória enquanto todo mundo está dançando na Sala Precisa.

Alvo ouviu tudo e levantou uma mão esperando um high-five no final.

— Essa é a minha garota - ele disse quando ela respondeu o toque, muito mais animada do que ela estava de fato. 

Agora era só torcer para Scorpius não ter arranjado uma nova garota nessa semana que se passou desde que ele tentou convidar Rose, não ficar beijando ela e não fazer Rose se arrepender de não ter dito nada naquela hora, por mais que quisesse.

 


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Notas finais do capítulo

Ufa, é isso hahaha

Vocês gostam de capítulos grandes ou menorzinhos? To meio em dúvida aqui e gostaria muito da opinião de vocês!

Próximo capítulo tá cheio de altas emoções, vejo vocês lá :)



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