Bring Me To Life escrita por GabiCullenRock


Capítulo 9
Capítulo 8 - Salada de sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal voltei com mais um cap! Desculpem se eu demorei um pouco pra postar, andei mto ocupada com as aulas, mas n se preocupem que logo o fim de semana vem e eu prometo postar mais! Ah e eu queria agradecer a Bella pela linda Recomendação. Amei, cap dedicado a vc! Boa leitura, gente!



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Pov. Edward

       Como resumir os últimos dias? É meio difícil, só sei que minha vida estava uma bagunça. Acusado de um crime que não fui eu que cometi, tudo bem que eu estava junto com o pessoal, mas não fui que a feri. E meus pais estavam furiosos comigo! Mas é claro que sem a menor hipótese de aparecerem aqui para me ver, nem me ajudar. Só pagaram um advogado bom e deu. Tudo foi muito confuso.

       Depois que eu deixei Bella naquele dia eu fui pra casa me sentindo culpado, sentindo remorso e preocupado com aquela... aquela... imbecil! Por que eu a odiava tanto? Eu nunca me perguntei isso, mas... simplesmente a odiava. Não entendia esse sentimento de preocupação que me assolava. Eu me odiava por tê-la abandonado, sozinha com um buraco na cabeça que não parava de sangrar. Foi muita irresponsabilidade da minha parte deixa-la lá, mas eu em vez de ter ficado quieto tinha falado demais e agora não podia voltar atrás.

      Enquanto eu voltava pra casa ficava me perguntando: “Ela ficará bem?” “ E se ela desmaiar?” “E se ela passar mal?” “E se algo ainda pior acontecer?” “E se...” Pensei na hipótese de voltar pra vê-la, mas mudei de idéia. Ela até parecia estar bem... Eu tentava me convencer. Cheguei em casa e me joguei na cama, sem conseguir descansar. Minha consciência pesava e eu ardia de raiva de James, além disso, estava realmente chateado com meus amigos por terem me deixado sozinho.

     Mais tarde Jasper me ligou, depois Emmett, mas eu não atendi. Provavelmente eu brigaria com eles se atendesse, estava com a cabeça quente. Não consegui dormir à noite, só pensando na imunda. Eu esperava que ela estivesse bem. No dia seguinte fui pra escola mais cedo que o normal e fiquei esperando na frente da escola. Eu não descansaria até vê-la entrar por aquela porta. Mas ela não apareceu...

      Senti meu corpo gelar e fui pra aula preocupado e o pior foi que Ângela também não apareceu. Será que Bella estava tão mal a ponto de a amiga ter que ficar com ela no hospital? O dia passou normalmente e meus amigos não pareciam nem um pouco preocupados com Bella.

         Depois que voltei pra casa tudo aconteceu muito rápido. Meu advogado apareceu e falou que eu e meus amigos estávamos sendo acusados por Ângela de tentativa de homicídio! Gelei totalmente, pois eu não tinha feito nada disso e nunca imaginei que pudesse ser algo tão grave. O pior foi que o advogado disse que Ângela não tinha provas contra nenhum dos meus amigos, mas que minha camisa foi encontrada na cabeça de Isabella e, além disso, eu era o que Ângela mais desconfiava para ter feito isso. O meu advogado me disse que ela falou assim: “O Edward sempre odiou a Bella, além disso, ultimamente tem andado muito violento e até mesmo a agrediu na escola.” Eu realmente estava encrencado e senti raiva dessa Ângela que nem foi falar comigo pra tentar esclarecer as coisas.

      O advogado falou que amanhã eu teria que ir para a delegacia dar depoimento. Ele foi embora e eu fiquei sozinho novamente, acompanhado somente de minha mente confusa. Eu nunca tinha tido tantos sentimentos ao mesmo tempo. Eu estava com raiva de Ângela, de James, dos caras que se diziam meus amigos, dos meus pais, de mim e da vida! Mas... principalmente da Bella, por algum motivo que eu desconheço. Eu não entendia porque eu sempre sentia algo mais forte pela Bella. O ódio, a preocupação, o afeto... epa Edward o que você está dizendo? Você não sente nada de bom por ISABELLA!

      Eu podia tentar me enganar, mas no fundo eu sabia que eu estava sentindo acima de tudo, uma preocupação muito grande por Bella. Pois o advogado me disse que ela estava no hospital desacordada desde o dia anterior. Eu tive que me segurar para não ir vê-la. No início eu tinha me xingado por ter tirado a camisa e deixado com ela, mas depois eu percebi que foi o certo a fazer, pois pode ter sido isso que a salvou, estancando o sangue. Quando eu finalmente ia conseguir dormir o telefone tocou. Atendi rapidamente pensando que podiam ser noticias de Bella. Mas era quem eu menos queria que fosse. Meu pai.

     -Edward o que você andou aprontando, moleque?

     -Eu não sou moleque – retruquei irritado, o pior é que ele não devia nem saber quantos anos eu tinha.

     -Está me causando problemas. Sabia que esse advogado é caro? Estou perdendo dinheiro com você, além disso, nesses poucos minutos que falo contigo perco milhões de dólares! Pare de ficar fazendo idiotices na escola!

      -Pai... não fui eu! A garota...

     -Eu não sei o que aconteceu e nem quero saber. Não sei se você matou alguém ou se roubou algo, pra mim não faz diferença desde que não me incomode.

     Senti a raiva me subindo a cabeça, mas eu não podia fazer nada, afinal eu dependia do dinheiro dele e do advogado que ele me pagava.

      -Mais uma dessas e eu não vou pagar advogado nenhum! E tenho dito!
      Ele desligou o telefone na minha cara e agora eu sabia que não conseguiria mais dormir. Lágrimas de raiva escorriam de meus olhos eu peguei um vaso de porcelana e joguei na parede. Mas de nada adiantou, continuei ardendo de raiva. Não dormi a noite inteira...

      O dia seguinte foi ainda pior. Ângela apareceu na escola, eu pensei que ela me ignoraria, mas em vez disso ela foi até mim.

      -Conseguiu o que queria Cullen? Quase matou a Bella! – ela espumava de raiva.

      -Ela está bem? – perguntei , preocupado de verdade. Ela parecia sentir ainda mais raiva.

      -Bem? Não seja hipócrita Cullen! Ela teve uma concussão e perdeu muito sangue!

      Meu coração quase parou! Concussão? Como assim? O meu advogado não disse nada disso!
     -Ela está muito mal? – perguntei com a voz meio trêmula.

     -Ah entendi! Está com medo que a Bella morra e seja acusado de homicídio, né? Mas não se preocupe Cullen a minha amiga já está melhorando e não afetou nada gravemente. Eu sei que no fundo você queria que ela morresse, mas isso não vai acontecer! – e Ângela me deu as costas com raiva. Eu pouco ligava pra ela e pra sua raiva, estava mais preocupado com Bella. Pelo menos ela não corria mais risco.

     Os dias seguintes foram bem difíceis. Eu briguei com meus amigos, agora eu não queria papo com ninguém. Sabia que Bella ainda estava desacordada e eu tinha medo que os médicos a colocassem em coma. Eu não poderia suportar isso. Por algum motivo eu sentia falta dela. E não era só remorso e culpa, eu estava mesmo preocupado com ela.

      As coisas melhoraram... ou não na sexta-feira. Bella voltou pra escola. Eu estava conversando com Jasper. Ele me pedia desculpas e eu tentava não escutar. Andava muito nervoso ultimamente. Até que Bella entrou na sala. Tudo mudou pra mim. Parecia que depois de dias morto eu estava vivo de novo. Ela reacendeu a chama do meu coração gelado. Eu senti um milhão de sensações misturadas. As que só ela me causava. A preocupação me invadiu ao ver a atadura na cabeça dela, o ódio antigo que ela sempre me causava também renasceu, o afeto que agora eu relutantemente sentia por ela também reapareceu com força total, a felicidade por vê-la, a tristeza por toda a situação. E a dúvida por não saber quais sentimentos permaneceriam para sempre.

     Ela desviou o olhar e foi para o seu lugar. Eu sabia que ela iria querer falar comigo, pois lembraria de tudo o que eu falei pra ela. Eu tinha pedido desculpas! Lhe beijado a face. Deitado sua cabeça no meu colo. Eu nunca tinha sido carinhoso com NINGUÉM. E logo com quem eu resolvi fazer isso? A Swan imunda. Como eu era imbecil.

      Quando chegou a hora do recreio eu praticamente corri pra fora da aula, mas ouvi a voz fina, suave e linda da Swan. Pera aí, eu disse linda?

      -Edward! Precisamos conversar!

       Virei-me para ela e ergui uma sobrancelha em sinal de desprezo. Mas o que eu menos sentia era desprezo por aquela menina encantadora. Eu disse encantadora? Mas eu tinha que admitir que a Bella estava linda. Mesmo com aquelas roupas grandes demais ela sempre foi linda. Seus longos cabelos castanhos caíam como cascatas em seus ombros, ela me fitava com seus belos e sensuais olhos cor de chocolate. Ela estava me enlouquecendo, eu não podia pensar essas coisas dela.

       -Eu não tenho nada pra falar com você, Swan – respondi secamente, falando seu sobrenome com desprezo.

       -Mas eu tenho, Edward. Você precisa me escutar. E preciso que me conte o que aconteceu naquele dia.

      Como assim ela não sabia? Ela não lembrava? Será que esqueceu tudo? Isso era bom, eu acho...

     -Que dia? Eu não estava no dia que machucaram a porcaria da sua cabeça! Não sei de nada – Dei-lhe as costas pisando duro. Eu precisava pensar. Não podia perder tempo com ela. Não sei por que eu me sentia triste por ela não lembrar. Parte de mim queria que ela lembrasse do momento mais amoroso que já tive. Eu nunca tinha sido carinhoso com ninguém e quando eu sou essa pessoa esquece! Que ótimo! Além disso, a Swan sabia que James é que tinha lhe atingido, mas agora ela não se lembrava de nada, então eu estava mesmo encrencado.

      Quando as aulas terminaram peguei minha mochila e parti em direção à minha casa. Eu tinha que fazer alguma coisa. Tinha que arranjar alguma maneira de ser inocentado e eu sabia que só Bella poderia me ajudar, mas isso era impossível. Ela jamais me ajudaria. De repente ouvi a voz estridente dela me chamando:

       -Edward!

      Virei-me para encará-la, atônito Eu me sentia muito estranho quando ela estava por perto, não sabia o que aconteceria dessa vez. Tentei ser rude.

      -O que quer, Swan? Já não acha que está me incomodando o bastante com suas acusações incabidas? – falei o mais rudemente possível.

     -Não sou eu que estou te acusando. É a Ângela, mas é exatamente sobre isso que quero falar com você.

      Dei-lhe as costas. Eu não podia confiar nessa... imunda.

      -Foda-se! Eu não vou falar com você. Não tenho nada a dizer – falei secamente.

      -Espere! –  ela gritou e senti sua mão delicada tocando meu braço forte. E foi a coisa mais maravilhosa e indescritível que senti na vida. Foi como se um coque elétrico passasse por nossos corpos, mas era um choque bom. Me deixava extasiado. Eu não entendia como uma menina que eu tanto tinha maltratado me deixava assim e só agora eu percebesse como ela era importante pra mim. Ela parecia ter sentido o mesmo que eu, pois seus olhos estavam alterados e me diziam que ela sabia a verdade. No fundo ela lembrava de tudo. Era uma conversa entre nossos olhos, nossas almas. Eles sabiam a verdade. Sabiam tudo o que acontecia e como éramos atraídos um ao outro. Como imãs.

        -Edward... Eu não consigo me lembrar de nada daquele dia... Preciso que me lembre o que aconteceu. Algo aconteceu não é?

       “Sim, eu disse tudo o que tinha que dizer. Pedi desculpas. Beijei você e foi a coisa mais maravilhosa que já fiz.” É claro que eu não tive coragem de falar a verdade. Não podia admitir, e se ela estivesse gravando uma confissão? É claro que eu sabia que ela jamais faria isso, mas minha mente me dizia para mentir e enganar sua mente confusa e ferida.

      Fechei os olhos e massageei minhas têmporas. Por que era tão difícil mentir pra ela? Por que ela não parava com essas perguntas?

        -Nada, Swan... Eu não estava nesse dia... – sussurrei. Ela tinha que parar de me pressionar, senão eu iria acabar falando demais. Ela sabia que eu mentia, então porque não parava?

        -Sabe Edward... Eu tenho uma memória vaga. Lembro de seus lábios roçando meu rosto... Isso aconteceu não é mesmo?

        Ela lembrava do beijo. Tinha sido tão doce. Agora tudo o que eu mais queria era repetir esse gesto, mas agora em seus lábios delicados. Pareciam tão doces e acolhedores. Nem pude pensar. Quando vi já estava com a mão em seu rosto. Acariciando o local que eu tinha beijado. Agora ela sabia que tudo tinha acontecido. Que imbecil eu sou. Quase contei a verdade, mas então menti novamente.

   -Não, nada aconteceu... Eu nem estava lá. Você que bateu a cabeça.

         Os olhos dela me diziam que ela não acreditava em nada do que eu dizia. Tudo tinha acontecido e agora me parecia mais importante que ela soubesse que isso era verdade do que se ela soubesse que não fui eu que lhe atirei a pedra.

        Virei-me pra ir embora, mas ouvi a voz dela baixa e doce e ela disse tudo o que eu queria ouvir:

       -Edward, eu sei que não foi você que me machucou. Eu sei disso. Você ficou comigo não é? Eu acho que está acontecendo uma injustiça com você. Mas... Me ajudaria tanto que você me contasse o que realmente aconteceu...

       Sorri interiormente e fui embora. Agora estava tudo bem. Quer dizer quase tudo...

"Como pode olhar dentro dos meus olhos como portas abertas?

Guiando você até o meu interior"

Trecho de Bring me to life


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Logo eu volto com mais!
Espero mtoss reviews, hein gente! Beijos!! =)