Life Is Unexpected escrita por WaalPomps
Notas iniciais do capítulo
Galera, é minha primeira fic UA e uma pouco mais centrada, adulta, menos conto de fadas. Espero que vocês gostem, porque eu to amando escreve-la!
Rachel P.O.V
_ DEZ! NOVE! OITO! SETE! SEIS! CINCO!
A minha volta, minha família fazia a contagem para o fim do ano. Estávamos todos na casa de praia dos meus tios, e meu namorado, Jesse St James, tinha os braços carinhosamente envolta de mim.
_QUATRO! TRÊS!
Mas eu permanecia alheia a toda aquela animação. O que me tomava era o pânico, o medo, pela notícia daquela manhã. Não era apenas o começo de um novo ano: era o começo de uma vida.
_ DOIS! UM! FELIZ ANO NOVO!
Rolhas voando, fogos brilhando, pessoas se abraçando. Jesse me beija, mas não consigo corresponder. Meus olhos brilham com as lágrimas, e só posso crispar os lábios para não chorar.
_ Rachel, tá tudo bem? - pergunta ele preocupado, segurando meu rosto entre as mãos.
_ Eu to grávida.
Quinn P.O.V
Os acordes ritmados de Numb estão nos meus sonhos? Ah, não. É só a Rachel me ligando.
_ Alô? - voz grogue faz parte quando você é acordada em plena segunda, depois de 10 dias fora.
_ Quinn? - voz de choro, alerta vermelho. Rachel Berry nunca chora a toa.
_ Meia hora e eu to ai.
Levantei de um pulo e troquei de roupa, me atropelando pelas escadas. Comi alguma coisa correndo e entrei no meu carro. A casa da Rach era do outro lado da cidade, passando pelo centro. Graças a Deus hoje é segunda, e o trânsito estava calmo.
Assim que virei na entrada da garagem, ela já estava à porta, com St. James ao lado dela. Ótimo, vou chegar na voadora.
_ Muito bem St. James, o que você aprontou dessa vez? - eu já gritei saindo do carro. Rachel não reagiu, só apontou pra dentro com a cabeça. Ai meu Deus, tá mais sério do que eu pensava. Passei pela porta dando um olhar "metralhadora 9 mm" no Jesse e sentei ao lado dela.
_ Rach, estrelinha, o que aconteceu? - ao invés de responder, ela jogou os braços em volta do meu pescoço e chorou, deixando o corpo se chacoalhar com os soluços. Jesse parecia igualmente ruim, encostado na janela, os braços cruzados em frente ao peito, os olhos, agora percebi, fundos e abatidos.
_ Quinn... - murmurou ela, tentando se controlar, segurando a minha mão - Eu to grávida.
QUE? COMO? POR QUÊ? ALGUÉM AQUI OUVIU FALAR DE CA-MI-SI-NHA! Respirei profundamente antes de pronunciar a pergunta que ecoava na minha mente.
_ Você vai ti-ti-tirar? - eu gaguejei, sentindo-a apertar minha mão até quase cortar a circulação. Ela balançou a cabeça, mordendo os lábios, enquanto secava os olhos.
_ E-e-eu não sei Q. - murmurou em voz baixa - Eu sempre tive isso bem fixo na cabeça, porque afinal, um filho nessa idade atrapalharia tudo. Mas agora... Quinn, eu não sei o que fazer. Nessas duas semanas, mudou tudo.
_ E o que você acha St. James? - eu perguntei, erguendo os olhos para ele. Ele suspirou, levantando-se e sentando-se ao lado da Rachel, pegando a outra mão dela.
_ O que a Rach decidir, pra mim está ótimo. Eu não sei como eu me sinto em relação a tudo isso, porque é tudo muito novo pra mim. Mas se ela decidir ficar com o bebê, eu vou fazer o que eu puder pra ajudar com ele.
Eu levantei e dei algumas voltas na sala, tentando pensar. Eles me seguiram com os olhos, Rachel aparentemente esperando alguma reação problemática (e previsível) minha.
_ O Kurt sabe? Ou a Mercedes? - eu perguntei e ela negou - Por quê? Tipo, são suas melhores amigas!
_ Eu sei Q, mas eu queria falar com você. Pelo menos, quando você quer me impedir de fazer alguma coisa, você arranja argumentos e acredite, não são poucos.
_ Bom Rach, mas você quer argumentos pra que? Pra dar continuidade a isso? Ou pra encerrar com isso?
_ Quero que você tente explicar porque tudo mudou dentro da minha cabeça. - Ok, ela acha que eu virei psicóloga agora? Porque tipo, é praticamente impossível entender o que se passa dentro da cabeça de Rachel Berry.
Eu pedi alguns momentos pra tentar raciocinar e me sentei no outro sofá. Jesse a abraçou, e eles ficaram ali, olhando para o nada, enquanto eu tentava entender o que se passava.
_ Ok, eu preciso de ar. - eu murmurei por fim levantando. Pensar naquela depre não tava ajudando. Eu sai para o jardim e sentei no balanço.
Rachel P.O.V
Eu segui Quinn até o lado de fora da minha casa, achando que seria mais fácil conversarmos sem o Jesse, já que ela não vai com a cara dele.
_ Q? - eu chamei e ela se virou, sorrindo.
_ Desculpa Rach. - murmurou ela - Quem devia estar surtando é você, é só que...
_ Eu sei. É muita novidade. - eu me sentei ao lado dela - Se serve de consolo, quando eu descobri na manhã da véspera de Natal, eu também surtei. Mas depois de um tempo, você se toca que isso não ajuda.
_ Rach, você quer realmente entender o que se passa na sua cabeça? Porque eu sei o que é. E você também sabe.É um clichê muito bem batido, e mais antigo do que a história do mundo. - eu a olhei confusa, e ela deu risada - Você virou mãe Rachel. Sabe aquela história "mulher vira mãe quando engravida"? Então...
_ Mas Q, porque agora? Digo, eu sei que foi por descuido nosso, mas... - eu não consegui mais falar, porque tive que reprimir os soluços. Ela passou os braços pelos meus ombros e colocou sua cabeça sobre o meu ombro, no seu gesto mais Quinn Fabray possível. Ficamos assim por um tempo, até que ela se levantou e agachou na minha frente.
_ Meu pai sempre disse que nós é que escolhemos nossos pais Rach. E dentre milhões de pessoas no mundo, essa criança escolheu vocês dois, aqui e agora. E talvez Rach não seja nem porque ELA precisa de vocês, mas sim, porque VOCÊS vão precisar DELA, mais até do que a gente possa imaginar.
Eu sorri entre as lágrimas e a abracei. Não era uma explicação perfeita, afinal, só o cara lá em cima poderia dizer algo concreto. Mas era uma explicação Quinn Fabray. E pra mim bastava.
_ Ouça Rach, eu sei que eu sou meio louca, totalmente anormal e tenho um sério problema com fadas e gnomos, - eu ri e ela também - mas você sabe que eu gosto muito de você e da Santana, assim como ela, da maneira dela, gosta da gente. E se depender de mim, eu vou fazer o que puder pra ajudar você com essa criança. E creio eu que a Santana também. Nós seremos as tias chatas que vão mimar muito ela. Ok?
_ Eu não esperaria que fosse diferente. - eu murmurei, chorando - Eu... Ou melhor, nós, - eu disse pondo a mão na barriga - Amamos você.
_ Eu também amo vocês Berry. Eu também amo vocês.
_ E eu amo vocês. - disse Jesse, parado ali do lado.
_ Ouvir conversa privada é crime sabia? - murmurou Quinn. Ah não, eles vão brigar - Mas bom, acho que agora vou ter que te aturar mesmo né St. James? Pelo amor do meu sobrinho ou sobrinha.
_ Lamento Fabray, pelo visto vai. - disse ele rindo.
_ Bom... Então: PARABÉNS ST. JAMES! - berrou a coisa da minha amiga, pulando em cima do meu namorado e abraçando ele. Sério, essa menina é desequilibrada, só pode. Logo depois ela o soltou e olhou pra mim, novamente séria - Agora vem a parte mais difícil: contar para os seus pais.
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