Angel Being Pampered [Hiato] escrita por biazacha


Capítulo 11
A Princesa e o Cavalheiro.


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho né? Não sei se leram mais algum autor comentando, mas parece que metade do mundo ficou com gripe durante esses dias.... fazia anos que não tinha uma febre e logo de cara já passo 3 dias entre o 38ºC e o 40ºC!
(vish, a galera aqui tinha certeza que eu tinha pego uma dengue do mal, parando pra lembrar foi até engraçado)
Mas enfim, o importante é que estou aqui!
O título tá uma caca, mas cap ficou grandinho, vocês merecem isso!
Boa leitura!



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Allen se encaminhava para a casa de Haruhi como haviam combinado, ao mesmo tempo nervoso e relaxado. Nervoso, pois iria para a casa dela e sabia que seu pai trabalhava a noite, o que os deixaria ‘sozinhos’ ali e relaxado pela paisagem, que cada vez mais fugia do luxo e ostentação que o rodeavam nessa missão e não se assemelhavam em nada com seu estilo de vida.

Ele estava levando alguns doces e estava vestido com distinção sem ser espalhafatoso, seguindo a risca os conselhos que havia recebido.

Flashback ON

–Kyoya-sempai, vocês já foram à casa da Haruhi?

–Sim, algumas vezes – ‘algumas vezes?!’ pensou Allen chocado – porque a pergunta?

–Nada não, só acho engraçado vocês todos irem a um bairro plebeu, principalmente você sempai. – o mais alto ajeitou os óculos antes de responder.

–Não há quem detenha Tamaki ou os gêmeos quando eles colocam ideias idiotas e desagradáveis envolvendo Haruhi ou os plebeus em suas cabeças ocas. E – continuou ele, sem se importar com as maldades ditas – o fato é que eu mantenho Ranka-san a par das atividades de sua filha no clube e na escola, então se eles vão lá nada mais óbvio do que eu ir junto.

–Entendo... – começou ele, mas foi interrompido.

–E – continuou o sempai – sua curiosidade de modo algum é movida pelo fato de que irá visita-la na próxima semana não é mesmo?

O garoto encarou chocado o outro fazendo um sorrisinho amável e cínico no rosto. Como ele poderia saber? Ah, claro, tudo fazia sentido.

–O que você disse?

–Eu disse que...

–Não, quando o pai dela o procurou para saber quem era o cara que iria na sua casa na próxima semana, o que você disse?

Kyoya sorriu, não um sorriso amigável e bonito, mas sim um aterrorizante e maquiavélico sorriso, pois lidar com Allen era sempre interessante.

–Eu disse que você seria do agrado dele. – respondeu simplesmente.

–O que quer dizer com isso?

–Você vai entender quando conhecê-lo; vá bem vestido, mas sem exagerar como Tamaki e leve doces finos.

Flashback OFF

Parado defronte a porta em que estava o número certo e escrito ‘Família Fujioka’ ele não sabia o que fazer; estava realmente dividido entre tocar a campainha ou dar meio volta e ligar cancelando tudo com uma desculpa qualquer.

Mas seu orgulho não o deixava fugir e por isso ele respirou fundo e seguiu em frente.

Nem precisou esperar muito, em poucos instantes uma voz estranha berrou um ‘já vai’ e logo a porta foi aberta por uma mulher extremamente bonita e ruiva; mas o garoto olhou mais atentamente e viu... um pomo de adão. Era o pai da Haruhi.

–Er... boa tarde Sr. Fujioka. Sou Allen Walker, o novo colega de classe de sua filha, muito prazer em conhecê-lo. – ele fez uma pequena reverência no final.

Não havia como não perceber que ele estava sendo calculadamente analisado dos pés a cabeça pelo outro, que mantinha um olhar sério.

–Você... é aquele que deixou Suou Tamaki só de cueca na frente de todas as clientes do clube em uma partida de pôquer e que se ofereceu para pagar a dívida da minha Haruhi?

–Bom, sobre isso... eu posso explicar.

–Foi ou não?

–Sim. – respondeu num fio de voz.

–AH! Vamos, pode entrar Allen-kun! – disse ele com um sorriso radiante, abrindo a porta para ele.

–Certo Sr. Fujioka. – entrou agradecido, embora muito confuso.

–Nada disso, me chame de Ranka-san sim? Nossa, Haruhi-chan não me disse que seu novo amiguinho era um garoto tão bonito! Você é todo branquinho mesmo, ou uso tinturas?

–Sou assim mesmo.

–Lindo! Parece um anjo!

–Anjo...?

–Haruhiiii! Seu amigo gracindo está aqui! – ‘gracindo?’ se perguntou Allen.

Mas todos os pensamentos sumiram da sua mente quando sua colega surgiu. Ela nunca vestia roupas de garota e apesar de não estar exatamente feminina já foi um avanço e tanto, com aquele vestido rosa sobre uma regata branca e jeans skinny. E ela ficava bonita daquela forma.

–É da Renge, Allen.

–O quê??! – perguntou ele chocado, crente que cliente algum conhecia seu gênero.

–O ‘gracindo’, graciosos mais lindo. É uma mania da Renge que meu pai pegou graças ao Kaoru e ao Hikaru. – ele suspirou aliviado; já tinha entrado em um estado de choque.

–Bom, eu trouxe uns doces para comermos mais tarde.

–Não precisava. – disse ela, embora seus olhos estivessem brilhando.

–Tem bolo de morango, chocolate, bomba de creme...

–É, acho que tem um chá bom que damos para as visitas. – disse ela, com os olhos realmente cravados no embrulho.

–Sabe que não ligo para essas coisas. – garantiu ele – Onde posso deixar minhas coisas para estudarmos?

–Aqui na mesa da sala mesmo. – ele sorriu e ambos se sentaram.

Os estudos corriam bem; ele aprendia aos poucos, mas era o suficiente para se manter na turma A sem questionamentos dos outros alunos. Mal trocavam palavras e não desviavam o foco dos estudos, por isso não perceberam que o pai dela espiava tudo atentamente pela fresta do quarto, onde supostamente deveria estar dormindo para seu trabalho noturno.

Suas impressões sobre o menino eram diversas, ele era lindo, educado, contido e estava ali estudando com afinco o que provava que também era esforçado e responsável. Mas alguma coisa em seus modos ou postura lhe parecia artificiais, como se o jovem amigo de sua filha carregasse um fardo que não estivesse disposto a dividir com alguém.

Mas de modo geral era exatamente o tipo de garoto que os pais rezavam todos os dias para que suas filhas levassem para conhecê-los quando chegasse a hora; mas por mais que ele jamais fosse dizer em voz alta, de certa forma ele via a si mesmo em Tamaki e não em alguém como Allen, por isso tinha suas dúvidas de que ele seria capaz se fazê-la feliz.

...

Mesmo com seu empenho, Allen não conseguia afastar uma característica totalmente atrelada ao seu ser: a fome. Por algumas horas nada além de textos e problemas ocuparam o seu tempo, mas quando os roncos cresceram ao ponto de se tornarem audíveis e seu estômago doer, ele teve de interrompê-los e sugerir uma pausa para almoçarem.

–Haruhi-chaaan! O que acha de você e Allen-kun darem uma paradinha nos estudos? Garotos bonitos não podem ser deixados desnutridos. – o exorcista sentiu seu rosto queimar com o comentário; era como ser tratado por um Tamaki de meia idade com um cabelo vermelho e saia lápis. Mais do que ele podia aguentar numa boa.

–Realmente, você está indo bem, mas acho que está na hora de almoçar. – disse ela.

–Onde vamos comprar o que comer?

–Eu posso cozinhar. Fazer isso pra nós três é bem menos do que costumo fazer quando o clube inteiro se enfia aqui dentro. – Allen olhou para ela de modo significativo e a menina se deu conta de um fato crucial – Você realmente precisa comer tudo aquilo?

–Sinto muito.

–Tudo bem. – garantiu ela, se virando para seu pai – Vamos sair para comprar comida!

–Aaah! Então eu vou colocar meu casaco e minhas botas novas e aí vamos...

–Você fica. – cortou ela de modo ríspido.

–Mas Haruhi-chaaan!

–Fica. – seu modo era irredutível; o modo de trata-lo como cachorro o deixava cada vez similar ao Rei do Host Club os olhos do garoto, mas ele preferiu não comentar nada.

Apesar de tudo, Ranka insistiu que a filha colocasse um casaco, um enfeite, mais outro.... e quando saíram ela estava com presilhas prendendo a franja, brilho nos lábios, um casaco rosa e botas brancas; nem em mil anos Allen esperava vê-la daquele modo, mas não pode dizer que achou estranho ou inadequado.

Eles chamavam bastante atenção na rua, ela parecendo uma boneca e ele com um casaco de sua época que o tornava uma espécie de dândi extremamente requintado para esse século; por conta de seu cabelo, ele já estava acostumado a atrair olhares e Haruhi era totalmente desligada com essas coisas, por isso tudo corria bem.

Mas Ranka, alguns metros atrás deles, olhava atentamente cada conversa, risada e gesto. Sua filha ficava tão graciosa naquelas roupas, parecia uma pequena princesa sendo escoltada por um cavalheiro pelas ruas! Pena que era totalmente prática, igual à mãe ou até mesmo pior. Também era obrigado a admitir que seu amigo não perdia em nada no quesito graciosidade, seu sorriso leve, com o casaco belíssimo (que Ranka supunha custar uma grana danada) e seus fios alvos mexendo com o vento.

O exorcista parecia tranquilo, mas estava cada vez mais nervoso. Se um akuma aparecesse ali, a vida dela estaria em grave perigo por sua causa e com todos os seus anos de batalhas na Ordem ou ao lado de seu mestre, ele estava tão treinado que percebeu instantaneamente que eram seguidos pelo pai dela e podia sentir os olhos dele avaliando cada movimento seu.

Mas logo ele sentiu que não havia só uma pessoa seguindo ambos e imediatamente entrou em alerta; seu olho esquerdo não estava surtando e isso era mais que o suficiente para ele ter certeza de que não era um akuma, o que não o deixou nem um pouco mais tranquilo.

–Ainda estamos muito longe desse mercado que você falou?

–Um pouco. No geral vou em outro bem mais perto de casa, mas como você come bastante achei melhor te levar nesse.

–Hn, entendo. Desculpe te dar trabalho. – disse ele, culpado por fazê-la andar tanto só porque ele comia níveis anormais de comida.

–Não tudo bem, gosto de estudar é divertido explicar quando a pessoa realmente está interessada. – apesar de ela errar totalmente na interpretação das desculpas dele, Allen ficou totalmente encabulado sem saber o motivo.

E foi tão rápido que ele só conseguiu reagir por puro impulso; um homem avançou sobre eles e ao esbarrar em Haruhi pegou o porta níquel que ela levava no bolso e sem pensar duas vezes o garoto o agarrou pela gola e lhe aplicou um golpe sem dó nem piedade, como se ele fosse.... bem, como se ele fosse o Kanda ou o Lavi.

Com um preparo físico bem abaixo disso, o ladrão caiu no calçamento completamente desacordado. Várias pessoas se aproximaram aplaudindo e dando-lhe tapinhas nas costas, assim como policiais pegando o indivíduo estatelado no chão e ao mesmo tempo fazendo várias perguntas para os dois. Allen estava zonzo com a confusão repentina e quando olhou para a amiga viu que algo tinha acontecido; ela estava de pé com dificuldade e de um modo estranho.

–Tudo bem? – sussurrou ele.

–Tudo.

–Haruhi.

–Foi só o tornozelo. – ele suspirou.

–Vou te tirar daqui.

Depois de se livrarem da obrigação de ter de ir até uma delegacia e pior, chamarem os pais ali, ele a escoltou até um restaurante a apoiando pelo ombro.

–Vamos comer aqui mesmo vai, não me importo de pagar.

–Nada disso Allen!

–Haruhi por favor, estou morto de fome, quase fomos assaltados e você nem anda direito.

–E o meu pai? Temos que levar comida para ele.

–A sim! – Allen virou para trás e colocou as mãos na boca para amplificar e berrou: - Raaaaanka-san! Vamos comer aqui mesmo, eu pago para a gente!

Uma Haruhi completamente irritada fitou a figura saltitante que ia na direção dos dois.

–Bem Allen-kun, Haruhi-chan! Devem estar se perguntando exatamente o que estou fazendo aqui….

–Me seguindo. – cortou ela – DE NOVO! Acha mesmo que a desculpa de carregar a cesta ainda faz algum sentido?

–A gente pode só ir almoçar e pronto?

–Claro Allen-kun! Vamos Haruhi, que maldade deixar seu amigo tão bonito com fome!

Disposto a não causar uma impressão muito bizarra, ele tentou comer pouco. O pouco dele é quatro vezes mais que um homem adulto, então assustou ao pai dela do mesmo jeito. Depois de insistir pela milésima vez que podia muito bem pagar pelos três porque o receberam em sua casa e de ouvir como ele era um garoto educado além de bonito enquanto Ranka enlaçava seu braço de modo suspeito, eles voltaram e estudaram até ele ir embora.

Sem grandes problemas. Sem grandes traumas. E de quebra com a matéria em dia.

...

Chegou pela mansão lá pelas nove da noite, mais tarde do que o costume e deu da cara logo com Kanda; já estava ensaiando um ‘boa noite’ que seria respondido por ‘tsc, moyashi’ mas percebeu com um mau pressentimento que o outro o encarava de canto, como se temesse alguma coisa nele.

Antes que tivesse coragem de perguntar o problema, Lenalee surgiu afobada com um papel em mãos e olhou diretamente para ele.

–Allen-kun, o que significa isso??! – e deu a folha que segurava para ele.

Era uma foto dele e de Haruhi, tirada hoje mesmo pelas roupas que usavam; ele estava apoiando ela, mas na imagem parecia que eles estavam abraçados e rindo. Para ele era apenas algo um pouco constrangedor, mas havia uma verdade letal: só os membros do Host Club e o Kasanoda sabiam que ela era uma menina, e não um garoto.

–Da onde veio isso??! – perguntou ele chocado.

–Não adianta negar moyashi, a Lena estava lá quando tiraram essa foto.

–O quê?!

–O café onde fui hoje. Todo mundo viu vocês dois e saiu comentando. A esta altura já devem ser o assunto do colégio todo, mesmo porque estão passando essa foto adiante.

–E aí, qual é a grande desculpa do Trapaceiro? – provocou Kanda.

Mas antes que Allen pudesse dar uma resposta malcriada, seu celular tocou e ele atendeu instantaneamente, sem parar pra pensar em quem poderia ser.

–Alô?

–Allen.

–Kyoya-sempai??!

–Quer um conselho? Se prepare, Tamaki vai matar você.



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Notas finais do capítulo

Agora sim a Renge pira!O que será que Tamaki vai fazer? E como acabaram as aulas de Kanda? Ok, parei com as perguntas.
Vocês vão ter uma surpresa até o fim do dia!
Beijos gente!



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