Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 6
Capítulo 5




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Eu estava pronta para a festa de Lissa. Andando pelos jardins da Corte, eu pude ter certeza de que não, eu não estava pronta.

Bem, seria fechada para apenas da Realeza e amigos dela, mas nós nem havíamos tido a chance de conversar direito, antes... Agora... Bem, eu tinha medo de fazer algo errado e constrangê-la. Afinal, para muitos da Corte, eu era uma dhampir meretriz de sangue, que deixou de se tornar uma guardiã para viver em comunidades dhampir. Claro que muitos nem sabiam o que havia acontecido realmente comigo, mas aquilo não importava para surgir uma nova fofoca com o meu nome. Mais outra.

Em algum canto de mim, eu esperava que minha mãe não estivesse ali. Afinal, o que seria de mim se ela começasse com suas regras de como ser uma boa filha. Com seus sermões. Então, eu coloquei minha melhor cara, sentindo que eu poderia desistir a qualquer momento e voltar para o meu quarto e dormir por um longo tempo. Mas bem... Ao menos, eu esperava que eu pudesse.

– Rose! – alguém chamou quando eu alcancei o prédio onde a festa estava sendo dada. E pelo visto, ela havia começado antes de mim, o que era bom...

Eu me virei para ver Mason Ashford. Um antigo colega meu, que nos últimos anos em que estive no St. Vladimir, ele havia sido apaixonado por mim.

– Mase! – eu disse, correndo até ele e o abraçando. Nós éramos amigos. Ele havia sido um dos meus melhores em todo o colégio. – Ei, me deixe ver você! – me afastei para dar-lhe uma bela olhada – você está ótimo!

– Você também não está mal, hum? – ele disse, com um sorriso quente. – O que faz por aqui?

Bem, pelo visto, nem todos sabiam sobre a história “Rose Hathaway de volta à Corte Moroi”.

– Visitando. – eu disse, dando-lhe um dos meus melhores sorrisos.

– Tenho certeza disso. – ele disse, me oferecendo um braço, eu o peguei, e caminhamos para dentro da festa. – Eu ouvi histórias de que você havia sido transferida para o Vietnã.

– Wow! – eu ri, tentando esconder toda a minha surpresa. Diabos... O que mais haviam inventado ao meu respeito? Mas alguma coisa dentro de mim dizia que era melhor do que a verdade. – E o que mais você escutou?

– Que estava com seu pai. – ele disse, tão simples quanto pode, enquanto víamos os olhares sobre nós. Obviamente, eu não estava lá tão bem para eles... Eu me virei para ele, ainda espantada.

– Espera aí! Meu pai?! Como assim... Eu nem sequer sei quem é. – eu disse.

– Bem – ele pigarreou – escutamos várias histórias sobre ele. De que era um pirata. Um assassino... Várias coisas, mesmo.

– Wow. – murmurei, mas logo senti algo através do laço. Lissa estava ali, naquele salão. – Quer saber? Não importa! Tudo o que eu preciso é encontrar Lissa... E está bem difícil com esse salão cheio.

Mason riu de uma forma que lhe apareceram pequenas covinhas. Ele havia se tornado bastante sexy, não exatamente como Dimitri... Mas de uma forma Mase.

– Ali! – apontou ele, para o outro lado do salão.

Foi então que eu vi Lissa em um vestido rosa claro, que havia feito um contraste fantástico em sua pele pálida e com seus cabelos cacheados propositalmente, sobre seu vestido. Do seu lado estavam Christian e Dimitri. Eu me peguei meio aturdida –deslumbrada era a palavra certa– quando vi Dimitri, desconcertantemente em um terno preto, em sua forma alta e bem feita. Eu sorri para Mase, enquanto caminhava seguramente, até eles.

Meus olhos se encontraram com os de Dimitri naquele momento, e então, notei um brilho perigoso ali, enquanto ele me estudava dos pés à cabeça. Ao menos, alguém havia gostado do meu vestido.

– Rose! – Lissa exclamou, me tirando de meu devaneio. – Você está fantástica!

– Você quem está! – eu disse, no mesmo tom, enquanto a abraçava. Passamos algum tempo assim, até que ela se virou para seu namorado, Christian Ozera.

– Rose, este é Christian Ozera, se lembra dele? – ela disse, contente.

– Claro. – menti, dando-lhe um sorriso doce. Eu não queria lembrar o porquê me lembrava dele. Christian estendeu uma mão magra, e eu a peguei, cumprimentando.

– Nunca conheci uma dhampir meretriz de sangue pessoalmente. – ele disse, em um tom sarcástico. O que seria uma brincadeira, obviamente, já que Lissa estava do nosso lado, mas ela se mexeu desconfortável, e eu me senti da mesma forma, sentindo aquela massa estranha vir à vontade de socá-lo. Mas então, eu usei minha melhor arma. Eu sorri.

– Oh. Obviamente... Mas tenho certeza que meretrizes de sangue são mais comuns do que futuros Strigois. – eu disse, ainda no mesmo tom brincalhão, enquanto Lissa corava potencialmente. Dimitri balançou sua cabeça, exasperado, atrás de Christian. E logo atrás de Lissa, eu pude escutar duas risadas abafadas. Eu me virei para ver dois Moroi. Um deles era o Ivashkov e uma garota também Moroi, eu me lembrava dela de algum lugar.

– Ei, Rose. – disse Lissa, lutando contra a vergonha. – Esses são Adrian Ivashkov e Avery Lazar!

– Prazer em conhecê-la, Rose. – disse a garota Lazar.

– Igualmente. – eu disse.

– Olá novamente, pequena dhampir. – Adrian fez uma pequena e exagerada reverencia com sua mão.

– Ei. – eu sorri.

– Vocês se conhecem? – Lissa perguntou. Parecendo desconcertada.

– Nos batemos algumas vezes pelos jardins da Corte. – ele respondeu, pegando duas taças de champanhe e passando uma para Avery, que sorria e o agradeceu, enquanto ele bebia a sua.

– Oh. – Lissa disse de forma distraída. – Eles são como eu. Usuários de Espírito.

Avery ruborizou um pouco. Provavelmente, não era acostumada a ser exposta dessa forma.

– Elas duas tem um laço. – disse Adrian, terminando sua bebida e fazendo um sinal para um garçom, para pegar outra.

– Entendo. – Avery piscou para mim, bebendo seu champanhe em um só gole.

– Pelo visto, usurários do Espírito têm bastante resistência a álcool. – eu disse, de forma descontraída. Avery e Adrian trocaram um olhar e então sorriram.

– Claro. Exceto por Lissa. – Adrian disse, ainda sorrindo.

– Eu não preciso acabar em um Alcoólico Anônimos tão jovem, quanto vocês. – disse Lissa, entrando na brincadeira.

– Como se você não bebesse. – Christian zombou – você só não está no grau desses dois aí – apontou para Adrian e Avery com a cabeça, que sorriram – mas você consegue virar muito bem uma garrafa de licor sem muito problema.

Lissa corou instantaneamente, embaraçada.

– Eu me lembro quando você ficou bêbada em uma das festas depois da formatura. – apontou Avery, divertida. – Você ficou tão bêbada que jurou que havia perdido toda a magia.

Adrian dessa vez riu. E eu forcei um sorriso, enquanto escutava as peripécias de Lissa enquanto eu estive fora. E novamente, eu senti a culpa me atingir. Se eu tivesse estado com ela, eu poderia ter feito parte de sua vida.

– Hey, Guardiã Hathaway! – de repente Avery Lazar chamou, e nós nos viramos, para ver Janine Hathaway caminhando até nós. Eu senti o desconforto de Lissa através do laço. Foi quando eu olhei em direção à Dimitri, que sempre se manteve quieto. Ele tinha uma expressão também desconfortável. Até mesmo Christian o tinha.

– Lady Lazar, Lorde Ivashkov, Lorde Ozera. Guardião Belikov. Princesa. – ela deu uma pequena reverencia em direção deles. Então, ela se voltou para mim. Seus olhos me estudaram por alguns instantes, então reconhecimento brilhou neles. Bem, ao menos, ela havia me reconhecido por fim. – Oh.

– Guardiã Hathaway. – eu disse, de forma o mais formal e respeitosa que pude.

– Srta. Hathaway. – ela disse, de forma desgostosa. – Acredito que todos esses anos fora lhe tenham servido para algo, exceto mordidas de homens Moroi.

Eu senti meu rosto pegar fogo imediatamente. A raiva tomando conta de mim tão de repente. Uma coisa era Christian Ozera usar isso como em uma brincadeira cética, mas ainda sim, uma brincadeira. Mas sua mãe dizer isso de você não era nada legal.

Foi então que eu senti a uma mão no meu pulso e três olhares em mim. Usuários de Espírito usando a compulsão. Eu me senti relaxar um pouco.

– Espero que tenha matado alguns Strigoi. Afinal... É só disso que se trata, hum? – eu disse, de um jeito sarcástico. Ela sorriu, não tão diferente. Janine cerrou os punhos. Eu sabia que a qualquer momento, nós duas podíamos nos engalfinhar no chão do salão, mesmo sabendo que ela venceria, eu ficaria contente em acertar um soco em sua cara.

– Obviamente. Acredito eu que estejam procurando por alimentadores. – ela disse, de uma forma que me atingiu em cheio, pior até mesmo que um soco. Eu senti minha mandíbula quase cair, enquanto eu processava aquilo. Mas o meu primeiro impulso, não fora socá-la. Pelo contrario. Eu senti meus passos se afastarem, então, me virei para os convidados.

– Com licença. – eu disse, e logo mais, eu saí dali, indo direto para algum maldito lugar. O alojamento para convidados. Eu fechei a porta com força, quando alcancei ao quarto e as lágrimas me alcançaram.



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