Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá. Bem, tenho uma série de explicações para dar.
Eu devia tê-lo postado antes, mas... Meu computador praticamente morreu e foi formatado, perdendo o capítulo esse e os outros. O que me deixou em péssimo humor.
Enfim. Donna, obrigada pela recomendação. Eu dei pulinhos aqui. *--*
Sem mais delongas. Aproveitem, e eu vou tentar compensar vocês... Postando antes, essa semana.
Boa leitura!!



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Muitos dhampirs, Moroi e até mesmo humanos em toda vida, nunca haviam se deparado com Strigois. E bem... Lá estava eu, de frente para o que deveria ser minha segunda vez.

            Eu queria gritar. Diabos, sim! Eu queria espernear e dizer o quão apavorada eu estava. Mas meu lado coerente me disse que eu não podia.

            Ok, Deus, pensei. Me tire dessa e eu prometo... Eu não sei. Me batizar. Comparecer à igreja todos os domingos e com mais freqüência. Ou até mesmo, entro para um convento. Bem, não. Essa última definitivamente não.

– Ora, ora – a voz masculina soou. Tão fria que cogitei ser a morte. As portas duplas da cabine se abriram. E uma mão agarrou meus tornozelos. Eu mantinha meus olhos fechados, tentando não pensar muito no quão aterrorizante aquilo tudo era. Diabos... Eu não queria ver o braço estendido, o rosto da vendedora. As mãos gélidas me puxaram com força, me fazendo cair na poça de sangue, onde o corpo da vendedora da loja jazia.

– Oh, Peter... Ela cheira bem... – a voz feminina soou. Uma pequena Strigoi se materializou à minha frente, me suspendendo pela gola da minha camiseta, fazendo com que meus pés chacoalharem a procura do chão. Ela tinha um cabelo curto, um pouco acima de seus pequenos ombros. Era incrível como ela era pequena ,e, bem, aterrorizante. Um sorriso calculado saiu de seus lábios.

Seu pequeno e lindo nariz se enrugou.

– Você cheira bem... – assoviou para mim. Eu estremeci.

– Deixe-me sentir... – pediu o outro Strigoi. Peter. Ele agarrou a gola da minha jaqueta — o que me fez praguejar e odiar Kirova milhares de vezes, por eu não ter me formado e não ter uma estaca como conseqüência.

– Oh, sim... – aspirou meu cheiro. – Você cheira bem para uma dhampir.

            Seus lábios estavam entreabertos, se aproximando da minha garganta, eu podia sentir seu hálito. Diferente do pútrido que imaginei que Strigois pudessem vir a ter. Ao contrário... Era como de qualquer outro.

            Então tão de repente quanto eu me sacudia, eu me senti ser puxada por Lissa, através do laço.

            Péssima hora, Liss. Pensei.

            Havia terror ali, Lissa estava apavorada, o que não era para menos. Ela corria atrás de Yuri, ainda se perguntando onde eu estava. E aquilo fez eu me sentir culpada. Eu devia tê-la seguido. Tarde demais, a voz na minha mente soou tão maldosa e tristonha. Ela havia alcançado o grupo no refeitório, onde Christian e Adrian estavam sob o sol, mesmo que incômodos. Eu me senti contente com aquilo. Eles estavam bem...

            Lissa se jogou nos braços de Christian, enquanto chorava e ele tentava controlá-la. Acalmá-la. Talvez daquela vez, Christian pudesse ter um ponto positivo comigo. Ele a abraçava protetoramente e aquilo estava funcionando com ela.

            Mas eu ainda precisava saber de uma coisa; porque eles ainda estavam ali.

            Eu não havia me tornado uma guardiã, mas ainda sim, eu não era estúpida a ponto de manter um Moroi em um local onde havia Strigois.

– Temos que ir, princesa – um dos guardiões soou. E abençoado seja!

– Eu não posso. Rose ainda está lá. Eu não vou sair sem ela! – protestou Liss. Usando aquele tom de realeza — e um pouco de compulsão — e por Deus, eu queria que alguém a jogasse sobre o ombro e a levasse à força dali.

– Lissa – ela se virou para ver um Adrian sóbrio, sério. E eu teria ficado chocada por vê-lo assim, mas as circunstancias pediam para que ao menos alguém fosse coerente. – Belikov dará um jeito. Ele a trará de volta, em segurança. Mas você precisa voltar para a Corte. Pelo menos sair daqui.

Eu podia notar que Adrian estava sendo tão coerente, e ainda sim, por baixo daquilo havia compulsão. E para mim, e para mim, eu daria um jeito de agradecer aquilo.

– Vamos – dessa vez, fora Christian. Ele a arrastou suavemente para fora do refeitório, com guardiões ao seu redor. Uma verdadeira comitiva. Enquanto eu os assistia pelos olhos de Lissa, eu notei que Dimitri realmente não estava lá. E uma pontada de felicidade se abateu sobre mim. Pelo menos, até eu ser puxada de volta para a minha realidade.

– Pare de brincar com a comida – escutei, o que me fez piscar rápido, voltando a olhar para aqueles malditos na loja Marcy.

A Strigoi fêmea encarava Peter com pura fúria, enquanto eu me perguntava se ela era mais velha do que ele, apesar dele saber mais sobre o mundo Moroi do que ela.

– Ela não parecia aqui... – tentou explicar. Peter parecia realmente confuso.  – Você precisava ver... Os olhos dela... Quero dizer, os olhos dela estavam longes... Ela não estava aqui!

– Oh, claro... – a Strigoi soou zombeteira. – E onde mais ela estaria?

– Eu... Eu não... – gaguejou. O que foi suficiente para ela tomar um terrível solavanco de raiva, pegando-o pelos ombros e suspendendo-o do chão. Eu sabia o que vinha a seguir, mas não contava que eu pudesse ficar ali para ver. Não fazia parte dos meus planos. – Mary, eu... O que está fazendo?

– O certo – rosnou ela, enquanto o arremessava para longe, para um dos corredores da loja. Houve um som estrondoso como se houvesse rochas se quebrando. Eu não queria imaginar como as paredes da Marcy estariam depois desse confronto. E bem... Eu não tinha tempo para saber.

E então, Peter gritou. Chamando a atenção de Mary, que olhou para trás. É a sua chance, Rose. Ela está exposta. Corra..., minha mente ordenava. A sua guarda estava baixa, e eu poderia agir. Bem, exceto que eu não tinha uma estaca ou qualquer outra coisa que pudesse vir a matá-la. Exceto...

Eu não pensei muito, apenas deixei meu instinto guerreiro — o que era estúpido pensar dessa forma — agir. Eu agarrei um cabide de ferro e enfiei em sua garganta. Mary congelou, me soltando de seu aperto, fazendo meu corpo ir direto ao chão.

E então eu caí. Eu não havia freqüentado todas as aulas. Não havia aprendido tanto quanto meus colegas haviam aprendido nos últimos anos, mas de uma coisa eu sabia que sempre estaria ali; meus instintos. E eles, naquele instante, gritaram para eu correr, assim como, ao mesmo tempo, enfrentar a ameaça. Eu sabia, também, que Mary poderia me matar a qualquer instante. Então, com esse pensamento, eu corri. Ainda escorregando na poça de sangue. Eu podia ver Mary cambaleando para trás, com sua mão em sua garganta. Desnorteada. Poderia ter sido um ótimo golpe final.

Mas tudo foi ignorado, enquanto eu corria pelos corredores. Tentando manter uma distancia segura, me perguntando se eu devia ter enfiado o cabide em seu coração. Eu não era estúpida o bastante para acreditar que um cabide de ferro a teria matado, mas também, sabia que a manteria ocupada por algum tempo. E só tive convicção disso quando cruzei alguns corredores e tão logo, senti uma mão me puxar pelos ombros. Então, eu gritei.

Eu havia sido pega. Diabos...


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