Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

O capítulo foi cortado... Tinha ficado muito grande. Então, eu resolvi postar, logo no sábado, como normalmente posto, eu posto para vocês. Boa leitura!!



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Era a quinta vez que eu trocava de roupa. Eu me sentia nervosa. E sentir Lissa também nervosa pelo outro lado do laço não me ajudou em nada. Ela estava tendo alguns problemas com Christian, o que eu tinha certeza que resultaria em sexo. Eu só não queria estar perto da sua mente quando toda a pegação começasse...

– Deus, Rose...Você precisa se acalmar... – eu murmurei, passando meus dedos pelo emaranhado molhado que era meu cabelo. Eu queria que Lissa estivesse ali para me ajudar, mas naquelas circunstâncias, não ajudaria muito. Então, eu fui até o banheiro e joguei uma água fria no meu rosto, tentando me acalmar. E quando olhei para o relógio, que marcava 4:30, eu entrei em pânico. – Respire... Oh, merda, Rose...

Eu respirei fundo, caminhando até meu guarda roupas e pegando um vestido que eu havia ganhado no natal passado de Braddy. Era estranho eu usar uma coisa que eu havia ganhado do meu ex-namorado, mas não havia nada melhor ali. Eu o vesti rapidamente, calculando mentalmente quanto tempo eu demoraria para arrumar meu cabelo e aplicar maquiagem. Eu queria não me atrasar naquele encontro. Eu queria chegar cedo e aproveitar com Dimitri.

Dimitri... O seu nome fez uma onda quente passar por mim. Eu teria um encontro com ele. Bem, ok. Nenhum de nós, em momento algum havia dito que aquilo seria um encontro oficial, mas eu ainda tinha esperanças no final das contas.

Eu passei a escova no meu cabelo, imaginando que talvez ele pudesse ficar manso. E cara, ele não estava ajudando hoje. Com um longo suspiro que pareceu mais com um gemido frustrado. Eu o prendi de uma forma que mexas caíssem soltas em um coque mal feito, preso por um grampo. Eu apliquei maquiagem, o que me pareceu ocupar muito mais tempo do que meu vestido. Finalizando com um gloss.

Eu estava pronta.

– Oh, puta-merda! – xinguei ao olhar para o relógio sobre a cabeceira da cama. Passava das cinco e vinte.

Eu me levantei, cambaleando enquanto terminava de prender o fecho da minha sandália. Dimitri iria me matar.

Eu mais corri do que andei, pelos corredores do alojamento para visitantes. Desejando boa noite para o Moroi que folheava uma revista, entretido demais nela. A noite quase ia embora. Eu me apressei, cruzando meus dedos para que Dimitri não tivesse desistido, já que ele era tão pontual.

Mas quando eu virei a esquina, no prédio do refeitório, eu o vi. Encostado debaixo de uma árvore, de braços cruzados encarando o tempo. Ele descruzou os braços, ficando ereto, e sorriu ao me ver.

Dimitri usava uma camisa de mangas compridas preta sob seu casaco de couro, seu cabelo estava preso como esteve mais cedo na igreja só que dessa vez, parecia que ele havia passado uma escova em seu cabelo ao invés dos dedos.

– Hey – eu sorri, caminhando até ele – você está ótimo.

– Você está atrasada. – ele me observou cuidadosamente.

– Eu tive alguns problemas... – eu disse, me sentindo um pouco estúpida. Dimitri suspirou, se afastando da árvore e caminhando para longe do prédio. Foi quando eu me perguntei para onde nós iríamos. Eu sabia que iríamos sair e tal, mas eu havia esquecido de mencionar a pergunta principal de “para onde iríamos”. Eu estava logo atrás dele, quando chegamos ao estacionamento, e eu me perguntei para onde iríamos... Se iríamos sair da Corte. Coisa que, honestamente, me pareceu muito bom.

Mas ao invés, Dimitri começou a caminhar para além do estacionamento. Eu o segui, sabendo para onde iria dar. Para os jardins junto atrás da igreja. Nós caminhamos em silêncio, enquanto eu pensava em alguma coisa para dizer. O silêncio não era desconfortável (longe disso), mas ainda sim, eu queria preencher com alguma coisa.

– Você sente falta da Sibéria? Quero dizer... Você sabe, aqui não é o paraíso de gelo como é lá. Aqui deve parecer um deserto comparado à lá. – eu disse, ainda caminhávamos pelos jardins.

– Lá não é como você imagina. Às vezes eu imagino que aqui em Montana faz mais frio do que lá. – ele disse com uma voz desejosa – e sim, eu sinto. Todo o instante.

– Eu não me importaria se você me mostrasse a Sibéria. – eu disse sem pensar, me estapeando mentalmente por aquilo. Dimitri abaixou seu rosto, para me encarar, fazendo seu cabelo cair sobre seu rosto bonito. Ele tirou a mexa, mas logo ela voltou para onde esteve. E então ele sorriu. Um sorriso relaxado e caloroso.

– Quem sabe. – disse.

– Sabe, às vezes eu sinto falta do meu trabalho. Das pessoas quem eu conheci enquanto estive lá fora. – eu disse, sem pensar. Eu não precisava pensar muito. Era tão... bem, natural – mas agora, Lissa e eu nos resolvemos. Não há mais a vontade de eu ir embora. Quero dizer... Eu prometi não deixá-la mais.

– Isso é nobre da sua parte. – ele disse. Eu dei de ombros, enquanto alcançamos as luzes de alguns restaurantes junto a alguns prédios principais, onde os Moroi comuns frequentavam, assim como os dhampir, também.

Dimitri abriu a porta para que eu passasse. E eu o fiz, caminhamos até uma mesa e de repente eu me senti arrumada demais.

– Não se preocupe. Você está linda. – ele sussurrou atrás de mim, perto do meu ouvido, como se pudesse ler minha mente. Eu olhei por cima do meu ombro, para cima. Ele sorriu e eu tive que fazer o mesmo.

Uma Moroi veio nos atender, e nós pedimos uns sanduíches, Dimitri pediu um capuchino para acompanhar, enquanto eu pedi apenas um chocolate quente com canela. Fazia frio lá fora.

– Café é algo muito ruim, guardião Belikov. – provoquei. Ele sorriu, pegando o seu café e bebericando.

– Eu não reclamo da sua explosão de doces. – ele disse ainda sorrindo de forma fácil e divertida. – Além do fato de que você pegar uma diabetes apenas por comer toda essa quantidade de açúcar o dia todo.

Eu abri minha boca para rebater como os dhampir não ficavam doentes. Foi então que algumas gargalhadas soaram. Gargalhadas conhecidas. Quando Mason, Eddie Castile e algumas garotas com eles apareceram. Mase foi o primeiro a nos notar, e sorriu para mim.

– Hey, Mase! – eu exclamei, quando ele se aproximou da nossa mesa.

– Hey, Rose! Eddie, olha quem está aqui! – ele disse para Eddie que se aproximou com as duas garotas, uma delas Moroi e a outra, uma ex-colega de classe. Uma das únicas garotas da minha classe que se tornou Guardiã. Eu sorri para eles.

– Hey, Rose! Há quanto tempo... Eu pensei que você estivesse me evitando. – disse Eddie, de uma forma descontraída. Ele era fofo e robusto, tinha um cabelo castanho e olhos igualmente. Eu dei meu melhor sorriso para Eddie e Mason.

– Não se preocupem com isso. – eu disse, então sem nenhum aviso prévio, Eddie, Mason, Meredith e a garota Moroi sentaram-se conosco na mesa, junto à Dimitri e eu. Eu olhei para ele, mas tudo o que ele fez foi balançar sua cabeça quase imperceptivelmente para mim. Com aquela expressão de “não se preocupe com isso”. Eu sorri para ele, me sentindo grata, enquanto matava um pouco a saudade dos meus amigos. Fazendo a ideia de um encontro virar um encontro de amigos.

Nós conversamos e rimos, e a todo instante, eu senti Dimitri tentar se enturmar, mesmo que do seu canto, apenas escutando ou balançando a cabeça em acordo vez ou outra. Na tentativa de fazer eu me sentir bem. E em algum momento, eu me peguei sorrindo para ele, tão carinhosamente.

– Eu acho que para mim já chega por hoje. – eu disse me levantando. Os olhos de todos me encararam, então, Mason assentiu, entendendo. Eu de alguma forma me sentia exausta. – Boa noite.

– Boa noite. – todos disseram, enquanto eu me adiantava. Dimitri se levantou também, pegando seu casaco e caminhando para fora da mesa.

Eu caminhei para fora do restaurante, me sentindo meio triste e vazia. Era para eu ter estado me divertindo em um encontro com Dimitri. Eu suspirei, caminhando para a noite, de volta ao prédio de visitantes.

– Rose! Espere! – uma voz soou atrás de mim.



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