Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Gente, bom dia! Hoje eu to uma complicação horrível, mas tudo bem. Esperei um tempinho livre, entre fazer as coisas em casa, para postar.
Já-já eu respondo os reviews, que eu não tive tempo para responder em paz, sem alguém começar a me encher aqui em casa... Então, boa leitura. E obrigada! Boa semana.



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– Você não tem que me levar a lugar nenhum, você sabe disso, não sabe? – eu repeti pela milionésima vez enquanto Dimitri dirigia para fora da Corte. Ele bufou.

– Eu já disse a você que eu não iria deixar meu carro na sua mão. – ele repetiu seu discurso novamente, me fazendo sentir náuseas. Eu suspirei, enquanto me encolhia no banco ao lado, e ligava o rádio. Alguma coisa como músicas de antes de até mesmo minha avó que eu nem conhecia, havia nascido, me fez desligar o rádio instantaneamente, como se tivesse tomado algum tipo de choque, ou tocado em algo realmente nojento. E diabos, aquilo não podia ser menos nojento.

– As rádios daqui são uma merda ou é só a sua? – critiquei, enquanto me encolhia ainda mais no meu banco, Dimitri me deu olhar de canto, mas não disse nada. Um longo silêncio se alastrou entre nós.

– Para onde realmente você está indo? E com quem vai se encontrar? – Dimitri perguntou de repente, quebrando todo o silêncio, e por um instante, eu realmente preferi que ele tivesse ficado em silêncio.

– Ninguém. Só alguém que eu conheci no mundo humano. – eu dei de ombros, daquela forma “alias”, parecendo mais segura do que eu realmente me sentia.

– Você mente muito mal, Roza. – ele disse, me dando um olhar repreensivo, e eu me senti desarmar no instante em que ele falou meu nome em russo. Diabos, porque ele tinha que fazer isso?

– Eu minto muito bem. – cruzei meus braços sobre o peito.

– Não é o que parece. – ele disse, e então, o silêncio voltou para nós, como se nunca tivesse sido quebrado pela pergunta sem resposta. Então, depois de longos minutos perturbadores, ele estacionou em frente à um pequeno bistrô, longe o suficiente da Corte. Eu desci do carro, assim que ele parou, me perguntando se Braddy já estava lá me esperando, ou era apenas mais uma das vezes em que ele se atrasava como o inferno.

Mas os pensamentos foram deixados de lado, quando notei o cara grande e russo caminhando ao meu lado. Eu parei abruptamente, à sua frente. Com uma mão que quando levantou, bateu diretamente em seu peito largo, fazendo-o tombar em mim com um pouco de violência.

– Wow! O que pensa que está fazendo, camarada? – exigi, ainda tocando seu peito.

– Você não acha que eu vou te deixar sozinha aqui, ainda durante à noite, não é? – ele disse de forma obvia, me fazendo ponderar. Mas eu deixei tudo de lado, como um emaranhado, me concentrando.

– Está quase amanhecendo! – eu disse de forma obvia, apontando para o horizonte quase alaranjado.

– Tempo o suficiente para algum Strigoi atacar você. – ele disse de forma dura, como um guardião, que... Diabos, ele era. – E eu não vou te deixar aqui sozinha. Poderia aparecer algum maníaco. Eu não faria isso com Lissa. Ela enlouqueceria se algo te acontecesse.

– Fica frio, camarada. – eu resmunguei, enquanto um carro vinha em nossa direção na estrada deserta. A caminhonete parou perto de nós, a caminhonete de Braddy. Ele saiu dela, de forma elegante, como ele sempre parecera com aquele seu cabelo escuro, seus 1,86 de altura e uma boa aparência. Eu não consegui não evitar sorrir. Braddy não era como Dimitri, mas de qualquer forma, ainda era bonito de forma diferente. E por Deus, o cara era sexy de morrer.

– Hey, Rose! – ele me saldou, quando chegou mais perto, eu não consegui não alargar meu sorriso.

– Hey, Braddy. – eu dei meu melhor sorriso. Enquanto eu via Dimitri encostado num carro. Eu podia jurar que ele havia rolado os olhos. Mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Braddy me abraçou, me tirando do chão sem nenhuma dificuldade. – É bom ver você também, Braddy.

Logo, ele me puxou mais ainda e me beijou. Seus lábios eram quentes, em um beijo rápido, devido à minha falta de vontade de aprofundamento. Ele se afastou, seu sorriso ainda era largo, mas, no entanto, abalado.

– Braddy, esse é Dimitri. – eu disse, me afastando dele e apontando para Dimitri, logo atrás de mim. Braddy assentiu para Dimitri e estendeu uma mão, mas Dimitri não a pegou, apenas murmurou algo em russo. Eu suspirei frustrada.

Depois de um longo instante, Dimitri apenas assentiu, de forma rápida em sem muita aprovação.

– Eu sou Braddy, namorado da Rose. – disse Braddy, e eu senti vontade de socá-lo. Dimitri olhou para mim, e então, eu senti toda a reprovação e olhar sombrio sobre mim de forma que foi embora tão rápido, que eu não teria notado se não estivesse observando Dimitri. Eu me senti corar.

– Ex. Ex-namorado. – eu corrigi ainda olhando para Dimitri, logo, me voltei para Braddy que me encarava, afetado e cheio daquela inflação no peito, o que me lembrou de um pombo, mas eu não disse nada – O que você queria falar comigo?

Havia tanta testosterona no ar. Que eu podia ver a hora em que eles poderiam se engalfinhar no chão. E eu sabia quem ganharia. E por Deus, eu ficaria muito contente com o resultado.

– Poderíamos ficar sozinhos? – Braddy disse. Eu senti Dimitri se mexer ao meu lado, desconfortável.

– Não tem problema de falar na frente dele. – eu disse, de forma segura. Braddy rolou os olhos.

– Há problemas, sim. Eu não confio nesse cara aí. – ele cabeceou em direção à Dimitri.

– E eu não confio em você. – eu sorri de forma zombeteira. – Olha, ele não vai a lugar algum. Então, é melhor você falar na frente dele, ou não falar, ok?

Braddy ponderou, provavelmente, pensando em não dizer nada.

– Pode ir. – a voz de Dimitri soou sussurrada ao meu ouvido, eu senti meu corpo estremecer com ela. Tão rouca... – Eu estarei aqui, de olho.

Eu sorri para ele, mesmo que fosse um sorriso vacilante, ainda era um. E ele me correspondeu, com uma sombra do mesmo. Eu hesitei antes de me afastar dele, e ir em direção a Braddy. Ele me encarava com aquelas gigantescas orbes azuis, cheias de algo.

– Pode dizer. – eu disse sem humor. Ele assentiu, enquanto dava as costas para Dimitri. E... De alguma forma, eu queria que Dimitri estivesse ali na minha cola, me assegurando que eu não precisava ter medo.

– Aquele cara te procurou. – Braddy disse. Meus olhos se alargaram de surpresa.

– O que ele disse? – minha voz saiu tão baixa, que Braddy não teria escutado se provavelmente não tivesse lido meus lábios. Seus lábios se tornaram uma linha fina, e de repente, Braddy parecia cansado demais.

– Ele perguntou onde você estava... E eu não sabia onde, então... Eu não disse. – ele meio que tagarelou, gaguejando. Tão assustado quanto eu.

– Dê o fora de Montana. Vá passar um tempo com seus tios em Connecticut, pelo menos, até eu resolver tudo com esse cara. – eu vociferei.

– Não. – respondeu ele, alterado. Eu percebi Dimitri se mover. Eu olhei para trás e balancei a cabeça negativamente para ele. Ele hesitou, mandando aquele olhar de conversamos-depois, eu suspirei. – Você e esse cara... O que diabos vocês dois tem? Você andou me chifrando com ele?

– Foda-se. Você sabe melhor do que ninguém que não temos mais nada. – eu disse, tão irritada que eu poderia quebrar a bela cara de Braddy sem pestanejar. Então eu respirei fundo, sentindo o sol que começava a nascer entrar pelos meus poros. – Eu preciso ir, Braddy. E por favor... Me escute uma vez na sua vida. Vá para Connecticut como combinamos.

– Você combinou para mim. Não eu. – ele disse, sua voz dura e cheia de raiva.

– Só. Por favor... Vá. É por pouco tempo. – implorei. Ele suspirou.

– Eu vou pensar. – ele disse, desfazendo aquela cara de durão. Eu sorri, como se tivesse ganhado uma guerra. E então, Braddy se abaixou para me beijar, mas a ideia de beijar outro cara me fazia doente, então, sem nem ao menos perceber minhas mãos o pararam, empurrando seu largo peito e ele suspirou de uma forma doente. – Acho que eles realmente estão começando a mudar você, Rose.

Ele se afastou, e eu o observei partir em sua caminhonete, enquanto o sol aparecia no horizonte. E quando a caminhonete desapareceu na estrada, eu me permiti virar de volta, para ver um Dimitri imóvel.

– Acho melhor irmos, camarada. – eu disse casualmente, sentindo minha cabeça girando. Dimitri não disse nada, apenas entrou no carro e eu o segui e dirigimos em silêncio de volta até a Corte. Estávamos no estacionamento quando Dimitri parou e se virou para mim. Eu esperei uma briga, ou alguma coisa terrível. Assim como eu não podia não pensar sobre tê-lo me beijando. Como toda vez que eu olhava para ele...

– O que foi aquilo? – ele questionou.

– Do que está falando? – murmurei.

– Você deveria ter dito que tinha um namorado humano. Que iria se encontrar com ele... – ele exclamou. Eu me senti encolher no banco, enquanto me perguntava se aquilo era pelo fato de eu ter um namorado ou por eu ter me envolvido em algum problema com algum humano. Dhampirs não eram tão aceitos por ter relacionamentos com humanos. Bem, eu sabia disso. Mas passar tanto tempo em um mundo repleto deles me fez esquecer até mesmo que eu era uma dhampir.

– Isso tudo é porque você me beijou mais cedo no ginásio? – eu senti as palavras saírem da minha boca sem que eu pudesse remediá-las. E o olhar que Dimitri me deu fez com que até meus ossos doessem.

– Não, Rose. – ele fez uma careta, e tirou o seu cinto de segurança. Eu me senti uma repleta idiota. Porque diabos eu havia tido aquilo? Eu era realmente estúpida! Eu suspirei, tirando também o meu cinto. Ele saiu do carro, e depois de alguns instantes, eu também saí, batendo a porta atrás de mim com força. Ele olhou por cima do ombro, mas nada disse, enquanto caminhava até o alojamento para Guardiões. Eu queria ir atrás dele, mas me limitei. Eu havia tido muita merda num dia só. Tudo o que eu precisava era dormir e pensar numa forma de me livrar daqueles problemas.

“Acho que eles realmente estão começando a mudar você, Rose...” as palavras de Braddy soaram na minha mente, vagando tão irritantemente, enquanto eu tentava dormir.


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