Piloto De Fuga escrita por Blue Butterfly


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que gostem e comentem



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Quando abri os olhos estava claro. Muito claro. Dez dias haviam se passado desde o enterro, mas mesmo assim eu ainda não me acostumara a tanta luz, sempre que acordava era um momento de assombro e de
dor ao lembrar porque tudo parecia tão diferente. Mas a batida que me acordara desviou meus pensamentos quando se repetiu.

-Entre

Eu disse já familiarizada com o rosto enrugado e sério de senhorita Ruffos que trazia sempre meu café da manhã. Ela sorriu ao me ver e depositou a bandeja ao meu lado, serenamente.

-Tudo bem com você querida? – ela me perguntou por hábito e educação.

-Sim, senhorita. A senhora Black já acordou? – eu perguntei também por hábito.

-Sim, ela e o major tomaram café da manhã juntos e agora ela está na sala de leitura.

-Jacob está com ela? – perguntei, agora curiosa.

-Não – ela me respondeu com o mesmo sorriso sereno – O senhor Jacob saiu com o major. Parece que eles tinham uma importante reunião hoje com o Partido.

A voz dela saiu cheia de significados e eu sorri amplamente pela primeira vez, sentindo minhas bochechas reclamarem com o ato. Fazia tanto tempo que eu não sorria tão largo…

Não que eu permanecesse séria o tempo todo, minha mãe me ensinou que um sorriso era a mais bela forma de se agradecer, então sempre que a ocasião pedia um sorriso eu sorria, fosse para Sue Black,
minha futura sogra, fosse para Billy Black, meu futuro sogro, fosse para seus constantes convidados do Partido ou para Jacob Black, meu noivo.

Assim que fiquei sozinha me vesti e fui ver Sue. Ela havia sido sublime me hospedando em sua casa, e me mostrara um caráter doce e irrepreensível, me tratando como uma filha. Seu apoio me ajudou a suportar a fase mais difícil dos primeiros dias com dignidade, sobriedade e classe, de modo que eu fiquei contente sabendo que meus pais, se pudessem me ver, teriam orgulho de mim.

-Sei que sente muita dor – ela me dissera no primeiro dia que passei em sua casa – Mas agora você precisa ser forte. Mulheres como nós temos que zelar pelo bem da continuidade do nome de nossas famílias, Isabella querida, e agora não é hora de perder a cabeça, muito pelo contrário, temos que administrar a dor, sentí-la aos poucos, sem fazer cenas públicas de dor. Se você não puder agüentar, fique no quarto, não se exponha ao ridículo, e saiba que sempre poderá contar comigo.

Fora maravilhosa durante aqueles dias, me permitindo ficar no quarto quando eu não conseguia conter minhas lágrimas e me incentivando a superar a dor. E eu seria eternamente grata a ela.

Ao chegar na sala de leitura, Sue ergueu a cabeça e me olhou, sorrindo. O livro que ela lia era um clássico de Maquiavel, “O Príncipe” e ela já estava pela metade do volume.

-Bom dia querida – ela me cumprimentou – Como você está hoje?

-Bom dia, Sue – ela não permitia que eu a chamasse de senhora Black – Estou muito bem, obrigada, e você?

-Ótima – ela respondeu sorrindo – Na verdade, esperava por você.

Eu me espantei com aquilo, não só com as palavras que certamente eram incomuns dada a hora do dia, mas pelo brilho de entusiasmo e desculpas que emanava dos olhos dela. Sentei na cadeira posta estrategicamente na sua frente e esperei que ela prosseguisse.

-Isabella querida, sei que não está com cabeça para pensar sobre isso, mas, devido as circunstâncias…  – ela parou e me olhou, esperando alguma reação, mas eu me mantive quieta e ela sorriu mais confiante e
prosseguiu – Isabella, você já pensou sobre seu casamento com meu filho?

Senti minha máscara de quietude e tranqüilidade escorregar pelo meu rosto revelando minha surpresa enquanto minhas testa se enrugava. Casamento? Quem podia pensar em casamento com a morte da sua família há apenas dez dias? Aquela mulher estava louca?

Eu ia brigar com ela quando percebi que estava perdendo o controle e aquilo era inaceitável. Sue me tratara como filha até agora, me aceitara na sua casa, dividira seu espaço comigo, e era compreensível que ela estivesse ansiosa pelo meu casamento, afinal era o seu filho quem ia se casar comigo. Também havia o fato que já fazia certo tempo que eu e Jacob estávamos noivos, e, ainda mais forte, havia o fato que desde pequenos fomos praticamente prometidos um ao outro. Meus pais sempre foram amigos da família Black e, antes deles morrerem, alguns preparativos para o nosso casamento já estavam sendo cogitados.

Pensar em tudo aquilo me trouxe vergonha e calma. Vergonha por ter pensado mal de Sue. Calma por saber que eu não brigaria com ela, manchando minha gratidão. 
         -Creio que ainda não cogitei sobre isso – eu respondi num pedido de desculpas.

-Entendo – ela falou, compreensiva – Eu não quero apressar nada, minha querida, e nem quis obrigar… Quero dizer, eu sei o quanto deve ser difícil para você, depois do que aconteceu. Mas acredite, eu só falei porque acredito que vai ser o melhor para você no momento. Vocês dois formam um casal muito bonito e os preparativos da festa, a escolha da casa, a compra dos móveis serão coisas que vão encher sua mente e ajudar para que você não fique a mercê de seus próprios pensamentos tristes. Me perdoe se eu estou sendo fria a esse respeito – ela pediu numa voz baixinha.

Novamente uma onda de vergonha me invadiu e eu corei ao perceber o quanto aquela mulher estava sendo boa para mim. Como uma mãe.

-Não Sue, não há nada a ser perdoado. Eu é que errei ao não pensar sobre meu casamento, me desculpe. Mas eu gostaria de esperar um mês pelo menos…

-Claro – ela me interrompeu concordando  feliz – Temos que dar um tempo ao luto, não quero que você se case amanhã – ela brincou jogando uma mecha de meu cabelo para trás.

-Obrigada – eu agradeci – Por me dar um tempo e por me lembrar que eu tenho um noivo a me esperar. Prometo que a partir de agora eu vou começar a planejar as coisas. Se você me ajudar é claro.

Sue abriu um sorriso deslumbrante e se pôs de pé irradiando felicidade. Eu também me levantei.

-Claro que eu vou te ajudar querida.

Nos abraçamos por um momento, então ela me soltou e ficou ereta como uma verdadeira dama. Antes que ela dissesse mais alguma coisa uma das empregadas apareceu e pediu sua opinião sobre o almoço e Sue, com um pedido de desculpas por me deixar, saiu da sala. Assim que a porta se fechou eu respirei profundamente e desabei na cadeira sentindo o peso do mundo diminuir dos meus ombros caídos.

Sem ter muito o que fazer, eu olhei para os vários volumes que cobriam a parede a minha frente,  a parte que eu conseguia ver já que estava rodeada de livros. Havia muita informação e cultura naquelas estantes de madeira embutidas na parede, eu me levantei e peguei um exemplar de volume médio e capa lisa. O título, escrito em preto, era “Rastros de Papel”. Quando eu o abri percebi que se tratava de um livro de poesia cujo autor eu desconhecia. Comecei a folheá-lo, parando de vez em quando para ler uma ou outra poesia. Haviam versos bonitos e cheios de hipérbole, como quando ele escreveu “seqüestro a lua e a escondo do sol para que ela não morra lentamente de inveja por te ver mais linda do que ela” ou “Sumiste, correste para o jardim e eu não pude mais te achar, perdida, tu, flor cândida e bela, no meio de tantas outras flores”, mas a maioria  dos versos eram apáticos , de um romantismo platônico já esperado. Ia devolvê-lo a estante quando achei, rabiscado em uma de suas páginas, numa caligrafia nem um pouco familiar, uma pequena frase “Caminhando e cantando / E seguindo a canção / Somos todos iguais / Braços dados ou não”.

Minha
mente não demorou para fazer a associação e eu estremeci ao perceber  que conhecia aqueles dizeres e a música que
os embalava. Fechei o livro com nojo e o devolvi a estante, certa de que aquele livro fora parar ali por engano. Os Black ganhavam muitos livros, nem todos de boa qualidade, e aquele livro deveria ter sido um presente ruim que alguém tolamente lhes dera. Por isso o poeta desconhecido e ruim. Por isso aquele trecho de música anarquista.

Eu não me lembrava da música inteira, só conhecia de fato aquela parte e outra que falava sobre ir embora e que era ruim esperar, mas sabia o quanto aquela música era anarquista, o quanto ela ia contra o nosso mundo de paz e amor, o mundo que nós estávamos construindo e que os anarquistas tentavam destruir.

Respirei fundo, tentando me acalmar, aplacar o ódio que eu sentia e olhei  para o jornal do dia. As notícias me acalmaram, pois eram a prova irrefutável de que eu estava do lado certo, de que o nosso mundo de paz estava vencendo contra o mundo dos maus. Porque a manchete e as notícias não eram como as de antigamente, não havia mais criança estuprada ou morta pelo pais, não havia mais epidemias ou assaltos, não havia mais fome ou guerras, apenas notícias sobre amostras de arte, exposições de flores, casamentos, livros novos e sobre como o governo estava tomando conta de nós.

Claro que ainda havia a parte de julgamentos, mas eu me orgulhava especialmente desta, assim como o resto da população, porque a nossa forma de julgar mostrava o quanto éramos civilizados e o quanto valorizávamos a vida do ser humano. Sempre durava sete dias até que a sentença de morte fosse dada, sete dias para rever o processo, para tentar convencer o revoltoso a se redimir e a se integrar a nossa sociedade. É claro que a maioria deles negava nosso perdão e aceitavam a morte de maneira rude, eram anarquistas, não queriam que ninguém
dirigisse suas vidas, não viam o bem que o Estado estava nos proporcionando, gritavam e nos caluniavam de coisas horrendas e morriam por suas escolhas.

Julgamento piedoso. Justiça irrepreensível. 

Ainda olhando para o jornal eu busquei na mente como é que aquele mundo de paz havia surgido para nós. Eu era muito pequena quando a transição ocorreu, então me lembrava mais ou menos dos fatos.

Tudo começou quando Aro Volturi entrou no poder como presidente. Alguns alegaram, no inicio, que aquilo era um golpe de Estado, que íamos voltar a obscura fase da ditadura militar, mas logo percebeu-se que aquilo era mentira. Volturi transformou nosso país numa das principais potências econômicas, combateu a violência, as drogas e a prostituição com uma obsessão feroz. O slogan de seu mandato era simples “Um país melhor necessita de um povo melhor, nós somos esse
país porque somos esse povo”.

E ele transformou o país e o povo com a ajuda dos militares.

Claro que a mudança não aconteceu da noite para o dia, ela demorou, mas nós víamos que ela vinha, percebíamos que os jornais não tinham mais tantas mortes como antes, percebíamos que o consumo de drogas começou a diminuir e, com espanto, ligamos as televisões e ouvimos sobre qualidade de vida, sobre jogos, sobre arte e entretenimento ao invés de morte, roubo e pedofilia. Um mundo novo estava surgindo, um mundo melhor, com um povo melhor.

Eu tinha orgulho de presenciar a estruturação daquele mundo, tinha orgulho ao saber que meus pais tinham ajudado a construir aquele sonho, que meu pai era um importante membro do Partido e quase explodia de felicidade ao lembrar que ano passada o próprio presidente Aro Volturi fora até a minha casa jantar conosco.

Não se falava mais em ditadura ou em golpe de Estado, todos viam que Aro Volturi era o melhor para nós, ele tinha que ficar no poder, tinha que continuar nos guiando e nos proporcionando um mundo melhor.

Infelizmente, eu me lembrei, esse todos não incluía uma pequena parte de pessoas: os anarquistas, os monstros que mataram meus pais e meus irmãos.

Eu não entendia porque eles simplesmente não aceitavam as coisas boas do nosso governo, porque eles eram contra a paz e a segurança que experimentávamos. Não havia nada de errado acontecendo conosco, tudo estava indo perfeitamente bem, então por que eles não podiam ser felizes como os outros? Ser felizes e bons como nós éramos? Por que eles tinham que ser tão diferentes? Por que Edward
tinha que ser um deles?

A angústia tomou meu coração e eu arfei, sem ar. Fechei os olhos e tentei me equilibrar apoiando minha mão na mesinha ao meu lado enquanto ordenava que meu corpo parasse de tremer. Não havia mais motivos para isso. Eu não podia mais sofrer por causa disso Ele era um assassino e eu tinha que aceitar aquele fato. Mesmo sabendo que ele fora meu melhor amigo, mesmo sabendo que ele nunca me tratara mal, mesmo sabendo que fora eu, a menina tola e piedosa, que entregara
comida e remédios quando ele me pedira.

Eu, a garota cujos pais ajudaram a construir aquele mundo, tinha traído meu país, meu povo, para ajudar aqueles anarquistas através de Edward. E me envergonhava disso.

No início eu menti para mim mesma que não estava ajudando os rebeldes (na época eu os chamava assim, me negava a ver os monstros que eles eram na realidade) e sim ajudando um dos meus melhores amigos, mesmo que fosse alimento demais para uma pessoa, ou remédios que ele não precisaria.

Só depois que meus pais e meus irmãos morreram, que aqueles assassinos destruíram minha família foi que eu percebi o grande erro que eu cometera. Eu não atenuara a ira do monstro, eu simplesmente os convidara para dentro da minha própria casa. Porque eu era a única que sabia que Edward era um dos anarquistas, mas escondera aquele fato dos meus pais e agora eles estavam mortos. E o pior de tudo é que Edward estava envolvido naquilo. Não tinha como ele não estar

         Eu estava naquela estranha posição, mão no peito, corpo meio agachado, respirando com dificuldade, quando a porta se abriu.

-Isabella? – a voz de Jacob surgiu, surpresa – Você está bem?

Antes que eu tivesse tempo de me endireitar e responder algo para ele, Jacob já estava bem ao meu lado. Ele só me deu tempo de ficar ereta e me abraçou com suavidade, seus braços ao redor do meu corpo enquanto sua boca tocava de leve minha testa.

-Desculpe-me Isabella– ele me pediu – Eu não devia ter te deixado, ainda não está na hora de você ficar sozinha. Mas eu garanto que foi realmente necessário eu ir àquela reunião.

Ao invés de me acalmar, suas palavras despertaram em mim uma onda avassaladora de remorso, ele estava se desculpando por ter me deixado naquela manhã, achando que eu estava mal pela morte dos meus pais, enquanto, na verdade, eu estava sem ar porque temia a prisão de um certo anarquista assassino.

Antes que eu as contivesse, algumas lágrimas começaram a rolar de meu rosto e Jacob enrijeceu, contrariado. Ele sempre odiava ver alguém chorando.

-Ann, eu já estou de volta, não precisa chorar – ele me repreendeu na sua voz doce e carinhosa, o que deixava a repreensão parecer um “eu te amo”.

-Eu sei, me desculpe – eu pedi secando minhas lágrimas nas costas de minha mão.

-Isso – ele aprovou sorrindo – Essa é a minha garota. Agora me dê seu melhor sorriso e um beijo e em troca eu te conto, em primeira mão, a reunião que tive com o Partido – ele propôs presunçoso.

Eu sorri, me esforçando ao máximo para parecer sincera e lhe dei um beijo delicado que durou bem pouco. Jacob me respeitava de mais, nunca seus carinhos comigo eram desrespeitosos. Um homem que me amava e me honrava com seus gestos e suas palavras.

Como prometido ele sentou na cadeira onde, horas antes, estava Sue e eu voltei a minha cadeira, esperando que ele começa-se a contar.

-Foi incrível Isabella– ele iniciou todo entusiasmado – Eu e papai fomos chamado para o salão de reuniões, aquele que fica no último andar. Quando chegamos lá estava o diretor do Partido, alguns homens respeitáveis que estão no Partido desde sua fundação e, por projeção, o presidente.

-Aro Volturi participou da reunião? – eu perguntei espantada e maravilhada – Jacob, isso é maravilhoso!

-Pois é – ele concordou, os olhos brilhando de expectativa e triunfo – Mas o melhor ainda não aconteceu, nós tínhamos lugares já reservados e, no início, ouvimos atentamente enquanto um dos senadores falava sobre como o Partido estava cuidando bem da área de educação e saúde. Acredita que diminuímos a 0,02 % a taxa de mortalidade infantil?

-Isso é ótimo – eu falei radiante.

-Pois é, mas então, depois de vários relatórios parecidos veio a parte chata.

-Os anarquistas – eu entendi.

-Exato, nós já conseguimos pegar uma grande parte deles, mas os principais mesmos ainda estão a solta, na surdina, como lobos vorazes esperando o melhor momento para atacar. Eles têm nos causado problemas, ainda aparecem nos jornais pelas atrocidades que cometem e o Partido precisava de alguém de confiança para ficar nas áreas de risco. Vários nomes foram citados para os lugares onde o problema é maior, e o presidente aceitou a maioria deles, só uma vez ou outra aconselhou que a pessoa estivesse acompanhada de outro Senador mais experiente para que realmente fosse solucionado o problema sem ter que afetar a nós, as pessoas boas que nada tem a ver com isso. E adivinha quem foi chamado para cuidar da nossa região?

-Seu pai.

Eu disse ficando de pé pronta para pular de alegria quando ele confirmasse. Aquilo seria maravilhoso para a família do meu noivo, a família que em breve seria a minha família. Jacob sorriu com meu entusiasmo, ficando de pé também, então tomou minhas mãos e disse:

-Não, não chamaram meu pai.

-Não, mas quem en…

E eu me calei, percebendo por que o olhar dele estava tão… glorioso. Por que ele mal parecia caber em si de tanto orgulho e felicidade.

-Meu Deus! Você! Eles te escolheram!

Eu não esperei que ele confirmasse, era óbvio que era ele, estava ali, estampado em seus olhos em sua expressão sublime. Eu o abracei com força, vibrando pela sua vitória. A vitória que seria minha também quando eu me unisse a ele em matrimônio.

-Eu não acredito – disse por fim soltando-o e encarando seu sorriso largo – Estou tão, tão orgulhosa de você meu querido.

-Eles me chamaram Isabella – ele me contou rindo – E disseram que eu era o que esse lugar precisava. Aro Volturi disse que eu era mais do que necessário, eu era o futuro que eles almejavam. O presidente falou isso para mim na frente de todos os Senadores!

Novamente nos abraçamos, dessa vez ele tomou a iniciativa e depois me beijou com delicadeza e exultação. Quando nos libertamos um do outro eu percebi que ele mal cabia em si de tanta felicidade. Com delicadeza ele pegou minha mão e me levou com ele pela casa para contarmos a novidade a sua mãe.

Jacob, meu noivo, era oficialmente o mais novo Senador do Partido.


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