O Sol Adormecido E A Lua Crescente escrita por Angel Salvatore


Capítulo 5
Lobo Cor de Areia


Notas iniciais do capítulo

Capítulo pequeno, mas preciso.



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Eu tinha absoluta certeza que estava dormindo e o que estava vivendo era um sonho, mas parecia muito real. Real até demais.

Estava chovendo, mas não muito, apenas uma garoa fina. Eu estava no meio da floresta e podia ouvir passos se aproximando rapidamente.

Vampiro!

Eu não conseguia reconhecer o cheiro. Talvez por ser um sonho. Resolvi que era melhor esperar e ver quem poderia ser. De repente, os passos pararam e eu tinha certeza que, quem quer que fosse, estava atrás de mim.

Me virei e trombei com Aro.

Por instinto me afastei uns dez metros dele e Aro continuava sorrindo para mim, como sempre. Ai, droga! Nem no sonho esse cara me deixa em paz.

“Volte, Lethycia.” , ele murmurou para mim e estendeu a mão.

Me afastei mais e ele ficava se aproximando. Quando ele ficou no seu modo de ataque e se agachou para me atacar algo aconteceu, ou melhor, algo apareceu na minha frente.

Um lobo cor de areia estava na minha frente pronto para atacar Aro. Não sei o porquê, mas senti uma vontade enorme de defendê-lo. Eu nunca tinha o visto, mas sentia que o conhecia a milhares de anos. Nesse momento percebi que também podia lutar contra Aro e ajudar o lobo cor de areia.

E um segundo eu estava sobre quatro patas e ao lado do outro lobo.

Como se fosse para confirmar minhas suspeitas de que aquilo era um sonho, vi Aro começar a recuar. O lobo ao meu lado ficou rosnando para Aro enquanto víamos ele partindo, até ele não ficar mais na nossa vista.

Eu me virei para encara o lobo cor de areia e me surpreendi porque ele também estava me encarando. Os olhos dele eram de um castanhos escuro profundo, bem diferente do meu, que era mel escuro.

Ficamos em silêncio e nos encarando.

Depois de um breve momento, comecei a escutar barulhos de patas. Lobisomens, certamente. Mas eu não sabia se era da minha família ou do bando dele. Ele também ouviu e se virou para partir.

Eu uivei para ele. O lobo me olhou de volta (será que aquilo nos olhos dele era dor?). Eu tomei consciência do que estava fazendo. Uivando para um lobo que eu mal conhecia.

Certamente eu estava ficando louca.

Ele abaixou o focinho e se aproximou de mim. Eu já estava de cabeça baixa e o ouvi me farejando. Eu fiz o mesmo, mas sabendo que no sonho não tínhamos cheiro. Pelo menos no meu sonho era desse jeito.

Ele uivou baixinho para mim e foi embora para a direção que o barulho de patas estava vindo. De repente me senti vazia e era como se um buraco tivesse sido aberto no meu coração.

Por que eu sentia isso?

Eu não sabia, mas teria que descobrir.

E rápido.


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Notas finais do capítulo

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