Prólogo;

Era só mais um dia de colégio, lá estava eu me arrumando pra ir para aquele lugar que meus amigos chamavam de ‘’colégio’’, eu particularmente sempre odiei à hora de me arrumar para ir para escola, ter de sair forçadamente do meu espaço, o lugar onde eu podia fazer o que quisesse, a hora que eu quisesse sem me importar se havia alguém para me julgar ali. Eu sempre colocava um lado da calça e me jogava na cama, colocava o outro lado e me jogava de novo, fazia de tudo pra chegar o mais atrasado possível. Mas aí só depois eu via o quão idiota, patético, preguiçoso e hipócrita eu era sempre me mostrei o cara mais alegre o mais bobão, mas isso até certo ponto era verdade; Eu não tinha motivo algum para odiar a vida, muito pelo contrário, meus pais me amavam e sempre faziam de tudo para me agradar, meus amigos eram divertidos, alguns bem idiotas às vezes, mas eu sempre tinha aqueles que estavam comigo em todas as horas. Porém eu ‘‘adorava odiar a vida’’, adorava dar um jeitinho de chegar em casa e ficar deprimido, só agora eu vejo quão idiota eu fui.Enfim naquele dia eu não esperava nada de diferente, como se algum dia eu fosse ao colégio empolgado, porém naquele dia eu não sabia que alguém ia chegar na minha vida pra mudar ela completamente.

Cap.1 ( O dia em que minha vida mudou)

Ao chegar ao colégio, como de costume eu sentei ao lado da minha amiga Hayley que ficava me fazendo companhia sempre, era minha melhor amiga, minha companheira. Sempre estávamos alegrando a todos, mesmo nos momentos mais tristes nós dois sabíamos como fazer alguém sorrir parecia até ser uma especialidade nossa e eu sempre gostei disso. No nosso humilde intervalo de 15 minutos, eu e minha amiga Hay fomos procurar por outros amigos nossos e esses também eram muito divertidos, amorosos e conselheiros. Tais eram: Brendon Urie, Carrie Fletcher, Ray Toro. Porém no caminho,

quando a gente estava indo ao encontro de nossos amigos, um rapaz de olhos azuis me chamou me surpreendi pelo fato dele saber meu nome, mas depois o ignorei e então ele falou:

-Meu amigo está... Er... Ele meio que está interessado em te conhecer-Disse o rapaz em tom de brincadeira e ao mesmo tempo parecia um pouco hesitante.

-‘’Meio que está interessado em me conhecer’’?-sorri-Ok, ok.

Nesse instante ouvi um rapaz branco, dos cabelos negros um pouco afastado dali gritar:

-POOOR QUEEEE?- Estava vermelho, com vergonha. Então ele se aproximou de mim e parecia nervoso e então disse:

-Oi... -me abraçou meio desajeitado e ele estava tremendo, me espantei com tamanho nervosismo afinal eu sou só mais ser humano que evolui dos macacos. Ou não.

-T-tudo bem?Ah, meu nome é Gerard e o seu?-perguntou-me agora um pouco menos nervoso, ou apenas tentava demonstrar isso.

-Frank, Frank Iero. Prazer – Dei meu melhor sorriso ao rapaz, tentando encorajá-lo, tentando mostrar para ele que eu não sou nenhum tipo de animal raivoso que morde.

-Lindo nome, prazer em te conhecer, mas agora tenho que ir depois a gente se fala, desculpa pelo meu amigo ele é meio perturbado-Eu ri, apesar de não ter visto graça naquilo e nem ao menos gostei do garoto, ele era estranho e... Merda, alguma coisa nele havia despertado meu interesse, mas ao mesmo tempo sem nem ao menos conhece-lo sentia um pouco de ódio dele.

Depois da cena um tanto quanto ridícula entre mim e o tal Gerard fui ao encontro dos meus amigos e vi que me esperavam ansiosos e quando cheguei Hayley perguntou:

-E aí?Como foi? Quem queria te conhecer?  Qual era o nome dele? Era bonito? Porque o amigo era uma gracinha-Ela apertou as próprias bochechas.

-Ui, mais um pra listinha de ‘’caidinhos’’ e ‘’caidinhas’’ pelo Frank - Disse Ray.

-Se você for resolver pegar ele, diz aí pra gente ao menos se ele vale a pena - Foi à vez de Carrie se manifestar.

-Nossa, me deixem respirar. Enfim, respondendo as perguntas da Hayley: Foi estranho, ele estava realmente nervoso e juro que fiquei com medo dele –eu ri do meu comentário-Era o Gerard, única coisa que sei sobre ele e... –pensei a última resposta, nunca fui do tipo de admitir que ‘’fulano de tal é bonito’’ ou bonita, como quiser. Mas este realmente me encantou com sua beleza e até que respondi involuntariamente:

-Não, ele não era nada demais. Menti.

Meus amigos mostraram uma cara de insatisfeitos e decepcionados e então me fizeram o grande favor de mudar de assunto. Nem sei que rumo a conversa tomou, fiquei pensando, pensei em como alguém que ao mesmo tempo consegue despertar ódio em mim consegue também despertar este interesse. Confesso que nunca me apaixonei de verdade, nunca me entreguei totalmente ao amor e pra falar verdade eu nunca disse ‘’eu te amo’’ pra ninguém, nem de falsidade, eu nunca vi necessidade para isto e eu só nunca me apaixonara antes porque sempre criei uma barreira imaginária em volta de mim, uma barreira totalmente contra o amor e tudo isso pelo simples medo de sofrer, mesmo gostando de ser ‘O deprimido’ nas minhas horas vagas. O problema era que eu não sabia por quanto tempo essa minha barreira imaginária iria agüentar.

Os dias passaram e nada demais tinha acontecido, de vez em quando eu me esbarrava com Gerard no colégio, ele dizia um ‘oi’ básico, eu só assentia e sorria. Mas o mais idiota dos dias que passaram, foi que eu me pegava me escondendo dele, não sei por que era meio involuntário. Acho que era porque desde que o conheci, reparei mais nele e vi que às vezes ele ficava me olhando, várias vezes o peguei me olhando.

Mas enquanto ele me olhava, eu olhava para outra pessoa. Não que eu estivesse apaixonado por esta, não mesmo. É que eu simplesmente a achava bonita e ela parecia

ser uma moça alegre, ela me olhava de vez em quando, às vezes tinha a impressão que ela tenta esbarrar em mim propositalmente e eu sempre desviava, talvez ela tivesse vontade de me conhecer assim como eu tinha vontade de conhece-la só que eu tinha vergonha.Quando eu terminei meu maravilhoso teste surpresa de química, que com certeza eu me saí muito ‘bem’, ela me chamou.Fiquei surpreso, olhei pra ela e ela sorria para mim eu ainda não acreditava muito bem que Ela estava me chamando, perguntei só para confirmar:

-Eu?

-Sim, você mesmo!

-Hm, oi?

-Oi, eu só queria te conhecer e então seu nome é Frank...?

-... Iero, como você sabe?- Já estou começando a ficar com medo dessas pessoas que já até sabem meu nome.

-Ah um amigo que é da mesma classe que a sua e é meu vizinho me disse-Sorriu tímida, estava até que bem feliz por dentro. –Ah propósito meu nome é Jamia.

-Prazer.

-Já vai embora ou podemos conversar?

-Acho que dá pra conversarmos um pouco.

-Onde você mora?

-Na vila aqui de perto mesmo e você?

-Longe, muito longe nem queria saber. Er... Frank eu teria chances com você?- Ela foi direta.

-Ah eu não sei, nem te conheço direito, nossa isso é sério? Bem agora eu vou indo amanhã a gente se fala.

Dei um abraço nela e ela beijou no canto da minha boca, estremeci.

Por mais que eu sinta algum desejo por ela, não é nada mais que isso e sei que vou fazer com ela o que fiz com todos os outros que ‘namorei’. O que era? Ficava com a pessoa até enjoar desta, parece cruel e é. Mas sempre achei melhor falar logo que não quer nada do que encher a pessoa de esperanças, de qualquer maneira sempre pisava, pisava e depois jogava fora o sentimento das pessoas, como se não fosse nada. Com ela não ia ser diferente, talvez eu até fosse pior com ela porque eu não gostei muito da primeira impressão que tive dela, ela se mostrou muito ‘oferecida’ e se quer soube puxar um assunto legal, acho que nem conversar é o que ela queria. Tudo bem que e nunca passei mais de três semanas com uma pessoa, mas pra ficar comigo mais de um dia tinha que saber ao menos conversar e quem sabe depois virarmos amigos. Nossa como eu sou fresco pra isso, mas não me importo, acho que o que eu gosto mesmo é de ter sempre alguém diferente pra ficar comigo, gosto de conhecer gente nova, mas de uma maneira diferente quando esta pessoa é bonita.

-Ora, Frank chamou a garota de oferecida, mas está sendo pior ainda-Falei comigo mesmo, já sozinho em casa. Eu sempre gostei de privacidade, tanto que já nos meus 17 anos já tenho minha ‘própria’ casa, tudo bem que meus pais fizeram questão de morar aqui ao lado, mas ora pelo menos é meu próprio canto né?