Nova Geração escrita por AliceTully


Capítulo 1
Capítulo 1




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POV.: James

Já era tarde da noite, e eu não parava de pensar nela. Elena. Ela me odiava, e isso era de conhecimento de toda Hogwarts, e não demonstrava nada quando eu tentava deixá-la desconcertada. A não ser rir, é claro, e me mandar para o inferno visitar tio Voldy, como ela o chamava. Mas ela gaguejava às vezes quando eu olhava diretamente em seus olhos.

Bom amanhã ela vem para a Toca com a irmã.. Tanto eu quanto Alvo ficamos felizes. Ele tenta disfarçar, mas é impossível não ver o brilho em seus olhos quando vê Amanda, ou como sorri quando a escuta rindo. Tão perdido quanto eu.. Pobre coitado.  Bom, não tanto quanto eu. Amanda, pelo menos, era gentil com ele, mais do que com qualquer pessoa, mesmo que ele não percebesse isso.  Eu tinha duas hipóteses: ou ela já era apaixonada por ele, ou estava no caminho certo pra isso. Era fácil ver o quanto ela o admirava. Queria que Elena fosse ao menos educada comigo. Ela faz questão de demonstrar desprezo pela minha pobre pessoa apaixonada. Eu não odiava isso, apenas imaginava o quanto de força de vontade para manter a dignidade após aquele dia.

Era começo do ano letivo, e  tínhamos acabado de entrar no trem. Ninguém sabe por que, a não ser Rose, Lily, Amanda e Madge, e eu ainda acho que elas só especulam o motivo. Ela estava tão distraída a ponto de seus olhos saírem de foco. Nós a chamamos várias vezes. Até que Amanda teve a magnifica ideia de sussurrar algo em seu ouvido. Não sei o que, mas a reação dela foi bem simples, e fatal para nós, caso ríssemos descaradamente dela:

- SAI DE PERTO DELE!!ELE É MEU!! SUA VADIAZINHA!!!!

E outros xingamentos. Quando ela se deu conta do que havia falado, ficou vermelha, quase da cor dos cabelos de Rose e Lily. O que não é pouca coisa. Todos riam. Exceto eu. Ela pensava em um menino. Que obviamente não era eu. Ela nos encarava quase que como se fosse nos matar. Não duvido nada que fosse capaz de jogar avada kedavra para todo lado. Não que ela fosse má. Mas era poderosa , e estava suficientemente irritada conosco para fazer isso. Quando viram a cara dela, pararam de rir quase que imediatamente. Ninguém nunca a viu tão brava. Nem mesmo eu, que a irritava a cada cinco minutos, só para ter sua atenção. Sabiam que tinham feito besteira.  Ela não disse nada. Apenas saiu. E só a vimos quando entramos no salão, estava isolada. E se recusou a falar com qualquer um de nós.

Não preciso dizer que fiquei chateado. Isso é obvio. Se ela não me queria, eu apenas a esqueceria. Deveria ser fácil. Ela fazia isso o tempo todo. Por que eu não conseguiria? E depois de uns meses tentando esquecê-la, cheguei a conclusão que jamais seria possível. Foi quando eu percebi que estava realmente apaixonado por ela.

Enquanto lembrava disso, fiquei triste. Ela nunca ia ser minha. Eu queria acreditar que sim. Mas no fundo sabia que não, que isso nunca ia acontecer.  Mas a lembrança da risada dela, quando Alvo gaguejou ao ver Amanda pronta para ir a uma festa no Ministério foi suficiente para me fazer rir. Claro, Amanda estava linda com um vestido rosa e branco, e com os cabelos curtos soltos com uma tiara rosa, combinando com o vestido. Delicada, como sempre. Alvo não conseguia falar, e Fred teve que bater nas costas dele para que desengasgasse. Foi cômico. Mas não posso dizer que Elena estava muito atrás. Ela estava de vermelho. Cabelos presos. Ela nunca prende o cabelo. Eu quase babava, literalmente. Rose me bateu, por que Elena estava mais rosa que a tiara da irmã, e não encarava ninguém. Ela estava constrangida por minha causa! Naquele dia, havíamos sorteado os pares, e ela ia comigo, Amanda com Alvo, Rose com Scorpius, Madge com Fred..... Acho que teve manipulação no sorteio. Principalmente com Fred no comando. Nunca que  um sorteio daria tão certo para todo mundo. Pelo menos para os meninos. Ela quase chorou de raiva quando soube que ia comigo. Segundo Lily, Elena e eu formávamos um lindo casal. As cabeças viraram quando entramos no salão de baile do Ministério. Meus pais sorriam. A mãe dela também. O pai de Elena era outra história. Ele não sorria. E olhava eu e Alvo com uma cara assassina. Bom, pelo menos o pai delas não faria nada em público. A mãe dela o conteria, caso tentasse. Bom, de qualquer modo, eu implorava a Merlim que sim. Aquela noite foi única. Ela não me ameaçou, não me bateu, nem me xingou. Ao contrario, ria e dançava. Comigo. Eu achei que tínhamos evoluído. Como eu estava errado. Ela compensou tudo no dia seguinte.

“ James, você precisa dormir cara. Não vai querer encontrar ela com a cara inchada de sono.” – pensei.

Eu continuei pensando em Elena, até dormir. E sonhei com ela, como de costume.

POV: Alvo

Ok, hoje é que as meninas chegam. Eu estou nervoso. Não sei por que. É só a Amanda. E a Elena. Acho que estou ansioso por que não as vejo desde que saímos de férias. E vamos planejar pegadinhas para o inicio de ano. Amanda vai ficar longe, assim como Rose. Já a Elena vai participar. Não sei como ela pode ser gêmea da Amanda sendo tão diferente da irmã. Amanda é toda certinha, raramente em detenções. Elena, cada semana praticamente, arranja uma diferente. Chega a competir comigo, Hugo, Fred e até mesmo James. Eu pensava tudo isso  enquanto me arrumava. Quando estava pronto, desci para tomar café da manhã.

- Noooossa Alvo... Por que tão arrumado? Quer causar boa impressão na Amanda? – disse Jay, zoando comigo, como sempre. E todos riram. Até meus pais. Nem pra me ajudar, poxa.

-  Cala a boca James. Eu não gosto dela. Ela é só minha amiga. Agora, por que você está tão arrumado? Aah olha!, até tentou ajeitar o cabelo! -  eu disse olhando atentamente o meu irmão. – Saudades da Elena? Talvez ela aceite um abraço seu hoje.

Novamente risos. James vermelho. De vergonha. E raiva. Eu previ o que ele ia fazer. E saí correndo como se não houvesse amanhã, o que seria verdade, caso ele me pegasse. De repente as meninas apareceram, sorrindo. Eu consegui desviar delas.

James não teve tanta sorte.

- POOOOOTTER! SAI DE CIMA DE MIM SEU ENERGÚMENO! AGOOOORA!

“ Meu Merlim, é a Elena” eu pensei.

Impossível não distinguir esse gritos. Especialmente o “POOOOOTTER!!!” Eu e Amanda ríamos da situação. E Fred, Lily, e papai, mamãe, meus avós, a família toda. E Elena continuava aos berros.

- SEU IDIOTA, ENERGÚMENO, PROJETO DE EXPLOSIVIM INACABADO!!! Você é cego? Eu estava na sua frente!!!! Eu ODEIO você Potter! Só pode ter titica de galinha na cabeça!!

- Eu estava cego sim. Sua beleza deixa todos cegos. – Disse Jay, sorrindo descaradamente. Os adultos olhavam, rindo.

- Potter, não venha com essas cantadas baratas pra cima de mim!

- Desculpe docinho. Mas não dá. É incontrolável.

- Não me chame de docinho!!

“ Eis a segunda versão de Lily Evans e James Potter!”

Era Sirius. Era um quadro, obviamente. Meus avos paternos, Sirius, Remus, Tonks, tio Fred e todos os próximos à família Weasley e Potter. Todos tínhamos um exemplar do quadro. Assim, eles podiam viajar de quadro em quadro, para nos visitar, passar recados e aparecer para conversar. O quadro só apareceu lá, por que tio Jorge o levou para verem a briga. Bando de curiosos.

Elena olhou para ele, irritada, mas nada disse. James, por outro lado, falou  o pior que podia ter dito:

- Espero que nos casemos, um dia, assim como vocês dois – disse olhando vovô e vovó. Eles sorriam. E foi quando Elena explodiu:

- VOCÊ TÁ MALUCO? BEBEU ALGUMA COISA, FOI !!? EU NUNCA, NUNQUINHA, ME CASARIA COM VOCÊ!! NEM AO MENOS NAMORARIA. E NEM TERIA FILHOS!!!

- Eu nunca disse nada sobre ter filhos, mas se você quiser, podemos discutir isso daqui a alguns anos. -  James sorria. Muito. Quase que de orelha a orelha. Literalmente. E Elena ficou da exata cor de um rabanete. E começou a bater nele. Eu gargalhava daquilo. Assim como todos ali. Eu escutei Sirius falando: “ Sério Pontas, acho que esses dois ainda casam. Ela é quase a Lily, e ele é quase você.” Vovó Lily olhava os dois, e ria demais. “ Concordo com você Sirius. Eles ainda casam. “ E Vovô James:  “ Eu realmente quero que eles fiquem juntos. Ela é perfeita para alguém como ele. Assim como Lily é pra mim.”

Quando Elena chutou Jay no lugar mais dolorido que você pode imaginar ( sim, esse mesmo), após caretas e gemidos de dor de todos os homens da família, incluindo eu e os do quadro, vovó Molly os parou. Elena estava vermelha, ofegante e descabelada. James estava deitado no chão, em posição fetal quase chorando de dor. Acho que ele se esqueceu que ela é bem forte para alguém extremamente pequena. Não é a toa que ela é batedora.

- Já chega crianças! Elena, Amanda, venham comer! Vocês estão magras demais.

Eu não achava Amanda magra demais. Ela era perfeita. Bem pequena. Mas eu não falei nada, James já tinha me zoado hoje, se desse essa chance, Fred iria me infernizar até o fim dos meus dias.

Tanto Amanda quanto Elena sorriram ao comentário de minha avó, e a seguiram, assim como todas as mulheres, e o quadro. Tia Angelina o levou para dentro.

Nós ficamos lá fora. Não sabíamos se dávamos risada do pobre Jay ou se o ajudávamos a se levantar. Portanto, ficamos parados. Quando ele se sentou nós nos aproximamos. Ele ainda parecia sentir dor, mas parecia estranhamente feliz.

- Ela fica linda brava, não fica? Mais que o normal. -  disse, sorrindo como um idiota. Quer dizer, a garota chutou ele onde mais dói e ele ainda a acha linda? Ele realmente a ama.

Nós apenas rimos e o ajudamos a se levantar. Estávamos quase entrando na cozinha quando me lembrei de uma coisa importante a dizer a James. Caso ele ainda quisesse ter filhos no futuro.

- Ei cara, vem cá.

- Fala Al.

- É o seguinte: Elena ainda está muito nervosa, e caso você queira ser pai um dia sente longe dela. Pelo menos por hoje.

-Ok. – Ele parecia chateado, mas aparentemente, concordava comigo.


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