Narrador

Eles vão em direção á rua que a mãe de Eleanor lhes informou. Dão a volta no quarteirão e não encontram Eleanor, decidem avançar de quarteirão. Eles “escoltam” os quarteirões próximos, acreditando que ela não iria tão longe. Eles passam por um mercadinho e viram a rua da direita, saindo da avenida mas param o trajeto quando de uma rua sem saída e sem iluminação, um carro os acerta.

Eleanor POV.

Acordo em uma macia cama, abro os olho mas logo os fecho com a luz forte contra mim. Abro os olhos novamente sem pressa, me acostumando com a claridade, e fico olhando para o teto branco.

– Foi só um pesadelo – Penso, aliviada. - Estou no meu quarto.

–Eleanor? – Alguém me chama.

Olho então para onde estou e vejo que não estou onde penso que estou, e tampouco fora do pesadelo.

Estou deitada em uma maca em um quarto espaçoso de hospital, com um fio diretamente na minha veia no braço direito injetando soro, um tubinho no nariz me ajudando a respirar, uma forte dor de cabeça, algumas partes do meu corpo doloridas e hematomas. No sofá grande encostado na parede á minha frente estão sentados Harry, Louis, Zayn, Niall, Paul, meu pai e minha mãe; olho rapidamente para eles.

Olho na direção que me chamaram, para o medico.

– A senhorita lembra do que aconteceu? – Ele me pergunta.

– Sim...- começo depois de pensar um pouco, com os olhos lotando de lagrima.

Me sinto mais culpada, idiota, dolorida e irresponsável do que nunca; e eu já fiz muita estupidez. Não podia ter largado o meu filho na casa dos meus pais e ter saído para beber e ainda mais em um carro, tão irresponsável. William! Passo os olhos pelas pessoas na sala e não avisto William. O despero toma conta de mim, me sento rapidamente logo me arrependendo pela tontura que o movimento me causa e dor pelo corpo, então pergunto apressada: - Cade o William?

– Você tem que se deitar... – O medico fala me abaixando novamente.

– O William esta aqui. – Harry fala e aponta pro sofá.

A cena simplesmente me dá tontura. William deitado no sofá coberto em um cobertor com a cor idêntica a dor sofá, com a cabeça apoiada no colo de Louis que lhe fazia cafuné. A cena é muito forte para mim, muito irreal, me encosto no colchão e fecho os olhos fortemente.

William estava com Louis. Louis nos rejeitou ontem mas hoje ele esta aqui com o meu filho apoiado em seu colo e o fazendo cafuné. Ele tinha rejeitado apenas a mim? O bebê era por ações também dele, mas eu não. Ele desistiu somente de mim?

– Eleanor... – O medico chama, abro os olhos e encaro ele. – Devo contar e perguntar o maximo sobre o acidente que te trouxe até uma ala hospitalar. Você quer descançar um pouco ou já podemos conversar?

– Podemos conversar. – Respondo. Eu queria descançar ou pedir algum medicamento para a intensa dor de cabeça, mas eu prefiro saber do acidente.

– Bem, você bebeu álcool na noite anterior e dirigiu. Acharam duas garrafas de Vodka no seu carro, uma vazia e outra pela metade. O maior problema é que você provocou um acidente... – Fechei forte os olhos me sentindo completamente idiota. – e acertou um carro, as vitimas não vão prestar denuncia, então você não tem que se preocupar em um possibilidade de ir para a cadeia. A senhorita terá de pagar um multa e então só terá de esperar receber alta para sair do hospital.

– Quem foram as vitimas? – Perguntei aos sussuros, quase engasgando com o choro que eu seguro. – Elas estão bem?

– As vitimas estão bem, sim, estão nesse mesmo hospital.Em breve devem sair. E... – O medico olhou a sua volta, para os meninos. – as vitimas são seus amigos; o Liam Payne e a Danielle Peazer.

Tampei meu rosto com minhas mãos, deixando as lagrimas saírem.