Boyfriend escrita por Starlet14


Capítulo 14
Staples Center - II




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Justin POV

A gritaria era ensurdecedora. Tem horas que agradeço por já ter me acostumado com tal altura. Minhas fãs são insanas, elas alcançam notas mais altas que qualquer humano. São minhas beliebers.

Eu estava no elevador para poder subir ao palco, as luzes já estavam brincando de reluzir e animar os fãs. Era demais essa parte, me sentia como um bad-ass.

A banda já começava os acordes e os dançarinos já faziam seus primeiros passos da coreografia. Wow, acredito estar mais ansioso para esse show que minhas beliebers.

Fique em pé por completo, soando as letras da primeira música. Love me. As garotas foram a loucura. Demorei alguns instantes até me acostumar com tanto barulho, mas eu me sentia em casa.

Me aproximei mais do limite do palco, podendo ver de perto alguns rostos. Muitos estavam vermelhos e úmidos, mostrando-me que estavam chorando. Odeio ver uma garota chorando. Minha vontade era de descer e abraçar cada uma presente. Tentei tocar a mão de algumas que estavam bem à frente, elas me estendiam as mãos, com olhares suplicantes e eu cantava... cantava para elase sorria, tentando olhar para cada uma de forma especial, porque para mim, eram únicas. E ao ver seus olhos marejados de emoção, ah, isso era a recompensa por todo e qualquer esforço para chegar onde estou hoje.

Passei meus olhos pelo estádio, lotado. Era linda a vista daqui de cima. Vendo todos aqueles flashes, garotas, luzes... eu espero nunca perder essa visão. Passei meus olhos, enquanto cantava, e vi no camarote minha mãe, Ryan, Sara e Jessica.

Sorri bobamente quando vi Jess dançando animadamente ao lado de sua irmã, essa garota realmente sabe se divertir. Ela sorria, e cantava cada palavra, parecíamos até sincronizados. Haha, quem não é fã agora?

Nossos  olhares se cruzaram. Aquelas duas possas de chocolate...

My heart is blind but I don't care
'Cause when I'm with you everything has disappeared
And every time I hold you near
I never wanna let you go, oh

            Logo terminamos e fomos à próxima música. Me posicionei ao centro do palco, onde um holofote acendeu em mim.

            - Wasssuuup LA? Como estão hoje? Meu nome é Justin e eu estou mais do que agradecido por ter vocês aqui hoje! Vocês estão prontas para sorrir? Porque quando você sorri, eu sorrio!

            Os acordes de U Smile começaram.

            Comecei com as primeiras letras, e logo elas me acompanharam gritando. Aumentei a entonação da minha voz, orgulhoso por tal feito. Elas não sabem o quanto isso significa para mim. Podia ver vários sorriso extremamente bonitos a minha frente, mas tinha um em especial que queria poder desfrutar de tal beleza.

            Naveguei meus olhos pelo Staples Center, e achei o que tanto procurei. Lá estava Jess, dançando de olhos fechados e rindo consigo mesmo. Não me dei o trabalho de entender em que mundo distante do nosso ela estava.

            Mesmo ela não percebendo, cantei para ela. E era realmente verdade. Não sei qual força sobrenatural me possuía, mas era só ela mostrar o mínimo sorriso que eu sorria também. Era impossível não sorrir, ela era contagiante.

            Finalmente ela abriu os olhos, e me fitou. Eu também a fitava. Era incrível como eu estava me sentindo. Apenas o Justin. Nesse momento, eu esqueci que eu era um popstar, cantando para um estádio lotado de fãs.

Os sons e os gritos, foram ficando mais afastados, meus olhos não captavam nenhuma outra imagem a minha volta, a não ser ela. Era ela e eu, eu e ela. Apenas eu e ela.

Baby you won't ever work for nothing
You are my ins and my means now
With you there's no in between
I'm all in

Mesmo  com as luzes não me deixando a ver direito, eu a fitava intensamente, e ela retribuía com seu melhor sorriso. Logo, a vi cobrindo rapidamente seu rosto com suas mãos, o mesmo que ela fazia quando suas bochechas coravam.

Logo, a música acabou, começando depois runaway love. A dança com as cadeiras é impressionante, quando me mostraram, confesso ter achado que não conseguiria. Mas baixou o Michael Jackson em mim, e tudo deu muito certo.

Sem perceber, o primeiro bloco já havia terminado, e eu estava no backstage arrumando meu microfone, tomando água e logo subindo novamente com uma roupa diferente.

[-]

- Ótimo show man! Ó-TI-MO show! – Scooter me falou dando alguns tapinhas em minhas costas. Ri e o cumprimentei de volta.

Mas na verdade, minha cabeça estava em outro lugar agora. O show inteiro, eu fiquei olhando para a Jess. Era incrível, ela parecia um imã, e eu não conseguia parar de olhar. Claro que foi exclusivamente para as minhas beliebers, mas na minha cabeça, seu lindo sorriso, seus olhos passeavam livremente.

- Parabéns filho!- Minha mãe me abraçou. Retribuí o abraço, e logo depois fui para meu camarim. Sentei no sofá, descansando.

Logo, vi entrar Ryan, seguido por Sara de mãos dadas. Sorri pervertidamente á ele, que retribui com um olhar K47. Depois Jessica e Alfredo entraram rindo. Sorri ao ver seus brancos dentes expostos. Levantei-me quando a vi se aproximar.

Nem liguei se estava suado ou fedendo, porque ao momento em que ela me abraçou, só me veio a mente retribuir o máximo que podia. Aspirei a maior quantidade de perfume de seu pescoço possível, mas acredito que ela sinta cocegas, pois ela se arrepiou. Ri contra sua pele.

- Foi um excelente show!- Ela falou se soltando de mim, e me fitando animadamente.

- Você gostou então?- Perguntei contente.

- Uhum!- Assentiu com a cabeça.

- Então agora eu sou seu cantor-preferido-no-mundo-inteiro?- Falei divertido enquanto brincava de balançar suas mãos de um lado para o outro.

- Hmm – ela ficou pensativa- não. – Disse rindo. Fiz cara de decepcionado. Apesar de eu querer que fosse outra coisa preferida-no-mundo-inteiro, começar por cantor não seria nada mal.

- O Michael ainda ganha de você. – Ela disse. Não preciso nem dizer o quão contente fiquei, quando ela mencionou o nome do meu ídolo. Dá pra acreditar? Ela não podia ser mais perfeita.

- Bom, porque é o Michael, eu deixo. – Falei sorridente.

Puxei-a pela mão, sem nem me preocupar se ela queria se sentar comigo ou não. Me sentei, e Jess se sentou ao meu lado, mas a distância entre nós me incomodava. Passei meu braço por trás de sua cintura, e colei seu quadril ao meu.

Jess POV

O show tinha acabado de terminar. Justin havia acabado de sair do palco, todo feliz. Minhas bochechas doíam de tantos sorrisos durante todo o show. Ainda bem que estava escuro, pois assim ele não notaria que eu sorria bobamente para ele.

A esse instante, estávamos andando pelas catacumbas do backstage, eu ria animadamente de uma piada que Alfredo tinha feito. E logo a nossa frente, Ryan e Sara, de mãos dadas. A Sara nega, mas eu tenho quase certeza que vi que Ryan dando uns pega nela durante o show. Mas, tudo bem.... isso com certeza não fará diferença nenhuma na minha vida.

Abrimos a porta do camarim, o mesmo que estávamos quando chegamos. Visualizei a sala, em busca de algo... ou melhor, alguém. Arrastei meu olhar, até encontrar o que tanto procurava. Ali estava ele, atirado no sofá, suado e usando um boné vermelho, que contrastava muito bem com seu cabelo loiro.

Ao me aproximar, ele se levantou e veio ao meu encontro. Uma forte atração magnética atracou em minha consciência, me empurrando diretamente a ele, o abraçando. Inalei todo o cheiro possível que meus pulmões pudessem aguentar. Ele cheirava ao néctar do deuses.

- Foi um excelente show!- Falei orgulhosa dele. Acredito que, para alguém como eu, que nem ligava para tal criatura, tinha gostado até demais do show.

- Você gostou então?- Perguntou maroto. Ah, esse garoto não mede esforços para pode tirar proveito de minha fraqueza. Mal ele sabe que essa foi uma das melhores noites da minha vida.

- Uhum.

- Então agora eu sou seu cantor-preferido-no-mundo-inteiro?- ele falou, esperando que eu respondesse um lindo e sonoro sim. Mas não não Bieber, comigo as coisas não são assim tão fáceis.

- Hmmm – fingi estar em duvida, provavelmente o fazendo se roer de curiosidade por dentro – Não. O Michael ainda ganha de você.

Ele pareceu ficar em duvida, se comemorava ou se reclamava. Ri com tais conflitos inúteis. Por mim, ele seria meu preferido em tudo.

Se me colocassem para fazer uma prova agora, não importa a matéria, todas as respostas seriam seu nome. Afinal, que outra coisa no mundo faz sentido, a não ser o Justin?

Senti ele me puxar pela mão, me guiando até o sofá. Me puxou para sentar junto a si. Me sentei ao seu lado, fitando-o, porem ele parecia indeciso ou incontente com algo. Laçou minha cintura e me grudou na parte lateral de corpo. Aquilo acendeu borboletas em meu estômago.

Antes que pudesse falar algo com ele, um barulho estridente soou em cima da mesa, enquanto vibrava. Ambos desviamos nossa atenção a tal objeto, que agora parecia ainda mais barulhento.

Justin pegou o celular da mesa e viu no visor quem era- o qual não pude ver também. Ele pareceu meio irritado, levantou-se e se direcionou a um canto do camarim, atendendo ao telefone.

[-]

            Já tinham alguns minutos que Justin falava ao telefone. Ele andava de uma lado para o outro, e não parecia muito satisfeito por atender a ligação, parecia estar impaciente.

            Já eu, fiquei conversando com Sara e Ryan, aqueles dois já pareciam um casal de namoradinhos. Meu Deus, essa garota não perde tempo!

            Mas confesso que espero que eles fiquem juntos, porque além deles combinarem, a Sara não vai mais “querer” o Justin e dessa forma ele fica só pra m.... NÂO! NÃO NÃO E NÃO JESSICA! ESQUECE ISSO SUA ANTA!

            Senti alguém colocar uma mão em minhas costas, me virei e vi um anjo... ou melhor, o Justin.

            - Desculpa, eu tive que atender- Ele lamentou, fazendo careta e balançando o telefone.

            - Tudo bem Jus.- Falei meio aérea, já que apenas aquele toque já me deixava assim. Sem falar naquelas duas poças de mel me olhando, ui.

            - Jus?- Ele perguntou com suas orbes brilhando. Ao perceber a forma a qual o havia chamado, minhas bochechas coraram.

            Ele gargalhou audivelmente, me deixando ainda mais constrangida. Pra que eu fui falar isso?! Droga!

            - tá tudo bem Jess – ele falou puxando meu rosto para cima, em rumo ao seu – pode me chamar assim. Pode me chamar do que você quiser. Jus, JB, J, baby, fofo, amor, meu... qualquer coisa tá?

             Ele falou, arrancando um suspiro de mim, junto a uma vermelha coloração em minhas bochechas.

            “Meu”. O que eu não faria para poder chama-lo de meu?

Me peguei submersa aos meus desvaneios novamente. Isso tem acontecido muito ultimamente, eu tenho é que acordar pra vida. Ele NUNCA me veria mais do que uma amiga, não sei nem se ele me vê como uma amiga.

- Vamos gente?- Scooter me interrompeu de me afogar em tantos pensamentos, nos chamando para ir embora.

[-]

- Vamos Sara, o carro vai nos esperar na outra entrada.- Eu falei chamando-a enquanto ela ia para a outra saída, a mesma que Ryan.

- È que Jess, eu e o Ryan estávamos pensando em ir jogar boliche. Então pode ir pra casa ok? – Ela me falou. Acredito que se pudesse mata-la apenas pelo olhar, já teria o feito.

- Tá né!- Falei bufando e indo em direção a saída, mas antes de tomar minha direção por completo, sinto algo puxando meu braço, me fazendo voltar a posição anterior.

- Eu vou te levar.- A mesma pessoa que me puxou falou. A mesma pessoa que se chama Justin. A mesma pessoa que eu estou apaí...NÃO! NÃO ESTOU NÃO!

- M-mas J-Justin o Moshe que vai me levar. È o c-combinado- Falei gaguejando, pois ele me fitava de forma intensamente intensa. E eu estou pensando confusamente confusa agora. / ¬¬ /

- Não, pode deixar que eu falo com ele. – Justin passou por mim, indo em direção a Moshe que esperava perto do carro. Não deu nem um minuto e já voltava com um sorriso de orelha a orelha.

Pegou minha mão e foi me puxando para a outra saída.

-Você não vai ficar em encrenca por causa disso?- Perguntei rindo, logo acompanhada por ele.

- Eu gosto do perigo.

Rapidamente chegamos ao estacionamento, que agora estava praticamente vazio. Já deviam ter saído.

Ele acionou o alarme de um carro não muito distante. O mesmo carro que havia nos levado para passear em Hollywood.

Chegamos até o veículo e ele correu na frente, abrindo a porta do passageiro para mim.

Sorri bobamente, entrando no carro e dizendo “obrigada” quase que em um suspiro. Vi ele dar a volta no carro. Percebi que ele havia trocado de roupa, pois agora não era mais a que ele havia usado no show e a mesma que ele estava no camarim.

Abriu a porta do motorista, e sentou no banco, dando partida no carro e logo saindo do estádio. Acredito termos pegado alguma atalho ou passagem secreta, pois nenhuma sequer fã estava por onde passamos.

- Err, é, que antes de eu te deixar em casa... a gente vai dar uma passadinha em um lugar tá legal? – Ele falou coçando a nunca.

Ah não! Tudo de novo não!


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