— Mas Rony... O Draco está tão meu amigo agora, ele me ajudou em todo o tempo quando nós terminamos. Me dava conselhos, me fazia sentir melhor... Estou tão grata a ele, simplesmente não posso deixar de falar com ele assim. E você? Não vai querer continuar falando com a sua amiguinha Mila? Hein?

— Eu não me importo com a Mila, só falei com ela para te deixar com ciúmes. Se você quiser eu paro de falar com ela, tranquilo - Rony deu de ombros

— Tudo bem, tudo bem... Você só falou com ela para me deixar com ciúmes. Mas e o Draco? Eu não queria te deixar com ciúmes falando com ele, a nossa amizade veio de forma natural. Por favor, Rony, não me faça escolher. 

— Então você prefere ter o seu amiguinho Malfoy do que o seu namorado? - Rony perguntou

— Não, NÃO! - Hermione já estava desesperada - Mas é só que... Eu não posso ser mau agradecida Rony. O Draco me ajudou tanto , não posso fazer isso com ele.

— Se o problema é se você vai ser mau agradecida, então diga um obrigado a ele e tudo se resolverá.

— Não Rony, eu...

— Olha, já chega Hermione. Decida, ele ou eu?

Hermione precisou de um minuto para digerir tudo o que Rony estava falando. Ela não podia deixar Draco de lado, ele tinha se tornado muito importante pra ela. Mas quem estava pedindo era o Rony, o amor da vida dela. Ela não podia passar o que passou com a perda dele de novo. 

Ela ainda o olhava boquiaberta quando ele disse:

— Então, vai responder?

Ela não sabia o que dizer, mas não queria brigar com Rony novamente. Deu um suspiro e falou:

— Tudo bem, Rony, eu paro de falar com o Draco.

— Ah, obrigado Mione - Rony a abraçou. 

Hermione precisou se controlar para não chorar. Como diria a Draco que ia simplesmente parar de falar com ele? Não podia, não podia... Draco era agora um de seus melhores amigos, seu conselheiro.

"Não, não posso deixar de falar com ele. Vou ter que dar meu jeito de nos encontrarmos escondidos do Rony" - ela pensou

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Rony e Hermione voltaram de mãos dadas para a sala comunal da Grifinória. Apesar do dilema com Draco, era a primeira vez em que ela se sentia realmente feliz em semanas. Depois de passar pelo quadro da mulher gorda, os dois entraram na sala e se sentaram na poltrona em frente a lareira. Ela no colo dele. Eles ficaram lá, trocando carinhos, até que Gina os interrompeu:

— Hermione! Rony! Ah, vocês se acertaram, que lindos.... Bom, mas não é esse o assunto! Vocês sabem onde o Harry se meteu? Ele não voltou até agora! Se ele for pego à essa hora fora da cama... ai ai...

— Ele está bem, Gina, está com a Murta! - Rony falou

— Com a Murta???? Mas que diabos ele está fazendo com a fantasma chorona?

— Longa história, Gina... Depois eu te explico! - Hermione respondeu

— Depois você me explica? O que vocês estão escondendo de mim hein???? Aliás, quer saber? Eu nem quero ouvir. - Gina deu as costas e subiu as escadas em direção ao dormitório feminino

— Está na hora de irmos para a cama também, não acha? - Hermione perguntou a Rony

— É, está. Bem, vou me deitar. Nunca esqueça que eu amo você, ok? - Rony deu nela um beijo na testa

— Não, nunca esquecerei. Boa noite! - Hermione se levantou do colo de Rony e esperou ele subir as escadas para pegar um pedaço de pergaminho e uma pena para começar a escrever:

"Querido Draco, 

Hoje o Rony me chamou para conversar e nós nos acertamos. Isso mesmo! Voltamos a namorar! Estaria tudo perfeito se não fosse por um detalhe... Ele me proibiu de falar com você... Tive que dizer a ele que sim, que não ia mais falar com você. Mas simplesmente não posso, você é um dos meus melhores amigos agora. Temos que nos encontrar escondido, por isso todos os dias depois do jantar me encontre na sala precisa tudo bem?

Com amor, Hermione"

Hermione saiu correndo em direção ao corujal, lá pegou a primeira coruja que viu, colocou a carta em seu bico e disse:

— Entregue ao Draco Malfoy na Sala Comunal da Sonserina. Vá pela janela e se certifique de que ninguém te viu.

A coruja bateu as asas e saiu noite a fora.

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Hermione já estava no dormitório, de pijama, em cima da sua cama. E Draco ainda não tinha respondido a sua carta. Já havia começado a ficar aflita quando finalmente a coruja preta começou a bater no vidro de sua janela. Silenciosamente, ela abriu a janela e pegou a carta no bico da coruja. Lá estava escrito: 

" Tudo bem, combinado"

Era a letra dele