-         Inglaterra? Assim do nada?

-         Qual o problema, Hector? Ela está de férias e tenho que tomar posse da minha herança lá.

-         Mas e passaportes? Visto?

-         Por isso estou aqui. Como advogado você consegue tudo isso bem mais depressa do que eu.

-         Não! Não vou fazê-lo, as coisas lá estão uma loucura, o mundo bruxo está empolvoroso, é perigoso.

-         Não se preocupe, vai ficar tudo bem, sei que estarei bem protegida. Como sempre estive.

-         Mas antes havia sua família. Agora vocês estão sozinhas, eu não posso deixar o escritório neste momento, e meu pai viajou.

-         Em primeiro lugar, nós não estamos sozinhas, temos uma a outra. Em segundo eu nem lhe pediria para viajar agora, sei que está acontecendo alguma coisa. – Catarina reparou na cara que Hector havia feito. – O escritório está uma loucura, e com tudo o que me contou... – fez uma carinha de criança pidona, daquelas de bem inocente.

-         Se eu não soubesse que não é uma bruxa diria que é uma Veela, - vendo a expressão de Cathy, resolveu explicar - é um tipo de bruxa que seduz os outros para conseguir o que quer.

-         É o meu charme escorpiano. – riu fazendo charminho Hector acompanhou a risada.

oO.Oo

Após algumas horas depois de embarcar, elas já estavam pousando em Londres. Ao passarem pelo portão de desembargue avistaram um homem alto de cabelos castanhos, vestindo um terno marrom um pouco surrado, apesar das marcas que diziam ser um homem sofrido, seu rosto passava tranqüilidade. Ele segurava nas mãos uma placa com os nomes delas.

-         Olá! Você deve ser amigo do senhor Austin.

-         Sim, sou Remus Lupin. Você deve ser Catarina e você Vivian, não?

As duas riram, mas logo se explicaram.

-         Eu sou Catarina

-         E eu sou Vivian

-         É que eu sou baixinha mesmo. – disse Catarina.

-         Perdoe-me. – disse Lupin constrangido.

-         Sem problema, sempre acham que eu tenho menos idade. – Catarina sorriu

-         Acompanhem-me, as levarei um hotel e amanhã as levo até sua casa em Kensington.

oO.Oo

-         Aqui, este é o numero do meu celular, qualquer coisa é só ligar. – disse Lupin ao se despedir das duas. – Boa noite! Até amanhã.

-         Boa noite! – disseram em unisom.

Meia hora depois de se acomodarem no quarto, Vivian disse que queria jantar, estava com fome. Então as duas desceram até o restaurante do hotel.

-         Olha Cathy! Deve ter algum baile a fantasia aqui no hotel. – disse Vivian apontando para umas pessoas com capas e mascaras prateadas, que entravam no hotel.

Catarina viu quando um funcionário do hotel foi até onde ficavam as chaves dos hospedes e procurou alguma chave e não encontrou, era na mesma direção que o funcionário que as registrara havia pegado sua chave.

-         Vamos ao banheiro, agora! – disse baixinho.

-         Porque? – perguntou Vivian. – não pode ir sozinha? – brincou.

-         Não. – Respondeu seca.

Mal tinha começado a andar em direção ao banheiro e Catarina já estava discando no celular.

-         Lupin? Comensais. Uns sete, mais ou menos. Estamos no banheiro do restaurante do hotel. Ok.

-         Ele disse que é para esperarmos aqui dentro. – disse entrando no banheiro

-         Mas o que...

Vivian parou a pergunta no meio quando num forte estrondo a porta do banheiro foi arrebentada fazendo com que elas caíssem no chão.

Uma das pessoas encapuzada entrou pela porta (ou o que restou dela), trazia algo na mão, uma espécie de vareta, que Catarina logo reconheceu como uma varinha e apontava para elas.

Catarina sabendo do perigo se posicionou na frente de Vivian, em posição de luta. Como sabia um pouco de artes marciais, achava que poderia tentar lutar enquanto não vinha socorro.

-         Humm! Temos uma gatinha selvagem aqui! Vou gostar de domá-la. – disse num tom de luxuria indo para cima delas.

Ao se aproximou mais das duas, o comensal foi jogado longe, num movimento rápido Catarina conseguiu acertar o comensal com um chute forte, jogando-o longe.

Quando se levantou, ele partiu para cima delas cheio de fúria, mas de repente caiu desmaiado. Na porta surge uma jovem de cabelos roxos com uma  varinha empunho.

-         Vocês estão bem?

-         Sim! – responderam.

-         Eu sou Tonks, amiga de Lupin, venham comigo.

Mal terminará de falar, ela caíra no chão gritando de dor. As duas correram para ajuda-la, quando viram atrás dela outro comensal apontando a varinha para a moça.

De repente o comensal cambaleou para o lado libertando Tronks do feitiço.

Era Vivian que num impulso pegou uma pedra no chão e jogará no comensal, fazendo com que ele perdesse a concentração.

Quando se recuperou do susto, ele voltara-se para as duas erguendo sua varinha começou a dizer um feitiço: “Cruci...” Não terminou, foi atingido com outro feitiço que o derrubou no chão violentamente.

-         Vocês estão bem? – Perguntou Lupin. – Tonks! – chamou apreensivo quando viu a jovem no chão.

-         Estou bem! Elas me ajudaram.

-         Venham, vou levá-las a um lugar seguro. – disse enquanto amparava Tronks.