Born Under A Bad Sign escrita por Rock Queen


Capítulo 3
Falta de título é o que há.


Notas iniciais do capítulo

Brincadeiras a parte, não consegui pensar num título decente. É. Bem, gente, eu sei eu sei eu sei que fui uma mocréia de ter largado vocês sem os preciosos caps. Me perdoem, tá? Eu sinto muito mesmo. Passem no meu perfil que tem tudo explicadinho, visse? Obg!



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Capítulo 2 - Falta de título é o que há.

No outro dia, eu fui acordado com cutucões nada amigáveis. Cutucões dolorosos, se você quer saber.

-Ei, James? Jaaaames, levanta, James. – Abri os olhos devagar, enquanto minha visão focalizava. Era Severus, que sorria animado para mim – Levanta aí, hora de começar o dia.

-Que horas são? – Resmunguei, me levantando do chão. Milagrosamente, o chalé estava vazio.

-São... Sete da manhã, amigo – Ele deu um tapinha nas minhas costas. Tateei o chão até achar meus óculos, e os coloquei sem jeito – Toma um banho, suas roupas estão aí. Espero você lá fora. A propósito, vá rápido – Disse rindo, enquanto saía.

Levantei trôpego e peguei a mala que ele havia apontado. Como diabos...? Enfim... Tomei um banho rápido e coloquei uma calça jeans e uma camisa do acampamento [que era de um laranja berrante que cegava] e saí do chalé.

-BOM DIA FLOR DO DIA – Alguém berrou, e foi pra mim. Virei, e Sirius caminhou até mim sorrindo. Arregalei os olhos ao perceber que ele tinha um corte no rosto, e outro na barriga. – Isso é frequente.

-Ah, claro – Respondi irônico.

-Vem, anda, vamos. – Ele agarrou meu braço e foi me arrastando – Vamos socializar com as pessoas, seja um pouco mais animado James – Debochou ele. Fomos direto para arena, onde um monte de gente treinava.

Confesso que fiquei assustado. Eram facas, espadas, chicotes, tudo sendo usado sem supervisão. Por Deus.

-CARALHO FORTESCUE, SUA CEGA, JÁ FALEI PRA VOCÊ OLHAR SUA MIRA – Sirius gritou, ao desviar de uma flecha.

-DESCULPE SIRIUS – Ela gritou de volta.

-SÓ PORQUE EU TE AMO, BAIXINHA – Rebateu rindo, acenando para ela. – Alice Fortescue, filha de Deméter. Péssima com arco e flecha – Sirius riu baixo.

-Sério? – Debochei. Continuamos caminhando pela arena, enquanto ele me mostrava algumas coisas sobre o acampamento e tudo mais. Até que uma coisa me chamou atenção. – Quem é? – Apontei com a cabeça.

Era a ruiva da enfermaria, aquela que disse que eu babava dormindo.

-Nem tenta, cara.

-O nome, Sirius. – Pedi de novo, debochado.

-Lily Marie Evans. – Ele disse rindo. – Filha de Atena. Ótima com espadas, melhor ainda com facas. Flechas então... Incrível – Ele admitiu a contragosto – Amiga do Remus... E nada simpática.

Olhei a tal Evans de novo. Ela lutava bem, eu tinha que concordar. Movimentos ágeis e rápidos, corte fatais, e decididos. Ela não deixava barato.

-Cuidado pra não babar, James.

-Vai se ferrar – Resmunguei nervoso. Tinha ficado muito na cara que eu praticamente babei nela? Provável.

-Anda, babão – Ele riu, me empurrando para o arsenal do dia anterior. – Escolha sua espada. – Apontou para um balcão cheio delas. Havia de todos os tipos, e no final das contas, eu não sabia como mexer numa espada.

Caralho...

Olhei bem para todas, mas nenhuma fazia meu estilo. Até porque, eu não tinha estilo de espada. Analisei cada uma delas, e por fim cheguei a conclusão de que não iria arrumar uma espad...

Calei meus pensamentos ao ver uma coisa interessante. Atrás do balcão, no chão vazado, tinha um pequeno objeto de metal. Me abaixei para ver o que era, e peguei-o com cuidado. Era uma corrente, com um pingente de um tridente.

É esse o nome?

É, enfim, um tridente. Uma corrente com um tridente na ponta.

-Achado não é roubado – Sirius deu um tapinha nas minhas costas.  – Pega pra você, é legal – Disse sorrindo. Me levantei do chão e observei a corrente. Era legal mesmo.

-Você tem raz... – Eu estava dizendo enquanto esfregava o pingente. E minha frase foi cortada porque na hora em que eu comecei a esfregar o pingente, BOOM. Uma espada gigante cresceu na minha mão, e eu estava em choque demais para falar algo.

Era perfeita. Não muito pesada, com o cabo envolvido por couro preto. A lâmina tinha alguma palavra gravada que eu nem parei para ler. Embora estivesse enferrujada e marcada pelo tempo, era perfeita. Percebi que havia uma crosta de sal em volta da lâmina. Esfreguei-a, mas a sujeira não saiu.

-CARALHO, QUE DEMAIS – Sirius exclamou sorrindo. – Você achou uma espada que se transfigura. Que sorte, cara. – Disse animado. – Olha o meu. – Puxou uma corrente do pescoço, que tinha um pingente de “arame”. Tirou-a do pescoço e esfregou o pingente, e um soco inglês cresceu ali. – Isso é incrível.

-Não é? – Eu disse abobado, enquanto saíamos dali.

Voltamos para a arena, e Sirius parecia decidido a me treinar.

-Sabe como mexer com uma espada? – Sirius perguntou, colocando sua corrente para dentro da camisa de novo. Não acredito até hoje que ele perguntou isso.

CLARO QUE EU NÃO SEI, PUTA MERDA.

-Não é óbvio que não? – Resmunguei, tirando o pingente do pescoço e esfregando-o com força, sentindo o cabo da espada tomar forma na minha mão. – O que eu faço agora?

Sirius sorriu, tirando sua espada do cinto.

-Semideuses têm três qualidades distintas – Ele começou, olhando para os outros que combatiam perto de nós. – A primeira é fácil. Você, obviamente tem TDAH. – Como ele sabia? Assenti devagar.

-Eu também – Respondeu rindo. – e essa é nossa melhor qualidade. – Sorriu do jeito Sirius.

Depois de um tempo convivendo juntos, eu e Remus inventamos esse termo. Mas depois eu falo disso.

-Déficit de Atenção. Você não consegue prestar atenção numa coisa só, precisa estar em todo lugar, atento, obervando tudo, preparado para tudo – Sirius apontou para uma garota que lutava com um garoto enorme.

Ela estava dando um capo nele. Embora ele se movesse com agilidade, ela dava saltos enormes, desviando de todos os golpes dele.

E se eu não estava ficando louco, ela estava conversando com a amiga ao mesmo tempo.

-Hiperatividade – A voz de Sirius me despertou. Apontou para um garoto, que lutava com três caras ao mesmo tempo. Ele parecia ter quatorze mãos ao mesmo tempo, e golpeava todos eles com facilidade – Você não pode ficar parado, é um instinto – Ele sorriu divertido.

-Legal – Eu disse sorrindo.

Todos os meus defeitos, no final, eram habilidades. Ou pelo menos os que mais me incomodavam. Aí sim.

-Tem mais uma coisa – Sirius disse, virando-se para mim.

-O que?

-Siga seus instintos – Eu teria perguntado o que ele diabos queria dizer, se Sirius não tivesse começado a me atacar com aquela maldita espada. – Ai.

-Esteja preparado para tudo, Potter, pelos deuses – Ele resmungou, rolando os olhos. Respirei fundo, tentando conter minha vontade de dar um soco nele. Pena que conforme ele tentava me matar, ela só aumentava.

-SIRIUS, PARA – Treinávamos sem parar há mais de meia hora. Quero dizer, Sirius treinava e eu tentava desviar das facadas mortais dele. Eu pingava suor, mas pingava mesmo, eu escorria. Minha camiseta estava encharcada, e eu mal conseguia respirar.

-PARAR É PARA OS FRACOS – Ele respondeu rindo, enquanto me golpeava na perna. Por sorte eu lembrei que tinha uma espada também, e com dificuldade, bloqueei o golpe.

-SIRIUSSSSSSSSSSSSSS – Eu gritei me contorcendo no chão, e acho que ele ficou com pena de mim.

-Fraco – Sorriu e chutou minha perna.

Os dias se passaram mais devagar do que eu achei que podiam passar. Estava preocupado com a minha mãe, os treinos de Sirius me deixavam exausto, e eu não falava com basicamente ninguém a não ser Sirius, Remus e Severus. E os gêmeos Prewett, claro.

Os gêmeos Prewett eram dois caras muito engraçados, e as únicas pessoas do chalé de Hermes que não me olhavam torto. Pois bem...

 -James? – Uma voz um tanto sombria me chamou, e eu achei abri os olhos. Havia me escondido de Sirius pra poder tirar um cochilo, mas Remus me encontrou. Estalei as costas e me levantei, virando para Remus, que me observava na porta do chalé de Hermes – Foi mal.

-Tudo bem – Respondi balançando a cabeça – O que foi, Remus?

-Caça à bandeira. Começa em 10 minutos, vão começar a tirar os times. Vamos? – Como se soubesse que porra é essa... Assenti dando de ombros. Calcei meus tênis e fui atrás dele, que desviou o caminho para o arsenal – Você precisa de uma armadura – Ele resmungou enquanto procurava alguma coisa no armário de madeira velho. Tirou de lá uma armadura grande e que parecia bem pesada.

-Prontinho – ele disse dando um tapa nas minhas costas quando coloquei a armadura. Quase caí no chão de tão pesada que aquela porcaria era. Deus do Céu... Deuses, quero dizer. Chequei se minha corrente estava no lugar, e lá estava ela.

-Vamos – Eu disse o empurrando pra fora do arsenal, enquanto ambos ríamos da minha fracoticidade. Se é que essa palavra existe.

Remus me levou até a arena, onde eu podia dizer que quase todos os campistas se encontravam.

-Olha ele aí – Dumbledore sorriu, acenando – Esse é nosso novo campista, James Potter – Ele me apresentou, e todos os olhares se voltaram para mim e Remus. Ou melhor, pra mim, porque ele fora esperto o suficiente pra sair à francesa.

Fabian e Gideon – Os gêmeos – me empurraram até o pequeno palanque onde estavam Dumbledore e alguém que reconheci como uma campista irmã de Sirius, que não parecia muito feliz.

-James no meu time – Severus sorriu pra mim, e entregou um capacete com uma penagem vermelha – Time vermelho, James. – Disse antes de começar a tirar o resto do time.

Sirius havia ido para o time da irmã, enquanto eu e Remus havíamos ficado no vermelho com Severus.

-Você é o James, certo? – Uma voz melodiosa me chamou e eu me virei para ver quem era. Uma garota linda, em todos os sentidos. Os cabelos ondulados iam até a altura dos ombros, talvez mais baixo. Os olhos eram de um azul chocante e o sorriso brilhava por si só. Era linda, linda mesmo.

-Sou? – Soou como uma pergunta, de tão retardado que eu estava – Sou, é, sou.

-Eu sou Marlene. Marlene McKinnon – Estendeu a mão para mim. Tive que pensar antes de apertar a mão dela pra ver se eu não estava tendo alucinações. Apertei a mão estendida dela e sorri – Bom, boa sorte. Juro que não vou ficar no seu pé, mas só porque é seu primeiro jogo. Bem, boa sorte de novo – Acenou e virou-se para seu time.

-Você é burro demais – Remus rolou os olhos e me puxou pela armadura para trás – Sem distrações. Filhas de Afrodite são ótimas distrações. Longe delas na arena. – Eu assenti sem escutar uma palavra do que ele havia dito e me voltei para o meu time, onde eles discutiam estratégias.

Eram tantas palavras difíceis... Flanco... Cobertura... Ataque... Manobra... Meu cérebro ia explodir.

-Você fica comigo, perto do lago – Remus percebeu que eu estava perdido – Nós devemos atrasar os semideuses do outro time. Sacou? – Saquei porra nenhuma. Balancei a cabeça com convicção e saí atrás de Remus, que ia para o lago enquanto me explicava o jogo.

Pelo que eu entendi, é o seguinte:

Cada time tem uma bandeira.

Nós devemos pegar a bandeira do outro time.

E acabou.

Bom, era bem simples em tese. Sabe, em tese tudo é muito simples. Pegar a bandeira do inimigo. Fácil, né?

Não. Não era nada fácil e eu só fui perceber isso quando estava rendido no chão pela ruiva Evans.

x-x

Remus Lupin.

Filho de Hades.

Chalé 13.


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Notas finais do capítulo

Duas opções de face pro Rem também, mesmo que eu prefira o Hayden Christensen.