Entretanto, Lucius e um comensal tentavam em vão trazê - los de volta.

– Vamos morrer... - dizia Lucius.

– Acalma - te, precisamos raciocinar!

– Mas vamos morrer, ele vai nos matar!

– Calma! Isso não nos vai levar a lado nenhum!

– Tens razão, tens razão...

– Agora pensa. Porque funcionou com eles? Porque nunca funcionou com um de nós?

– Não faço ideia!

– O que é que eles tinha que nós não tinhamos?

– Vassouras?

– Não, não faz sentido...

– Exato! Não faz... Acho que foi apenas o acaso!

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– E agora? Onde estamos?

– Não é onde... Mas quando.

– Pois... esta é a mansão... não há dúvida nenhuma, mas...

– Mas?

– Algo não bate certo.

– O quê?

– A sala... está vazia. Poeirenta e cheia de teias... parece que não vem ninguém aqui há anosQuanto tempo achas que andamos? E andamos exctamente para o passado ou para o futuro?

– Como queres que saiba?

– Tu é que rodaste aquilo...

– Mas eu... eu não rodei!

– Então como explicas o facto de estarmos aqui?

Ambos estavam a ficar nervosos e impacientes. Ela achava que ele tinha rodado, mas agora ele dizia que não. A cabeça dela estava confusa como um novelo de lã emaranhado. Não que ela duvidasse dele. Seria a única pessoa em quem confiaria sem sequer piscar os olhos.

– Vamos dar uma volta pela mansão e ver.

– Concordo. Não temos grande opção... Mas lembra - te: ninguém nos pode ver.

– Certo!

Ambos sairam da sala e dirigiram - se ao "seu" lugar. Mas ficaram boquiabertos quando descobriram que o lugar estava exactamente como eles o tinham encontrado da primeira vez que ali tinham estado. Vazio, desarrumado, poeirento, a tinta descascada... Já não era o seu lugar. Eles tinham - no construido pouco depois de terem completado 7 anos, ou seja, há 10 anos atrás... Só eles o conheciam, era apenas deles.

– Tanto tempo...

– Podes crer...

– Vamos Draco, é melhor irmos ver se já "nascemos"! - ela disse dando enfase à ultima palavra.

Eles correrram pelos corredores, mesmo a tempo de ouvirem Lucius:

– Espero que não tenha sido um erro mandar o meu filho para Hogwarts...

Hogwarts? Ambos se encararam. Um frio percorreu - lhes o corpo... Eles tinha entrado em Hogwarts ainda não havia dois anos. Por essa altura eles já tinha o seu esconderijo.

– Não é por nada Draquinho, mas o teu pai não tem mais nenhum filho?

– Não que eu saiba.

– Vem, pega na vassoura, é melhor irmos para Hogwarts.

– Também acho.

Ambos foram de vassoura até Hogwarts.

– Espera por mim...

– Come o meu pó, Malfoy!

Finalmente chegaram a Hogwarts. Mas não seria um pouco complicado esconderem - se no meio de tantos alunos, tantos olhos? Quer dizer, eles nem tinham trazido os uniformes...

– É impressão minha ou estás mais gorda? - perguntou Draco ao descer da vassoura.

– Não. Mas acho que a Nagini não gosta de alturas...

– Tu trouxeste a cobra?

– É óbvio, nunca se sabe quando vai fazer falta.

– Tu és louca? Hey, aquela não és tu?

– Onde?

Hermione olhou para si e não podia acreditar no que via. Estava em Hogwarts, era mais nova e estranhamente não vestia o uniforme da sonserina!