Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 11
Confiança




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Depois da aula com Dumbledore, Harry tinha muitas coisas passando pela sua cabeça, e a primeira seria contar tudo o que aconteceu para Rony e Hermione.

Ao chegar à sala comunal os dois estavam acordados, como disseram que estariam. Ele contou como seriam as aulas com Dumbledore e o que virá na Penseira naquela noite.

– Isso parece muito importante – disse Hermione.

– Mas porque saber o passado de Você-sabe-quem é tão importante assim? – perguntou Rony.

– Às vezes o conhecimento é a melhor arma. – disse Hermione. – Quem sabe assim você consegue descobrir algum ponto fraco dele ou coisa parecida. Harry?

Por uns segundos Harry se distraiu de tudo ao seu redor.

– O que foi?

– Você me escutou?

– Claro. Vocês viram a Safira entrando aqui depois que eu saí?

– Na verdade sim. Lina perguntou onde ela foi e ela respondeu que foi falar com Dumbledore.

– Ela disse sobre o que conversaram? – Harry parecia ansioso.

– Ela disse que não era nada importante e que não precisávamos nos preocupar.

– Tudo bem então.

– Você vai contar para ela sobre as aulas também? – perguntou Rony.

Agora que Harry parou para pensar, ele só havia perguntado á Dumbledore se podia contar para Rony e Hermione, mas esqueceu de incluir Safira.

– Ainda não sei. Mas lembrem-se de não contar á ninguém.

– Pode deixar – disse Hermione.


No dia seguinte Harry aproveitou o horário vago para falar com Safira. Ela estava na sala comunal lendo o livro da aula de História da Magia.

– Safira.

– O que foi Harry? – ela não tirava os olhos do livro até fecha-lo completamente.

– Será que podemos conversar?

– Sobre...?

– Vem comigo.

Os dois subiram para o dormitório dos meninos, felizmente o quarto de Harry estava vazio. Safira se sentou em uma das camas e ficou olhando para Harry esperando ele dizer alguma coisa.

– Então – disse Safira quando Harry permaneceu calado.

– Antes de tudo, o que você foi falar com Dumbledore ontem?

– Nada de importante, só uma coisa que estava me incomodando, mas não quero entrar em detalhes. Não precisa se preocupar.

– Certo.

– Não era isso que você queria falar, não é?

– Isso era só uma curiosidade. Na verdade eu ia te contar o que aconteceu ontem na sala do Dumbledore.

– Você não precisa Harry.

– Mas eu quero. Lembra que você me disse que eu não devia esconder as coisas das pessoas, porque elas poderiam me ajudar?

– Lembro. Mas nesse caso não é algo que você possa sair contando para qualquer um. Acho que você tem que contar somente para o Rony e a Hermione, já que é neles que você mais confia.

– Mas eu confio em você também.

Safira mudou de posição, ficando um pouco lisonjeada e um pouco nervosa. Harry se sentou ao lado dela.

– Primeiro eu tenho que te falar da profecia.

– A profecia que Voldemort queria e ninguém sabe o que dizia?

– Sim, e na verdade eu sei o que ela dizia.

Harry contou como foi que ele soube da profecia através de Dumbledore no ano passado. E o que ela dizia.

– Isso é muito sério – disse Safira olhando para os seus pés. – E o que ela tem a ver com as aulas que você está tendo?

Então Harry repetiu tudo que havia comentado para Rony e Hermione.

– Claro. Voldemort tinha que vir de uma família assim.

– Mas... Safira, já que você também é descendente de Salaz...

– Fica quieto – Safira lançou um olhar mortífero para Harry, e depois olhou para a porta como se alguém fosse aparecer.

– Desculpa.

– Mas respondendo ao que você ia dizer: sim. Isso nos torna meio que parentes. – Safira então arregaçou a manga direita e revelou um bracelete prata em forma de cobra que se enrolava em seu pulso. Agora as pedras estavam cinza.

– Imagina como eles se sentiriam quando descobrissem que não eram os últimos descendentes de Slyntherin.

– Foi melhor eles não saberem, já consigo até imaginar. “Uma traidora do sangue, descendente do grande Slyntherin?” – Safira fez uma foz de um homem velho e folgado, e era incrível como ela chegou perto da voz de Gaunt. – “Absurdo. Nunca uma amante de trouxas pertenceria a nossa família”.

– Pelo menos você não é como eles.

– Eu acho que não posso concordar cem por cento com você. – disse Safira, na sua voz normal.

– Como assim? – Harry olhou para Safira, completamente confuso.

– Nós temos algo em comum. Por exemplo, o modo como eles lutam pelo que acreditam, a Sonserina é conhecida por sua ambição e o Chapéu Seletor disse que eu tinha isso. E o fato de se orgulharem de onde eles vêm. Eu me orgulho, pelo menos até certo ponto, de descender de um dos quatro fundadores de Hogwarts, mas o problema é que por ele ser quem é, se as pessoas souberem, vão esperar que eu seja como Voldemort, ou coisa parecida.

– Só um louco pensaria que você pode ser parecida com ele.

– Obrigada. Mas então, tem alguma outra coisa que queria me dizer?

– Acho que só isso.

– Então é melhor descermos e arrumarmos nossas coisas, temos aula de Poções daqui a pouco.

Harry se levantou primeiro e abriu a porta para os dois saírem, mas quando Safira passou por ele, Harry sentiu um cheiro familiar.

– Você passou algum perfume?

– O que? – Safira parecia confusa. – Não. Eu não uso perfume. Por que pergunta?

– Por nada.

Safira deu de ombros e começou a descer. Mas Harry tinha certeza de uma coisa, o cheiro de flor de cerejeira, que ele não sabia de onde conhecia, que acabou de sentir era o mesmo que ele havia sentido na masmorra de Slughorn a algum tempo atrás.


Hermione estava certa ao dizer que os períodos livres não seriam horas de abençoada descontração. As lições de casa ficavam cada vez mais difíceis e ocupavam todo o tempo deles.

Houve uma hora que Hermione sugeriu que se desculpassem com Hagrid por não fazer mais a aula dele.

– Tivemos sorte do Hagrid não ter perguntado a nenhuma de nós o porquê de vocês não fazerem mais a aula dele – disse Lina, indicando ela e Safira.

– E nem estão tão ruins – disse Safira. – Na última aula revisamos sobre Unicórnios.

Harry olhou para Safira e muitas coisas passaram pela sua cabeça ao mesmo tempo.

– O que foi? – ela percebeu.

– Só estava pensando no teste para o time de Quadribol, muitas pessoas se inscreveram. Desde quando ele ficou tão popular?

– Não foi o Quadribol que ficou popular – disse Lina.

– Foi você – concluiu Safira.

– Depois de tudo que aconteceu, – falou Hermione. – você não só provou que estava certo sobre o retorno de Voldemort como fez o Ministério admitir que você o enfrentou duas vezes nos últimos dois anos.

Nessa hora o correio coruja chegou e várias corujas entraram soltando pingos de água devido à chuva que tinha do lado de fora. E Harry se surpreendeu ao ver Edwiges entrar com um embrulho para ele e Pichi trazer um embrulho parecido para Rony. Eram seus novos exemplares de Estudos Avançados no Preparo de Poções.

Safira não prestou muita atenção no que acontecia pois estava lendo a carta se Sirius.

– Também recebeu uma carta do seu pai? – perguntou Lina.

– Sim. Por quê?

– Essa é a terceira carta que meu pai me manda perguntando como estão as coisas por aqui.

– Talvez ele só esteja preocupado. Depois do que aconteceu com... – Safira se calou.

– Eu sei. – os olhos de Lina se fixaram na carta, mas começaram a ficar tristes. – O que Sirius escreveu para você? Ele está perguntando se você está bem e coisa e tal?

– Sirius não faz esse tipo. Ele tenta ser um “pai responsável”, como a sra. Weasley disse para ele ser, só que velhos hábitos nunca mudam. Mas posso afirmar que ele dá o melhor de si. Ele só está me avisando que vai ficar um tempo sem escrever porque vai estar ocupado e para eu me cuidar. Ele sabe que Dumbledore está aqui então não fica muito preocupado. Harry.

– Sim?

Safira achou que estava interrompendo algo porque Hermione olhava furiosa para Harry. Safira simplesmente passou o recado de Sirius e quando perguntou para Hermione o que houve ela contou que Harry pretendia ficar com o livro do Príncipe Mestiço e que simplesmente trocou as capas dos exemplares.

Safira também não ficou satisfeita.

– É melhor irmos para os testes, aposto que vai demorar muito. – disse Harry. – Depois podemos falar com Hagrid.

– Safira, você vai fazer o teste para Artilheira? – perguntou Hermione quando se levantaram.

– Acho que não, vou simplesmente assistir.

– Vai ser divertido. – disse Lina.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, segundo o Nyah! nós temos quinze leitores, mas só oito andam comentando. Para os que nunca comentaram, eu gostaria de saber da opinião de vocês, se tem algo que não gostem podem comentar. Não mordemos.
Até o próximo capítulo.



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