Can we whisper? escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 2
Capítulo 01 — Glastonbury.


Notas iniciais do capítulo

Essa fanfic se passa na Inglaterra. Em uma cidade chamada Glastonbury, a qual fica no condado de Somerset, ao sul de Bristol. Esse não é um lugar fictício, realmente existe. Espero que gostem.



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O barulho de minha mala se fechando fez-me estremecer, no entanto eu permaneci impassível e calma ao puxar meu cabelo em um rabo de cavalo forte e alto e terminar de ajeitar minha blusa, abaixando-a e colocando um casaco por cima da mesma. Trouxe minha mala com dificuldade para o chão e suspirei, percebendo que meu cadarço estava desamarrado.

O amarrei com paciência e ao terminar arrastei minha última mala para o corredor estreito que minha ainda casa possuía. No entanto esta não parecia com a minha casa, a casa a qual eu cresci, parecia mais um lugar abandonado e depressivo que pelo visto me fazia muito mal. Os quadros não estavam nas paredes, o tapete fora retirado e, enfim, nada restara. Estava tudo embalado no caminhão de mudança.

O que havia restado, pelo menos.

Eu ainda tremia ao me lembrar do assalto que ocorrera especialmente em minha casa. E eu ainda tinha vontade de caçar os assaltantes ao imaginar que provavelmente haviam colocado uma arma na cabeça de Rose e haviam a ameaçado. Coitada — pensei solidariamente. Eu tinha certeza que se eu estivesse sozinha em casa e acontecesse uma coisa dessas comigo, era provável que eu morresse só de medo.

Eu não era tão forte quanto a Rose, e nem queria ser, pois às vezes ela me assustava com sua frieza diante algumas coisas que já lhe haviam acontecido.

Meu pai havia surtado ao chegar e ver a casa toda revirada, no entanto sua emoção se controlou quando ele percebeu que tinha alguém gritando dentro do porão. Era Rosalie e ela estava toda machucada, no entanto o pior não havia acontecido. Ela não havia sido estuprada ou morta, isso já servia para acalmá-lo por um tempo.

E então ele e minha mãe decidiram partir de Londres e ir para uma cidadezinha insignificante chamada Glastonbury. Eu nem sabia que ela existia, mas minha mãe com certeza sabia afinal, ela tinha amigos lá. Os Cullen. Apesar de eu não conhecer nenhum deles, Renée havia falado que quando criança eu já havia almoçado e passado a noite na casa deles, e havia me tornado amiga de Alice que eu sequer me lembrava ou tinha flashes.

Bom, eu era muito pequena mesmo para não lembrar-me disso. Aqui eu não tinha quase nenhum amigo, talvez mudar de cidade me ajudasse um pouco a encontrá-los, ou até mesmo virar de novo amiga de Alice ou de qualquer outro. Somente esperava que não ficasse tão retraída quanto eu era aqui em Londres.

Minha mãe era famosa por querer viajar muito, e só nesse ano havíamos trocado de país ou até mesmo de cidade três vezes. Foram cada uma mais torturante que a outra, tendo em vista que eu odiava viajar e odiava mais ainda mudanças, ainda mais quando eu já estava acostumada a alguma coisa.

A viagem dos Estados Unidos para a Inglaterra foi a mais difícil que eu já havia encarado. Eu tive que aprender a falar como um Britânico decente, pois não conseguia entender nada do que eles falavam. A língua era igual, claro, mas o sotaque era incrivelmente diferente, principalmente em Londres.

— Vamos, Rose. — Eu a chamei, batendo em sua porta levemente.

Ela gritou algo que eu não entendi e eu balancei minha cabeça, puxando minha mala pela escada. Deixei-a perto do lugar onde costumava ser o sofá enorme e branco, voltando para meu quarto e conferindo para ver se não havia deixado nada no mesmo. Eu andei sem empecilho algum por ele, sorrindo ao perceber, dessa vez, eu não esbarrara na minha mesa.

Chequei as janelas as quais costumava colocar coisas, percebendo que alguma coisa brilhava do outro lado do quarto, na outra janela. Eu me bati mentalmente ao perceber que era o anel que o Riley havia me dado, e que eu quase o havia esquecido.

Fazia mais de dois meses que eu não o via, pois ele e sua mãe já haviam seguido os passos de minha mãe há muito tempo. A parte ruim era ficar longe dele e a parte boa era saber que ele estaria lá me esperando, não tendo o risco de ele se mudar para longe de mim ou até mesmo eu ir para longe dele.

Eu não saberia viver sem ele. Riley e eu éramos… amigos, somente. De vez em quando chegávamos a ser namorados, no entanto não era nada tão concreto como eu queria. Eu iria mudar isso hoje, ou pelo menos tentar conversar com ele a respeito, afinal eu não queria mais continuar assim. Com toda essa insegurança.

Suspirei pesadamente e coloquei o anel em meu dedo do meio, onde estava antes de ontem quando eu o havia tirado para dormir e me esquecera de recolocar quando amanheceu. Eu não me perdoaria se o esquecesse aqui, mesmo sendo uma besteira e não significando nada para o Riley.

Bufei e saí do quarto, contentando-me em ficar parada perto da porta principal enquanto meu pai e minha mãe checavam a casa toda para ver se estava tudo dentro do caminhão. Daqui a duas horas nosso vôo saía e eu não havia os perguntado se este mesmo seria demorado ou não, afinal aquilo estranhamente não me importava.

Glastonbury era uma cidade que ficava no condado de Somerset, e ela é pequena ao extremo com seus mais ou menos nove mil habitantes. Esse número baixo de pessoas que moravam lá diminuía minhas chances de fazer amizade, entretanto eu tentei não me preocupar muito, com a esperança que Riley estivesse lá e fosse me fazer companhia.

Rosalie ainda se demorou, mas quando saiu do quarto estava incrivelmente mais bonita que o normal. Era assustador o quanto ela não se parecia comigo e o quanto ela era mais bonita do que eu, mesmo nós sendo irmãs. Tínhamos apenas alguns traços parecidos, mas todos estes eram discretos por ser somente do papai.

— Espero que nessa cidade tenha alguém bonitinho, pelo menos. — Ela murmurou para mim e a mamãe.

Renée sorriu.

— Tem o Edward, aposto que você vai gostar dele. — Ela disse sorrindo. — Mas, quer sabe de uma coisa? Edward é velho demais para você, ele tem… 21 ou 23 anos, é nessa base. Arrume alguém de sua idade, alguém como o Riley, com 19. — Renée sorriu para mim.

Eu mordi meus lábios para não contestar isso e acabar me entregando. Desviei meus olhos para a porta, vendo que o Charlie estava caminhando até a porta para nos chamar.

— O Riley é da Bells, mãe. — Ela disse.

— O quê? — Indaguei mortificada. — Eu e Riley somos amigos.

— Amigos que se beijam. — Rose completou maliciosa, sorrindo.

Minha mãe arregalou os olhos para mim, sorrindo como uma adolescente que havia descoberto a maior “novidade” de todas. Ela sacudiu meus ombros rindo enquanto tentava formular uma frase que chegasse aos pés do quanto ela estava surpresa por essa nova descoberta. Eu revirei meus olhos e fui salva pelo papai que nos chamou.

— É impressão minha ou você tem mais uma cor em seu rosto, Bells? — Ele indagou olhando-me de lado. — Olha Renée! As bochechas dela estão coradas. — Observou ele, fazendo-me corar ainda mais.

— Ah é, eu sei o porquê disso. — Rose murmurou, voltando a sorrir maliciosamente.

Eu a alertei com o olhar, detendo-a. Odiei o fato de minha mãe sorrir para mim, fazendo-me perceber que teria muito que explicar para ela durante o vôo que ela se sentaria ao meu lado e imploraria por respostas de um modo cujo eu a responderia. Eu mentiria, obviamente, Riley havia me pedido para não contar a ninguém.

Eu tive que fingir dormir durante o vôo, no entanto foi óbvio que eu estava fingindo quando o avião teve uma breve turbulência por causa da chuva e eu não me acordei. Logo eu que tinha terror à turbulência — decidi usar aquilo a meu favor, fingindo estar apavorada demais para que pudesse contar ou lembrar-me de alguma coisa. Mesmo que fosse raro eu mostrar ter ficado apavorada em alguma coisa.

Li um livro quando a turbulência parou e eu fuzilei-a com os olhos enquanto tentava prestar atenção nas palavras de Jane Austen. Não demorou muito — ou talvez eu estivesse distraída em meus pensamentos sobre Riley para perceber isso — e logo estávamos pegando nossas malas e caminhando pelo o aeroporto de Somerset.

Ele estava lá — eu o avistei de longe — e parecia ainda mais alto que o normal, e impossivelmente mais bonito. Eu não pude soltar minhas malas e correr até onde ele estava, pois Renée ergueu uma sobrancelha para mim enquanto eu me policiava em minha mente. Eu mordi meus lábios, contendo um sorriso.

Ele estava sorrindo quando eu cheguei perto o bastante para ver. Meus passos se tornaram mais rápidos enquanto eu driblava as pessoas que ficavam em minha frente, e andava rapidamente até onde ele estava. Quando eu pulei para lhe abraçar, ele me segurou cautelosamente em seus braços, rindo de meu desespero enquanto me apertava de maneira leve. Esse era o tipo de abraço errado para Riley, e eu estranhei isso, afastando-me também cautelosa e lhe olhando nos olhos.

— Bella — Ele falou meu nome de modo hesitante, desviando seus olhos para a garota que tinha ao seu lado. Meu rosto desabou, no entanto a fitei superiormente por alguns segundos. — Essa é minha namorada, Agnes.

Era loira e era feia, foi à primeira coisa que eu notei nela. Mentira — minha mente acusou. Ela era bonita, na verdade ela era linda, poderia se passar por uma modelo internacional sem muitos problemas tamanha a sua magreza.

— Oi! — Agnes disse animada.

Sorri para ela, sem mostrar os dentes enquanto procurava ao meu redor alguém que pudesse me salvar desse vexame, ou simplesmente de esganar eles dois. Iriam ser lindo eles dois morrendo juntos, com seus cabelos loiros.

— Então… como você está? — Ele indagou. Ah claro, perguntar como eu estava era só depois de apresentar a namorada top model para mim, porque o fato de como eu me sentia era menos importante do que uma simples apresentação.

Ele sabia que eu estava com raiva. Riley me conhecia melhor que ninguém, no entanto não podia ler meus pensamentos para saber que era exatamente dele que eu estava com raiva. E isso era bom, pois me dava alguns pontos de vantagem a respeito de mentir com facilidade para ele — não que funcionasse muito, eu sempre acabava contando-o o que tanto me afligia.

— Bem. — Eu respondi, sem me dar ao trabalho de perguntar como é que ele estava também.

— Você está estranha. — Ele observou, e eu o fuzilei com os olhos por ele ter o feito quando tinha tantas pessoas ao nosso redor.

— Impressão sua.

Ele deu de ombros. O meu Riley insistiria e me perguntaria novamente o que estava acontecendo, no entanto eu ainda me surpreendo ao notar o quanto uma pessoa pode mudar em míseros dois meses. Mordi meus lábios com força, pressionando meus dedos com força em minha mão, pronta para socar a parede.

— Teve turbulência no vôo, por isso ela está assim. — Rose me salvou, puxando-me para onde ela estava. Ela sorriu para eles com todo seu encanto que foi impossível notar se ela estava sendo falsa ou não. — Bells, por que você não vem conhecer Edward, hm? — Ela sugeriu.

Eu assenti, quase tediosamente enquanto passava os olhos pelas pessoas que estavam juntas, se falando de maneira animada e saudosa. Eu ainda estava com vontade de socar alguém, no entanto eu sabia que isso se dissolveria em lágrimas assim que eu chegasse à nova casa. Como eu era burra, céus! É claro que ele não tinha nada comigo o que tivemos só foram alguns beijos e nada mais. Algo sem importância.

— Edward, Carlisle e Esme, essa é a minha filha mais nova, Isabella. — Charlie disse pondo um braço por meus ombros, em um ato estranho para ele. — E essa é a Rosalie, a minha mais velha. — Apesar de ter sido apresentada, não olhei para nada a não ser meus pés ou minhas mãos.

Eu sorri timidamente para o chão. Soltei-me do abraço de Charlie e sem avisar a ninguém fui até o banheiro que tinha perto dali — eu tinha certeza que alguém havia notado que eu havia saído. Talvez isso os impedissem de irem embora sem que eu estivesse no carro. O banheiro era limpo, pelo menos, tentei me animar ao perceber isso.

Não tinha ninguém, por isso minhas lágrimas caíram sem permissão sem que eu tivesse que prendê-las até entrar em um dos pequenos boxes e me sentar na bacia. Eu estava me sentindo tão… humilhada, e eu tinha certeza que nesse exato momento o Riley estava pensando no quanto foi bom se divertir comigo no tempo em que ele não conhecia a top model.

Enxuguei minhas lágrimas com a manga de meu casaco, percebendo que minha maquiagem certamente estava borrada e ridícula. Aproveitei a oportunidade para tirar de dentro de mim o que eu havia ingerido no avião, sabendo que se ficasse com muita fome iria acabar desmaiando e levantar suspeitas a quais eu tentava com todas minhas forças evitar.

Para minha mãe eu já havia ficado curada da Bulimia que eu possuia desde ano retrasado. Ela sabia pouco de mim, ela pensava que eu estava tendo apenas um começo de bulimia — enganando-se —, sendo assim fácil de curar. Mas não era.

Lavei minha boca para sair o cheiro e o gosto de vômito. Lavei meu rosto também, limpando-o em meu casaco quando percebi que o papel-toalha havia se esgotado. Tive a certeza que eu estava com a aparência no mínimo normal antes de sair do banheiro, fitando meus tênis, conseqüentemente batendo em algum idiota que estava parado na minha frente.

— Você está tendo de novo… — Era Riley, e ele parecia horrorizado.

Seus braços se fecharam em volta de meus ombros.

— Me solte Riley — Murmurei. — Me solta! — Gritei o empurrando com força, fazendo-o cambalear para trás enquanto olhava para mim surpreso por eu ter recusado um de seus abraços. Antigamente, eu nunca dizia “não” a ele, eu nunca queria parar de abraçá-lo.

Ele se aproximou de novo, dessa vez, cauteloso enquanto agarrava uma parte de meu casaco.

— Eu sei que temos que conversar.

— Se engana pensando isso! — Disse, alterada e com raiva. — Você sequer conversou comigo, explicando que… às várias vezes que você me beijou era apenas diversão, não era nada sério e eu não deveria achar em minha mente alterada que tínhamos alguma coisa. Porque sabe, eu tenho 16 anos, as pessoas devem me explicar ainda o que só é diversão e o que é realmente de verdade.

— Sinceramente, Bella… — Ele murmurou.

— Sinceramente, não é? — Sorri de modo amargo. — “Sinceramente que bostas você tinha na cabeça para pensar que um dia teríamos algo?” Aposto que é isso que tem em sua cabeça nesse exato momento. Olhe, esqueça isso. Esqueça que eu falei isso para você e vá para sua namorada super linda que não precisa ter a Mia para ser magra.

— Você sabe que não é por peso que tem isso. — Ele disse.

— Tanto faz. Não importa. — Eu murmurei, passando os dedos por meu cabelo e soltando os mesmo do rabo-de-cavalo que eles estavam presos.

E mais uma vez eu percebi que ele não se importava tanto quanto antes. Dois meses haviam passado, e tudo parecia tão diferente.

Eu fui encolhida no banco de trás, preferindo não dirigir meu próprio carro que havia trazido. Meu corpo estava quente, no entanto eu estava gelada — talvez com febre, o que era normal para mim. Eu a tinha quase todo mês, e eu achava que era algo conseqüente a Mia — afinal uma coisa não pode ser 100% boa.

Surpreendi-me ao saber que a casa já estava mobiliada e que os nossos antigos móveis iriam ser vendidos. Eu os indaguei o porquê disso e Renée sorriu, noticiando que havia arranjado um ótimo emprego, sendo que o do papai dava para nos manter muito bem. Eu não fiquei mais tempo que o necessário na sala, eu apenas fui para meu quarto e tomei banho para em seguida recolher-me.

Eu tinha desculpa que estava cansada do vôo para que eles não se perguntassem o que eu tinha. Percebi poucas coisas do meu novo quarto. Era lindo, claro, era a minha cara também, no entanto eu demoraria a me sentir completamente confortável e em segurança nele, afinal eu havia ficado muito tempo com o outro — mais de seis meses. Tinha uma banheira, talvez isso me fizesse sentir melhor.

Agradeci na minha mente por ninguém perguntar se eu queria comer. Eles estavam acostumados com minha falta de fome, e só me forçavam a comer no máximo duas vezes por dia, das quais eu não deixava a comida no estômago por mais que meia-hora. Antes de dormir, eu tomei um remédio para fazer a febre passar ou abaixar, mas eu sabia que ele não serviria de nada daqui a algumas horas.

Eu não tive sonhos, mas acordei chorando.

Ignorei isso ao virar-me e dar de cara com o relógio delicado que tinha ao centro do meu quarto. Nove horas da manhã! Eu estava atrasada e dormira mais de doze horas — o que era anormal a mim que não dormia muito. Aprontei-me às pressas enquanto abria as janelas para tentar fazer o pouco de luz entrar e iluminar meu quarto

Sorri quando notei que o dia estava nublado, no entanto não estava chovendo. O que era uma novidade ótima a mim que gostava de dias assim. Nem muito sol, nem muito calor — era a combinação perfeita.

Quando saí de meu quarto foi que pude o perceber com mais cuidado. Ele era médio, mas se tornava grande por causa do modo como as coisas estavam arrumadas, era simples e perfeito — como eu disse, era a minha cara por ser simples. A mobília era mais sofisticada do que a minha antiga, no entanto os tons pastéis a tornavam normais, assim como a outra. Eu gostava do quando o “tom” subia ao ter o guarda-roupa preto e branco.

A cortina era de minha cor favorita: roxo pastel — quase cinza — e rosa claro, quase bege. Minha mãe havia acertado nisso, pelo menos.

— O que a senhora está… — Parei de falar quando percebi que Riley estava ao seu lado, com as mãos meladas de trigo. Engoli em seco, e mordi meus lábios, fitando meus pés para reorganizar meus pensamentos. — O que a senhora está fazendo nessa cozinha a essa hora da manhã? — Indaguei, o evitando.

— Temos convidados hoje, Bells! — Ela exclamou feliz. — Os Cullen vão vim almoçar aqui. Aliás, eles não queriam vir, mas eu os convenci, implorando a Esme que ela deixasse de ser tão retraída. Afinal, não há nada de errado de se almoçar na casa de outras pessoas. Eu sou amiga dela, além do mais. — Ela disparou.

Riley me olhou por alguns instantes e andou até a geladeira, abrindo-a e entregando-me alguma coisa que parecia com um chocolate. Ele sorriu de uma maneira tímida que eu não estava acostumada e balançou seu rosto para que eu comesse aquilo. Eu ri, contendo minha vontade de jogar aquilo no rosto dele.

— Eu vou estar aqui pelo resto do dia, terei tempo. — Ele disse.

Minha mãe não entendeu o que ele quis dizer, ainda bem.

Coloquei o chocolate em meu bolso e suspirei. Riley sabia que eu o jogaria fora na primeira oportunidade que tivesse; o que não aconteceria muito tarde já que eu estava prestes a sair para tentar conhecer a cidade.

— Mãe? — A chamei. — Vou sair. — A informei delicadamente.

— Quando estiver na hora do almoço, volte. — Ela gritou e eu assenti sobre meu ombro.



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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem. Beijos.