Choque De Insanidade escrita por Nandah Lautner


Capítulo 1
Choque de Insanidade


Notas iniciais do capítulo

Bem... eu estava uns dias atras procurando alguma Fic boa e já completa para ler quando vi que uma das minha autoras favoritas - Quorra - tinha postado uma nova One e eu tive de ir ler!!!!
E no final eu simplesmente amei e como um real choque de insanidade, me veio essa One.
Infelizmente não postei antes porque a escola me consumiu um pouco, mas agora... here I am ^^
Boa leitura, espero que gostem!!
*como eu gostaria de ter feito um pouco maior...*



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Mais um dia nasceu na pequena cidade de Seattle e na sombra de um beco, ela se encontrava escondida dos raios solares. Raios tímidos e frescos que batiam suavemente nas calçadas pavimentadas e nos grandes prédios e humildes casas do pequeno e quase invisível bairro. A maioria dos moradores é classe de média e as casa pintadas de tons claros e nada chamativos, mas para ela, agora todas as cores eram chamativas. Até mesmo o preto no preto.

Coçando os olhos com rapidez e agressividade, ela continuou a observar aquela casa. A casa onde seu eterno amor está dormindo com os cabelos arruivados bagunçados e os lindos olhos verdes protegidos pelas brancas pálpebras e os espessos cílios negros. Mas com a luz que entrava no ambiente de seu quarto ficava a cada minuto mais difícil tentar dormir ou até mesmo, só relaxar o corpo enquanto sentia o ar morno a sua volta.

De repente foi ouvido o despertador que estava na função rádio e logo se ouvia a voz grossa e retumbante do locutor anunciando serem seis horas da manhã. Edward esfregou os olhos canhestramente e Bella estava alerta do lado de fora da casa, no outro lado da rua, olhando para todas as direções como se esperasse que um meteoro caísse sobre sua cabeça.

– Edward? – falou a pequena garota parando na porta do seu quarto.

– Fala Lice – ele disse sentado na cama passando as mãos em seus cabelos rebeldes e de uma tonalidade ainda não definida totalmente.

– Me ajuda? – ela perguntou erguendo os pequenos braçinhos dando a entender que queria tirar a blusa.

Edward se levantou da cama e foi ajudar a irmã, mas como todas as manhãs, ele acabou por dar banho nela enquanto a mãe continuava a dormir o sono dos folgados e aproveitadores, só esperando para o filho sair e levar a irmãzinha à escola para poder ser comida por toda a casa pelo vizinho tarado.

– Ed... quando a mamãe vai me levar na escola? – a garotinha perguntou passando as mãozinhas pelo comprido cabelo liso e úmido, olhando avidamente para o irmão que retorceu o canto da boca levemente.

– Talvez amanhã pequena – ele disse dando-lhe um beijo na testa sabendo que aquela ao qual ele tinha de chamar de mãe, nunca a iria levar a escola. Ou a qualquer outro lugar que não fosse para a rua – coisa que ela já teria feito se não fosse por ele – Vamos – ele disse segurando sua mochila em uma mão e segurando a mão da garotinha com a outra.

Os dois desceram pela pequena e baixa escada da confortável e nada ostentosa casa indo diretamente para a cozinha. Edward só colocou um suco de caixinha em um copo e bebeu os dois últimos goles diretos da caixa, a amaçando e jogando no lixo. Enquanto isso Bella observava e tentava escutar o máximo possível. Seus olhos estavam irritados já ia fazer duas horas, e Bella não parava de coçá-los, mas só o que a importava era vê-lo de novo. Uma última vez pelo menos. Nem que seja só para ela olhar para aqueles olhos verdes, e isso ser a ultima coisa a qual ela irá lembrar. Só isso.

Distraidamente, Bella pisou em um dos sete copos de café que estavam espalhados perto de si – inúteis e sujos lembretes do quanto Bella teve de se esforçar para ficar acordada durante a noite inteira. Ela não queria, não podia perder nenhum segundo sequer. Ela tinha de admirá-lo a cada milésimo de segundo que se passasse. Não importasse o que estivesse acontecendo.

Então Edward saiu de cada com Alice ao lado e Bella foi os seguindo já se esquecendo de seus devaneios, agora só o que importava era o que seus olhos vermelhos com pupilas dilatadas estavam concentrados.

– Vai logo, vai, vai logo... – Bella sussurrava olhando Edward e Alice andarem e não vendo o momento em que a menina fosse embora e ela o tivesse só para si, nem que por míseros e últimos minutos.

E como se estivesse lendo sua mente, Alice decidiu que queria andar na frente e mais rápido, quase correndo na verdade, e deixando Edward para trás que logo viu a pequena irmã entrar na pequena escola, somente a uma quadra da sua. E essa foi a chance que Bella viu de se aproximar do seu doentio e platônico amor. Sim, doentio. E caso suas mentes ainda não estejam conectadas totalmente aqui, vocês ainda tem uma chance, pequena, mas tem de se manterem fora de Bella e mais perto da sanidade.

Logo Bella estava correndo de um jeito tão suave que talvez só uma pluma branca e graciosa saiba fazer. E antes que Edward atravessasse a rua deserta, Bella parou a sua frente. Edward olhou estarrecido para a figura parada a sua frente. Com um moletom marrom, calças pretas e um boné preto velho e surrado, Bella o olhava com admiração, quase como se estivesse vendo algo divino a sua frente – e para ela, é isso. Na sua mente doentia, onde Edward a espera todos os dias para olhá-la por debaixo dos longos e espessos cílios; para sorrir para ela todo momento em que ela o olha; e para tocá-la do modo mais intimo e sedento enquanto ela utiliza seus dedos e grita para o vento o que pensa estar gemendo nos ouvidos da vitima da sua insanidade.

– Hum... você precisa de ajuda? – Edward perguntou meio incerto e olhando rapidamente para os pés descalços da garota.

– Você sabe o que fazer Edward. Você sempre sabe... – ela disse dando um passo em sua direção e o abraçando.

Edward estava desconfortável daquele modo, mas ela parecia estar drogada e vendo a sua situação o seu lado mal resolveu dar uma trégua temporária. Temporária.

– Você... você gostaria de se sentar? – ele perguntou querendo tirá-la de cima de si o mais rápido possível, mas também tentando ajudá-la.

Logo estavam os dois sentados na calçada. Poucos carros já começavam a passar por ali.

– Qual é o seu nome? – Edward perguntou depois de alguns segundos que os dois estavam sentados e quietos.

– Eu sou a sua Bella – ela disse como se fosse o óbvio e com extrema admiração e felicidade quando pronunciou o “sua”.

Edward apenas retorceu o canto de sua boca e deu um sorriso amarelo que para Bella foi um sorriso maravilhosamente belo. Os dois ainda ficaram alguns minutos quietos, até que Bella sentiu que Edward queria sair dali e segurou de repente, o rosto do garoto, entre suas mãos. Edward olhava para Bella alarmado, tanto de surpresa quando de medo – ele não sabia quem era ela, como ela era e o mais importante: de que parte da cidade viera.

– Nunca se esqueça de mim, por favor – ela disse suplicante olhando no fundo daqueles inebriantes olhos verdes, mais brilhantes do que Esmeraldas – Sempre que estiver triste, pense em mim e nunca, nunquinha, jamais – ela disse dando um pequeno e curto riso escandaloso por causa da repetição de palavras – Deixe com que ela lhe deixe como um lixo. Lhe dê um tapa se for preciso, mas sempre siga a sua essência – ela disse se aproximando loucamente de sua orelha o fazendo prender a respiração pelo sentido de receio, sem saber o que aconteceria a seguir – Sempre seja você, meu Edward. Você... – ela sussurrou e continuou repetindo a palavra vez após outra e outra, e outra. Até que Edward se cansou – sentindo um medo inexplicável e que nunca havia sentido antes – e levantou. Isabella o olhou suplicante e segurou uma de suas pernas – Não me deixe agora. Fique só por mais um minuto – ela disse e no seguindo seguinte, estava com grossas e quentes lagrimas descendo por seu rosto que já foi o mais macio e bonito que Edward já tocou – mesmo sem se lembrar deste fato ocorrido já há muito tempo – Um minuto... – Bella suplicou pela ultima vez olhando tão fundo em seus olhos que Edward se sentiu incomodado, como se ela pudesse ver sua alma, sua essência. E cedendo, ele voltou a se sentar.

Bella então começou a passar as mãos suavemente pelo rosto de Edward. E de um jeito desconfortável, Edward sentia-se feliz com aquelas mãos rústicas e pequenas passando pelo seu rosto. As unhas esfregando em certos pontos de seu reto e firme nariz. Ou então quando suave e desajeitadamente, Bella encostou seus lábios nos de Edward e foi como se um flash tivesse vindo à mente do garoto de cabelos rebeldes e por centésimos de segundos, visualizou um par de lindos olhos chocolates que pareciam ter algum feixe vermelho originando do centro e se alastrando pelo resto do globo ocular, como algum tipo de peste.

No momento seguinte, Bella estava jogada de um lado e ele, do outro. Ele a olhava como se quisesse matá-la, mas ela ainda assim continuava a olhá-lo com admiração, mas temos de deixá-la apreciá-lo nos seus últimos segundos.

– Eu vou... – Edward começou, mas debilmente, Bella colocou a mão no bolso do moletom e de lá tirou uma pequena navalha. Edward parou de falar na hora e a observou, assustado.

Bella passou o dedo pela navalha, o cortando e então esticou o dedo até os lábios de Edward que permanecia imóvel sem conseguir reagir.

O que ele estava vendo era mesmo real?

Isso está mesmo acontecendo?

Repetia-se em eco dentro de sua cabeça conturbada e confusa.

Então como um último gesto, Bella sorriu de um jeito angelical como Edward só vira uma vez, e piscou os olhos os fechando, para nunca mais abri-los. O corpo jogado a frente de Edward com a navalha que atravessara a carne do pescoço alvo e jorrava o sangue-escarlate pela calçada clara enquanto ainda sem reagir, Edward observava tudo. Tudo, como um quadro que agora, entrou em foco.

Sua irmã lhe dando um adeus. Sua gêmea lhe marcando com sangue para que ele sempre tivesse algo dela com ele e para que ele tivesse uma ultima visão sua feliz. Ou pelo menos, agradável de lembrar. Mas foi surpreendendo a si mesmo que Edward arrastou-se alguns centímetros e se inclinou sobre o corpo já morto de Bella, lhe dando um beijo cálido e mórbido, de até breve.

Assim, o quadro fica completo; totalmente em foco.

Uma irmã insana, um garoto como outro qualquer, e poucos minutos desperdiçados em linhas de morte...


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Notas finais do capítulo

Então...??
Well... espero que tenham gostado - e para quem gosta de coisas assim, espero ter agradado =)
Bjinhuus; Nandah♥