– Em memória dos nossos queridos alunos do 9° ano, James, Julie, Alice, Gary, Mike, Rose, Peter... - Diretor Dominick falava.

– Todo esse pessoal..., poderiam estar vivos, se eu tirasse eles de lá... - Jane pensava.

– Nossa querida professora, Sra.Thompson, e o aluno Cory, que morreu semana passada...

– Porque o Cory morreu, diabos! - Curtis pensava.

– Este memorial é em sua homenagem, agora a aluna Milly Carter vai discursar.

– Milly... - Jennifer pensou.

– Olá! Eu estou representando todos os alunos que sobreviveram ao acidente na rodovia, mostrando nossos pêsames diante dos nossos amigos que se foram. São eles:

Jane Browning

Curtis Harrison

Sinan Malik

Jason Strauss

Jennifer Awake

Charley Banks

Um a um, os alunos foram menos Charley.

– Onde está Charley Banks? - Dominick perguntou.

Todos olharam para Jennifer, então ela disse

– Bem, ele foi embora pra casa da vó dele, não queria ficar por aqui.

– Pilantrinha! Vou agora ligar pra casa da avó dele!!

– Eu sou uma X9! - Jennifer pensou.

– Bem, nós lamentamos pelas famílias da vítimas que eram nossos amigos... - Milly disse. E começou a chorar. Jane também. Curtis, Sinan e Jason mantinham-se sérios. Jennifer preocupada.

Uma pedra foi posta no jardim da escola com os nomes dos alunos mortos mais Sra.Thompson e Cory. De repente...

– Jennifer, onde está o Charley?? - Dominick vinha perguntando nervoso.

– Ué, ele foi pra casa!

– Não foi, mocinha. Liguei pra vó dele e ela disse que ele não havia chegado.

– Nossa, mas ele saiu há quase uma hora...

– Mas ele não está em casa!!!

– Calma, eu não sei!!

...

– Kristy, será que vai dar tudo bem?

– Claro, mana. Afinal, todos ainda estão vivos!

– Não sei, eu estou meio estranha...

– Netinha!!!

– Vó!!

– Você está bem, Jane?

– Estou vó, tirando aquela parte da premonição.

– Pois é, eu fiquei sabendo.

– Como? - Kristy perguntou.

– Mark Carpenter.

– O Mark? Como ele está?

– Bem, ele pode te responder, Kristy.

– Kristy!! Jane!!

– Mark!!!

– Vocês estão bem?? - Mark perguntou abraçando as duas.

– Mais ou menos.

– Vó, agora o que eu faço?

– Bom, vai ter que enganar a morte, sobreviver aos seus planos, mas tome cuidado, senão sucumbirá igual sua mãe e seu irmão.

– Ai, é fácil falar, mas eu vi como a Kristy sofreu, eu vou sofrer também!

– Só se você quebrasse a lista da morte - Martha disse.

– Como? Quebrar?

– É. Eu esqueci de falar com sua irmã mas conheço a pessoa perfeita para te orientar.

– Quem?

– William Bludworth.

– Onde o encontro?

– Em sua funerária, no centro da cidade.

– Preciso ir lá, o quanto antes. Hoje de noite!

– Eu e o Mark vamos com você!

– Mas eu preciso alertar alguém também...a Milly, é difícil, o Sinan, eu não sei, o Curtis...o Curtis é perfeito!

...

– Curtis, hoje você pode ir na funerária comigo, minha irmã e o amigo da minha irmã?

– Mas pra quê?

– Por favor, vai comigo, eu te explico no caminho.

– Jane, me explica agora!!

– Ok, Curtis. Sabe, a Kristy, minha irmã, teve uma premonição, igual a minha semana passada, daí praticamente todos os sobreviventes que ela conseguiu tirar do metrô, morreram, dias depois. E das piores formas possíveis.

– Sei.

– E isso é coisa de família, minha vó teve, minha mãe teve, meu irmão teve, minha irmã teve e agora eu.

– Tá.

– Então minha vó disse que existe um cara na funerária que sabe tudo sobre isso, e vou visitá-lo porque não quero mais ver ninguém morrendo.

– Bem, acho que entendi. Eu vou, então. Que horas?

– Lá pelas 17h00.

– Beleza.

...

– Já disse, não sei de nada!! - Jennifer gritava.

– Sei. - Dominick falava incrédulo.

– Quer saber? Vamos até a casa da vó do Charley então!

– Ok.

– Seguindo os passos dele.

– Tá, mas se não encontrarmos, suspensão!

E foram.

No meio do caminho, um cheiro de coisa morta.

– Credo! Que cheiro horrível! - Jennifer gritou.

– Algo deve ter morrido por aqui.

– Tipo o quê? - Jennifer perguntou.

– Sei lá, um bicho... - Quando Dominick viu sangue espirrado no chão.

– Isso tá ficando pior...

A linha do trem estava próxima. O cheiro ficou mais forte.

– Bom, tem essa linha aqui cheia de sangue? - Dominick disse.

– O que é aquilo na frente?

– Sei lá, mas já tem um urubu ali.

Se aproximaram. Jennifer soltou um grito agudo. Dominick caiu duro no chão.

– OMG!!!

O que Jennifer via era o que sobrou do corpo do seu amado, Charley. Ele estava cortado ao meio, com o urubu bicando seu olho direito.