Presos Ao Passado escrita por Luciana Pereira


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou postando mais uma vez, não me aguento.
Estou um pouco triste comigo mesma, por só uma pessoa ter lido essa história, mas está bem, mesmo com ninguém lendo, não vou deixar de postar essa história.
Beijos



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Capitulo III

O interfone não parava de tocar no meio da madrugada, Robert levantou da cama estressado e foi atender com a voz sonolenta.

- Quem é? – ele disse assim que tirou o telefone do interfone do gancho e se encostou na parede.

“Sua vizinha da frente, Daniella” ele ouviu a voz dela também sonolenta do outro lado.

- Sei, o que quer? – ele perguntou sem paciência.

“Vim pedi desculpas por ontem” ele sorriu ironicamente pro alto, como se agradecesse por ser acordado por isso “Me desculpe”.

- Sim… Mas não poderia espera até amanhã pra isso? – ele falou com a voz aguerrida.

“Perdão e tenha uma boa noite de sono”

- Infelizmente isso não deu pra acontecer – ele disse ajeitando a postura que estava.

“Oh! Perdão” ele ouviu a voz dela sair como se estivesse bastante sem graça e humilhada “Tchau”.

- Espere aí Daniella, perdão, eu fico um pouco estressado quando me acordam no meio da noite – ele falou rapidamente pra que ela ouvisse antes que se afastasse e deu uma pausa até que ele ouviu a voz dela novamente.

“Um pouco…” ele segurou o riso reparando o tom irônico dela.

- Suba pra me redimir com um lanche no meio da noite – ele a convidou por impulso.

“Acho que não seria legal” ela respondeu embaraçada.

- Só um lanchinho eu deixo a porta aberta pra você fugi a qualquer momento – ele disse divertido.

Ele ouviu ela soltar uma risada “Está bem” ele destravou o portão de entrada do prédio.

- Quinto andar e terceira porta a direita – ele falou colocando o “telefone” no gancho logo após. Olhou a sala que estava uma bagunça e foi correndo disfarçar a bagunça.

Ela entrou no elevador ainda pensando se era certo ela ir mesmo, ela nem conhecia esse rapaz e já estava indo lá no apartamento atacar a geladeira com ele. O elevador se abriu no quinto andar e ela olhou pro lado esquerdo e pro direito, foi caminhando pro direito e parou na frente da terceira porta, ela se abriu revelando um moreno com uma bermuda larga, uma camisa azul de manga curta, o cabelo despenteado e com uma cara de sono. “Ele tinha que ser tão perfeito?” reclamou ela.

- Olá – ela acenou atrapalhada.

- Olá, entre – ele deu espaço pra ela entrar, assim que já estava no habitat dele, estava na cara que um homem morava ali.

- Perdão por ter te acordado no meio da noite – ela falou cruzando os braços.

- Perdão por ter sido arrogante – ele disse a guiando pra cozinha – O que você gosta de comer no meio da noite? – ele perguntou enquanto abria a geladeira.

- Não sei, o que você tem aí? – ela perguntou tentando controlar o nervosismo, desde do acidente só tinha ficado sozinha uma vez só com um homem sem ser de sua família, além de médicos e isso a deixava numa posição delicada.

- Tenho um bolo de chocolate que me trouxeram ontem e posso colocar no micro-ondas pizza de mozzarella.

- Bolo de chocolate – ela respondeu um pouco mais leve.

- Eu também diria o bolo – ele colocou o prato na mesa e pegou duas colheres e dois pratos colocando-os na mesa também – Por que resolveu vir essa hora me pedir desculpas? – ele perguntou depois de um momento de silêncio constrangedor.

- Não consegui dormir sabendo que fui injusta com uma pessoa que só quis me ajudar – ela respondeu o mais sincera possível.

- Então pra não ficar a noite inteira acordada veio me acordar – ele deu um sorriso de canto e logo tirou como se arrependesse de sorrir.

- Basicamente, mas parecia que algo me incomodava e eu devia vir logo me desculpar – ela pausou pensando um pouco – Não sabe quantas coisas podem acontecer numa noite né – ela disse comendo mais um pedaço do bolo. Ele entendeu que isso tem haver com o acidente que ocorreu com ela, deveria ter sido de noite.

- Aprecio sua preocupação – ele pausou se ajeitando na cadeira – São poucas pessoas que admitem o erro e tentam se redimir – ele concluiu.

- Mora há quanto tempo aqui? – ela perguntou depois de dar um sorriso tímido.

- Aqui no meu apartamento há 6 meses – ele respondeu lembrando do que o fez se mudar – Mas moro por aqui desde criança – ele respondeu tentando esquecer aquele pedaço de sua vida – Você eu sei que se mudou a pouco tempo, de onde veio? – ele perguntou parecendo bem interessado pro gosto dele.

Ela ficou calada por um momento, ela não poderia dizer que morou num hospital por causa que tinha que ficar no gelo pra diminuir a dor e quando foi pra casa que era em outra cidade, teve que se mudar pra um hotel por 3 meses, pois os demais da família não se acostumaram em vê-la nesse estado.

 Ela respondeu somente onde a família mora – Tive que vim pra cá que não faz um Sol tão forte quanto onde eu morava – que era a verdade querendo ou não.

Ele a olhou por um instante – Seu namorado não se importou com isso não? – ela começou a rir na frente dele e depois vendo que ele estava sério tentou se controlar.

- Não tenho namorado – ela respondeu dando uma mordida leve no lábio inferior.

- Não? – ele a olhou incrédulo – Se você diz – ele falou comendo o ultimo pedaço da sua fatia de bolo – Eu tenho umas curiosidades sobre você – ele declarou sem ter vergonha.

- Quais curiosidades? – ela perguntou se ajeitando na cadeira já se sentindo desconfortável com que tipos de perguntas ele irá fazer.

- Mas tenho a certeza que esse não é o momento apropriado. Então vou satisfazer só uma curiosidade… - ele ficou calado por um instante – O que te fez chorar ontem? – ele perguntou a olhando com toda paciência.

- Bom… - ela tossiu um pouco – Fui ver se ainda tinha vaga na padaria…

- E eles mentiram que não tinha – ele concluiu tudo que aconteceu e ela assentiu – Tem que saber que na vida ninguém vai aceitar você pelo que você é, eles vão te aceitar pelo o que você tem – ele disse o que sabe muito bem que existe – Não vai adiantar você chorar ou até mesmo ir lá reclamar, só levante a cabeça e mande o mundo se ferrar – ela deu um sorriso rápido com o que ele disse no final.

- Já sofri bastante na pele pra saber disso também – ela disse somente e ficou por um tempo mergulhando-se nos seus pensamentos.

Ele ficou observando ela perdida em seus pensamentos, parecia que ela estava tendo um flash back de tudo que passou com ela e não tinha no que ajuda-la.

- Eu preciso ir – ela disse se levantando.

- Eu te levo – ele se levantou caminhando junto com ela pra fora do seu apartamento.

- Você deixou a porta aberta mesmo – ela riu indo até o elevador.

- Só temos que esperar ele chegar até aqui – ele respondeu parando em frente ao elevador, após ela aperta o botão.

- Chegou – eles entraram no elevador ficaram calados olhando pra frente, não tinha mais assunto pra conversarem.

Já fora do prédio eles atravessaram parando na entrada do dela, se olharam por um instante e depois ele virou de costas pra voltar pro seu apartamento, mas depois se voltou pra ela.

- Tenha um ótimo fim de noite – ele disse sorrindo sincero.

- Você também – ela deu um sorriso tímido e ele chegou perto dela abraçou-a.

- Não ligue com o que as pessoas pensam de você, não vale apena – ele se afastou tomando agora sim seu caminho. Ela ficou o observando, ele era arrogante, mas no mesmo tempo uma pessoa legal e parecia que tinha um segredo na vida dele.


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