À Procura Da Felicidade escrita por Effy


Capítulo 31
Epílogo - Parte 02


Notas iniciais do capítulo

Então, finalmente. Essa história está completa, já fiz o suficiente por ela. Obrigada gente, por todo o carinho, os reviews, e por me apararem nas horas difíceis.
Amo todos vocês.



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Angeline

Olhei meu reflexo no grande espelho do meu quarto. Estava usando um vestido rosa bebê curto e rodado, cheio de babados na saia que o fazia parecer um vestidinho de princesa, meus cabelos de um loiro muito claro caiam lisos ao meu redor.

Okay, eu não estava nada mal.

Meu quarto era pintado de um rosa muito claro, quase da cor de meu vestido, haviam luzinhas pisca-pisca penduradas ao redor da janela e na cabeceira da grande cama branca de casal, tinha muitos detalhes delicados como um conjunto de chá de porcelana que eu tinha ganhado quando era menor e queria ser uma princesa, e vários livros e alguns desenhos que Tony tinha feito para mim.

Era dia de Ação de Graças e a casa de vovô e vovó devia estar lotada. Toda a minha família estava ali, vovô, vovó, tia Alice, tio Jasper, Nathan, tio Emmett, tia Alice, Annie Sophie que tinha chegado há poucos minutos da faculdade, mamãe, papai, Icarus, Anthony, até mesmo meus avós Charlie e Renée tinham vindo de Nova York já que nós tínhamos passado todos os outros feriados em NY com eles, era a vez deles de virem nos visitar.

Eu tinha saudades dos dias de Ação de Graças em minha antiga cidade, nós íamos ao desfile da Macy’s ( o desfile mais famoso de Ação de Graças dos EUA) e passamos o resto do dia jogando vídeo game na enorme televisão da casa de vovô e de vovó. Aqui em Forks era tudo muito mais tradicional e se eu quisesse ver o desfile da Macy’s teria que ser pela televisão do meu quarto.

– Angie! Ei, você pode vir aqui me ajudar? – ouvi o grito de Tony do quarto ao lado, o seu quarto. Acabei de passar o batom e apaguei a luz antes de ir atrás dele.

Apesar de Tony sempre usar roupas amassadas porque tinha preguiça de passa-las, seu quarto não era lá essa bagunça toda.

As paredes( ou o que ainda dava para ver delas) eram de um tom muito escuro de azul, pintado para relembrar o céu a noite e todos os milímetros do quarto dele eram cobertos por pôsteres, desenhos e fotos, as três paixões de Tony; música, arte e fotografias. Os desenhos foram feitos por ele mesmo, eram pessoas, paisagens, objetos. Todos os desenhos eram dele, menos um. Era um desenho dele, com o corpo curvado e um rosto de concentração enquanto desenhava um girassol em uma folha de papel. Aquele desenho tinha sido feito pela sua mãe biológica, Victoria. Ele não falara a ninguém, nem mesmo a mim, como tinha sido aquele dia, mas pelo visto tinha tocado e muito meu irmão. O único lugar do quarto dele que não era coberto de pôsteres era o local onde estavam várias prateleiras com as dezenas coisas do Homem de Ferro que ele possuía. Bonecos, máscaras, cadernos, uma fantasia e até mesmo uma coleção de HQ’s que tinham sido do meu pai ( papai sempre negava, mas todos nós sabemos que a real inspiração para o nome de Anthony era o Sr. Stark).

Tony estava na frente do espelho, tentando inutilmente fazer um nó em sua gravata.

– Cara, eu ficaria melhor sem isso, não acha? Mas eu tenho que passar uma boa impressão para a Kath – disse ele, virando-se de frente para mim, para que eu ajeitasse o nó de sua gravata. Levantei as sobrancelhas, olhando para ele e cruzando meus braços – O que foi?

– Eu não alcanço seu pescoço, idiota – resmunguei. Anthony era uns 20 centímetros mais alto que eu.

– Ah sim. Desculpe – disse, rindo e se abaixando para que eu pudesse amarrar o nó de sua gravata.

Ah sim, acho que esqueci de mencionar. Kathleen e seus pais também viriam para a festa de Ação de Graças. Meu irmão e ela estavam namorando a cerca de 6 meses, e ele nunca parara de ficar nervoso quando se falava nos pais dela, apesar de ele já ter sido praticamente adotado pela família dela.

– Anthony, se acalma, certo? Você está ótimo. Sempre está.

– Você tem razão. Anda, vamos, antes que a gente se atrase e a vovó dê um ataque. – ele me deu o braço e eu o segurei – vamos lá, Milady.

Edward

Meus três filhos estavam juntos. As três coisas mais importantes da minha vida, até mais do que a mãe deles. Porque agora eu entendia o que meu pai sempre quis me dizer, talvez da forma errada, sobre valorizar a família e sobre ela ser a coisa mais importante da vida de um homem. Eu sabia disso olhando os rostos felizes dos meus filhos, eu sabia que eu faria impossíveis pela felicidade deles, mataria e morreria por eles.

Icarus é meu caçula, tem apenas 11 anos, ele se parecia muito comigo, com seus cabelos muito ruivos e seus olhos verde-azulados, mas tinha o equilíbrio da mãe dele. Literalmente. Ic é um menino muito vívido, sempre rindo e sempre conquistando as pessoas. Acho que muitos de vocês devem ter se surpreendido por eu ter realmente colocado o nome dele de Icarus, mas era uma promessa que eu havia feito, já que fora o Ícaro de minha mente que não tinha me deixado parar de lutar nos momentos difíceis.

Angeline é minha filha do meio, 15 anos e era tão bonita que eu já tinha tido muito trabalho com garotos atrás dela o tempo todo, seu cabelo era loiro e longo, seus olhos eram azuis, como os da mãe dela, tinha uma aura sofisticada, mas nunca tinha tido medo de lutar pelo que queria. Angie não era minha filha biológica, mas isso pouco importava, eu a amava incondicionalmente, eu a vi crescer, a ensinei a andar de bicicleta, tinha a consolado quando tinha tido seu coração partido, eu era o pai dela, e ninguém mudaria isso.

Anthony, meu filho mais velho já tinha quase 17 e uma mente brilhante. Nunca irei admitir isso para a família mas seu nome foi inspirado no meu herói favorito, o Homem de Ferro, mas isso é segredo entre nós dois, ok? Eu tinha orgulho de poder ser pai dele. Sério, o garoto era bom em tantas coisas que chegava a assustar, tirava ótimas fotos, fazia lindos desenhos e era um ótimo quaterback, mas acima de tudo, eu tinha muito orgulho do homem que ele estava se tornando e eu sabia, que todo o sufoco que tinha passado para cria-lo valeu a pena, eu não tinha falhado com ele como meu pai tinha falhado comigo.

E eu, que tinha passado toda a minha vida a procura da felicidade, agora sabia exatamente onde ela estava.


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