À Procura Da Felicidade escrita por Effy


Capítulo 27
So long


Notas iniciais do capítulo

27/30 capítulos da nossa fic :(
Me desculpem a demora galera, to com muitos problemas, enfim, ai está.



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SO LONG

As coisas se encaixaram na mente descrente de Victoria.

O homem que ela amava estava morrendo, a cada segundo mais perto da figura fria da morte.

O homem pelo qual ela seguraria o peso do mundo no lugar de Atlas... Ele não a amava.

Era nela que ele estava pensando enquanto definhava, na maldita garota que roubara o doce coração de seu menino.

Isabella

O nome fazia seus pelos arrepiarem, a mais pura onda de raiva, ódio, desprezo e repulsa arrastou-se por suas veias, como um veneno que consumia sua força vital. Mas não era nela que tinha de pensar agora, e sim em seu amado Edward.

Como poderia salvá-lo sem abrir mão dele?

– Bella... Eu não sei se agüento mais meu amor – ele sussurrou, rouco, olhando para Victoria de forma distante. Era como se ele estivesse em outro lugar, outra dimensão talvez. Seus olhos adquiriram um brilho estranho – Eu am... - E então um jorro de sangue saiu de sua boca.

Por um momento, ele estava no inferno. Sua respiração que antes era falha tornou-se inexistente, seus pulmões ardiam como se estivem em chamas, era tamanha que ele perdeu total raciocínio por segundos. Era apenas a dor consumindo-o, engolindo-o vivo.

E então a inconsciência roubou-o do inferno.

– - - -

Eu estava vagando.

Eu não sabia se aquilo era real ou não, mas eu gostava daquilo, era melhor que o quarto empoeirado em que eu passei os últimos dias. Dias... Semanas... Meses. Eu não fazia a mínima idéia de quanto tempo estive cativo, quanto tempo eu não via meu filho? Eu ainda me lembrava do som de seu riso? De todos os detalhes de seu rosto?

Eu estava em um lugar claro; tudo a minha frente não passava de luz, uma luz pálida e branca, sem me dar conta eu estava andando em direção a ela, fascinado... Havia alguma coisa ali que me chamava, quase como se estivesse sussurrando meu nome.

– - - -

– Ele está bem agora, a febre baixou consideravelmente, ele está dormindo agora, ficará essa noite em observação – Carlisle informou, dando um meio sorriso forçado. Seu cabelos estavam mais grisalhos agora, os olhos fundos e cheios de olheiras das noites em claro pela crescente preocupação.

– Posso vê-lo? – Isabella perguntou, os olhos brilhando pela onda de alívio que tomara conta dela. Seu pequeno estava bem.

Anthony tinha tido 42 graus de febre aquela noite, seu corpo começara a convulsionar e ele fora trazido as pressas para o hospital.

Edward estava desaparecido há exatos 17 dias, sem notícias, ou ligações ou sequer um pedido de resgate como a polícia esperava. Isabella sabia que ela não queria dinheiro, ela o queria. Era uma paixão tão obsessiva e doentia que a levava a seqüestrar um paciente em estado grave de tuberculose.

Bella foi roubada de seus pensamentos pela voz cansada de Carlisle autorizando sua visita ao quarto de Anthony.

Ele estava em um enorme quarto com outras crianças de seu tamanho, claro que eles podiam ter lhe pagado um quarto particular mas era melhor para ele que houvessem outras crianças com as quais ele pudesse interagir e tirar seus pensamentos prematuros pelo menos por algumas horas da saudade e preocupação com o pai.

Seu Tony parecia tão pequeno para sua cama de hospital, dormia um sono tranqüilo induzido por remédios e havia um carrinho IV com um suporte de soro ao seu lado. Ela sabia que Anthony não gostaria nada da agulha em seu braço.

– Você detesta agulhas não é, querido? Mas é para o seu bem – murmurou baixinho, acariciando os cabelos do garoto, o tom do cabelo dele estava mudando, começando a se avermelhar levemente, ficando no tom de cobre dos cabelos do pai. Edward... Bella sentia tanta falta dele que era como se tivessem arrancado uma parte de seu coração. As lágrimas surgiram lentamente em seus olhos e ela deixou que elas caíssem em grossas gotas por seu rosto.

– - - -

A luz me levou a seguir um homem loiro com duas crianças pequenas.

Estava chovendo e os dois pequenos estavam agarrados a cintura do homem, na verdade, o garoto estava já que a menina era tão pequena que só conseguia agarrar a perna direita dele.

– Colo, papai – protestou a menininha fazendo um adorável biquinho.

O homem parou sua caminhada e abaixou-se para pegar a menininha de cabelos negros no colo, ela tinha bochechas grandes e fofas e usava um rodado vestido azul e um casaco rosa de inverno.

– Pronto, Alice – o homem sorriu para ela e continuou a andar segurando o enorme guarda chuva vermelho de modo que protegesse melhor o garoto ao seu lado.

– Papai, será que meu irmãozinho já nasceu? Eu vou poder segurá-lo? – o menino perguntou. Seus cabelos castanhos caiam sobre seus olhos de modo que ele tinha de ficar tirando-os a todo momento.

– Eu espero que ele ainda não tenha nascido, Emm. Quero ser a primeira pessoa da família ao segurar o meu filho. – o homem falou com tanto orgulho, como se estivesse contendo sua felicidade.

Aquela era minha família. Meu pai, meus irmãos... Eu era o bebê que eles estavam esperando. Mas como eu estava vendo isso? Eu sabia todos os detalhes sobre o dia de meu nascimento, mas aquilo não podia ser real. Eu sabia que não era... Era minha mente, eu estava morrendo em um quarto escuro, era um modo de escapar da dor. A essa hora, o homem e as duas crianças tinham chegado a um hospital. A recepcionista cumprimentou-o como “ Dr. Cullen” e ele apenas sorriu ao passar apressado por ela.

Eu não sei o que houve depois, mas a cena mudou rapidamente para um pequeno quarto de hospital e eu vi a minha mãe com um pequeno embrulho azul no colo. Aquele era eu. Eu estava maravilhado, papai estava sentado na cama ao seu lado, olhando para o pequeno bebê com tamanha adoração, como se estivesse presenciando um milagre.

– O nome dele será Edward. Como meu pai. Edward Anthony. – murmurou meu pai, segurando a pequena mãozinha branca do neném.

Eu não podia morrer.

Não podia.

Não podia.

Eu não iria morrer agora.

Eu não vou morrer agora.

– - - -

Victoria segurou a cabeça de Edward com delicadeza, colocando-a em seu colo. Ele estava frágil e tinha desmaiado a quase cinco minutos... Ela só precisava decorar todos os traços do rosto dele... Era só isso. Seu menino não poderia ficar com ela, ele pertencia a outra. A outra tinha deixado-o doente, mas era Victoria que o estava matando.

Com as mãos trêmulas, digitou o número da casa dele, da residência dos Cullen, ela não poderia mais ficar com ele.

– Alô? – Ela reconheceu a voz de Emmett. O estúpido irmão mais velho que Edward sempre idolatrara tanto.

– Venha buscá-lo. – ela falou, seu tom beirando a histeria – ele está morrendo, venha buscá-lo.


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