Percy Jackson E A Revolta De Poseidon escrita por Dellair


Capítulo 12
Capítulo 11 - Alexa recebe ajuda


Notas iniciais do capítulo

Medo de ser atacada por semideuses furiosos '-'
Oi oi gente, como 'cês tão?!
Mil desculpas, meus queridos! Minha escola me deixa exauta mental e fisicamente, como eu já disse, e todo meu tempo livre se resume a descansar e fazer trabalhos. Dificilmente encontro um tempo pra ler, veja a situação '0'
Mas, não quero enrolar mais, aqui está o capítulo. Tentei pôr muita emoção nele e não revelar tantos segredos, mas enfim, podem ler e nos vemos lá embaixo.



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Annabeth devolveu a faca à bainha e eu me levantei, tirando a sujeira da calça jeans. Estiquei a mão para Annabeth, que a segurou e a puxei para ficar em pé. Nós dois encaramos nosso visitante, o braço de Annabeth roçando no meu.

A garota era conhecida, tinha cabelos castanhos e ondulados que desciam pelas suas costas quase até a cintura, havia uma faixa alaranjada na cabeça e usava um vestido simples marrom. Uma aura vermelha acolhedora contornava a garota de pouco mais de doze anos. Seus olhos em chamas nos encaravam. Não eram ameaçadores, mas familiares.

Eu me curvei ligeiramente, como já tinha feito outras vezes. Annabeth fez o mesmo.

- Lady Héstia.

A deusa acenou, se aproximando.

- Olá Percy, Annabeth... – ela abriu um sorriso singelo. – Acordem seus amigos, por gentileza.

Imediatamente, fizemos o que ela disse. Primeiro Nico, que sentou-se assustado e alerta; depois Thalia, que tentou voltar a dormir e depois espreguiçou-se mal-humorada. Acordamos Alexa por último, ela abriu os olhos assim como Nico, nervosa, e se levantou num pulo.

Voltamo-nos para Héstia e a vimos sentada próxima a fogueira, perto de onde Annabeth e eu estávamos antes, fitando o fogo crepitante.

- Sentem-se meus jovens heróis.

Meus amigos e eu a obedecemos. Thalia apoiou a cabeça no ombro de Annabeth, que se sentou bem ao meu lado, sua mão quase tocando a minha. Nico e Alexa sentaram do outro lado de Thalia, Nico fechando e abrindo os olhos a todo instante e Alexa bocejando.

- Acho que sabem o que vim fazer aqui – falou a deusa. Suas palavras fizeram meus amigos acordarem e prestarem atenção, eu fiz o mesmo.

Annabeth piscou.

- “Você, da deusa, ajuda receberá” – murmurou consigo mesma.

- Exatamente, filha de Atena – confirmou Héstia com um aceno de cabeça. – Em um rápido conselho, com alguns dos deuses disponíveis, avaliamos a situação de vocês e, especialmente Poseidon, ficou contente em poder ajudar em sua missão para resgatar o Tridente.

Engoli em seco. Se os deuses reuniram-se para interferir, mesmo que indiretamente, na missão, a situação estava realmente crítica.

Héstia continuou:

- Não podemos fazer muito, entretanto. Como estão cansados de saber, os deuses não podem participar efetivamente ou se envolver das missões dos semideuses, principalmente quando nele estão envolvidos filhos dos três grandes.

Thalia, Nico e eu nos encaramos automaticamente.

- Quero dizer – Héstia voltou a roubar nossa atenção – vocês estão mais do que preparados para enfrentar o que têm a frente... Mesmo sem intervenção divina.

Pigarreei.

- Vocês, deuses, não têm nenhuma ideia de que pode estar por trás disso? Quem seja o ladrão do Tridente do meu pai?

Héstia suspirou profundamente, antes de responder.

- Infelizmente, não. Sabemos que os Telquines estão envolvidos. Definitivamente. Mas quem os está coordenando... Disso não sabemos. Os deuses estão preocupados, Percy Jackson, a situação tende a ficar cada vez pior se não encontramos o Tridente a tempo... Temos noção do prazo, é claro, até que... – a deusa deixou a frase morrer no ar. Observou a fogueira concentrada. Não sei se foi impressão minha, mas as chamas ficaram mais quentes e altas, mais vermelhas. Depois olhou no fundo dos meus olhos e eu não tive certeza se, em seus olhos, vi compaixão ou impotência. Héstia se recompôs e continuou: - Alguns dos deuses suspeitam da participação de outros deuses no ataque, mas não temos certeza sobre isso. Seria imprudente afirmar agora.

Assenti mais para mim do que para a deusa. Vi pelo canto do olho Nico e Annabeth fazerem o mesmo. A tensão instalada no ar. Héstia fez um gesto vago com as mãos, como se também a sentisse, e uma brisa leve fez as folhas farfalharem, as chamas da fogueira bruxulearem e os cabelos de Alexa e Annabeth ondularem no vento.

 - A partir do conselho de que falei, os deus concordaram que vocês mereciam algumas direções. – Héstia focou em nós. – Assim como disse a profecia, vocês devem seguir para o oeste. Não sabemos a localização com precisão, mas próximo a Santa Bárbara, na Califórnia, as sinais do Tridente são mais poderosos. Temos patrulhas de alguns deuses menores naquela região e nos arredores, mas não descobrimos tanta coisa. Só esperamos que tomem cuidado ao irem de encontro ao inimigo...

Héstia olhou para a lua por um momento e pegou um graveto que estava próximo à fogueira mas não estava pegando fogo e mexeu nas chamas, elas voltaram a brilhar fortemente, esquentando-nos.

- Minha senhora, se não for incomodo perguntar, mas foram vocês que nos aprisionaram aqui nesta clareira? – Annabeth indagou a meia voz.

Héstia piscou cumplice para minha Sabidinha.

- Uma pequena ajuda de Hécate, para manter vocês perto enquanto debatíamos. – a deusa confessou no mesmo tom de Annie.

Héstia pôs-se de pé graciosamente.

- No amanhecer de amanhã, um transporte para vocês chegará. Logo no raiar do dia. Ele os levará para Manhattan onde será mais fácil encontrarem um meio de chegar ao oeste.

Héstia olhou para cada um de nós e seu olhar se demorou em Alexa.

- Levante-se, Alexa West, desejo falar a sós com você.

Alexa olhou de soslaio para mim e Annabeth e ambos assentimos minimamente para ela. Ela se pôs de pé hesitante, mas mesmo assim seguiu a deusa até um canto afastado da clareira.

Observei, assim como Annabeth e Nico (pois Thalia já havia pegado no sono, apoiada em sua própria mão), Alexa e Héstia conversarem pelo que se pareceu alguns minutos. Vi o rosto de Alexa se iluminar e Héstia soltar um riso baixo. Alexa olhou rapidamente para mim e assentiu para a deusa. Héstia desse algo mais e entregou uma mochila florida avermelhada à filha de Afrodite. Depois as duas voltaram para perto da fogueira, onde nos reuníamos.

- Espero que desempenhem bem seus papeis nessa missão, jovens heróis. – ouvi-la referir-se a nós como se fôssemos mais jovens que ela foi, no mínimo, irônico. – Boa sorte. – finalizou a deusa e, em seguida, fez algo que me surpreendeu de início.

Héstia, em sua forma de garota, entrou na fogueira e fundiu-se com o fogo. Logo sua silhueta desapareceu em meio às chamas e um cheiro de casa, um conhecido aroma de pinheiro e maresia preencheu o ar, pelo menos para mim. Tudo isso aconteceu numa fração de segundo. E, de repente, estamos apenas nós cinco na clareira à luz da lua e da fogueira.

E com essa linda e nada traumática cena, nós voltamos aos nossos postos. Annabeth arrastou Thalia até seu saco de dormir, enquanto eu e Nico nos aproximávamos mais de Alexa.

 - O que tem na mochila? – meu primo apontou para a mesma nas mãos de Alexa.

Alexa sacudiu a cabeça, como se ainda estivesse presa à visão de Héstia queimando nas chamas da nossa fogueira.

- Héstia disse que tem mantimentos a mais para nós, dinheiro para as passagens que vamos comprar e duas encomendas para mim e para o Percy.

Encarei-a confuso. A voz de Annabeth soou logo atrás de mim.

- O que eles mandariam para vocês? – verbalizou meus pensamentos numa pergunta retórica.

Alexa puxou o zíper da mochila vermelha e tirou de dentro dois pacotes. Um embrulho verde-água, com o papel meio amassado, e outro cor-de-rosa e cheio de lacinhos, muito bem arrumado. Ela estendeu o primeiro para mim e eu o peguei ansioso. Meu nome, escrito em tinta preta e letra inclinada, me chamava no topo do pacote.

O pacote retangular, pouco menor que uma caixa de sapatos, não pesava muito. Tirei o papel que o revestia sem muita cerimônia. Uma caixa esverdeada, de um tom mais escuro que o embrulho, cintilava em minhas mãos. Digo, um brilho pálido se desprendia da caixa.

Abri a tampa, hesitante.

Dentro havia um bilhete dobrado, um frasco médio de uma solução azulada com pontinhos pretos e uma cartela de comprimidos redondos brancos.

Peguei o papel e o desdobrei, recorrendo à luz da fogueira para lê-lo. A mesma leta inclinada do embrulho preenchia o papel.

Percy, meu filho,

Esta poção foi desenvolvida por Atena e Hécate. Ela foi feita com a finalidade de tentar diminuir a dor que você sente com os ataques do Tridente.

Senti-me culpado por ser meu símbolo do poder que o está fazendo mal.

Beba apenas um gole da poção com um comprimido e a dor será tolerável e suas forças serão recobradas. O néctar presente dará um goste mais... Menos enjoativo.

Espero que a poção lhe seja útil,

Poseidon”

- É do meu pai – murmurei. Meu peito se encheu de gratidão, isso deve ter transparecido em minhas palavras. – É um tipo de remédio projetado por Atena e Hécate para combater a dor que os ataques do Tridente causam a mim.

Levantei o rosto para meus amigos. As sombras de Annabeth, Nico e Alexa se estendiam pela relva da clareira. Annabeth lançou um sorriso de lado para mim.

- Pelo que parece, minha mãe deve está superando a aversão que tem a você – seus olhos entristeceram. E, por algum motivo que desconheço, eu corei de leve.

Fechei a caixa com o bilhete dentro, em seguida coloquei-a próximo a nossas mochilas. Alexa fitou a caixa rosada em suas mãos.

- Algo que me diz que não devo abrir agora – murmurou. Depois levantou a cabeça.

- Tudo bem, Alexa. – eu disse. – Provavelmente é um presente de Afrodite.

Ela assentiu e recolocou o presente na mochila florida avermelhada.

- Você e Nico podem voltar a dormir. – afirmou Annabeth. – Ainda está na minha vez e do Percy de ficar de vigia.

Não precisando de mais incentivo, meus dois amigos se jogaram em seus respectivos sacos de dormir e não demoraram a pegar no sono. Então Annabeth e eu estávamos sozinhos novamente.

- Você está preocupado? – perguntou ela assim que nos voltamos para nossos lugares, escorados na árvore de frente à fogueira.

Deliberei sua pergunta antes de respondê-la. Na manhã do dia seguinte, eu teria exatamente sete dias para resgatar o Tridente e de bônus salvar minha vida. Por alguma razão, eu não estava tão preocupado assim. Eu deveria estar, os problemas só aumentavam e as soluções eram poucas. Mas eu estava quase relaxado. Esse sentimento parecia fora de ordem. Eu encarei Annie e entendi por que estava me sentindo assim.

- Não muito. Só quero terminar logo essa missão e voltar ao Acampamento.

Annabeth assentiu.

Ficamos em silencio por alguns minutos, observando o céu limpo e estrelado, o farfalhar suave das folhas na relva e nas copas das árvores, o crepitar e o bruxulear da fogueira. Sem perceber, me virei para fitar Annabeth. Fiquei olhando seu cabelo ondular atrás das costas, por culpa do vento, seus olhos piscarem e os cílios longos tocando-se, seu rosto corar de leve e um pequeno sorriso se formar no lado direito de seu rosto.

- Perdeu alguma coisa no meu rosto, Cabeça de Algas? – ela perguntou divertida, virando-se para me encarar também.

Balancei a cabeça em negativa repetidas vezes e senti meu rosto esquentar, mas não virei o rosto. Seus olhos cinzentos mais pareciam uma tempestade preste a se formar, mas tinham algo de encantador. Me peguei observando o delinear dos seus lábios e voltei a encarar a fogueira. Desviando minha atenção da boca beijável de Annabeth para o que quer que fosse.

- Percy... – ela me chamou, com uma voz baixa e doída. Eu permaneci observando a fogueira, as chamas lançados bolinhas de fumaça em direção ao céu. Procurei a mão de Annabeth na relva e, sem dizer nada, eu a segurei. Annabeth também não falou nada e entendi que ela consentiu.

O silencio era agradável. Mas eu sentia que precisava dizer algo. Sentia que Annabeth precisava saber, ou precisava ser lembrada, do que eu sentia sobre ela.

Abri minha boca, procurando palavras em minha mente para vocalizar meus pensamentos. Antes que eu as encontrasse, porém, um respirar profundo saiu de um dos sacos de dormir. Thalia se espreguiçou ainda deitada, depois se sentou e fez o mesmo. Trinquei os dentes. Annie soltou a minha mão. Thalia se aproximou e Annabeth levantou, caminhando em direção à caçadora.

- Já é minha vez de ficar de guarda?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço reviews? Recomendações? Podem me xingar, me forçar a escrever, o que quiserem, só me digam que continuem ai, sabe, eu nunca vou abandonar essa fic. Nunca. Posso demorar o tempo que for, mas sempre voltarei. Se lembrem disso, ok?
Ah, não vou me prolongar mais, antes que eu vá, porém, no meu perfil tem a data da proxima postagem de todas as minhas fics, sem enganação, vão lá dar uma olhada e aproveitem pra checar minhas outras fics.
Ok, matem monstros, comam flor de lotús e enfim u.u
Ps.: Muitas surpresas no mundo semideus, não? MdA, CdH lançando esse ano no brasil, trailers de pj2..... to morrendo de tanta felicidade.