Well Be A Dream escrita por MissLerman


Capítulo 9
Capítulo 9 Uma tarde inesquecível


Notas iniciais do capítulo

Sweethearts, queria agradecer aos meus leitores lindos e às lindas que me mandaram reviews. Espero que gostem do capítulo, é o meu preferido (:



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Fomos o caminho todo conversando. Annabeth perguntava sobre tudo, plantas, comidas, casas, animais... Contei à ela tudo o que eu sabia, sobre as flores do castelo, sobre como Thalia gostava delas, e Nico também. Ela prestava atenção em tudo o que eu falava. Olhava as imensas árvores, e ficava cada vez mais encantada.

- Não entendo porque meu pai odiava os humanos e seu mundo, este lugar é incrível! - ela disse.

Sorri para ela. Era até bonito de ver o modo como seus olhos brilhavam.

Não demorou muito, nós havíamos chegado ao meu lugar preferido. Ficava em uma pequena colina. No topo dela tinha uma macieira. Eu gostava de ir ali quando queria fugir de todos e de tudo. Era o lugar perfeito para ficar sozinho. Mas o melhor era que dava pra ver o mar. A vista era maravilhosa.

Aquela imensidão azul ficava ainda mais bonita por causa dos raios de sol. Sentar ao pé da árvore e ficar observando-o, era mágico. E com certeza eu queria dividir essa magia com Annabeth.

Quando chegamos no topo, ela pareceu não acreditar no que estava vendo. Ficou apenas lá, parada, observando sua "casa". Mas havia algo errado, em seus belos olhos acinzentados havia outro sentimento.Resolvi me aproximar dela.

- Saudades de casa? - óbvio que era isso, não sei porque perguntei.

Ela encostou na macieira e me olhou. Seus olhos estavam repletos de lágrimas. Me doeu ver aquilo.

- Vem, senta aqui.Me sentei na grama e fiz um gesto para que ela se sentasse também. Ela se sentou de frente para mim e abraçou os joelhos. Algumas lágrimas já haviam caído.

- Sabe, eu e meu pai nunca nos demos bem, ele queria uma filha perfeita, que cantasse e o deixasse feliz, para que no futuro ele pudesse me passar o trono.

O modo como ela falava fez com que eu me sentisse mal também, apesar de ter perdido meu pai, eu sabia que ele me amava pelo que eu era. Annabeth encarava o chão.

- Era meu sonho poder subir até a superfície, mas ele sempre dizia que os humanos eram monstros sem coração. Nunca acreditei nele.

Naquele momento, eu pudia sentir que a dor de Annabeth havia passado para mim. Eu me sentia péssimo, só pelo fato de ela estar triste.

Cheguei mais perto e me sentei ao seu lado, passei o braço direito sobre seu ombro e ela apoiou sua cabeça em mim e continuou.

- Naquela noite do acidente, eu havia fugido de casa, Charles sabia para onde eu iria e foi atrás de mim. Ele insistiu para voltarmos para casa, mas eu não quis. Foi assim que escutamos sr D. e Luke falando sobre ir às Ilhas Marques.

Eu não sabia o que dizer. Nunca fui bom com palavras, queria confortá-la, dizer que ia ficar tudo bem, mas não sabia exatamente como fazer isso.

- Apesar de tudo, tenho certeza que seu pai te ama. - tentei ajudar, mas ela levantou a cabeça e olhou incrédula para mim. Mais e mais lágrimas caíam.

- Ma amar? Percy, amor não existe!

Aquelas palavras pesaram sobre mim. Por que ela haia dito isso? Foi a maior loucura que já ouvi.

- Não Annie, é claro que o amor existe! Ela ainda me olhava desconfiada.

- Olha, sabe quando você vê uma pessoa mal, e de repente, seu único desejo é fazê-la rir novamente? Ou então seu irmão, você o ama, certo? Só quer vê-lo feliz, não é?

Annabeth ficou pensativa. Já não havia lágrima alguma em seus olhos.

- Quando descemos para conversar com Hera, Charles queria vim, mas eu não deixei, sabia que, se alguma coisa acontecesse a ele, eu não me perdoaria. - ela disse e deu um leve sorriso.

- Quem... te disse que o amor não existe? - arrisquei.Então ela olhou para o mar e disse algo que me pegou totalmente de surpresa.

- Meu pai.

Ao ouvir aquilo, senti meu peito doer. Como alguém poderia não acreditar no amor? Como alguém poderia não dizer "Eu te amo" nem para a própria filha? Não consegui acreditar naquelas palavras.

- Percy, posso te perguntar uma coisa?

Annabeth se afastou um pouco e olhou em meus olhos.

- Claro. - respondi.

Eu sorri, mas ela não me retribuiu e corou. Não havia entendido nada.

- Lembra quando estávamos na padaria, e tinha aquele casal... - ela pareceu não conseguir completar a frase, mas eu entendi o que ela quis dizer.

- Sim, eles estavam se beijando, o que tem?

Annabeth parecia estar tomando coragem para falar. Deu um suspiro e continuou.

- Por que?

Eu a olhava confuso. Ela ficou sem graça, mas continuou.

- Por que eles estavam fazendo aquilo? Tocando a boca um do outro...

Fiquei de boca aberta. Como ela não sabia o que era beijar? Em que tipo de lugar ela morava?

- Eles estavam se beijando porque ele se amam. - foi a única que passou pela cabeça no minuto.

Annie estava vermelha de novo, não podia culpá-la.

- Annabeth, você nunca... beijou.. ninguém?

Ela me olhou e disse:-

Antes de vim pra cá, eu nem sabia que isso existia.

Fiquei um tanto perplexo, era difícil de acreditar. Mas então tive uma ideia. Foi constrangedora e absurda, mas, no fundo, havia me agradado. Só esperava que agradasse à Annabeth também.

- Sabidinha, você... quer... um beijo? - eu devia estar parecendo um tomate.

Ela me olhou um tanto assustada, como se não esperasse por isso. Estava mais vermelha do que nunca, mas, com certeza, só não estava mais vermelha do que eu.

- Mas cabeça de alga... você não disse que só as pessoas que se amam se beijam?

Eu ri.

- Você não disse que não acreditava em amor? - rebati.

Ela levantou a sobrancelha e me encarou. Meu coração acelerou, eu senti que aquilo fora um sim. Me virei, ficando de frente para Annabeth. Senti um arrepio na espinha quano me dei conta que estávamos muito próximos. Comecei a ir encurtando a distância entre nós, eu ainda a olhava nos olhos.

Então ela fechou os olhos e ficou imóvel, apenas esperando.

Quando percebi que a distância estava acabando, fechei os meus olhos também e fui me aproximando até sentir seus lábios.

E então eu senti.

Eu já havia beijado algumas garotas da vila, mas nenhuma delas se comparava àquele beijo. Annabeth tinha os lábios mais macios que eu já vira, ou melhor, beijara. Não quis precioná-la, mas não resisti em aprofundar nosso beijos, pedi passagem para minha língua. Ela se assustou no começo, mas logo depois deixou. Foi o melhor beijo da minha vida. Eu sentia minhas mãos soarem, mesmo estando frias.

Não sei quanto tempo nós passamos nos beijando, eu havia esquecido que precisava respirar. Afastei meu rosto de Annabeth. Ela estava com os lábios um pouco vermelhos e um misto de alegria e confusão estavam em seus olhos acinzentados.Meus estômago revirava de felicidade, nunca me senti assim antes.

Sorri para ela, ela retribuiu.

- Isso foi.. legal! - foi o que ela disse.

Apenas concordei com a cabeça.

Foi a sensação mais incrível da vida, era impossível descrever. Seus lábios nos meus, era isso que eu queria. Eu queria Annabeth para mim, apenas para mim. Queria fazê-la feliz todos os dias de sua vida. Queria enxugar cada lágrima de tristeza que caíssem, para poder então trazer o sorriso mais lindo do mundo de volta.

Então caiu a ficha. Eu estava completamente apaixonado por aquela moça! Uma sereia. A minha sereia. A pessoa a quem eu devia a minha vida! E, consequentemente, estava em maus lençóis!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Mais uma coisa, quem tiver tumblr, aqui esta o meu http://canihugyou.tumblr.com/ , se quiser seguir, é só me mandar uma ask avisando que é do site e eu sigo de volta.
Até amanhã gente ;3