Meu Amigo Imaginário? escrita por Greensleeves


Capítulo 4
Capítulo 4




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 Mary sempre me acordava, mas desta vez foi diferente. O despertador tocou três vezes até eu conseguir abrir os olhos. Eu estava com muito medo de que fosse verdade tudo que havia acontecido.

 Queria abrir os olhos e estar em casa, no meu quarto, e mamãe a brindo as cortinas e deixando o sol de outono entrar.

 Mas não, era muito sombria a realidade. Olhei para o teto de madeira e para o resto do quarto. Tudo era sem vida, sem cor, sem amor.

 Coloquei minha saia e minha camiseta branca com o casaco cinza. Peguei meias novas e meus sapatos pretos brilhante por causa da graxa. Fiz uma longa trança como sempre, no meu cabelo ruivo, que sempre me dava atenção nos lugares.

 Lavei o rosto com a água fria que saiu da torneira de prata desbotada.

 Quando desci, me sentei na mesa e esperei as outras garotas. Rezamos e começamos a comer o mingau de aveia, tipico de domingo.

 Minhas tarefas foram dadas depois que acabei. Recolher o lixo e colocar para fora, e dar aulas de inglês, pois eu era uma das únicas garotas que sabiam, para as menores e por fim pegar lenha para a grande lareira da sala.

 Saí para o jardim da frente e um vento gelado se chocou com meu rosto, a neve já estava chegando. Andei até o portão da entrada e coloquei o saco preto na pequena cestinha de metal.

 Voltei correndo para dentro, pois meus dedos começaram a congelar. Quando entrei, deleitei com o calor que estava a casa.

 Uma garotinha, seu nome era Fridda, veio até mim com o caderno na mão.

  "Alicia, esta pronta para a aula?" -Ela disse fungando o nariz que escorria.

  "Claro." -Sorri, e fomos até a biblioteca. Lá um pequeno grupo de garotas me aguardavam no chão. Peguei o livro e comecei a escrever na lousa antiga.

 Quando acabei, já era hora do almoço. Fomos, em ordem, para a cozinha e sentamos na mesa.

  "Antes de rezarmos, gostaria de dizer uma coisa. Nossos generosos novos vizinhos, nos convidaram para um passeio no zoológico." -Todos começaram a comentar, até que Marta teve que pedir silêncio- "Mas, vou avisando, que esse passeio, será apenas para as garotas de 1 a 3 grau."

 O orfanato era dividido em 4 graus. 1 era de garotas mais novas de 6 a 7 anos. O2 de 8 a 10, o 3 de 11 a 13 e o 4 de 14 a 16. Garotas de mais idades iam para outro orfanato, onde trabalhava em fabricas ou lojas.

 Eu era a única garota de 15 anos, agora que Mary saiu; havia Reene de 16, mas ela ajudava mais cozinha e dava ordens para as de 1 e 2 graus.

 Subi para o meu quarto e comecei a fazer meu dever de casa. Uma escola publica, só para garotas, aceitou em dar aulas apenas para as garotas dos orfanatos, fazendo com que estudássemos em uma escola normal em vez de ter aulas com o padre. Que morrerá ano passado.

 Quando acabei meu dever, desci e fui até o quartinho, onde peguei o machado.

 Dessa vez, usei mais um casaco para ir lá fora.

 Atras da casa, havia uma arvore, que já estava seca. Pegávamos alguns galhos  dela quando precisávamos. 

 Andei até os fundo e observei. Coloquei as luvas próprias e comecei a puxar alguns galhos menores.

 Puxei com tanta força que cai no chão com o estalo. Coloquei o galho de lado, e arrumei meu casaco.

 Ouvi um cleck oco atras de mim, e gelei. Um tempo atras havia boatos de lobos que estavam vindo para a cidade. Virei minha cabeça devagar e quando vi o que estava atras de mim, gritei.


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