Se deslocando por sobre os telhados, o Príncipe e Altair avançavam pela cidade. Parando um pouco para observar o derredor, o Príncipe comenta, olhando para alguns prédios próximos:

– ¨Que construções mais estranhas estas, que tipo de moradias devem ser?¨

– ¨Estas devem ser as casas dos ricos nesta cidade¨ - Altair pondera rispidamente, e ao ser questionado sobre o por quê desta opinião ele completa: ¨Em outro ponto deste lugar vi casas pobres, estas parecem possuir sempre o mesmo estilo, não importando o lugar...¨

Após esta conversa simples, Altair se aproxima da beirada do telhado e observa discretamente a rua logo abaixo, onde três homens conversavam, o capitão Scott Mitchells contava a seus dois novos companheiros sobre sua aventura antes de se ver neste estranho local, ao que o agente Sam Fisher comenta:

– ¨E eu que estava até os joelhos de neve, investigando uns galpões que se suspeitavam estar sendo usados por terroristas como depósito de armas perto de uma cidade russa da Sibéria que quando se fala o nome parece que se está xingando, e de repente me vejo em uma cidade do deserto mexicano... Não que não tenha gostado da mudança de clima, odeio o frio...¨

Entrando na conversa, Tom Hansen informa: - ¨Eu havia acabado de ser resgatado no mar de Bering¨, ao que Sam concluí: - ¨É, você ganhou...¨

Sem que os três percebessem, num telhado acima deles Altair prepara sua lâmina oculta para um ataque aéreo, ao que o Príncipe lhe questiona sobre o que pretendera fazer, ele explica: - ¨Eles falam no principal idioma dos Cruzados, e se vestem estranho, devem de ser Templários e os responsáveis por nos trazer aqui... Vou resolver o problema com eles.¨ Porém o Príncipe lhe censura: - ¨Também acreditei que você fosse meu inimigo, mas estou considerando que posso estar errado... Talvez você também esteja.¨

– ¨Nossa prioridade agora deve ser descobrir o que aconteceu e teremos mais chances de êxito se ficarmos juntos e nos ajudarmos¨ - Mitchells toma convence seus recém-conhecidos aleados, ao que depois comenta: - ¨Que festa de ano novo...¨ Ao que os dois demostram não entender o comentário, ele explica: - ¨Ora, estávamos comemorando o Ano Novo...¨, ao que é surpreendido pela reação de Hansen que responde: - ¨Estamos em março. Não é?¨ O capitão questiona ao que Fisher confirma: - ¨Sim, março de 2009...¨

– ¨2009! Já estamos para entrar em 2015!¨ Mitchells reponde, ao que Hansen completa: - ¨Pra mim ainda seria 2004... bem se viemos de diferentes locais, talvez também teríamos vindo de diferentes épocas... Sei que parece absurdo, mas já não sei o que considerar absurdo e possível...¨

Enquanto eles ainda se consideravam sobre aquela estranha situação, eles ouvem uma estanha saudação: - ¨Olá à vós.¨

Os três se viram para ver quem lhes falara, porém Sam logo reconhece o homem de capuz branco e o encara a pontando sua arma, ao que Altair rapidamente tenta lhe explicar: - ¨Perdoai-me, pois pensei que fostes um de meu inimigos, por isto vos ataquei, agora creio ter equivocado-me.¨ Ao escutar as explicações Fisher argumenta meio arrogante: - ¨Esta bem, mas porque esta falando como numa peça de Shakespeare!¨, ao que o Assassino lhe explica: - ¨Oras, assim foste que aprendi a linguajem dos Cruzados, vós sois Cruzados?¨ Diante da estranha pergunta, os três passam a se olhar confusos, começando a considerar a ideia proposta por Hansen de vigem temporal já não tão absurda, ao que o capitão Mitchells responde ao homem encapuzado: - ¨A última das Cruzadas ocorreu a séculos.¨ Nisto o Príncipe comenta algo, porém os homens não compreendem, e questionam a Altair que lhes explica que lhe apresenta como um persa. Diante disto, Sam busca algo em seus bolsos, enquanto comenta: - ¨Acho que nisto posso ajudar¨, questionado como pelos demais, ele explica: ¨há alguns anos, na Itália, estava investigando a multinacional Abstergo, uma industria farmacêutica que suspeitavam estar escondendo algo, bem no final, o que estavam escondendo eram apenas planos de ampliar sua área de atuação, desenvolvendo também equipamentos eletrônicos¨, nisto ele encontra o que procurava e mostra um pequeno aparelho, com o que pareciam ser um microfone e alguns altifalantes e lhes diz: - ¨Este é um deles, tratasse de um tradutor universal.¨, ele se dirige ao Príncipe e começa apor o aparelho nele, enquanto continua a explicação: ¨Não é 100 %, é mais ou menos como o tradutor do Google, mas é funcional e tem um recurso de auto-atualização enquanto é usado. Pronto, só espero que o persa que ele fala não seja muito diferente do de Ahmadinejad.¨

Após a instalação do aparelho, o Príncipe diz: ¨احمدی نژاد چه کسی است؟¨, o que é identificado e traduzido pelo aparelho: ¨Quem Ahmadinejad ser?¨.