Believe escrita por emeci


Capítulo 14
11 - Deixa eu te mostrar...


Notas iniciais do capítulo

Então é... eu queria agradecer por tudo o que vocês têm feito por mim e como a fic vai ser excluida - eu vouu coloca-la nas originais na mesma - podem segui-la através do site que eu vou deixar lá em baixo!



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11º Capítulo

 Justin sentou-se no sofá da sala, completamente exausto. Pegou na garrafa de água que tinha trazido consigo e bebeu quase metade de uma só vez. Sentia os músculos das pernas doridos devido às horas seguidas que passara nos ensaios de dança para os shows que se seguiriam, mal ele saísse de Madrid.

Sair de Madrid.

O pensamento deixou-o incomodado.

O garoto suspirou, passando as mãos pelo cabelo suado. No entanto, tão rápido como o pensamento veio, este se foi, dando lugar a outros mais positivos e mais bonitos. Como aqueles em que C entrava, ou como aqueles em que estava com os seus amigos, ou como aqueles em que suas fãs o abraçavam. O garoto sorriu, deitando-se no sofá onde aquela loucura boa entre ele e C tinha começado. Quem o visse pensava que ele era doido por sorrir sozinho.

Cansado, o cantor se ajeitou, colocando-se numa posição confortavel. Estava de rastos e ao mesmo tempo ansioso para que a noite chegasse.

 Olhou para o relógio. Eram seis e meia. Só tinha que pegar C às oito para a levar ao restaurante que ele tinha reservado justamente para a ocasião. Sorriu de novo. Queria que aquela noite fosse perfeita.

No entanto, estando confortável e tão cansado como estava, foi impossível conseguir resitir ao sono.

Só vou dormir meia hora. Depois tenho que me arranjar e pegar a C. E ela vai estar linda, como sempre.

O garoto fechou os olhos, já ansioso que as oito horas chegassem. Seguidamente, o sono se apoderou dele e o rapaz desligou, não conseguindo pensar noutra coisa sem ser C.

*****

--Justin… - o garoto sentiu seu corpo ser chocalhado -Justin, porra, acorda.

O garoto abriu os olhos, confuso, tentando perceber o que estava acontecendo.

--Huh?

Ergueu o sobrolho quando reconheceu o rosto que o estava encarando com um ar preocupado e aflito, se sentando Rapidamente levou a mão à nuca, murmurando um “outch” ao perceber que aquela zona lhe doía devido à posição desconfortável com que tinha dormido.

--Dylan? – o esfregou os olhos, bocejando de seguida, percebendo o quão bem aquela sesta lhe tinha feito, apesar de ligeiramente desconfortável – o que você está fazendo aqui? – o menino perguntou para um dos seus dançarinos. Neste caso, aquele com que ele se dava melhor e era seu amigo.

--Dude, não era você que tinha um encontro com a C às oito? São oito e meia.

Justin demorou um segundo a se situar e perceber o que o dançarino, amigo dele, queria.

--Encontro?

Mal a palavra ecoou em seu cérebro o garoto se lembrou.

Carol. Encontro. Oito horas.

Com o coração aos pulos encarou o relógio e se levantou de um pulo, irritado.

--Porra, véi! Merda, merda, merda! São oito e meia! São oito e meia! O meu celular? – o garoto apalpava os bolsos procurando pelo objecto – Onde merda está o meu celular? – encarou Dylan, que lhe encolheu os ombros. Foi o suficiente para o garoto correr para o quarto e bater com a porta, de uma forma bruta.

--Onde porra é que eu deixei aquel...Ah, encontrei.

O garoto pegou no aparelho e o ligou. Mas aquela merda não ligava. Justin cerrou os dentes de raiva enquanto procurava o carregador. Porque ninguém o tinha acordado? Porque ele tinha que ter adormecido justo hoje? Ligou o celular à ficha e correu para o banheiro, tirando a t-shirt suada pelo caminho e a jogando em qualquer canto.

- Merda, merda, merda. Ela deve estar uma fera. Ela nem vai querer ir. Ai, puta que pariu! – o garoto gritou quando embateu com o cotovelo contra a parede fria.

Mas porque tudo tinha de dar errado justo naquele dia?

O garoto entrou no banho e fez tudo o mais rápido que conseguiu.

Quando entrou no carro, quinze minutos depois, devidamente arrumado, já estava mais que atrasado para pegar C e para irem para o restaurante.

Oh, merda.

Bufou, ligando o carro e pegando no celular – agora carregado – com o intuito para ligar para Carol o quanto antes e se desculpar.

Ele estava ferrado. E estava irritado. E queria ver a menina o quanto antes.

Ele realmente esperava que ela o desculpasse.

E aquilo não estava começando como ele queria.

*****

Mafalda estava estendida na cama do quarto do apartamento do pai, em Madrid. Vestia uma t-shirt que lhe chegava aos joelhos e estava lendo um de seus livros favoritos, outra vez.

A garota gostava de ler. Permitia que ela conseguisse esquecer a realidade e fugir a certos pensamentos que a sufocavam.

No entanto, enquanto lia, o celular dela tocou. A menina ergueu os olhos do livro e, suspirando, se levantou de um salto, fazendo com que o livro caísse no chão e se abrisse numa página qualquer.

Maffy pegou no objeto e revirou os olhos, ainda ouvindo o seu celular tocar. Ia colocar o seu exemplar de “crepúsculo” na cama de novo quando reparou na página em que estava aberta.

-Você nem me mostrou o livro que comprou – o garoto disse, enquanto tirava mais uma batata frita do pacote que os dois tinham comprado.

Maffy revirou os olhos.

-Nem vou mostrar. Para quê, para você o sujar com essas mãos cheias de gordura?

O garoto riu.

- Então tá bom. Próxima vez nem ajudo você a procurar. – ele fez bico, o que Maffy achou extremamente fofo.

-Ah, claro. Como se você fosse mesmo recusar ajuda de uma garota linda como eu – Maffy disse em tom de brincadeira, o que fez o garoto gargalhar.

-Por acaso… - ele falou, com um sorriso enviesado que deixou a garota sem graça.

Ela lhe deu um tapa no ombro o que só fez o garoto rir mais.

-Idiota – a menina riu com ele.

Ambos se encararam e só aí e que Mafalda reparou o quão próximos eles estavam. A menina observou os olhos escuros do garoto de cabelos castanhos incidirem sobre a boca dela, depois os olhos dela e a boca dela de novo. No entanto quando ele se ia aproximar, a garota virou o rosto para o lado, sentindo suas bochechas queimarem.

O silêncio durou apenas alguns segundos.

-Desculpa… - o menino de cabelos castanhos disse, fazendo com que Maffy o encarasse – Desculpa… eu não queria…

-Não tem problema – a garota disse, com um sorriso sincero, encarando o menino nos olhos – Eu só… - ela tentou se desculpar, mas não conseguiu encontrar palavras.

O garoto pegou numa madeixa do cabelo da garota e colocou atrás da orelha dela.

E, depois, sem a menina perceber como, ele estava com o livro que ela tinha comprado, nas mãos.

-Vamos ver se isto realmente presta – o menino falou abrindo numa página qualquer e fazendo a agarota rir e revirar os olhos. Depois, começou a ler, imitando uma voz fininha:

-A minha cabeça girava de tão confusa. Será que tudo aquilo fora fruto da minha imaginação?

Maffy ria e ria escandalosamente.

-Ai, Chaz, desde que te vi que pensei que você fosse gay, mas agora eu tenho a certeza. – a garota falou, divertida e o menino riu.

Parecia que os dois já se conheciam há muito tempo.

E Maffy se sentia tão bem ali, ao pé do garoto de olhos escuros e cabelos castanhos, sentada num banco numa praça de Londres.

Foi o toque do celular que despertou Maffy e fez a menina voltar de novo para o seu quarto, deixando as doces memórias que surgiam na mente da garota com demasiada frequência escaparem.

A garota de cabelos castanhos bastante claros correu para o aparelho com o objetivo de atender. Olhou para o visor.

Carol? Eram oito e vinte, ela devia estar no encontro com Justin. Porque é que lhe estava ligando?

Maffy atendeu, com o sobrolho erguido, desconfiada.

--Carol? Está tudo bem?

--Não, Maffy. Não está – a garota do outro lado da linha falou, com a voz um pouco triste – Ele ainda não chegou. Ai, porra, eu nem sei se ele vem mesmo – a voz da menina tremeu e Maffy soube que ela estava quase chorando.

--C, C… Calma, respira fundo – Mafalda disse, sentindo palpável o desespero da amiga – Ele só deve se ter atrasado. Liga para ele ou se você já ligou tenta de novo. Mas não entra em desespero, okay, C?

--Okay. Mas Maffy… já passou meia hora. E eu estou aqui na receção tal como nós combinámos, esperando que o carro dele passe, sentada num sofá, com o vestido lindo que a gente comprou e nem um livro eu trouxe para ler… - Carol se lamentou e Maffy teve que sorrir. Carol, sempre com a sua mania de trazer um livro sempre atrás.

-- Carol, ele vai vir – ela disse calmamente, tentando acalmar a amiga. E ela realmente acreditava no que dizia – Acredita, C. Ele vai mesmo vir. Se calhar ele teve um ensaio que não estava contando ou algo do género, mas ele vai vir e vocês vão ter o melhor encontro de sempre, okay? – a menina disse, se entusiasmando e esperando que a grande amiga se entusiasmasse também.

--Okay. Mas e…

--Não existe mas, Carol. Ele vai ver. Ah, poxa, você conhece o nosso Justin. Quer dizer… o teu Justin – mal ela disse isso ouviu um riso abafado do outro lado da linha o que a fez sorrir. Não gostava nada ver a amiga triste. Ainda por cima triste e linda como ela devia estar naquele momento – Fica calma, tá? Ele vai vir, nem que eu o tenha que ir buscar – ouvir a amiga rir de novo.

- Tábom.

-Ele vai vir. Liga para ele de novo. E relaxa, okay?

-Okay. – a menina fez uma pausa – adoro você Maffy. E obrigada. E eu adoro mesmo você.

-Eu também adoro você Carol. Beijos!

-Beijos!

Maffy desligou o celular com um sorriso no rosto. Sabia que o Justin devia estar a chegar para pegar C e queria mesmo que o encontro deles fosse fantástico. Eles mereciam. Suspirando, a garota pegou no livro e se deitou na cama, lendo na parte onde tinha parado e se perguntado o que estaria acontecendo se ela e Chaz vivessem na mesma cidade.

*****

Eu estava sentada num dos sofás vermelhos confortáveis da receção do hotel, após ter ligado à Maffy, quando vi, através das paredes feitas de vidro com vista para o exterior, Justin chegando no seu carro preto.

Respirei fundo e me levantei, pegando na minha carteira e andando em direção à porta giratória.

A verdade é que eu estava nervosa. Nunca tinha ido a um “encontro”. Tinha tido alguns namorados com os quais saí, mas isso era diferente.

Hoje era uma saída a sério.

Com Biebs.

Onde eu trajava um vertido rosa com folhos e sapatos altos.

E eu não sabia a mínima ideia do que fazer ou dizer ou esperar de um encontro.

Porque isso era daquele tipo de coisa que só acontece em filmes ou em livros ou aos outros.

No entanto, todos os pensamentos sombrios e repletos de insegurança desapareceram quando saí da porta giratória e vi Justin.

Sustive a respiração enquanto o observava, incondicionalmente.

Ele estava de tirar o folego. A qualquer uma.

Usava uma camisa branca, ligeiramente folgada, com umas calças pretas e estava encostado ao carro.

Tão lindo que nem parecia real.

E quando ele reparou que eu o observava, se dirigiu a mim, com um ar meio atrapalhado.

*****

Ela estava linda.

Não, não, ela sempre fora linda, mas naquele momento…

Ela estava deslumbrante.

Justin Não conseguia dizer o que é que sua C tinha de diferente, se era o cabelo, a maquiagem, o vestido, ou…

Mas ela estava um espanto.

De tirar o folego a qualquer um.

E isso era a única coisa que ele conseguia pensar enquanto ela vinha caminhando até ele.

O que só o fazia ficar mais embaraçado devido ao facto de a ter feito esperar.

O garoto foi ter com ela, com um sorriso nos lábios e preparando um discurso de desculpas para lhe dizer.

No entanto, quando ela estava a menos de dois metros de distância dele e lhe sorriu, Justin esqueceu o discurso todo que ia dizer. A única coisa que conseguiu fazer foi sorrir de volta.

-Você está linda.

O sorriso dela aumentou.

- Você também não está nada mal. – ela disse, brincando.

O discurso, seu idiota!

No entanto ele continuava sorrindo, sem saber bem o motivo.

Vei, na boa, sou idiota mesmo.

- C, é… desculpa eu ter chegado atrasado… Só que hoje tivemos o dia cheio de ensaios uns atrás dos outros e depois quando acabaram eu fui ver tv, mas aí acabei adormecendo – o menino falava rápido de mais, visivelmente embaraçado – e depois quando o Dylan me veio acordar já eram oito e meia e eu estava super irritado e depois a porcaria do celular não ligava e…

Biebs parou de falar quando sentiu os lábios da garota sobre os dele. A surpresa durou apenas meio segundo, porque logo que se apercebeu do que estava acontecendo, o garoto agarrou C pela cintura, a puxando mais para perto delicadamente, enquanto aprofundava o beijo. Sentiu as mãos da menina em seus ombros e foi incapaz de não sorrir para a beijar outra vez.

Quando se afastaram e ambos abriram os olhos, Justin ia começar outra vez a se desculpar, contudo, Carol colocou o polegar sobre os lábios do garoto, não permitindo que ele dissesse nada.

-Não precisa se desculpar – ela sorriu – está tudo bem.

Justin sorriu e deu um beijo na testa da menina, como ela gostava de fazer porque sabia que ela adorava isso.

Depois, pegou na mão dela e a levou para o carro, abrindo a porta para que ela entrasse.

Quando Justin se sentou no lugar do condutor apressou-se a ligar o carro. Antes de arrancar, ouviu a voz da sua C perguntar com certo entusiasmo:

-Aonde vamos?

O garoto foi incapaz de conter o sorriso que ansiava por brotar de seus lábios quando reparou que a voz da menina transbordava de ansiedade.

-Surpresa – o garoto falou sorrindo C para logo a seguir olhar para a estrada e começar o caminho em direção ao restaurante onde ele tinha uma mesa reservada.

Queria que aquela noite fosse perfeita. E para tal, não podia revelar o local onde ele e C iam jantar.

-Ah, não Biebs… - a menina falou e o garoto olhou para ela. Sorriu quando a viu com um biquinho igual àqueles que a irmã mais nova dele fazia quando queria alguma coisa – Vai… me diz. Por favor.

O garoto abanou a cabeça, divertido com a situação, em resposta.

- Poxa, Justin! – C reclamou e ele riu, com os olhos fixos na estrada e tentando se concentrar na condução o mais possível.

- Não ri, Biebs. Não tem piada. – Justin olhou a menina de cabelos cacheados e sorriu carinhosamente o que fez C corar e olhar para a janela. Ele adorava isso nela.

- Olha para estrada, Justin – C disse, calmamente, ainda sem encarar o garoto loiro.

- Fica difícil quando você está do meu lado – o garoto afirmou, sincero, sabendo que a sua C tinha ficado ainda mais corada. No entanto ele queria que ela aceitasse os elogios que ele lhe fazia. E que ela reconhecesse que era a garota mais linda que ele já tinha visto.

- Deixa de ser bobo, Biebs – a menina falou e ele não teve a capacidade de evitar um que riso gostoso saísse de sua boca.

Deixando de encarar os carros e a estrada que parecia ter vida própria à sua frente, Justin se virou e encarou C mais uma vez, enquanto esta ainda estava entretida com a vista do lado de fora do automóvel.

Ela cruzara a perna o que fizera o vestido rosa que ela usava subir um pouco e deixar as pernas de C mais expostas do que Biebs alguma vez tinha visto.

O garoto respirou fundo e se obrigou a encarar a estrada enquanto sentia seus dedos formigarem e se apertarem mais contra o volante.

Minutos depois, o garoto voltou a encarar Carol por breves segundos. Não conseguia evitar. Era como para se certificar que ela continuava ali ao pé dele e que ainda tinha a noite toda para desfrutar da companhia deliciosa dela.

Carol deixara de observar a paisagem através do vidro e, ao invés, vasculhava o porta-luvas dele, com um sorriso simples no rosto, o que fez com que o garoto de cabelos loiros sentisse um arrepio bom percorrer o seu corpo.

- O que está vendo?

A menina encolheu os ombros, cobertos por um pequeno casaco de malha preta, da mesma cor que os sapatos dela.

- Só estou verificando se você não tem uma arma aqui ou uma faca. Sabe… você podia ser um assassino em série mascarado de cantor famoso lindo e eu podia ser a próxima vitima – ela olhou para o garoto com um sorriso vitorioso que fez o menino rir com vontade e abanar a cabeça de um lado para o outro, voltando a fixar seus olhos na estrada.

- Eu acho que você anda vendo séries criminosas de mais, pequena.

Carol encolheu novamente os ombros, sorrindo.

- Por acaso não, Biebs. – ela comentou, divertida – Agora estou é viciada em Gossip Girl.

Justin revirou os olhos, com um sorriso idiota no rosto, ainda prestando atenção para não ultrapassar o limite de velocidade permitido.

- eu não acredito que você vê isso, C – o garoto comentou, dando um breve olhar à menina que já o encarava sorrindo – Isso é só um bando de amigos ricos e mimados que fazem merda e que se pegam todos.

-Ah, não – ela reclamou – Gossip girl vai muito mais além disso que você disse, Justin. Muito mais.

O garoto riu.

- Se você diz…

C sorriu vitoriosa , para depois perguntar novamente com a voz transbordado de entusiasmo.

- Já me pode dizer aonde estamos indo?

Justin sorriu, novamente divertido, abanado a cabeça.

- Vai Biebs… Me diz… Eu odeio surpresas.

O garoto olhou para ela durante menos de dois segundos para depois voltar a pôr os olhos na estrada.

“Eu odeio surpresas” uma voz ecoou dentro da cabeça do garoto.

Um monte de imagens passou pela cabeça de Justin. Imagens nada agradáveis.

Ele esperou, ansioso, que ela abrisse o presente de aniversário que ele lhe tinha comprado. Estavam os dois sozinhos no quarto dela. Aquilo não o incomodava. Não mais. No entanto quando a garota abriu o presente e viu o colar que Justin se dedicara a escolher com todo o carinho, não teve nenhuma das reações de satisfação ou de admiração que ele esperara.

-Ah… obrigada Justin – a garota de cabelos pretos, disse, com um sorriso que ao garoto pareceu um tanto forçado – Mas… eu realmente estava à espera daquele outro colar com diamantes que eu te tinha falado.

- É que eu gostei mais desse Jas… E como você não estava a espera desse eu comprei esse porque seria surpresa… - o garoto de cabelos loiros tentou desculpar-se.

No entanto, a namorada, interrompeu-o com um sorriso dócil.

- O problema é esse, Justin. Eu odeio surpresas.

O garoto retribuiu o sorriso sem saber ao certo o que dizer.

Jasmine sorriu de volta e se aproximou do garoto, sussurrando:

- No entanto… eu gostaria que você me desse outra prenda de aniversario.

O garoto ficou confuso.

- O quê?

Ambos sussurravam já com as caras muito próximas. Tão próximas que Justin era capaz de sentir aquele perfume suave e amargo que Jas sempre usava e a respiração quente dela na pele dele.

- Eu acho que você sabe o que é.

E então os dois se beijaram como nunca se tinham beijado antes.

E poucos minutos depois, o único som que se ouvia eram as respirações aceleradas de ambos, enquanto diversas roupas se iam espalhando pelo chão.

- Eu sei – o garoto, disse simplesmente, voltando ao automóvel e deixando aquele quarto para trás.

Aquelas lembranças faziam com que Justin tivesse vontade de vomitar.

Fora tão estúpido.

E agora não podia voltar atrás.

Estava feito.

Subitamente ficou claramente irritado.

Aquela cabra!

- Como você sabe?

Justin mal ouvia a voz de C. Estava puto da vida. Ficava assim sempre que se lembrava daquela noite e do que tinha feito. Ou do que tinha feito que Jasmine fizesse.

A única coisa ele conseguia ter controlo sobre era o carro.

Se ele pudesse voltar atrás. Se ele pudesse ao menos voltar atrás…

Mas ele não podia.

Claro que não podia.

- Porque você é igual a todas as garotas com quem eu saí.

E seria sempre igual. Jasmine seria sempre igual. Todas as garotas odiavam surpresas, todas as garotas que se aproximavam dele era só porque queriam algo dele…Todas elas eram iguais.

Justin não reparou o quão fria e dura a sua voz saiu da sua garganta. O quão cheia de ódio e de repulsa. Mas C reparou.

- Pára o carro.

O sobrolho do garoto se ergueu. Parar … o carro?

- Pára o carro, Justin Bieber!

O garoto clicou no travão e encostou na berma da estrada, completamente confuso.

Porque é que Jasmine estava a pedir para ele parar o carro? Ele só tinha dito a verdade.

No entanto quando a porta se abriu e Jasmine saiu ele se virou e ainda conseguiu ver um pouco do vestido rosa que ela usava.

Mas Jas não usava vestidos rosa.

Foi então que o coração do garoto deu um pulo e começou a bater freneticamente.

Aquela não era Jas.

Era C.

A sua C.

Que merda tinha ele feito?

Desesperado, saiu do carro com o coração na mão.

A C não, a C não.

Ele não podia perder a C.

Frustrado e ao ver que ela andava rápido, correu atrás dela.

Soube que ela estava chorando. Merda! Havia coisa pior que a pequena dele chorando?

Havia, claro que havia.

Quando a causa do choro dela era ele.

Com o coração aos pulos, agarrou na mão dela e a fez virar-se para ele. E poxa, as lágrimas que escorriam pelo rosto dela magoavam-no mais que tudo.

- ME LARGA! EU NÃO QUERO NADA COM VOCÊ!

Ele lutou para que as palavras dela não o magoassem.

- C, me ouve… Por favor pequena, me ouve.

Ele via a dor nos olhos dela. Mas que idiota que ele era! Ele tinha estragado tudo! Não! Que porra!

- Eu não quero ouvir, Justin. Eu não quero ouvir. Acabou, Justin. Acabou…

-NÃO! – ele quase gritou em plena rua enquanto a tentava puxar mais para perto. Ela estava tão longe… E ele queria-a tão perto – Não pode ter acabado C, por favor pequena… você entendeu errado. Eu não queria dizer o que disse – o garoto tentava se desculpar, mas em vão.

- O quê, Justin? O quê que eu entendi errado? Que eu sou só mais uma garotinha da sua lista? Foi isso? – as lágrimas escorriam no rosto dela e ele soube que mais alguns segundos e escorreriam no dele também.

- Você nunca fez parte da minha lista C, nunca – ele falava calmamente, reconhecendo a honestidade na própria voz – desde que vi você pela primeira vez ao lado da Maffy, desde aí que eu soube que você era especial – ele nunca deixou de encarar os olhos castanhos dela que agora estava vermelhos devido ás lágrimas. E ele quis limpá-las. Todas elas – Eu não sei… eu simplesmente soube. Você estava tão linda. Não… é… você é tão linda e eu quero tanto que você acredite – ela continuava chorando e ele só a queria ter mais perto – e depois quando eu vi você no palco eu queria te mostrar isso sabe? Fazer você especial, mas… diferente das outras garotas. – ele se atrapalhava – E depois quando eu vi você chorando no camarim, eu não entendi, eu não sabia porque merda você tava chorando… e eu… eu só queria que você parasse – ela o encarava de uma forma que o incentivava a continuar – e poxa C, eu não sei o que você fez comigo, ou o que nós dois estamos fazendo ou o que somos, mas isso não importa, merda! – ele a puxou mais para perto – Isso não importa pequena. Eu só… eu só não posso perder você porque aí… aí eu não sei… Mas, porra C, eu adoro você, ou mais que isso… eu não sei, eu não sei… eu só sei é que gosto de você como eu nunca gostei de ninguém e… e não acredite no que eu te disse no carro. Por favor. É que eu lembrei duma vadia que fudeu com a minha vida e eu fiquei irritado e depois eu descarreguei em você mas… eu… eu não devia ter feito isso. Poxa, pequena – ele suspirou – você não faz parte da minha lista, eu nem tenho lista e nunca fará. Porque se fizesse eu não estaria aqui te dizendo isso tal e qual um perfeito idiota – ela sorriu fraco o que fez ele sorrir também – e eu… eu não posso perder você… Eu não posso… - o garoto sussurrava, agora a trazendo mais para perto – Eu não posso perder você. Não agora que eu te encontrei.

Justin encostou o corpo dela ao seu e a apertou nos braços, com força, a rodeando, só para se certificar que ela estava mesmo ali.

A garota o apertou de volta e ambos ficaram assim, no meio da rua, abraçados, até que C começou a tremer devido ao frio e Justin a puxou para dentro do carro, não acreditando no quanto aquela garota significava para ele.


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Notas finais do capítulo

site: http://animespirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-idolos-justin-bieber-believe-495385
Bye lindinhas! :)



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