P.O.V Daniel

Eu sei que devo contar tudo isso pra Sophie, mas e se ela tiver um ataque histérico? E se ela achar que eu pude trocar ela pela Raquel? E agora?

(N/A: Ou bobalhão, ela pode ser desligada, histérica, paranoica, mas você não acha que ela é madura o suficiente pra entender as coisas?)

Você? Autora? Defendendo ela?

(N/A: Ei, não se intromete, vai logo falar com ela estúpido.)

Já te falaram que você é um amor de pessoa autora?

(N/A: É já sim, agora não enrola)

Tá bom.

Enfim, já tinha escurecido, mas ainda não era tarde, fui direto para a casa da Sophie.

Respirei fundo já na frente daquela casa enorme, apertei a campainha e logo fui atendido por uma Sophie toda despenteada e com umas roupas que eu nunca imaginei que ela usaria.

– Você se veste como uma pessoa normal? – perguntei assustado e ela fez uma cara nada boa e depois sorriu. – Bom vim contar uma coisa pra você, talvez você fique triste.

Logo ela arregalou os olhos, quer ver, vai fazer drama.

– Tudo bem, preciso falar algo também. – tá, quem ia fazer drama sou eu agora.

– Tá bom, fala você primeiro. – disse e segurei sua mão.

– Não, diz você primeiro. – menina teimosa.

– Tá, vamos falar juntos então, no 3. – comecei a contagem – 1...

– 2... – ela continuou. – Eu beijei o Lucas.

– Eu beijei a Raquel.

Dissemos os dois junto e uníssono, sabe eu achei que fosse pior, mas o que? Ela beijou o Lucas? Mas como? Eles, ah caramba.

– Isso quer dizer que você voltou com a Raquel? – ela perguntou temerosa.

– E por que você beijou o Lucas?

– Vem entra, precisamos conversar. – ela disse prontamente.

Isso sim gelou até a minha espinha.

Entramos e sentamos no sofá, e eu comecei a contar tudo e no final e sorriu toda fofa, mas eu queria saber sobre ela, estava morrendo de curiosidade.

Ela me contou nos mínimos detalhes e me faltava o ar de tanto rir.

– E no final, foi terrível? Mas vocês mal tocaram os lábios – falei rindo ainda mais.

– Ei, preferia que desse certo e eu te trocasse por ele? – perguntou ela e eu parei de rir na hora.

– Nem pensa nisso. – retruquei pulando em cima dela.

– Sai de cima de mim seu gordo. – gritou ela rindo.

Nossa como a gargalhada dela era gostosa de ouvir. Era espontânea e não parecia ser nada forçada.

– Ei, eu não sou gordo, sou um fofo. – disse fazendo biquinho.

– É sim, um fofo. – disse ela e me deu um selinho.

– Quando ia pedir a mão da minha filha em namoro hein? – ouvi uma voz e olhei, era o pai da Sophie, acho que tive uma ataque cardíaco. – Para de me olhar com essa cara moleque, to zuando, pode pegar minha filha.

– Pai!! – gritou a Sophie, e eu dei risada. – Daniel. – ela me repreendeu e deu tapa em mim.

– Bom, eu quero assistir televisão, então por favor vão se pegar em outro lugar, já basta a Jane se pegando com um cara lá na cozinha. – logo que o pai da Sophie disse Jane se pegando, nunca vi alguém tão rápido, olhei do lado e a menina já tinha desaparecido.

– Como ela faz isso? – acho que perguntei mais para mim mesmo.

– Acostume-se rapaz, isso tem rosto de anjo e a alma de demônio. – disse o Senhor Anthony rindo.

– O senhor tem certeza que é o pai dela? – brinquei.

– Tenho minhas dúvidas. – gargalhou – Sabia que a Maria, sua empregada é avó da Sophie? – e eu acho que o meu queixo caiu.

– Como?

– É uma longa história, só sei que ela precisa de amigos, foi um baque muito grande pra ela, eu iria contar, mas ela descobriu sozinha, então acho que ela precisa de companhia. – disse ele pensativo.

– Eu vou estar aqui. – falei confiante.

– Você bom rapaz.

Escutei um grito vindo da cozinha e prontamente me levantei e fui até correndo, quando vejo Sophie agarrada no pescoço do Josh. Só que não tinha nada de carinhoso, e sim aquele toquinho de gente estava tentando sufocar o Josh, alguém avisa que ela nunca vai conseguir.

– Seu viado, como tem coragem? Seu xexelento do subaco suado. – gritava ela.

– Sophie para com isso. – disse a Jane lentamente e baixo, super baixo.

Logo a Sophie soltou do pescoço dele.

– O que ele está fazendo aqui? – perguntou a Sô.

– Ele precisa falar algo importante para a gente.